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Um dia em Reykjavík (o que fazer)

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Europa Islândia Reykjavík Capitais
Atualizado em 12.12.2022 | Tempo de leitura: 6 minutos

Centro de Reykjavík, Islândia
Arquitetura típica do centro de Reykjavík, capital da Islândia

Ninguém vai à Islândia para visitar Reykjavík. No imaginário coletivo têm lugar fenómenos naturais como as auroras boreais e paisagens dramáticas formadas por vulcões em atividade e glaciares gigantescos. No máximo, os elfos islandeses povoam a imaginação do viajante quando o assunto é a Islândia. Seguramente não as localidades; e muito menos cidades de maior dimensão como Reykjavík.

Mas não será um erro ignorar Reykjavík? Eu acho que sim.

É certo que a capital islandesa não tem grandes atrações turísticas capazes de manter o viajante ocupado por vários dias visitando museus ou palácios, ou calcorreando um centro histórico deslumbrante como os que normalmente se encontram nas grandes cidades da Europa continental. Mas nem por isso Reykjavík deixa  de ter interesse. Especialmente se a incluir no início de todo o roteiro na Islândia, antes de ser bombardeado com os tais vulcões, glaciares e as mais bonitas cascatas da Islândia.

Para quem der uma oportunidade a Reykjavík, há pessoas simpáticas, cafés, boa comida, um centro urbano acolhedor, casas de madeira, edifícios modernos como a Harpa e igrejas como a Hallgrímskirkja.

O que fazer em Reykjavík

Grillmarket, Reykjavík
No piso de baixo, o restaurante Fish Company; no andar superior, o café-livraria Ida Zimsen

Não vale a pena fazer uma lista com o que fazer em Reykjavík ou um top com as melhores atrações da cidade. Pela simples razão que a capital islandesa é muito pequena e não tem grandes atrativos museulógicos ou arquitetónicos.

Ao invés, os maiores prazeres em Reykjavík são as coisas simples da vida. Como passear descontraidamente, a pé, pelo centro da cidade; escutar as ondas e apreciar o cheiro a maresia; desfrutar do ambiente acolhedor de alguns cafés; e, claro está, assim a carteira o permita, dar-se ao luxo de comer bem.

Sim, a capital da Islândia parece uma aldeia. E talvez seja esse o segredo do seu encanto.

Igreja Hallgrímskirkja, Reykjavík
Fachada da Igreja Hallgrímskirkja, Reykjavík

Pode, como é evidente, visitar a Igreja Hallgrímskirkja e subir até ao topo da torre. São 75 metros de altura que permitem vislumbrar uma perspetiva diferente da capital islandesa.

Pode apreciar a escultura Sólfar, ou Viajante Solar, uma espécie de um barco imaginário descrito como uma “ode ao sol”, em que “o artista pretendia transmitir a promessa de território não descoberto, um sonho de esperança, progresso e liberdade”.

Pode também deambular pela rua Laugavegur, a principal rua comercial de Reykjavík. Passear é grátis, mas fazer compras requer grande disponibilidade financeira (sim, a Islândia é mesmo um destino caro).

Reykjavík, Islândia
Com a minha filha explorando os recantos de Reykjavík

Pode deixar-se encantar com a modernidade arquitetónica do edifício Harpa; e, eventualmente, assistir a um concerto de musica islandesa.

Pode, de permeio, procurar o cachorro-quente mais famoso da cidade, no Bæjarins Beztu Pylsur, não muito longe do Harpa (coisa que não fiz, confesso).

Pode também – e recomendo vivamente que o faça! – deixar-se encantar pelo ambiente literário do café-livraria Ida Zimsen, onde me refugiei durante algum tempo numa tarde de chuva.

E pode, claro, provar iguarias confecionadas com requinte no incrível restaurante Grillmarket. Não é para todas as carteiras mas, para quem aprecia os prazeres da gastronomia em viagem, é uma experiência extraordinária.

Tudo somado, o melhor conselho, em Reykjavík como em tantos outros lugares do planeta, é deixar-se ir. Com a vantagem de que a cidade é pequena e um dia em Reykjavík é, muito provavelmente, suficiente para ficar com uma boa ideia da capital islandesa, antes de prosseguir para o Golden Circle ou a Ring Road.

Mapa: o que visitar em Reykjavík

Guia prático

Como ir do aeroporto de Keflavik para Reykjavík

A opção mais económica é, sem qualquer dúvida, utilizar os autocarros Flybus. Os autocarros partem do aeroporto internacional de Keflavik frequentemente, com destino ao terminal BSI (a maior central de camionagem de Reykjavík). A viagem dura sensivelmente 45 minutos e os bilhetes podem ser comprados com antecedência (3.500 ISK, o equivalente a cerca de 23€ por pessoa). Se preferir, pode reservar desde logo um minibus do terminal BSI até ao seu hotel na capital islandesa (8€ adicionais).

Quantos dias é preciso para conhecer Reykjavík?

Apesar do charme da capital islandesa, não é preciso muito tempo para a conhecer. Se ficar um dia inteiro já consegue ficar com uma ideia global da cidade.

Onde ficar

A capital islandesa é uma das cidades mais caras da Europa e isso reflete-se, naturalmente, no preço dos hotéis onde ficar em Reyjkavik. Em concreto, eu diria que, para um casal de exigência média, que valoriza a localização mas não quer dormir nem num hostel básico nem em hotéis de luxo, o custo médio da diária rondará os 150€.

Em concreto, para uma boa cama num dormitório compartilhado, conte com pelo menos 20€; num hotel mediano, tipo Ibis, o preço por quarto duplo rondará os tais 150€ (duas pessoas); e uma noite num hotel de luxo facilmente ultrapassa os 300€, embora haja unidades de quatro ou cinco estrelas mais baratas.

Tudo somado, e apesar dos preços mais elevados, julgo que o centro da cidade é a melhor região para dormir em Reykjavík. Sobretudo pela localização, que permite que se desloque a pé para todo o lado.

Em Reykjavik, tive o privilégio de ficar num dos melhores hotéis da cidade, chamado Canopy by Hilton Reykjavik City Center, e só tenho elogios a fazer. Se o orçamento assim o permitir, é uma experiência que aconselho vivamente. Caso contrário, considere ficar nos mais económicos (note que não escrevi baratos!) Our House Guesthouse, Grettir Guesthouse ou Heida’s Home. Para poupar ainda mais, espreite o Reykjavik City Hostel, um excelente hostel mais afastado do centro.

Se prefere apartamentos, considere os super bem localizados Thomsen Apartments, onde também me hospedei.

Pesquisar hotéis em Reykjavík

Onde comer

Na primeira vez que visitei Reykjavík, hospedado num apartamento com a família, optei quase sempre por cozinhar e comer em casa. Na segunda viagem à Islândia, tive finalmente oportunidade de experimentar dois restaurantes absolutamente magníficos que, caso não se importe do custo, recomendo vivamente. São eles o Fish Company e o irrepreensível Grillmarket (de longe o meu preferido, de comer e chorar por mais).

Ambos colocam grande ênfase na utilização de produtos locais de qualidade. No caso do Grillmarket, tive oportunidade de provar o menu de degustação, que incluía bacalhau salgado com puré de maçã grelhada, alho preto, salada de lagostim e creme de marisco; salada de pato com espinafres, mozzarella, vinagrete de menta e coentros, tangerinas e romãs; truta do Ártico fumada com funcho em salmoura, ovo de codorniz e mostarda; e bife de baleia grelhado com wasabi e vinagrete de soja. Tudo absolutamente delicioso!

Nota: a maioria dos turistas pensa que a carne de baleia (baleia anã e baleia comum) faz parte da dieta alimentar dos islandeses. Eu próprio, quando me foi servida baleia no restaurante Grillmarket, pensava que assim era. Mas, ao que consta, não é verdade.

Só depois de regressar da viagem, pesquisando mais informação a respeito, me dei conta de que a indústria da caça à baleia é alimentada – quanta ironia! – precisamente por essa crença errada. Ou seja, mesmo havendo regras bem definidas e uma quota de pesca anual escrupulosamente respeitada, não fora o turismo e a indústria teria provavelmente definhado.

Faço aqui um mea culpa – eu fazendo a apologia do turismo consciente e caí num erro de análise tão básico. Por isso, já sabe: na Islândia, evite comer carne de baleia. Por todas as razões e mais uma: não é um prato típico islandês.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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