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Visitar Timanfaya de autocarro: um fiasco completo (para o meu gosto!)

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Canárias Espanha Europa Lanzarote
Atualizado em 10.10.2022 | Tempo de leitura: 5 minutos

Tour de autocarro no Parque Nacional de Timanfaya
Estrada ao longo da qual segue o tour de autocarro no Parque Nacional de Timanfaya, Lanzarote

É com enorme tristeza que o afirmo: a única forma de conhecer o coração do Parque Nacional de Timanfaya, junto ao chamado Islote del Hilario, é a bordo de grandes autocarros de turismo. Não é possível caminhar, não é possível estar em contacto com a Natureza, em silêncio contemplativo; só é possível desfrutar de Timanfaya através dos vidros sujos de um autocarro de 52 lugares, acompanhado por cinco dezenas de turistas barulhentos.

Ao contrário do que sucede no Teide, em Tenerife, não é permitido caminhar no coração de Timanfaya. Por mais que me esforce, não entendo.

É possível que impeçam o trekking por questões de segurança (é perigoso caminhar sobre lava, por causa dos túneis de lava), mas se os trilhos estivessem marcados não haveria problema.

É possível que impeçam o trekking para alegadamente preservar o parque natural, mas quem faz trekkings a sério respeita por definição a Natureza. E seguramente com menos impacto do que visitando Timanfaya num autocarro.

Uma das muitas crateras vulcânicas avistadas através dos vidros do autocarro no Parque Nacional de Timanfaya

Seja como for, não creio que ter dezenas de autocarros a circular no coração do parque seja mais “amigo do ambiente” do que ter dezenas de pessoas a fazer trekking em trilhos bem marcados.

Há de haver uma razão forte…

Os CACT – Centros de Arte, Cultura e Turismo de Lanzarote falam em “leis restritivas que regem os Parques Nacionais” como razão para se ter criado a rota de autocarro, um argumento que cai por terra quando se compara com o que se passa no Parque Nacional do Teide, em Tenerife, que pertence ao mesmo arquipélago das Canárias e onde há caminhos como o trilho do Pico Velho ao Narizes do Teide. A título de curiosidade, foi um dos melhores trekkings que já fiz na vida, em total harmonia com a Natureza.

A minha experiência em Timanfaya

A minha visita ao Timanfaya conta-se, pois, em poucas e nada emocionantes linhas.

Cheguei de carro ao parque de estacionamento junto ao caríssimo restaurante El Diablo, no topo do Islote del Hilario (“um promontório rochoso onde são recebidos os turistas que chegam ao coração do parque”), depois de quase 45 minutos parado no trânsito, em fila, para lá chegar.

Entrei depois num autocarro com mais cinco dezenas de turistas; apreciei a paisagem por detrás do vidro ao longo da chamada Rota dos Vulcões, pequenas estradas ladeadas por paisagens inacreditavelmente belas, enquanto se ouvia uma gravação com algumas explicações sobre a paisagem.

Restaurante El Diablo, Timanfaya
Exterior do restaurante El Diablo, em Islote del Hilario

Regressei ao complexo do El Diablo para uma demonstração da temperatura elevadíssima a que o subsolo se encontra. Comi uma sandes para enganar a fome. E fui-me embora, irritado por só conhecer as “Montanhas de Fogo” de autocarro.

Com toda a honestidade, detestei.

Nesse dia, salvou-se a passagem pelo interessantíssimo Centro de Visitantes e Interpretação de Mancha Blanca, cuja visita recomendo sem reservas.

Note que há alguns passeios a pé, guiados, no interior do Parque Nacional de Timanfaya. Eu não fiz nenhum, até porque não soube da sua existência atempadamente. São passeios gratuitos, sendo no entanto necessário obter a autorização respetiva no site oficial (lugares limitados). Não há, no entanto, trilhos marcados que permitam aos visitantes caminhar em segurança de forma independente, tal como acontece em Tenerife. E isso é uma pena.

Se preferir, pode também fazer uma excursão de um dia com passagem por Timanfaya. Chama-se Lanzarote: Vulcões de Timanfaya, Cavernas e Almoço e tem boas referências.

Guia prático

Como chegar a Lanzarote

Não havendo voos diretos de Portugal para Lanzarote, optei por comprar um voo barato da Ryanair a partir de Madrid. O bilhete custou-me 75€ por pessoa, ida e volta, bagagem incluída.

Para chegar à capital espanhola, e como estávamos em período de férias escolares, aproveitei para ir de carro, ao longo de três dias, e assim visitar as povoações de Salamanca, Ávila e Segóvia. No regresso de Lanzarote, aterrei em Madrid e conduzi direto até ao Porto.

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Onde alugar carro

Normalmente costumo pesquisar carros na DiscoverCars, que oferece quase sempre os melhores preços; mas, no caso das ilhas Canárias, há uma rent-a-car local que usei e recomendo vivamente, chamada Cabrera Medina. São baratos, descomplicados, têm escritórios nos aeroportos e os seguros proporcionam tranquilidade total. Recomendo!

Durante a semana que passei em Lanzarote, desloquei-me sempre de carro alugado. Paguei um total de 115€ por sete dias de aluguer, incluindo seguro contra todos os riscos e sem franquia. Uma pechincha, portanto.

Caso o seu voo parta muito cedo, o processo de entrega de chaves é muito simples. Basta estacionar o carro no parque drop-off do aeroporto e deixar as chaves no escritório (de preferência dentro do envelope fornecido). Caso queira comparar preços com outras companhias, veja as opções disponíveis usando o link abaixo.

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Dicas para visitar os CACT

Caso pretenda conhecer várias das atrações que integram os CACT – como os Jameos de Água, o Miradouro do Rio, o Jardim dos Catos ou as Montanhas de Fogo (Timanfaya) – considere comprar os bilhetes combinados que permitem visitar até seis dos CACT. São válidos para 14 dias e permitem poupanças de até 10€. Existe uma app com um “guia completo e oficial” que vale a pena descarregar.

Onde ficar

Para informações muito mais detalhadas sobre as melhores regiões da ilha para pernoitar, veja o texto sobre onde ficar em Lanzarote. Seja como for, se quer fazer férias de praia recomendo o muito agradável Apartamento El Pueblo e a mais luxuosa Villa Estaca (Playa Blanca); ou ainda os resorts Izaro Club Hotel e R2 Bahia Kontiki (Punta del Carmen).

Se, ao invés, prefere ambientes mais rurais – como é o meu caso -, considere ficar em Haría ou Teguise. Em concreto, veja as guesthouses Casa Las Vistas ou Casa Rural Villa Lola Y Juan (Haría); ou ainda o B&B La Mimosa (excelente relação qualidade/preço) e o charmoso (mas mais caro) Hotel Boutique Palacio Ico (Teguise).

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Seguro de viagem

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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