Não pretendo tornar este blog num diário gráfico, que para isso há outros bem mais capacitados mas, agora que descobri esta paixão, não podia deixar de partilhar convosco o resultado de umas horas passadas em Guimarães no rescaldo de uma curta viagem no norte de Portugal. Até porque, agora, desenhar faz parte das minhas viagens.
Nesse dia, fiquei a dormir num excelente estúdio no coração do centro histórico de Guimarães (recomendo especialmente um quarto nas traseiras, com a muralha literalmente dentro do quarto), localizado no Largo da Misericórdia, a dois passos do Largo da Oliveira.
Já era de noite quando eu e a pequena Inês saímos para desenhar Guimarães. Caíam uns chuviscos de vez em quando e, pior, o chão, as cadeiras, as escadarias, tudo estava molhado.
Andámos, percorremos todo o Largo da Oliveira em busca de um spot onde pudéssemos desenhar, e acabámos sentados numas escadarias debaixo das arcadas, lado a lado, a desenhar o mesmo cenário. O resultado foi fantástico – soube-nos tão bem estar a desenhar juntos! Como podem ver, dois desenhos “iguais”, cada um no seu estilo – tal como já tínhamos comprovado a desenhar o Porto.
Curioso foi o que aconteceu com as cores. Além de ser já de noite, estávamos iluminados por uma luz muito amarelada, facto que fez com que fosse incrivelmente difícil identificar os tons com que estávamos a pintar. Foi só quando vimos os desenhos sob uma luz branca, à porta de um restaurante a caminho do nosso estúdio, que nos apercebemos que as cores estavam muito distintas das que imagináramos ter pintado.
Mais uma lição para dois viajantes com muita estrada mas urban sketchers principiantes.
No dia seguinte, já de dia, voltámos ao Largo da Oliveira para desenhar de outro ângulo. A Inês sentou-se no Padrão do Salado e fez esta obra-prima (relembro que ela tem 7 anos).
Eu sentei-me nas escadas de uma igreja e comecei a desenhar com bastante detalhe o que via à minha frente. Estava tudo a correr muito bem até que me enganei na parede à minha direita, a cuja perspetiva não havia maneira de acertar. Ainda assim, continuei este meu segundo sketch de Guimarães mas o golpe final foram mesmo as casas ao fundo: involuntariamente, “trouxe-as” uns bons metros adiante, parecendo que estão quase ao mesmo “nível” do padrão – e o desenho ficou estragado. Já não me apeteceu pintá-lo.
Logo a seguir, fomos almoçar a um restaurante nas proximidades do estúdio, chamado Adega dos Caquinhos, nome que auto-explica as centenas de cacos “coladas” nas paredes e chaminé. Lembro-me de lá ter ido comer há muitos anos com um amigo vimaranense e de o ambiente ser o de uma verdadeira tasca onde se fala mal e come bem. Um bom sítio, portanto! Não mudou muito (mas a Dona Augusta estava num dia calmo).
Enquanto esperávamos pela comida, desenhámos a parede à nossa frente.
Eu aproveitei ainda para sarrabiscar a chaminé que via ao fundo na sala interior.
E assim terminou esta rápida passagem por Guimarães. À tarde, já haveríamos de estar em Cabeceiras de Basto (já aqui mostrei os desenhos feitos na Quinta do Rapozinho). Foi curto mas bom! E desenhar junto com a minha filha é um prazer infinito.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.