Muscat é a porta de entrada mais comum para quem quer visitar Omã. É uma capital relativamente pequena mas, infelizmente para o viajante, demasiado espraiada ao longo da costa. Não é, portanto uma cidade fácil para quem não tem transporte próprio. Mas eu gostei de Muscat!
Na verdade, Muscat mais parece várias cidades aglutinadas debaixo do mesmo nome. Há a Nova Muscat, uma extensa área que inclui toda a zona oeste da capital, com prédios modernos, avenidas largas e algumas praias perfeitas para passar o fim de tarde. Há Ruwi, o pulsante coração de negócios de Muscat e zona de grande influência indiana. Há a zona velha de Mutrah, onde se localiza o homónimo souk e a avenida litoral conhecida por Corniche. E há ainda a chamada Velha Muscat, no extremo oposto da cidade nova, onde se localizam os fortes Al Jalali e Al Mirani, e ainda o Palácio Al Alam.
Depois de ler as sugestões da Maria João, uma portuguesa a viver em Muscat, decidi ficar hospedado em Mutrah. Sabia ainda que queria pelo menos visitar o velho souk de Mutrah e a Mesquita Sultan Qaboos. A zona nova, mais nobre, não me atraía tanto, mas acabei também por ficar com uma boa ideia dessa área de Muscat.
No meu roteiro de viagem a Omã, reservei menos de dois dias completos para visitar Muscat; razão pela qual (juntando o muito calor que se fazia sentir em Muscat) acabei por não fazer tudo o que queria.
Ainda assim, eis uma pequena lista com o que fazer em Muscat. Tenho a certeza que vai gostar de visitar.
O que fazer em Muscat
Visitar a Mesquita Sultan Qaboos
Edifício incontornável da capital de Omã, a Grande Mesquita Sultan Qaboos consegue ser enorme mas intimista, imponente mas acolhedora e muito, muito bonita.
Nos pátios exteriores e nas fachadas, predominam os tons da pedra, simples e luminosos, que contribuem para a sensação de paz que um visitante, mesmo não muçulmano, seguramente sente assim que entra no complexo da mesquita.
É, no entanto, no interior que mais facilmente o viajante se surpreende. Na principal sala de oração, por exemplo, há dois elementos cuja grandiosidade salta à vista: o tapete persa e o lustre alemão.
O tapete de oração, de origem persa, que cobre totalmente o chão da sala, foi produzido no Irão e demorou quatro anos a ser concluído. Dele se diz ser atualmente o segundo maior tapete de peça única do mundo, ultrapassado apenas por um tapete existente na grandiosa mesquita de Abu Dhabi.
E o grande lustre central, que em muito contribui para a sensação de riqueza e ostentação da Mesquita Sultan Qaboos, é simplesmente maravilhoso.
Visitar a grande mesquita de Omã é uma das coisas que tem mesmo de fazer em Muscat; mas, enquanto não tem essa oportunidade, sugiro que faça uma visita virtual no site oficial da mesquita.
Visitar o Souk Mutrah
Os bazares – ou souks – são locais vibrantes, muito comuns em todo o Médio Oriente, que adoro visitar. Não sou pessoa de fazer compras em viagem, mas os bazares fascinam-me.
Em Muscat, o souk mais interessante é, sem dúvida, o de Mutrah. Descontando algum assédio dos vendedores, tentando atrair a atenção dos poucos turistas para as dishdasha masculinas, t-shirts ou bugigangas, caminhar pelas ruelas do Souk Mutrah é uma atividade aliciante. Mesmo que não queira comprar nada!
Aliás, se só tiver tempo para visitar uma coisa em Muscat, escolha a Mesquita Sultan Qaboos ou o Souk Mutrah.
Ao chegar ao final do souk (a porta mais longe do porto), deixe-se perder pelas ruas das redondezas. Basta sair da avenida principal para descobrir uma outra Muscat – tradicional, fascinante e com grande influência indiana.
Passear pela corniche
Uma das coisas que mais prazer me dá em viagem é observar. Sentar-me numa esplanada, num parque ou num banco de rua e deixar-me estar. Foi o que fiz na corniche de Muscat.
Fica na zona de Mutrah, junto à entrada principal do souk, e é uma avenida marginal especialmente animada assim que o sol se esconde e a temperatura baixa. Um local fascinante.
Ir à praia Qurum – Al Shati (ao entardecer)
Combinei com a Maria João, uma portuguesa a viver em Muscat, encontrarmo-nos junto à praia Qurum – Al Shati. A ideia era conhecer uma praia de Muscat ao final da tarde, altura em que omanitas e expatriados afluem ao litoral da cidade para caminhar, correr, jogar futebol na praia ou, simplesmente, relaxar.
Foi um dos momentos mais descontraídos e agradáveis da minha passagem por Muscat.
Visitar o edifício da Ópera de Muscat
Depois da praia, fui visitar a Ópera de Muscat. Infelizmente, o edifício estava encerrado; mas mesmo por fora é belíssimo e vale a paragem. Especialmente depois do entardecer, vale a pena passar por lá e apreciá-lo. Para os mais notívagos, alberga o Caramel, um dos bares da moda de Muscat.
Fazer uma refeição no restaurante Bait Al Luban
O Bait Al Luban é um dos melhores restaurantes de Muscat; e um dos poucos onde se pode verdadeiramente provar a boa gastronomia omanita. Seja ao almoço ou ao jantar. Foi dos restaurantes que mais vezes me recomendaram ao longo da minha viagem por Omã.
Fazer o trekking C38
Acabei por não fazer o trekking C38 devido ao intenso calor que se fazia sentir quando visitei Muscat. Seja como for, pelo que li pareceu-me uma atividade fora da caixa para fazer em Muscat; especialmente útil para quem tem mais tempo e já visitou a Mesquita Sultan Qaboos e o Souk Mutrah, por exemplo.
Mapa: o que visitar em Muscat
Guia para visitar Muscat
Visto para Omã
Criei um artigo específico sobre a obtenção do visto de Omã à chegada ao aeroporto de Muscat. Caso esteja a planear entrar no país por via aérea, recomendo a leitura do post.
Onde ficar em Muscat (em Mutrah ou na parte nova)
A não ser que o seu objetivo primordial seja fazer praia em Muscat, julgo que Mutrah, a zona velha da capital de Omã, é a mais aconselhável para quem viaja em turismo. É a área da cidade mais antiga e com mais caráter; e onde fica o agradável souk Mutrah e a concorrida corniche.
Em Mutrah, o hotel mais recomendado é o Hotel Mutrah, onde fiquei hospedado. O preço é justo, os funcionários prestáveis, a localização é aceitável – dá para ir a pé para o souk e para a estação de autocarros de Ruwi (se bem que por vezes optei por pagar as 300 baizas de um táxi partilhado para evitar caminhar com muito calor).
Caso queira pernoitar junto à praia (e pagar mais por isso), recomendo o Grand Hyatt Muscat ou o Crowne Plaza Muscat. Para algo mais recôndito, igualmente junto à praia mas mais afastado da cidade, o Shangri-La Barr Al Jissah Resort & Spa é imbatível. Por fim, se é luxo que pretende, o supra-sumo da hotelaria de Muscat dá pelo nome de The Chedi; se ficar lá alojado, depois conte como foi!
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