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Apaixonei-me pelo bairro Albaicín, o coração árabe de Granada

Por Filipe Morato Gomes | Atualizado em 28 Jul 2020 | Viagens Andaluzia Espanha Europa Granada UNESCO Deixe um comentário

Onde ficar em Granada: Albaicín
Coração do bairro Albaicín, em Granada

As paixões são assim, assolapadas. Estava a planear a minha viagem à Andaluzia e a tentar escolher onde ficar em Granada quando vi as primeiras fotos de Albaicín. Soube logo que era amor.

O bairro Albaicín é um deleite visual. As paredes são maioritariamente caiadas de branco, com cerâmicas (pratos e vasos) coloridas nelas penduradas, a fazer lembrar a decoração dos pátios tradicionais de Córdoba.

Há portas de origem árabe. Janelas profusamente trabalhadas. Há cor e vida e alma nas ruas estreitas e empedradas que criam um labirinto onde só dá vontade de se deixar perder. É mesmo um bairro, na verdadeira aceção da palavra.

Alhambra vista de Albaicín
Vista da Alhambra junto ao Miradouro dos Carvajales

As ruelas formam uma rede que vai desde a zona mais alta de Albaicín, em San Nicolás, até ao Rio Darro, lá em baixo, onde Albaicín termina. Uma área que integra a lista de Património Mundial da UNESCO em Espanha, visualmente bem distinta do centro de Granada.

Usando as palavras de Samar, simpaticíssima anfitriã de origem marroquina a viver em Granada, é ir descendo que “Albaicín acaba quando acabarem as pedras” nas ruas. E era assim mesmo, a maioria das ruas do bairro era de empedrado, o que lhe conferia um ar ainda mais charmoso e característico.

Miradouro San Nicolás, bairro Albaicín, Granada
Alhambra vista do Miradouro San Nicolás, coração do bairro Albaicín

E assim, entre uma visita a Alhambra e um jantar memorável no centro de Granada, era no bairro Albaicín que me sentia bem. Não apenas pelos palácios e mesquitas, por praças como a Plaza Larga, pelos miradouros de Los Carvajales, San Cristobal ou San Nicolás, pelas mercearias de bairro, pelos cafés e esplanadas, pelas vistas sobre Alhambra; mas, fundamentalmente, pelo ambiente, pelo ar que se respira, por tudo aquilo que se sente mas dificilmente se explica.

É daqueles lugares onde as pessoas me cumprimentam quando nos cruzamos nas ruas (e quanto eu adoro estas coisas simples da vida em comunidade!). Sentia-me em casa. E ter ficado hospedado no bairro contribuiu ainda mais para essa sensação de familiaridade.

Era como se estivesse numa versão granadina de uma Alfama ou Mouraria bem cuidadas, com turistas quanto baste em alguns períodos do dia e locais específicos – como o final da tarde no Miradouro San Nicolás -, mas tranquila no resto do tempo e lugares.

Bairro Albaycin, Granada
As ruas empedradas de Albaicín

E assim, dizia, foi em Albaicín que passei a maior parte do meu tempo em Granada. Quase sempre na rua, com uma incursão ao vizinho bairro Sacromonte e esporádicas idas “lá a baixo“, ao centro da cidade.

Ainda assim, não deu para conhecer tudo. Ficaram por visitar as teterias (casas de chá) de Albaicín – instituições cuja existência descobri demasiado tarde -, um ou outro palacete e vários pátios que se escondem atrás das portas mouriscas. Mas para isso teria sido preciso mais tempo.

Turistas em Albaicín, Granada
O meu grupo de amigos explorando os becos de Albaicín

Seja como for, e apesar das expectativas muito elevadas, nem por um momento o bairro Albaicín me desiludiu. É mesmo o tipo de ambiente onde me sinto bem. Sim, quando vi as primeiras fotografias, antes de viajar até à Andaluzia, soube logo que Albaicín era amor. E não me enganei!

Fachada Albaicín Granada
Pormenor do bairro de inspiração árabe

Mapa: pontos de interesse em Albaicín

Guia prático

Quando ir

Embora teoricamente seja possível visitar Granada em qualquer altura do ano, eu recomendo a primavera e o outono, por forma a evitar as temperaturas mais extremas da Andaluzia.

Transportes

A melhor forma de explorar Albaicín é a pé; e o trajeto até à parte baixa de Granada faz-se bem caminhando. Para quem fica hospedado no centro de Granada e não quer caminhar, há também a hipótese de subir ao bairro em mini-autocarro, nomeadamente usando as linhas C31 (Albaicín – Centro) e C32 (Alhambra – Albaicín). Encontra mais detalhes sobre as linhas que servem o bairro Albaicín nesta página.

Segurança

Há quem escreva que o bairro Albaicín é perigoso e que é preciso “ter cuidado”. Honestamente, julgo que esse é um preconceito que permanece fruto de uma época em que o bairro teria sido, por assim dizer, mal frequentado.

Hoje em dia, Albaicín é um bairro tranquilíssimo. Tem a sua dose de indigentes e pessoas com formas de vida alternativas – e talvez isso contribua para o preconceito; mas nunca, por um minuto, senti qualquer animosidade ou insegurança em Albaicín. Em suma, não senti grandes diferenças em relação a outras partes de Granada consideradas mais “seguras”.

Onde comer

Em Albaicín, há alguns restaurantes tradicionais bem referenciados, nomeadamente o Torcuato, o El Picoteo e o Aixa (recomendações de habitantes locais). Entre eles, tive oportunidade de provar o afamado rabo de boi andaluz na esplanada do restaurante Aixa, em plena Plaza Larga, e um delicioso salmorejo cordobês no El Picoteo. Quanto ao mais famoso Torcuato, estava encerrado na noite em que tentei lá jantar.

Veja também o post sobre o que fazer em Granada, para uma sugestão gastronómica adicional (imperdível).

Onde ficar

Escrevi um texto específico sobre a questão onde ficar em Granada (centro ou Albaicín) e posso adiantar que, para mim, a escolha é óbvia: prefiro o bairro. Leia o post para perceber qual das áreas se encaixa melhor no seu perfil de viajante.

Eu fiquei numa casa-gruta chamada Flintstone House, que adorei, reservada no airbnb. Fica na parte alta do bairro (a minha preferida), mas manda a verdade dizer que não foi barata. Valeu a pena por sermos um grupo de cinco pessoas, mas há excelentes pousadas em Albaicín mais em conta.

No que toca a apartamentos, há uns extraordinários chamados Smart Suites Albaicín, que estive quase para reservar. Valem mesmo a pena e a localização é excelente, no coração do bairro.

Alternativamente, o tradicional Palácio de Santa Inés é lindíssimo e muito recomendado, embora seja um pouco caro para o meu orçamento habitual. Fica localizado na parte baixa de Albaicín, pelo que é especialmente indicado para viajantes que prefiram não ter de subir as ladeiras do bairro tantas vezes. Neste segmento – com conforto, qualidade e preços médios -, recomendo ainda o Hotel Santa Isabel La Real, a La Posada de Quijada e a Casa del Aljarife. Ficará muito bem instalado em qualquer um destes hotéis.

Se prefere poupar no alojamento, os mais económicos Cuevas Coloras Hostel e White Nest Hostel (ambiente jovem), ou o Hotel Plaza Nueva (mais tradicional) são das melhores opções. O primeiro fica numa típica casa escavada numa zona alta de Albaicín mais afastada (veja se a localização lhe agrada). Os restantes ficam ambos na parte baixa do bairro, junto ao rio; são simples e bastante elogiados.

Por último, não escolha o seu hotel em Granada sem antes conhecer o Shine Albayzín, um dos hotéis arquitetonicamente mais extraordinários de Albaicín.

Pesquisar hotéis em Albaicín

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho, atualmente, 49 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

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