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Mosteiro Dadivank, em Nagorno-Karabakh

Igreja Katoghike, Mosteiro Dadivank
Uma das minhas fotografias favoritas desta viagem, tirada no interior da Igreja Katoghike, Mosteiro Dadivank

Construído entre os séculos IX e XIII a cerca de 90km de Stepanakert, e rodeado por montanhas, florestas e desfiladeiros, o Mosteiro Dadivank terá sido fundado por St. Dadi. É seguramente um dos mais belos – e mais visitados! – mosteiros de Nagorno-Karabakh.

O complexo monástico é composto por vários edifícios e aposentos, incluindo duas igrejas, duas capelas, dormitórios para os monges, uma biblioteca e um refeitório.

Mosteiro Dadivank, Artsakh
Edifício principal de Dadivank

Alguns deles estão parcialmente em ruínas; mas, felizmente, nos últimos anos têm decorrido trabalhos de recuperação e restauro, com o objetivo de devolver a Dadivank o esplendor de outrora.

Seja como for, caso o seu roteiro no Cáucaso inclua Nagorno-Karabakh, vale muito a pena passar por Dadivank. Eis a minha experiência.

A minha visita ao Mosteiro Dadivank

Mosteiro Dadivank, Nagorno-Karabakh
Vista geral do Mosteiro Dadivank

Cheguei a Dadivank vindo diretamente de Stepanakert, capital de Artsakh. Assim que percorri o pequeno caminho de terra batida até ao mosteiro, entrei na igreja principal, chamada Katoghike, que encontrei tão despida quanto fotogénica. Consta que foi construída no início do século XII, tal como a torre sineira.

Para além de apreciar o incrível trabalhado das pedras exteriores dos edifícios, queria também visitar o interior de uma das capelas adjacentes, onde sabia haver frescos nas paredes. Mas a grossa porta de madeira estava trancada.

Sem grandes esperanças, e depois de esperar algum tempo, decidi continuar a explorar o que me restava ver do complexo de Dadivank.

Mosteiro Dadivank
Momento em que uma habitante local aparece com a chave de uma das capelas do Mosteiro Dadivank

Por uma sorte incrível, foi quando apareceu uma senhora – vinda não sei bem de onde – com a chave da porta. Não percebi se foi coincidência ou se, ao invés, notando ela a chegada de turistas, foi até ao mosteiro para lhes franquear a entrada. Seja como for, fiquei feliz.

E assim pude entrar na capela do Mosteiro Dadivank e apreciar os seus frescos – alguns dos quais em aceitável estado de conservação.

Frescos Dadivank
Frescos no interior da capela

Terminada a visita, empreendi um pequeno passeio pelos caminhos que cruzam a aldeia envolvente, sempre a descer, com o objetivo de ser apanhado pelo meu transporte noutro ponto da sinuosa estrada de montanha.

Cruzei casas, carros abandonados, poucas pessoas e muitos cães a ladrar. Creio que faltaram apenas os porcos a comerem os automóveis para entrar definitivamente num filme de Emir Kusturica. Adiante, cheguei à estrada principal e aguardei pelo motorista – era tempo de regressar a território arménio.

Visitar Mosteiro Dadivank
Caminhada depois de visitar o Mosteiro Dadivank, num cenário a lembrar um filme de Emir Kusturica

Guia prático

Como chegar

É virtualmente impossível viajar até ao Mosteiro Dadivank em transportes públicos. Assim, e descontando eventuais boleias ou tours organizados a partir da Arménia, o melhor é contratar alguém em Stepanakert para o levar até ao mosteiro (e, se necessário, continuar a viagem até à Arménia, via Kelbajar).

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Onde ficar

É uma pergunta de difícil resposta, porque depende muito do seu roteiro. Dito isto, é raro os viajantes ficarem hospedados nas proximidades do Mosteiro Dadivank.

No meu caso fui dormir junto ao Lago Sevan, já em território arménio, e a opção pareceu-me acertada. Tenha apenas em atenção que o perímetro do lago é imenso, pelo que recomendo que, usando o link abaixo, veja no mapa a localização dos hotéis antes de escolher e reservar.

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Outras dicas úteis

O site oficial do turismo de Artsakh pode dar algumas ideias sobre roteiros e o que visitar na região. Veja também o texto sobre o que fazer em Stepanakert para mais informações sobre os vistos de entrada na República de Artsakh (Nagorno-Karabakh).

Seguro de viagem

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Filipe Morato Gomes

Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.

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