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Os templos megalíticos de Malta

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Europa Gozo Ilha de Malta Malta Templos UNESCO
Atualizado em 1.09.2022 | Tempo de leitura: 6 minutos

Templos megalíticos Malta: Mnajdra
Templo Mnajdra

Malta é um país recheado de história. Espalhados pelas duas principais ilhas – Malta e Gozo – há seis complexos de templos megalíticos que merecem a atenção de todos os que visitam Malta (e não apenas dos apaixonados por civilizações passadas). Têm sensivelmente 5.000 anos e fazem parte do Património Mundial de Malta. Vale a pena conhecer!

Dos templos megalíticos classificados, consegui incluir os quatro primeiros no meu roteiro de viagem em Malta. A saber: Hagar Qim, Mnajdra e Tarxien, na ilha de Malta; e Ggantija, o único existente na ilha de Gozo. Não visitei Ta’Hagrat nem Skorba e, por isso, não falo deles neste post.

Nas palavras da UNESCO, “os dois templos de Ggantija, na ilha de Gozo, são notáveis pelas suas gigantescas estruturas da Idade do Bronze. Na ilha de Malta, os templos de Hagar Qim, Mnajdra e Tarxien são obras-primas arquitetónicas únicas, dados os limitados recursos existentes para a sua edificação. E os complexos de Ta’Hagrat e Skorba mostram como a tradição de construção de templos é transmitida em Malta”. Recuemos, pois, cinco milénios – vamos a isso!

Templos megalíticos em Malta

Tarxien

Templo de Tarxien, Malta
Pormenor do interior do templo megalítico de Tarxien, na ilha de Malta

O templo de Tarxien consiste num complexo com quatro estruturas megalíticas construídas entre 3.600 a.C. e 2.500 a.C.. Infelizmente, da estrutura mais antiga apenas sobrevive a parte inferior das paredes de pedra, pelo que só com alguma imaginação é possível visualizar como seria o templo.

Não contando com o Hipogeu, estrutura completamente distinta, Tarxien foi o primeiro templo megalítico que conheci em Malta. Estava, pois, no segundo dia do meu roteiro de viagem em Malta quando visitei Tarxien. Havia apenas uma dúzia de turistas junto ao templo, pelo que a visita decorreu sem qualquer problema.

Mesmo não sendo entendido no assunto, deu para perceber que a idade não perdoa. Apesar de todos os esforços recentes, o estado de conservação não é o melhor. Mas dificilmente o poderia ser.

Com isso em mente, apreciei os templos, observando as diferentes estruturas do complexo, enquanto ia lendo as explicações impressas no local. Na verdade, pouco se sabe sobre a utilização dada ao complexo megalítico de Tarxien; mas consta que terá sido “importante centro comunitário para atividades sociais, religiosas, políticas e económicas”. Certo é que ninguém sabe ao certo.

Como chegar a Tarxien

Dada a proximidade geográfica, o templo de Tarxien é perfeito para combinar com uma visita ao Hipogeu. Entre um e outro, eu fui a pé (não serão muito mais que 500 metros). Com partida no terminal de Valletta, os autocarros 81, 82, 84 passam nas proximidades de Tarxien. A entrada custa 6€.

Hagar Qim e Mnajdra

Hagar Qim Malta
Templo Hagar Qim

À chegada ao centro de visitantes, uma surpresa. “Daqui a cinco minutos começa um pequeno filme em 3D”, informou-me uma funcionária, antes de sugerir uma forma de aproveitar o tempo: “até lá, veja o museu; eu depois chamo”. Ora, um museu e um filme tridimensional não é coisa habitual entre os templos megalíticos de Malta, pelo que decidi acatar a sugestão. E valeu a pena.

Minutos depois, segui para os templos. Dada a situação geográfica, um descampado junto a escarpas muito ventosas sobre o Mediterrâneo, os templos de Hagar Qim e Mnajdra estiveram quase sempre expostos a elementos naturais que em muito contribuíram, ao longo dos séculos, para a sua degradação.

Ainda assim, a estrutura inclui megálitos de proporções gigantescas, que permitem imaginar a imponência de Hagar Qim. Lá dentro, foram encontrados vários artefactos relevantes, incluindo uma bela placa de pedra com espirais em relevo, atualmente substituídos por réplicas (os originais estão expostos no Museu Nacional de Arqueologia). Mas há um aspeto ainda mais surpreendente.

Uma das câmaras pré-históricas de Hagar Qim possui um orifício elíptico, construído por forma a estar alinhado com o nascer do sol do solstício de verão. Ao que consta, no início do primeiro dia de verão os raios do sol passam por esse buraco e iluminam uma laje de pedra dentro da câmara.

A Heritage Malta organiza visitas guiadas durante os equinócios de primavera (20-21 de março) e outono (21-22 de setembro) e solstícios de verão (21 de junho) e inverno (21 de dezembro).

Mnajdra

Depois de visitar Hagar Qim, segui por um trilho fácil, sempre a descer, até ao sítio arqueológico de Mnajdra. Trata-se de um complexo com três templos distintos que, diz a literatura, “apresenta uma fachada notável construída maioritariamente em calcário coralino, mais resistente. A alvenaria demonstra engenharia avançada e grande conhecimento de construção, incluindo ao nível dos acabamentos”. Como é natural, pouco é possível observar ao olhar comum.

Por esta altura, a minha atenção para com os templos não estava no seu auge, pelo que não me demorei muito em Mnajdra. Uma vez terminada a visita, segui então um trilho marcado junto à escarpa, que permitia regressar ao centro de visitantes por outro caminho, bem mais interessante.

Era a despedida dos templos megalíticos da ilha de Malta; ficaram a faltar dois dos complexos classificados pela UNESCO como Património da Humanidade. Próxima paragem: ilha de Gozo, onde havia mais templos para explorar!

Como chegar a Hagar Qim

No caso dos templos de Hagar Qim e Mnajdra, fui com dois amigos que tinham alugado um carro. Mas não é difícil lá chegar usando transportes públicos; basta apanhar o autocarro 201. A entrada combinada nos dois templos custa 9€.

Templos megalíticos de Ggantija (Gozo)

Templos megalíticos de Malta: Ggantija (Gozo)
Vista do templo de Ggantija, na ilha de Gozo

Estando na ilha de Gozo, ainda que por pouco tempo, não haveria como não incluir o templo de Ggantija no meu meio improvisado roteiro de um dia em Gozo. Juntamente com a cidade de Victoria, o desfiladeiro Wied il-Ghasri e as salinas perto de Marsalforn.

Isto porque Ggantija, edificado há mais de 5.000 anos, é um dos mais interessantes templos megalíticos que pode visitar em Malta. Para isso em muito contribui o facto de não ser coberto, o que torna a visita mais agradável. Mas não só.

Trata-se de um complexo de templos de “arquitetura sofisticada” utilizado durante cerca de um milénio e onde, ao que consta, terão sido “praticados rituais de vida e fertilidade”. Pela minha parte, gostei bastante de visitar Ggantija.

Como chegar a Ggantija

Tal como nos outros templos megalíticos aqui referidos, também cheguei aos templos de Ggantija de autocarro. Os autocarros 307 (de Victoria) e 322 (de Mgarr) passam junto à entrada do complexo. A entrada custa 5€, e dá igualmente acesso ao moinho Ta’ Kola.

Mapa: templos megalíticos de Malta

Para mais informações sobre os templos megalíticos de Malta visite www.heritagemalta.org.

Guia prático

Onde ficar

Para compreender melhor a dinâmica da ilha, sugiro que espreite as minhas sugestões detalhadas sobre onde ficar em Malta, que incluem recomendações sobre a melhor zona da ilha para se hospedar em função do seu estilo de viagem. Na verdade, a capital Valletta é a escolha aparentemente óbvia para se alojar na ilha de Malta. Eu só não fiquei lá por causa dos preços dos hotéis e apartamentos, notoriamente mais elevados do que noutras zonas da região.

Caso pretenda montar a sua base em Valletta, veja a agradável Casa Lapira, o elegante (mas mais caro) Palazzo Paolina Boutique Hotel, o carismático Tano’s Boutique Guesthouse ou ainda os estúdios Mac Kay Studios e West Street Apartments. São todos hotéis fantásticos e muito bem localizados no coração da capital maltesa.

Alternativamente, considere os acolhedores bed & breakfast Julesy’s e Nelli’s, ou ainda o mais simples No. 17 Birgu, nas Três Cidades; ou, em Sliema, o Backstage Boutique Townhouse ou o fantástico Two Pillows Boutique Hostel. São excelentes escolhas para ficar perto de Valletta.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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