Pensar em Islândia é imaginar auroras boreais a dançar nos céus, glaciares infinitos, vulcões em atividade e… muitas cascatas (ou cachoeiras, para os amigos brasileiros). O país tem um número aparentemente infinito de quedas de água, espalhadas ao longo de todo o território; e boa parte delas são de uma beleza estonteante.
Não há, pois, volta a dar: qualquer roteiro na Islândia inclui pelo menos três ou quatro belíssimas cascatas. Ou mais. Eu, pela minha parte, e após duas viagens à Islândia, selecionei cinco que conheci no sul do país e que estão seguramente entre as cascatas mais bonitas da Islândia. São daquelas que tem mesmo de visitar, até porque são todas de fácil acesso a partir da ring road. São elas a Gullfoss, a Svartifoss, a Skógafoss, a Seljalandsfoss e a Gljufrabuí. Vamos a isso.
Cascatas no Sul da Islândia que tem (mesmo) de visitar
#1 Gullfoss
Descontando as cascatas do Parque Nacional Thingvellir, Gullfoss foi a primeira grande queda de água que visitei na Islândia; e o impacto não poderia ser maior. O bruáááá ensurdecedor. O poder das águas. A imponência do lugar.
Gullfoss é portentosa. À medida que me ia aproximando da cascata, com as gotículas de água a molharem o rosto e o som da queda de água a ficar cada vez mais forte, mais impressionado ia ficando. Absolutamente impressionante.
#2 Svartifoss
Entre todas as cascatas que conheci na Islândia, Svartifoss é seguramente uma das mais elegantes. Fica na região de Skaftafell, no interior do Parque Nacional Vatnajökull; e, tal como a famosa praia Reynisfjara , apresenta belíssimas colunas basálticas como pano de fundo. Mesmo não tendo a imponência de outras cascatas islandesas, Svartifoss é um deleite visual. Como se fora um produto exclusivo, uma cascata gourmet para se ir degustando aos poucos. Adoro!
Para chegar a Svartifoss é preciso caminhar, a partir de Skaftafell, ao longo de um trilho de montanha muito bonito. Conte com pelo menos hora e meia para o trajeto (provavelmente mais), ida e volta. Vale muito a pena!
#3 Skógafoss
Skógafoss foi diferente. A primeira vez que a vi, no final de um dia extremamente cansativo e debaixo de chuva, não lhe achei grande interesse. Também não ajudou ver o parque de estacionamento pejado de carros e autocarros a despejarem dezenas de turistas orientais de vestes coloridas em direção à queda de água.
Foi só à segunda, num belo dia de sol e de espírito mais tranquilo, que me reconciliei com Skógafoss. É majestosa, tanto do solo como do topo da escarpa, onde é possível subir através de uma longa escadaria de madeira. Dessa vez, fui recebido por um duplo arco-íris, fenómeno a que associo uma longínqua visita a Uluru, na Austrália. Por tudo isso, Skógafoss está por mérito próprio nesta lista das cascatas mais bonitas da Islândia. Ou, pelo menos, do Sul do país.
#4 Seljalandsfoss
Já quase tudo foi dito e escrito sobre a Seljalandsfoss, porventura a mais fotogénica das cascatas islandesas de fácil acesso. O facto de ser possível caminhar por detrás da cascata torna-a única e surpreendente. Não há muito a dizer: é ir até Seljalandsfoss e experimentar a sensação de estar do outro lado de uma cascata. Uma experiência fascinante.
#5 Gljufrabuí
Só na minha segunda viagem à Islândia, efetuada com o propósito de experimentar fotografar com um telefone, é que conheci a cascata Gljufrabuí. À chegada, o leito do rio não convidava os visitantes a percorrerem a vintena de metros até ao fundo da cascata, até porque nada se via para lá da “entrada”. Foi a insistência do guia Laurent que me fez colocar as botas de trekking na água e descobrir a beleza de Gljufrabuí.
É pequena e pouco imponente, é certo, mas o facto de estar numa escarpa rodeada de pedra torna o local de certa forma especial. Gostei muito.
Mapa: cascatas da Islândia (zona Sul)
Como é evidente, há muitas outras cascatas bonitas na Islândia, mas ainda não tive oportunidade de as conhecer. A minha volta à Ring Road foi abortada e, por isso, ficarão para uma próxima viagem. Entre elas, e tendo mais tempo, hei de visitar Hrafnabjargafoss, Aldeyjarfoss, Kirkjufellsfoss, Bruarfoss e Godafoss. Pelo menos estas – o que não falta na Islândia são quedas de água!
Guia prático
Onde ficar
Caso não viaje de autocaravana, não é fácil decidir onde se hospedar na Islândia. Deixo, no entanto, algumas sugestões de alojamento em Reykjavik e uma recomendação muito especial para o Sul do país.
Em Reykjavik, tive o privilégio de ficar num dos melhores hotéis da cidade, chamado Canopy by Hilton Reykjavik City Center, e só tenho elogios a fazer. Se o orçamento assim o permitir, é uma experiência que aconselho vivamente. Caso contrário, considere ficar nos mais económicos (note que não escrevi baratos!) Our House Guesthouse, Grettir Guesthouse ou Heida’s Home. Para poupar ainda mais, espreite o Reykjavik City Hostel, um excelente hostel mais afastado do centro.
Nas restantes noites, se viajar para o Golden Circle considere o acolhedor (e relativamente barato) Skyggnir Bed and Breakfast. E, continuando para Sul nos dias seguintes, não deixe de ficar hospedado na Hrifunes Guesthouse. É uma pousada muito acolhedora onde se sentirá como em casa, com anfitriões simpaticíssimos e comida deliciosa (e criativa).
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
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