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Rota das Salinas, Figueira da Foz (Trilho PR6 FIG)

Por Filipe Morato Gomes
Rota das Salinas, Figueira da Foz
João “Formiga” a recolher flor de sal nas salinas, fotografado durante o percurso pedestre Rota das Salinas

Já ouviu falar da Rota das Salinas, na Figueira da Foz? Pois bem, para quem vai visitar a Figueira da Foz é natural que fazer um percurso pedestre não esteja no topo das prioridades. As praias são magníficas e o corpo pode estar a pedir descanso, é certo, mas tendo oportunidade de fazer um percurso pedestre não deixe de considerar esta Rota da Salinas. É o percurso homologado PR6 FIG, um dos melhores trilhos da Figueira da Foz.

Pela minha parte, posso garantir que gostei bastante de fazer a Rota das Salinas, mas se pudesse mudar alguma coisa seria o horário em que fiz o trilho: ao final da manhã. Se puder, vá caminhar de manhã bem cedo.

Assim, serve este artigo para partilhar a minha experiência a fazer a Rota das Salinas da Figueira da Foz, com início e término junto ao Núcleo Museológico do Sal, em Armazéns. Vamos a isso.

Rota das Salinas (PR6 FIG)

Rota das Salinas Figueira da Foz
Início da Rota das Salinas, junto ao museu

A Rota das Salinas da Figueira da Foz é um dos passeios mais fáceis e agradáveis do município. Com pouco mais de 4km de extensão e um percurso sem inclinações, é propício a toda a família. E tem a vantagem adicional de permitir tomar contacto com o que resta da cultura do sal.

Assim, e “apesar da perda de importância que a extração de sal sofreu na década de 70, o município da Figueira da Foz adquiriu e ativou a Salina do Corredor da Cobra“, onde se desenvolve parte da Rota dos Arrozais, “com o propósito de preservar o valor histórico e cultural deste legado”.

Rota das Salinas Figueira da Foz
Rota das Salinas

Ora, começando junto ao Núcleo Museológico do Sal, a parte mais interessante de todo o percurso é a parte inicial. O caminho faz-se serpenteando pelo meio das salinas, até que se chega ao posto de trabalho do marnoto João “Formiga”.

Se tiver sorte, encontrá-lo-á a trabalhar nas salinas, podendo assistir ao processo e conversar com o senhor João. Para mim, foi o momento alto do passeio, até porque ele me pareceu uma pessoa afável e com gosto genuíno em receber os visitantes e mostrar-lhes um pouco da sua arte.

Caso tenha interesse, pode comprar sacos com sal diretamente ao produtor “Formiga”.

Rota das Salinas Figueira da Foz
Rota das Salinas

De resto, de referir a existência de inúmeras espécies de aves no ecossistema por onde passa o percurso PR6 FIG, sendo esse outro dos grandes atrativos do passeio (vá de manhã cedo).

Assim, e segundo a literatura oficial, é possível “observar aves limícolas e marinhas como o pernilongo, o borrelho-de-coleira-interrompida, alfaiate, flamingos, garça-real, corvo-marinho, garça-branca-pequena, andorinha-do-mar, pilrito-comum, o maçarico-de-bico-direito, o maçarico-das-rochas e o pato-real”. Fica a dica, especialmente para os amantes da observação de aves.

Rota das Salinas Figueira da Foz
Rota das Salinas

A terminar a Rota das Salinas, o trilho “segue até ao rio Pranto, último afluente do Mondego que nasce no vizinho distrito de Leiria, por esteios e talhões dos quais se podem avistar, entre outros aspetos de interesse, a cidade da Figueira da Foz, a ponte Edgar Cardoso (construída em 1982) e o Moinho das Doze Pedras (moinho de marés datado do séc. XVIII)”.

É, porventura, a parte menos interessante do percurso pedestre, mas não se justifica voltar para atrás, até porque pouco depois começará a avistar o armazém de sal existente junto ao museu. É sinal de que o passeio estará quase a terminar.

Rota das Salinas Figueira da Foz
Rota das Salinas

Para mais informações sobre a Rota das Salinas, veja o folheto oficial em pdf. No que toca à visita ao Núcleo Museológico do Sal, honestamente não creio que valha a viagem, exceto se combinada com o percurso pedestre referido no artigo. O “museu”, com muitas aspas, vale apenas e só pelo filme sobre a produção do sal. É a minha opinião, naturalmente.

Mais fotos da Rota das Salinas

Museu do Sal, Figueira da Foz
Núcleo Museulógico do Sal, Figueira da Foz
Rota das Salinas Figueira da Foz
Paisagem durante o percurso da Rota das Salinas
Rota das Salinas Figueira da Foz
As Salinas da Figueira da Foz
Rota das Salinas Figueira da Foz
João “Formiga”
Caracóis
Caracóis
Rota das Salinas PR6 FIG
Placa indicativa do PR6 FIG
Rota das Salinas Figueira da Foz
Trecho final da Rota das Salinas
Armazém de Sal junto ao museu
Armazém de Sal junto ao museu

Ficha técnica da Rota das Salinas da Figueira da Foz (PR6 FIG)

  • Tipo de percurso: Circular.
  • Início/Final: Núcleo Museulógico do Sal (assinalado no mapa).
  • Distância: 4,3 km.
  • Duração: 1 hora.
  • Nível de dificuldade: Muito baixo. Trata-se de uma caminhada totalmente plana e sem qualquer obstáculos de relevo, e com bom piso. A principal dificuldade poderá ser a exposição solar constante, dada a ausência de sombras.
  • Acessibilidade: Ver “como chegar”, abaixo.

Guia prático para visitar a Rota das Salinas

Como chegar ao início do trilho (Museu do Sal)

Infelizmente, não há transportes públicos que permitam visitar o Museu do Sal da Figueira da Foz. A única opção é em carro próprio ou alugado. O museu fica no lugar de Armazéns, a apenas 9km da cidade, a sul do rio Mondego (veja a localização exata).

Procurar carros para alugar

Dicas para fazer a Rota das Salinas da Figueira da Foz

O passeio é muito tranquilo, pelo que não há grandes recomendações sobre equipamento a fazer. Ainda assim:

  • Leve um corta-vento, uma vez que pode estar mais frio do que imagina.
  • Apesar de ser um passeio muito curto, leve água.
  • O piso é bom, quase sempre em caminhos bem marcados, pelo que não são necessárias botas de montanha.
  • Faça um seguro de viagem, porque azares acontecem quando menos se espera. Eu recomendo a IATI Seguros (se usar este link tem 5% de desconto).

Onde ficar na Figueira da Foz

No que toca a alojamento, sugiro que veja o artigo sobre onde ficar na Figueira da Foz, em que explico com mais detalhes as minhas sugestões.

Em jeito de resumo, o mais popular hotel da Figueira da Foz é, seguramente, o Eurostars Oasis Plaza, de quatro estrelas. Fica em frente à praia, tem quartos espaçosos e instalações excelentes, e ainda um pequeno-almoço bastante bom. Outras opções incluem o mais económico Costa de Prata Hotel, um três estrelas instalado junto à Torre do Relógio, ou o extraordinário a Vila Branca Guesthouse, (afastado da praia).

Dito isto, felizmente há muitos e bons hotéis (e apartamentos) na Figueira da Foz, pelo que basta pesquisar no link abaixo para encontrar outras excelentes opções de hospedagem – em função do seu orçamento.

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Filipe Morato Gomes
Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.