Já ouviu falar da Rota das Salinas, na Figueira da Foz? Pois bem, para quem vai visitar a Figueira da Foz é natural que fazer um percurso pedestre não esteja no topo das prioridades. As praias são magníficas e o corpo pode estar a pedir descanso, é certo, mas tendo oportunidade de fazer um percurso pedestre não deixe de considerar esta Rota da Salinas. É o percurso homologado PR6 FIG, um dos melhores trilhos da Figueira da Foz.
Pela minha parte, posso garantir que gostei bastante de fazer a Rota das Salinas, mas se pudesse mudar alguma coisa seria o horário em que fiz o trilho: ao final da manhã. Se puder, vá caminhar de manhã bem cedo.
Assim, serve este artigo para partilhar a minha experiência a fazer a Rota das Salinas da Figueira da Foz, com início e término junto ao Núcleo Museológico do Sal, em Armazéns. Vamos a isso.
Rota das Salinas (PR6 FIG)
A Rota das Salinas da Figueira da Foz é um dos passeios mais fáceis e agradáveis do município. Com pouco mais de 4km de extensão e um percurso sem inclinações, é propício a toda a família. E tem a vantagem adicional de permitir tomar contacto com o que resta da cultura do sal.
Assim, e “apesar da perda de importância que a extração de sal sofreu na década de 70, o município da Figueira da Foz adquiriu e ativou a Salina do Corredor da Cobra“, onde se desenvolve parte da Rota dos Arrozais, “com o propósito de preservar o valor histórico e cultural deste legado”.
Ora, começando junto ao Núcleo Museológico do Sal, a parte mais interessante de todo o percurso é a parte inicial. O caminho faz-se serpenteando pelo meio das salinas, até que se chega ao posto de trabalho do marnoto João “Formiga”.
Se tiver sorte, encontrá-lo-á a trabalhar nas salinas, podendo assistir ao processo e conversar com o senhor João. Para mim, foi o momento alto do passeio, até porque ele me pareceu uma pessoa afável e com gosto genuíno em receber os visitantes e mostrar-lhes um pouco da sua arte.
Caso tenha interesse, pode comprar sacos com sal diretamente ao produtor “Formiga”.
De resto, de referir a existência de inúmeras espécies de aves no ecossistema por onde passa o percurso PR6 FIG, sendo esse outro dos grandes atrativos do passeio (vá de manhã cedo).
Assim, e segundo a literatura oficial, é possível “observar aves limícolas e marinhas como o pernilongo, o borrelho-de-coleira-interrompida, alfaiate, flamingos, garça-real, corvo-marinho, garça-branca-pequena, andorinha-do-mar, pilrito-comum, o maçarico-de-bico-direito, o maçarico-das-rochas e o pato-real”. Fica a dica, especialmente para os amantes da observação de aves.
A terminar a Rota das Salinas, o trilho “segue até ao rio Pranto, último afluente do Mondego que nasce no vizinho distrito de Leiria, por esteios e talhões dos quais se podem avistar, entre outros aspetos de interesse, a cidade da Figueira da Foz, a ponte Edgar Cardoso (construída em 1982) e o Moinho das Doze Pedras (moinho de marés datado do séc. XVIII)”.
É, porventura, a parte menos interessante do percurso pedestre, mas não se justifica voltar para atrás, até porque pouco depois começará a avistar o armazém de sal existente junto ao museu. É sinal de que o passeio estará quase a terminar.
Para mais informações sobre a Rota das Salinas, veja o folheto oficial em pdf. No que toca à visita ao Núcleo Museológico do Sal, honestamente não creio que valha a viagem, exceto se combinada com o percurso pedestre referido no artigo. O “museu”, com muitas aspas, vale apenas e só pelo filme sobre a produção do sal. É a minha opinião, naturalmente.
Mais fotos da Rota das Salinas
Ficha técnica da Rota das Salinas da Figueira da Foz (PR6 FIG)
- Tipo de percurso: Circular.
- Início/Final: Núcleo Museulógico do Sal (assinalado no mapa).
- Distância: 4,3 km.
- Duração: 1 hora.
- Nível de dificuldade: Muito baixo. Trata-se de uma caminhada totalmente plana e sem qualquer obstáculos de relevo, e com bom piso. A principal dificuldade poderá ser a exposição solar constante, dada a ausência de sombras.
- Acessibilidade: Ver “como chegar”, abaixo.
Guia prático para visitar a Rota das Salinas
Como chegar ao início do trilho (Museu do Sal)
Infelizmente, não há transportes públicos que permitam visitar o Museu do Sal da Figueira da Foz. A única opção é em carro próprio ou alugado. O museu fica no lugar de Armazéns, a apenas 9km da cidade, a sul do rio Mondego (veja a localização exata).
Dicas para fazer a Rota das Salinas da Figueira da Foz
O passeio é muito tranquilo, pelo que não há grandes recomendações sobre equipamento a fazer. Ainda assim:
- Leve um corta-vento, uma vez que pode estar mais frio do que imagina.
- Apesar de ser um passeio muito curto, leve água.
- O piso é bom, quase sempre em caminhos bem marcados, pelo que não são necessárias botas de montanha.
- Faça um seguro de viagem, porque azares acontecem quando menos se espera. Eu recomendo a IATI Seguros (se usar este link tem 5% de desconto).
Onde ficar na Figueira da Foz
No que toca a alojamento, sugiro que veja o artigo sobre onde ficar na Figueira da Foz, em que explico com mais detalhes as minhas sugestões.
Em jeito de resumo, o mais popular hotel da Figueira da Foz é, seguramente, o Eurostars Oasis Plaza, de quatro estrelas. Fica em frente à praia, tem quartos espaçosos e instalações excelentes, e ainda um pequeno-almoço bastante bom. Outras opções incluem o mais económico Costa de Prata Hotel, um três estrelas instalado junto à Torre do Relógio, ou o extraordinário a Vila Branca Guesthouse, (afastado da praia).
Dito isto, felizmente há muitos e bons hotéis (e apartamentos) na Figueira da Foz, pelo que basta pesquisar no link abaixo para encontrar outras excelentes opções de hospedagem – em função do seu orçamento.
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