25 viagens que quero fazer até 2030 (e balanço dos projetos falhados na última década)

Por Filipe Morato Gomes
Comunidades tribais de Nagaland, Índia © Dânia Rodrigues

Corria o ano de 2013 quando escrevi um texto com 13 projetos que gostaria de concretizar até 2020. Era uma espécie de lista de desejos, quem sabe uma forma de me relembrar destinos que queria mesmo conhecer, viagens mais longas a empreender e o segundo livro que há muito deveria ter escrito. Pois bem, o ano de 2020 acaba de chegar e é por isso altura de fazer um balanço.

A verdade é que não concretizei a maioria das ideias que tinha. Daquelas 13 ideias, concretizei apenas quatro na totalidade e outras três parcialmente. E outra foi logo abandonada porque não tem nada a ver comigo (não sei onde estava com a cabeça quando a decidi incluir na lista).

Em teoria, um desastre; na realidade, pouco importa. É sinal de que outros projetos apareceram, outros destinos ganharam prioridade – e a vida é feita de escolhas!

Balanço dos projetos 2013-2020

  1. Fazer o Caminho Português de Santiago. Um projeto simples, mas que ainda não foi concretizado.
  2. Desbravar o Japão. Fui visitar o Japão em 2016.
  3. Voltar ao Amazonas de barco. Fiz uma pequena parte, entre Manaus e Parintins, mas não a minha ideia original de ir até Tabatinga.
  4. Caminhar pelo Reino do Butão. Ainda não concretizei.
  5. Explorar a Rota da Seda. Concretizei mais ou menos: estive no Uzbequistão e no Cazaquistão, mas não no Quirguistão nem voltei à China, por exemplo.
  6. Arquitetura de Sanaa, Iémen. Mais um sonho há muito adiado.
  7. Festival Folclórico de Parintins, na Amazónia brasileira. Desejo concretizado em junho de 2017 [ver texto sobre o Festival de Parintins].
  8. Dar mais atenção à Europa. Sim, aos poucos fui visitando novos destinos europeus há algum tempo adiados, como por exemplo a Roménia.
  9. Descer a costa leste de África. Nem me falem! É um dos mais antigos projetos de viagem que tenho na cabeça, mas 2020 chegou e ainda não aconteceu. Talvez tenha de o reformular.
  10. Natureza da Costa Rica e o Panamá. Fiz essa viagem em 2015.
  11. Fazer um cruzeiro (desisti da ideia, não é para mim)
  12. Ver auroras boreais e ursos polares. Estive na Islândia duas vezes e vi auroras boreais, mas falta ir à Gronelândia, a Svalbard ou às ilhas Lofoten, por exemplo.
  13. Publicar outro livro. É mais um daqueles projetos eternamente adiados. Tenho pena.

Projetos de viagens para a próxima década

Tenho, naturalmente, uma renovada lista de destinos que quero conhecer nos próximos anos. Assim, e com a certeza de que outras prioridades entretanto aparecerão, eis um conjunto de países e territórios que espero ter oportunidade de visitar tão breve quanto possível. Que é como quem diz nos próximos dez anos.

1. Paquistão

Se há destino que me tem chamado nos últimos tempos é o Paquistão. Não apenas as cidades como Lahore ou Peshawar, mas muito especialmente a zona montanhosa a norte do país. Locais como o Vale de Hunza e toda a Karakoram Highway – incluindo Gilgit, Ghulkin, Pasu e tantos outros lugares – fazem parte do meu imaginário viajante. Está no topo das minhas prioridades.

2. Iémen

Bem sei que, atualmente, é possível visitar a ilha de Socotra, no Iémen; mas eu queria mais do que isso. A capital Sanaa, por exemplo, é daqueles lugares que me ficaram gravados na memória por causa de fotografias. Nunca lá estive, mas a arquitetura da cidade é algo que há muito me fascina.

E depois há o seu povo, incrivelmente hospitaleiro – como tive oportunidade de comprovar com todos os iemenitas com quem me cruzei numa recente viagem à Arábia Saudita. O Iémen continua, pois, tal como o Paquistão, nas minhas prioridades de viagens – a concretizar logo que seja possível.

3. Pamir Highway (Quirguistão, Tajiquistão)

A histórica M-41, conhecida informalmente como Pamir Highway, é uma das estradas mais altas do mundo. Atravessa o remoto terreno das montanhas Pamir, cruzando solo do Afeganistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Quirguistão, fazendo dela uma das mais inóspitas e espetaculares roadtrips do planeta. A estrada fez parte de um dos braços da antiga Rota da Seda, e continua hoje em dia a ser o principal canal de abastecimento da Região Autónoma de Gorno-Badakhshan, em território tajique.

Em 2018 montei um projeto de viagem que consistia em percorrer boa parte da Pamir Highway. Tenho especial interesse na faixa que vai de Osh, no Quirguistão, até Khorog, no Tajiquistão, com um muito desejado desvio no mítico vale de Wakhan – um estreito corredor na cordilheira Pamir encravado entre o Tajiquistão e o Paquistão, sobre o qual tenho especial curiosidade.

O projeto ficou por algum tempo adiado, mas há de ser concretizado um dia.

4. Ladakh (Índia)

Se há região da Índia que me fascina é o Ladakh – uma das regiões habitadas mais altas do mundo, com epicentro na cidade de Leh, que se estende desde o vale de Caxemira, a oeste, até ao planalto tibetano, a leste. A sul, a fronteira com o Estado de Himachal Pradesh (que também me interessa) passa ao longo das vertentes norte dos chamados Grandes Himalaias.

Por um motivo ou por outro, ainda não concretizei esta viagem, mas talvez seja possível combiná-la com a ida ao Paquistão e, quem sabe, ao Nepal. A ver vamos.

5. Mustang (Nepal)

Depois do violento sismo que abalou o Nepal em 2015, o país continua, aos poucos, a cicatrizar as feridas do terramoto. Os trilhos de montanha continuam intactos, muito do património sobreviveu aos abalos e mesmo o que foi destruído foi aos poucos sendo recuperado.

A capital Katmandu, a cidade de Pokhara, o trekking ao Campo Base do Annapurna ou ao Campo Base do Evereste, a cidade de Bhaktapur, o Parque Nacional Royal Chitwan são alguns dos muitos atrativos do país. Para mim, no entanto, há uma região que há já alguns anos me atrai de forma especial: o Mustang. Quem sabe se consigo visitar o Nepal brevemente.

6. Butão

O Butão é um dos destinos de viagem que considero mais misterioso. Tenho uma enorme curiosidade em percorrer as paisagens montanhosas do país, conhecer os seus mosteiros budistas encravados nas escarpas e participar num dos muitos festivais que ocorrem no território.

Diz-me quem lá foi que já não é tão puro como antigamente, mas acredito que valha muito a pena conhecer. Pena ser um destino um pouco caro – mas um dia vou lá!

7. Bangladesh

O Bangladesh é um dos destinos que recebe menos turistas em todo o mundo. Trata-se de um país muito pobre e com reduzidas infraestruturas de apoio ao turismo, mas os relatos sobre a calorosa hospitalidade bengalesa são tão recorrentes que, só por isso, já valeria a pena visitar o Bangladesh.

Locais como a floresta de Sundarbans, onde se encontra a maior população dos belíssimos tigres-de-bengala; as zonas rurais de Bandarban e mesmo a capital Dhaka; servem para cimentar a ideia de que tenho de lá ir o quanto antes. Será que chegou a hora do Bangladesh?

8. Nagaland (Índia)

Quando, há poucas semanas, a agência de viagens de aventura Nomad – onde fui líder de viagens durante 10 anos – lançou uma viagem para a região de Nagaland, no nordeste da Índia, confesso que fiquei boquiaberto. Era, para mim, uma região totalmente desconhecida. Nada sabia sobre as comunidades tribais de Nagaland, mas a surpresa foi tal que fui imediatamente pesquisar a respeito.

Ainda não sei o suficiente para saber onde ir e o que fazer em Nagaland, mas tenho por certo que quero ir ver de perto a cultura indígena dos povos locais e testemunhar os seus rituais seculares. E vou!

9. Sudão

O Sudão é daqueles casos em que o desconhecimento a seu respeito impera. Felizmente, alguns viajantes portugueses mais afoitos têm visitado o país e, descontando a ausência de infraestruturas de apoio ao turismo, só contam maravilhas sobre a experiência.

Não só sobre a hospitalidade do povo sudanês, mas também sobre o incrível património histórico que o Sudão alberga – de que são exemplo mais emblemático as pirâmides de Meroe, classificadas pela UNESCO como Património Mundial. É outro dos destinos a visitar o quanto antes.

10. Etiópia

Já estive para visitar a Etiópia um par de vezes mas, desde que pensei descer a costa leste de África com o objetivo de escrever um livro, tenho adiado a ida isolada ao país.

Talvez por isso, e como a tal viagem pela costa leste ainda não saiu do papel, continua a ser um destino eternamente adiado. Lugares como as igrejas escavadas de Lalibela, a ímpar depressão de Danakil ou o Vale do Omo – onde se encontram algumas das tribos mais fascinantes de África – há muito que me atraem.

11. Mali e Burkina Faso

Já aqui contei a história de não me ter apetecido viajar para o Mali e Burkina Faso. Corria o ano de 2007, tinha sido pai pela primeira vez há poucos meses e não tive “coragem” de partir. Não fui capaz. Segui o meu coração e não fui. Tomei a decisão certa – mas só soube disso no momento em que a tomei.

Seriam apenas três semanas de viagem, mas tinha planeado um itinerário que me permitiria conhecer o básico de ambos os países. Iria voar de Portugal para Ouagadougou, a capital do Burkina Faso, tendo voo de regresso a partir de Bamako, no Mali. Ainda hoje, doze anos depois, devo essa viagem a mim mesmo.

12. Guiné-Bissau

Localizada na costa Oeste do Norte de África, a Guiné-Bissau vai tentando atrair quem queira descobrir as belezas naturais de lugares como o arquipélago dos Bijagós.

Para mim, que em casa sempre ouvi falar da Guiné-Bissau (os meus pais estiveram lá durante a guerra colonial), seria uma viagem emocional às minhas origens. Já os tentei convencer a viajarem comigo para a Guiné-Bissau (para lugares como Bissau, Bafatá, Bissorã e o arquipélago dos Bijagós), mas sem sucesso.

Embora de momento não esteja no topo das minhas prioridades, é outra das viagens que quero concretizar nos próximos anos. Nem que seja sozinho.

Esta viagem já foi concretizada – veja o meu roteiro na Guiné-Bissau.

13. Ilhas Comores

O meu interesse pelas ilhas Comores apareceu recentemente, durante a minha busca permanente para encontrar voos baratos (às vezes encontro promoções para as Comores). Um destino perdido no meio do Oceano Índico, com pouco turismo e sem grandes infraestruturas de apoio, mas que por isso mesmo é ainda incrivelmente genuíno.

Continuarei, pois, atento a oportunidades para visitar as Comores a custo controlado. Tenho a sensação que me vou surpreender!

14. Malawi, Zâmbia e Zimbabué

Muitas vezes descrito como um dos mais fascinantes destinos do continente africano, o Malawi é também um dos países onde é menos complicado viajar de forma independente naquele continente. Tudo gira em torno do Lago Malawi – Nkhata Bay, as ilhas Linkoma e Chizumulu, entre outras -, mas há também o Monte Mulange, o Parque Nacional Liwonde e o planalto de Zomba, a cidade histórica de Dedza e até a capital Lilongwe.

Ora, juntando a Zâmbia e o Zimbabué ao Malawi na mesma viagem, com a inevitável passagem pelas Cataratas Vitória e pelas savanas dos parques naturais no interior da Zâmbia, estão reunidos os ingredientes para uma viagem épica a uma parte da África subsaariana que me desperta curiosidade. A ver vamos quando concretizo este projeto de viagem.

15. Taiwan

Tenho um amigo que se apaixonou por Taiwan há um par de anos – mais concretamente pelas pessoas de Taiwan -, e me falou de forma tão acalorada sobre as suas experiências na ilha que despertou em mim uma enorme vontade de lá ir. Pelas pessoas, pelos templos, pela gastronomia de que dizem maravilhas.

Infelizmente é um destino bastante distante, mas um dia tudo se conjugará para visitar Taiwan. Espero que em breve.

16. Sulawesi, Togean e Raja Ampat (Indonésia)

Composta por mais de 17 mil ilhas, a Indonésia é um mundo por explorar. Entre elas, há algumas onde nunca estive e que tenho imensa vontade de conhecer.

Desde logo, a ilha de Sulawesi, muito por culpa dos rituais fúnebres de Tana Toraja; mas também o belíssimo arquipélago das Togean, abraçado por Sulawesi, onde habitam várias comunidades de “ciganos do mar”. Mais distante, a incrível região de Raja Ampat, na Papua, é de uma beleza sem igual que muito gostaria de ver in loco.

17. Caminho Português de Santiago

Apesar de na última década ter sentido uma vontade crescente de percorrer a pé o Caminho Português de Santiago, a verdade é que nunca tomei a decisão de o fazer. Desconheço os motivos deste desejo – que não tem quaisquer motivações religiosas -, nem tampouco porque nunca dei o passo.

Fazer o Caminho Português de Santiago mantém-se, por enquanto, como uma vontade adiada. Para cumprir na próxima década. Seguramente.

18. Yukon (Canadá)

Para além de região de Vancouver, na British Columbia, e das chamadas Montanhas Rochosas no Canadá, há um outro Estado que desde há muito me fascina na América do Norte. Trata-se do mais remoto território de Yukon, onde pontificam vastas áreas naturais e glaciares imponentes, para além da relativa proximidade geográfica com povoações inóspitas como Inuvik, nos Territórios do Noroeste, que há muito quero conhecer.

Manda a verdade dizer que dificilmente concretizarei esta viagem tão cedo – porque há outras prioridades mais prementes. Mas o Yukon continua na minha lista de desejos.

19. Gronelândia

A Gronelândia é uma ilha gigantesca localizada, em grande medida, acima do Círculo Ártico. Boa parte dela está coberta de gelo, sendo fértil em glaciares, auroras boreais e paisagens de tirar o fôlego. Se já me impressionei com a beleza primitiva da Islândia, imagino como será na Gronelândia!

Ora, sendo um dos locais onde os efeitos do aquecimento global mais se têm feito sentir no Hemisfério Norte, a Gronelândia é um território em acelerada mutação. Quer isso dizer que, para conhecer a Gronelândia tal como a imagino, há que visitá-la rapidamente. É mais um projeto adiado há vários anos, para concretizar logo que a agenda – e o orçamento! – o permita.

20. Kamchatka (Rússia)

Com cerca de 300 vulcões – entre os quais três dezenas ativos – no seu vasto território, a península de Kamchatka é tida como uma espécie de museu vivo para os amantes de vulcões. Fica no extremo leste da Rússia, a nove horas de voo de Moscovo, e abriga igualmente uma enormíssima população de ursos castanhos; para além dos povos nómadas pastores de renas.

Tal como o Alasca, do outro lado do Mar de Bering, o principal atrativo da península vulcânica de Kamchatka é a sua intocada beleza natural. Para mim, foi uma descoberta recente que entrou de rompante para o topo da minha lista de desejos.

21. Ilhas Lofoten e Svalbard (Noruega)

As Ilhas Lofoten e o arquipélago de Svalbard são dois dos destinos europeus que mais tenho curiosidade em conhecer. Ficam ambos na Noruega e, embora não estejam no topo das minhas prioridades imediatas, são dois territórios que pretendo visitar. Seja para vivenciar o sol da meia-noite, no verão; seja para apreciar as auroras boreais no inverno.

22. Capadócia (Turquia)

De Istambul ao curdistão turco, já estive mais do que uma vez na Turquia. Mas nunca visitei a região da Capadócia. Se tudo correr como planeado, 2020 será o ano da concretização desta viagem… em família.

Gostava muito de proporcionar aos meus filhos a experiência de morar numa gruta escavada nas rochas de Goreme e explorar as paisagens agrestes da região. Talvez consiga até fazer um passeio de balão nos céus da Capadócia – vamos ver se o orçamento aguenta! Seja como for, é um dos desejos que está mais perto de ser concretizado.

23. Equador

De entre os países da América do Sul onde ainda não estive – Equador, Guiana, Suriname e Guiana Francesa -, o Equador é, sem qualquer dúvida, aquele que mais me atrai.

Das incontornáveis ilhas Galápagos às paisagens em torno do vulcão Cotopaxi; da colonial cidade de Quenca ao centro histórico da capital Quito; passando pela biodiversidade de parques naturais como o de Machalilla, a verdade é que não falta o que visitar no Equador. Diversidade é a palavra de ordem – e tudo num território pouco extenso.

Acredito que serei surpreendido!

24. Patagónia

Não entendo por que razão nunca visitei a Patagónia, mas a verdade é que essa ansiada viagem à “Terra do Fogo” nunca sucedeu. A ver vamos quando avistarei as formações rochosas de Torres del Paine, o monte Fitz Roy e o glaciar Perito Moreno, no Parque Nacional Los Glaciares; ou até o perímetro urbano de Ushuaia, a cidade mais austral do planeta. Está mais do que na hora – especialmente se combinada com uma incursão pela Antártida.

25. Antártida

Com 98% do território coberto por um manto de gelo e sem habitantes permanentes, a Antártida é uma espécie de objetivo supremo para qualquer aventureiro. Pela minha parte, tenho por certo que lá irei um dia – só ainda não sei quando. Que seja até 2030!

Mapa das viagens

O que vai acontecer a estes projetos?

Não sei. É natural que, ao longo dos tempos, e tal como aconteceu com a lista anterior, outras viagens e projetos tomem o lugar de alguns destes nas minhas prioridades – é normal. Espero fazer a maior parte destas viagens, mas em 2030 cá estarei para ver quais destas ideias foram efetivamente concretizadas, quais foram trocadas por outras melhores e quais foram, simplesmente, ignoradas. Sem julgamentos.

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Filipe Morato Gomes

Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.