
Visitar Djémila foi a última atividade que incluí no meu roteiro na Argélia, no último dia, antes de seguir para Argel para apanhar o voo de regresso. E foi, sem qualquer dúvida, um dos pontos altos de toda a viagem. Tinha já estado nas ruínas romanas de Tipasa no início do roteiro; mas, com toda a sinceridade, Djémila é de outro campeonato.
Nas palavras da UNESCO, que a inclui na lista de Património Mundial da Argélia, Djémila é “uma das mais bonitas ruínas romanas do mundo”; e eu não consigo discordar. “Um interessante exemplo de planeamento de uma cidade romana adaptada a uma localização montanhosa”, acrescentam.
Djémila, a palavra, significa precisamente “a bela”. E é sobre a visita a essa joia arquitetónica do Império Romano que hoje escrevo.
A minha visita a Djémila
Djémila está localizada na região montanhosa de Setif, entre as cidades de Constantine e Argel. Para aproveitar o meu último dia na Argélia, apanhei um autocarro de Constantine para El Eulma, onde negociei um táxi para visitar Djémila.
Quando cheguei à entrada do complexo, o taxista dirigiu-se a um polícia que, por algum motivo que desconheço, anotou manual e demoradamente todos os detalhes do meu passaporte. Lá fora, o céu ameaçava desabar na minha cabeça, acrescentando algum dramatismo às fotografias iniciais que fui tirando, assim que liberado pelo afável oficial.
Comecei a explorar o complexo arqueológico, um pouco perdido pela falta de informação. Lamentavelmente, não existem mapas ou placas informativas que ajudem a compreender as funções das diferentes áreas da antiga cidade romana, pelo que fui visitando Djémila de forma aleatória, em busca dos edifícios mais imponentes.
Vi o que resta das termas, da catedral, do batistério; vi arcos e fontes e praças; a prisão e o bazar. Mas o que queria encontrar era mesmo o teatro romano de Djémila, do qual se diz que teria uma acústica invejável. Depois de o encontrar, com o sol a conseguir umas abertas por entre as nuvens, subi até ao último degrau da bancada e deixei-me ficar, maravilhado. Wow!
Estive quase duas horas no complexo arqueológico de Djémila.
Mesmo não entendendo boa parte do que os meus olhos observavam, o meu fascínio pelas antigas cidades romanas não me permitiu qualquer quebra no entusiasmo. Andei; subi colinas e pedras; observei e tentei compreender a cidade; procurei evitar os sonoros grupos estudantis em visitas de estudo (era época de férias escolares); encantei-me. Djémila é grandiosa, linda, “a bela”.
Satisfeito, regressei ao parque de estacionamento onde o taxista me aguardava. Era tempo de regressar a El Eulma e de apanhar novo transporte público para a capital Argel.
Mais fotos de Djémila
Guia para visitar Djémila
Como organizar a visita
Não tendo transporte próprio, a melhor forma é arranjar um taxista para o levar de Setif ou El Eulma até Djémila, aguardar que visite o complexo arqueológico e regressar à origem. Eu paguei 3.000 DZD por esse serviço, a partir de El Eulma; mas tenha em atenção que o primeiro taxista a quem perguntei pediu 8.000 DZD – não se deixe enganar.
A entrada em Djémila custa apenas 100 DZD (preço de março 2018).
Onde ficar
Eu visitei Djémila sem ficar hospedado nas proximidades mas, caso tenha tempo e seja essa a sua vontade, as cidades de Setif e El Eulma são as escolhas óbvias (El Eulma é mais perto; Setif é maior e tem mais oferta).
Quando andei a pesquisar, a melhor opção entre os poucos hotéis que encontrei foi o Hotel Almanara, em El Eulma. Seria provavelmente aí que ficaria hospedado, caso não tivesse incluindo Djémila no último dia do meu roteiro na Argélia, que começou em Constantine e acabou no aeroporto de Argel. Em Setif, para além de alguns quartos no airbnb, entre os hotéis que encontrei sobressaiu o Best Western Plus Setif.
Note que não há muitos hotéis próximos de Djémila. Seja como for, vá pesquisando usando o link abaixo, uma vez que, com o incremento gradual do turismo, é natural que outros hotéis vão surgindo nas centrais de reservas online.
Procurar hotéis perto de Djémila
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