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Gjirokaster, arquitetura Otomana em todo o seu esplendor

Por Filipe Morato Gomes | Atualizado em 9 Jun 2019 | Viagens Albânia Europa Gjirokaster UNESCO 2 Comentários
Tempo de leitura: 7 minutos

Torre do relógio no Castelo de Gjirokaster
Torre do relógio no interior do Castelo de Gjirokaster

Cheguei a Gjirokaster vindo de Berat, sem a certeza do que iria encontrar. Tinha adorado o tempo passado em Berat e é quase impossível resistir à tentação de comparar Berat e Gjirokaster, cidades que a UNESCO classifica em conjunto como tendo extraordinário valor arquitetónico. Optei por conhecer ambas, mas acabei por achá-las mais diferentes do que eu imaginava.

Gjirokaster é, acima de tudo, uma cidade amiga do viajante. Onde se está bem e não falta nada. Agradável para se estar e ir ficando, ideal para quem gosta de viajar devagar. Para percorrer as ruas do centro histórico sem pressas e sentar-se num café na companhia dos homens locais. No fundo, não fazer muito.

Ainda assim, há coisas que não pode ignorar em Gjirokaster – e que vale a pena visitar. Da minha passagem pela cidade, eis uma pequena lista com cinco recomendações para fazer em Gjirokaster.

O que fazer em Gjirokaster

#1 Apreciar o centro histórico, Património Mundial da UNESCO

Stone City Hostel, centro histórico de Gjirokaster
Entrada do Stone City Hostel, no centro histórico de Gjirokaster

“Berat e Gjirokaster estão inscritas [na lista de Património Mundial] como exemplos raros do caráter arquitetónico típico do período Otomano (…). Gjirokaster, localizada no vale do Rio Drinos no sul da Albânia, apresenta uma série de casas de dois andares emblemáticas, construídas no século XVII. A cidade tem também um bazar, uma mesquita do século XVIII e duas igrejas do mesmo período”. in UNESCO

Perder-se na cidade velha é a sugestão mais óbvia e provavelmente a mais interessante atividade para fazer em Gjirokaster. Andar pelas ruas do centro histórico, sentir o pulsar do bazar, sentar-se na esplanada de um café tradicional e apreciar o ritmo tranquilo da cidade.

O truque é fazer tudo isso de cabeça levantada. Porque a arquitetura das casas Otomanas é, de facto, única e muito bela. Não vale a pena sugerir igrejas ou mesquitas para visitar; a melhor recomendação é deixar-se perder nas ruas empedradas de Gjirokaster e entrar onde sentir vontade.

#2 Subir ao Castelo de Gjirokaster

Castelo de Gjirokaster Albânia
Castelo de Gjirokaster

Ao contrário do de Berat, o Castelo de Gjirokaster não é habitado. Lá dentro, e após passar um muito fotogénico corredor com armas defensivas em exposição, entrei no ajardinado e bem cuidado interior do castelo. Logo a seguir, dei de caras com o que resta de um avião norte-americano dentro do castelo. Ao que consta, o aparelho foi forçado a aterrar de emergência no aeroporto de Rinas, perto de Tirana, em dezembro de 1957.

Não tendo especial interesse pelo assunto, continuei rumo à Torre do Relógio, no extremo oposto da fortaleza e porventura o seu mais bonito e emblemático edifício. As vistas para a cidade, com todo o vale Drino e as montanhas em pano de fundo, são das imagens mais marcantes que levo de Gjirokaster.

Dentro do castelo existe também o Museu Nacional do Armamento, que eu optei por não visitar para ter tempo de fazer um passeio pelas montanhas da região. O museu é em grande medida dedicado à resistência albanesa durante a II Guerra Mundial e ao armamento utilizado desde a independência do país (1912) ao final da grande guerra.

#3 Casa Zekate

Zekate House, Gjirokaster
Sala de inverno da Casa Zekate

Por muitos considerada “o melhor exemplo de uma tower house Otomana” atualmente existente em Gjirokaster, a Zekate é uma moradia fortificada típica do início do século XIX. Fui recebido à entrada por um senhor de idade avançada e bom conversador, que me garantiu fazer parte da família Zeko, proprietária da habitação.

Lá dentro, tive oportunidade de desfrutar da Casa Zekate quase completamente sozinho. Espalhados pelos vários pisos da antiga residência de Beqir Zeko, os quartos e restantes aposentos permitem ter uma ideia clara sobre a organização das luxuosas casas Otomanas. Vá! – não se vai arrepender.

Se prefere uma visita guiada, opte por visitar a casa Skenduli.

#4 Provar qifqi, prato típico de Gjirokaster

Sempre digo que a gastronomia é parte importante de qualquer viagem. Neste capítulo, gosto de provar pratos típicos dos destinos por onde vou passando. Nem sempre gosto, mas provar é quase obrigatório.

No caso de Gjirokaster, a principal iguaria tradicional chama-se qifqi – que, na verdade, não são mais que bolas de arroz com especiarias diversas. É uma receita da região de Gjirokaster e, só por isso, já merece ser saboreada.

#5 Passeio: atravessar a ponte pedonal de Tepelene

Ponte de Tepelene, Albânia
Atravessando a ponte pedonal de Tepelene

Fica a cerca de 40km de Gjirokaster e muitos poderão achar que não vale o esforço. Para mim, no entanto, que estava a caminho das montanhas da região, parar na ponte de Tepelene foi uma agradável surpresa. Não fazia ideia da existência da ponte pedonal sobre o Rio Vjose até o dono do Stone City Hostel, onde dormi, me ter falado dela.

A ponte está atualmente em muito mau estado, mas continua a ser utilizada pelos habitantes da região (vi pedestres e até motorizadas a cruzarem a ponte). Para além de fotogénica, a grande curiosidade da ponte de Tepelene reside no facto de ter sido mandada construir pelo militar albanês Ali Pasha como oferenda à sua aldeia. De facto, do outro lado da ponte há um caminho que leva até Beçisht, a aldeia onde Ali Pasha nasceu.

Caso tenha mais tempo disponível, aproveite para visitar o Museu Etnográfico e a Casa Skenduli, ambas no bairro histórico de Gjirokaster.

Conheça um agradável roteiro de viagem na Albânia

Mais fotos de Gjirokaster

Zekate House, Gjirokaster
A cidade de Gjirokaster vista desde a Casa Zekate
Castelo de Gjirokaster
Interior do Castelo de Gjirokaster, com a Torre do Relógio ao fundo
Gjirokaster
Zona alta da cidade
Centro histórico de Gjirokaster
Centro histórico de Gjirokaster
Gjirokaster
Vista sobre a cidade
Gjirokaster, Albânia
A malha urbana vista do caminho para o castelo

Guia prático

Como chegar a Gjirokaster

Chegar a Gjirokaster vindo de Saranda ou Berat são as rotas mais comuns para quem anda a viajar na Albânia.

De Saranda, há minibuses regulares que fazem a curta viagem entre as duas cidades (não se preocupe com horários); só não deixe para o final do dia porque deixa de haver transporte.

De Berat, as opções são mais limitadas: existem apenas dois autocarros (ou vans) diários com ligação a Gjirokaster; um de manhã muito cedo, outro por volta das 14:00-14:30 no terminal de camionagem de Berat. Informe-se do horário correto no seu hotel.

Veja o roteiro de uma semana na Albânia

Onde dormir

Eu fiquei a dormir no Stone City Hostel e não poderia ter ficado mais encantado com o ambiente do alojamento. Recomendo a todos os viajantes, exceto aqueles que não gostem de hostels. Para outro tipo de alojamento, veja a lista dos 7 melhores hotéis de Gjirokaster ou pesquise no booking usando o botão abaixo.

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Comentários

  1. Jdiniz

    Olá. Está numa zona que conheço razoavelmente. Estive em Gjirokaster em Janeiro de 2014, e cheguei em Agosto da Albânia onde estive dois meses. É realmente uma cidade lindíssima e imponente, com uma fortaleza que adorei visitar. A Albânia é inacreditavelmente bela e única. É um país que tem tudo: montanhas maravilhosas, lagos de perder a vista, comida inacreditável praias paradisíacas (vai agora para Saranda? Se quiser dicas para além de Ksamil, Butrint ou blue eye, avise. Eu aconselho MUITO ir para norte até pelo menos Dhermi).

    Boa viagem e desfrute. Tenho umas saudades dos Balcãs que me pelo.

    Responder
    • Filipe Morato Gomes

      Olá,
      Concordo que a Albânia é uma pérola, ainda meio por descobrir. De facto fui de Gjirokaster para Saranda, com o objetivo principal de conhecer Butrint. Os posts seguem nos próximos dias. Quanto às dicas, já regressei a casa e, por isso, terá de ficar para a próxima vez, quando voltar para explorar a costa de Vlore a Saranda… 🙂
      Grande abraço e obrigado pela mensagem.

      Responder

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 50 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

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