Trabalhar pela internet e outras soluções para mudar de vida

Por Filipe Morato Gomes
Nómadas digitais a trabalhar pela internet - Nova Zelândia
Escritório com vista para o Lago Tekapo, Nova Zelândia

Suponho que é coisa da idade. Chega-se aos trinta e poucos e começa-se a questionar o rumo da nossa vida – é normal. É, por isso, um tema comum nas minhas conversas com amigos, conhecidos e até desconhecidos que me abordam por email. Gostavam de “mudar de vida“; ou, simplesmente, de “viajar mais”. Mas – pensam! – não têm dinheiro para viajar.

Julgo que me procuram para ver se lhes dou o empurrão de que necessitam para o precipício. Porque o abismo assusta. Mas se abrir um paraquedas pode saltar à vontade sem se estatelar no chão. Eu dou o pontapé, mas o paraquedas é a sua cabeça e essa sua capacidade inata para se “desenrascar”.

Muita gente adoraria mudar de vida. Ou, para ser mais exato, muita gente diz que gostava de mudar de vida. Que queria deixar o emprego e viajar mais. Ser nómada digital. “E porque não o fazes?”, pergunto vezes sem conta. A resposta, quase sempre, anda à volta da mesma argumentação: não pode porque tem o “crédito à habitação para pagar”, porque precisa do “salário certinho” ao fim do mês, ou outra explicação que envolve dinheiro.

A todos, dou a mesma solução: se quer mesmo mudar de vida e viajar mais, arranje uma fonte de rendimentos que não dependa da sua presença física num local específico. Um trabalho que possa ser feito noutros locais – seja online (o conceito de nómada digital) ou offline. Ou que o próprio trabalho seja por natureza feito em viagem (num navio de cruzeiros, por exemplo).

Vamos então abordar algumas possibilidades para quem esteja disposto a sair da zona de conforto e ganhar dinheiro em viagem.

Alugar a casa ou apartamento

Alugar o apartamento é a solução básica. Se dispõe de uma habitação bem localizada, porque não colocá-la no mercado de aluguer temporário e, com o rendimento gerado, ir viajando em países com baixo custo de vida (por forma a que o rendimento seja suficiente para se sustentar)?

Até porque há cada vez mais turistas que procuram formas de alojamento alternativas aos hotéis tradicionais. Precisa apenas de ter três cuidados na hora de tomar esta opção:

  • Começar a alugar antes de partir, por forma a construir uma base de opiniões positivas que facilitem o aluguer nos meses / anos em que está a viver ou a viajar algures pelo mundo
  • Ter um familiar ou amigo de confiança que faça a gestão local (relação com hóspedes, entrega de chaves, tratar da limpeza e resolução de pequenos problemas)
  • Assegurar-se que, caso tenha crédito à habitação, o banco não aumenta o spread porque a casa deixou de ser para “habitação própria e permanente”. Caso mude o spread, faça contas a ver se compensa.

Por onde começar? Na minha opinião, o airbnb é a solução ideal para este tipo de arrendamentos de curta duração. Os rendimentos atingem facilmente o dobro do aluguer convencional ao mês, o que pode ser suficiente para pagar o empréstimo bancário (caso haja) e ajudar a financiar as viagens.

Como é natural, nem toda a gente tem uma casa ou apartamento que possa alugar. Mas há outras alternativas.

Encontrar empregos temporários em viagem ou trabalhar pela internet

Encontre uma área de atividade de que goste e que domina, e estude a possibilidade de fazer algo online nessa área. Ou seja, tire partido da net. Comece a trabalhar pela internet.

Hoje em dia, há wifi em praticamente todos os hostels, hotéis, restaurantes e cafés, e a maioria das vezes o acesso é gratuito.

Na verdade, trabalhar online é o que eu faço. Profissionalmente falando, desde que tenha acesso à internet, é-me praticamente indiferente trabalhar em casa ou numa praia nas Filipinas. E só não o é a 100% porque tenho atividades que requerem a minha presença – como os workshops sobre Escrita de Viagens ou as minhas viagens ao Irão com a Nomad. De resto, para o trabalho de escrita de crónicas e reportagens de viagem ou a atualização do blog de viagens Alma de Viajante tanto faz onde estou.

Aliás, para ser honesto, só não vos escrevo neste momento a partir de um local sem chuva algures no hemisfério sul, onde não se fale de défice, impostos, crise e troika porque tenho uma filha em idade escolar e quero estar perto dela (e não a quero tirar da escola). Estou, ao invés, a trabalhar em casa, mas isso faz parte das minhas opções. Optar é isso mesmo – colocar vantagens e desvantagens no prato da balança e, em cada momento, decidir o caminho a seguir.

Para o caso, o que interessa é que, se eu quiser mesmo, posso apanhar um voo barato para qualquer canto do planeta e trabalhar pela internet a partir de lá. A boa notícia é que você também pode!

Filipe Morato Gomes no deserto
Um “escritório” pode ser montado em qualquer lugar do mundo. Foto de Andreia Antunes

Eis alguns exemplos de atividades passíveis de serem executadas à distância e gerar rendimento (a lista não é exaustiva, até porque isto não é um manual sobre como ganhar dinheiro na internet, mas pode dar-lhe algumas ideias e servir de inspiração):

  • Traduções;
  • Marketing digital (gestão de redes sociais);
  • Design gráfico e comunicação;
  • Web design e programação informática;
  • Venda de fotografias online, em bancos de imagens;
  • Criar um blog de referência na sua área de especialidade, alimentando-o ao longo do tempo (use o seu destino do momento para acrescentar informação relevante sobre o tema) e rentabilizando-o com publicidade;
  • SEO (Search Engine Optimization);
  • Ensino à distância;
  • Consultas online em várias áreas (por exemplo, tenho uma amiga que faz, com sucesso, consultas de nutrição em A Nitricionista);
  • Consultoria de qualquer espécie (contabilidade, fiscalidade, apoio técnico-comercial, etc…), desde que os tradicionais encontros presenciais possam ser substituídos por reuniões via Skype;
  • Compra e venda de produtos (vestuário, artesanato e outros), que possam ser encomendados pelos clientes finais a partir do Facebook ou de lojas como o eBay. Neste caso, pode vender as suas próprias criações ou, então, comprar barato durante a viagem (em países como a Tailândia e o Laos, por exemplo) e vender online para qualquer parte do mundo;
  • Investimentos em bolsa (compra e venda de ações, obrigações, fundos e afins). Atenção que é uma solução de alto risco!

A lista de possibilidades é enorme. Naturalmente, nem toda a gente tem sucesso mas, mais uma vez, se quer mesmo mudar de vida, há que arriscar. E, acredite, há muita gente a ganhar dinheiro na internet fazendo trabalhos online.

Mas há mais.

Se não tem uma casa para alugar e sente que não pode trabalhar pela internet, que não há nada que possa fazer online (duvido, mas você é que sabe!), resta-lhe a solução tradicional dos backpackers. E aí as possibilidades são igualmente muitas.

Já sabe que não é preciso coragem para viajar. Por isso, faça-se ao caminho e vá trabalhando ao longo da viagem. Estacione um a três meses numa cidade, arranje um trabalho temporário, vá aproveitando as folgas para conhecer a região, junte algum dinheiro; e, quando sentir que é altura, faça-se à estrada novamente com o capital entretanto amealhado.

Não é difícil ganhar dinheiro em viagem, seja a trabalhar em hotéis, hostels e restaurantes, seja na apanha de fruta ou nas vindimas, seja ainda em trabalhos mais criativos ou técnicos como o design gráfico, web design e programação de sites simples para clientes no local onde se encontra. Se preferir, pode até trabalhar em troca de serviços como refeições ou dormidas (exemplo: fazer o site de um hostel em troca de alojamento durante um período de tempo justo).

Ou então, há sempre a hipótese clássica de embarcar num navio de cruzeiros por 6 meses e juntar tudo o que pode (não é para todos, mas é uma boa forma de poupar dinheiro para viajar, sem ter de trabalhar online).

Eis uma lista de possíveis atividades offline que pode fazer em viagem:

  • Ensinar inglês em escolas locais (embora costumem dar preferência a nativos da língua – mas quem sabe não há oportunidades para ensino de português para estrangeiros);
  • Instrutor de mergulho, surf, kitesurf, escalada e outros desportos;
  • Rececionista num hotel / hostel;
  • Trabalhar em navios de cruzeiro;
  • Trabalhar em veleiros;
  • DJ / animador;
  • Babysitting;
  • House sitting (tomar conta de casas e animais de estimação enquanto os donos estão fora; é uma opção limitativa, mas que permite viver em qualquer parte do mundo com custos reduzidos);
  • Vender fotografias (na minha última viagem à América do Sul, conheci uma miúda que financiava as suas viagens assim: imprimia algumas das suas melhores fotos tiradas em viagem e vendia-as nas ruas);
  • Atividade comercial (se tem jeito para a área comercial, pode propor os seus préstimos a agências de turismo locais, hotéis, centros de mergulho e afins, e receber comissões pela angariação de clientes na aldeia, vila ou cidade onde se encontra);
  • Trabalho voluntário (mesmo que não lhe paguem pelo trabalho, tem uma experiência inolvidável, um enorme enriquecimento pessoal e não gasta dinheiro em alojamento e refeições – cuidado com as organizações profissionais do volunturismo, que transformaram o voluntariado num negócio).

… e por aí fora. Seja criativo, pense nas suas competências e mais-valias e encontre o seu caminho.

Breve nota sobre vistos de trabalho em férias

Independentemente da sua área profissional, em países como a Austrália e a Nova Zelândia vale a pena aproveitar o visto de trabalho temporário (Work Holiday Visa) que os mais jovens conseguem com enorme facilidade.

São dois bons países para trabalhar e juntar dinheiro (pese embora o elevado custo de vida). No ano passado, por exemplo, na Austrália, um jardineiro português radicado no estado de Western Australia disse-me que estava sempre a precisar de ajuda. Ofereceu-me dormida lá em casa e disse que, se eu quisesse ser seu ajudante, me pagaria 1.000 dólares australianos por semana (mesmo sem eu ter qualquer experiência no ramo). Bastaria ter lá ficado um ou dois meses e teria poupado algum dinheiro para as minhas viagens.

Para ter uma ideia sobre os vistos de trabalho em férias, leia as perguntas frequentes do programa Working Holiday Maker do turismo australiano.

Toda a gente pode trabalhar em viagem

O que é que eu quero dizer com tudo isto? Quero dizer que, se quiser mesmo mudar de vida, ter um estilo de vida mais desprendido e viajar mais, pode arranjar formas de concretizar esse objetivo. Como eu escrevi no texto Viajar não é coisa de ricos, acima de tudo “é preciso querer. Querer mesmo”. O resto, com maior ou menor dificuldade, arranja-se.

Há centenas de coisas que se podem fazer para ganhar dinheiro em viagem. Seja a trabalhar pela internet ou em atividades mais tradicionais. Pense que pode trabalhar em casa, e que a sua “casa” pode estar em qualquer lugar do mundo. Basta ser criativo e não ter medo de arriscar.

Em suma, se quer mesmo mudar, faça por isso. E se tem como objetivo viajar, agarre o desafio e faça com que se concretize. Inspire-se com histórias de mudança. Poupe dinheiro, elabore um plano, execute-o. Nem que tenha de trabalhar em viagem para ir financiando as suas aventuras. Mas vá. E não se vai arrepender!

Seguro de viagem

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Filipe Morato Gomes

Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.

38 comentários em “Trabalhar pela internet e outras soluções para mudar de vida”

  1. Muito bom, o pessoal que está a pensar mudar de vida podia-se organizar e partilhar ideias que sustentassem essas mudanças de vida uns dos outros. Acho que se partilharem as ideias todos ganham, independentemente de depois cada um ir para seu lado.

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  2. E é à espera de posts como este que eu faço o meu tour diário ao teu facebook e site. Não é um post de esperança, é bem mais que isso. Dá-nos esperança e ferramentas. Dá-nos olhar crítico. Dá-nos sonho mas também a forma de chegar lá. É por isso que para mim o teu site é o melhor dentro do tema em Portugal. É por isso que falo do “Filipe das viagens” aos meus amigos como se te conhecesse … no fundo sinto que também ando a viajar por aí! Mas prometo Filipe que quando eu decidir “mudar de vida” (e está quase!!) serás o primeiro a quem vou mandar email. Só me falta convencer o conformista cá de casa (já agora, algum conselho para além de lhe mandar os links dos teus posts? ahah)! E vou começar o email com “Filipe, lembras-te daquele post sobre mudar de vida? Mudou a minha :-)”
    Muito Obrigado!!

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    • E é por causa de comentários como este que eu continuo a escrever com tanto prazer. Obrigado, Sónia. Mesmo!

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      • Pois eu não achei graça nenhuma… Já é difícil sossegar o espírito e assim com posts destes a coisa ainda complica mais… Quem é que consegue dormir agora hum? Obrigadinha :P

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  3. Gostei muito de ler este artigo e é mesmo assim: poupa dinheiro, faz um plano e executa-o! Há quase 2 anos atrás, quando me aproximei dos 40 anos, uma campainha começou a agitar-se cá dentro… e decidi então terminar os meus compromissos de formadora e o mestrado para pedir uma licença sem vencimento do trabalho na escola (sou professora). É o sentir de que precisamos mesmo de fazer isso que nos faz arriscar e abrir caminho para a indefinição. Planeei durante os meses de espera da resposta da licença e depois tudo se acelerou. Consegui alugar a minha pequena casa exactamente para o ano lectivo da minha ausência e decidi usar as minhas economias, inicialmente previstas para fazer obras na casa. Obras ou viagem… viagem de um ano pela Ásia. Só não rentabilizei a minha experiência, apenas fui partilhando os meus desafios em blog, e não arranjei nenhum trabalho. Mas fiz voluntariado em 5 países diferentes e, enquanto professora, essa vivência foi uma das melhores coisas da minha viagem porque me permitiu aproximar das gentes locais. Vietname, Camboja, Laos, Tailândia, India, Nepal, Tibete, Birmânia, 8 países em 12 meses, andei devagar comparando com jovens que faziam 10 ou mais países em menos de um ano. But who cares?! Cada um no seu ritmo. Cada um com a sua convicção. Cada um com as suas conquistas. Conquista-te! Parte.

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    • Fantástico exemplo. E na minha opinião, que sou jovem, mais vale conhecer bem um só pais do que 10 mal conhecidos.

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  4. Filipe, adorei o post, bem como as palavras de ontem por email.
    Algo começou a ganhar formação e força. Este post foi o pontapé que precisava para me dar a força para delinear um projecto. Abraço e ainda havemos de falar de conquistas.

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    • Vai dando conta desses projetos… :)

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  5. Amigo Filipe, eu e o Rui parecemos os putos, estamos ansiosos pelo Natal mas não é pelo Natal propriamente, é pelo que vem a a seguir. No dia 27 partimos para o sul da China e Vietname, de Sapa a Saigão!
    Bilhetes comprados, roteiro estudado, máquinas fotográficas prontas e caderno de apontamentos por estrear! Desta vez vamos nós!
    Obrigada pelos bons conselhos :)

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    • Boa viagem Sara e Rui. Aproveitem muito! :)

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  6. A mais pura das verdades… Adorei o que escreveu, e sem dúvida que quando viajamos crescemos e as dificuldades diminuem, aprendemos que não precisamos assim de tantos bens materiais para nos sentirmos bem, o mais difícil é dar o primeiro passo.
    Já agora acrescento o site Couchsurfing para que possam conhecer nativos, que vos vão informar sobre os costumes e tradições e garanto que podem ter experiências maravilhosas…

    Jamais deixem de sonhar. BOAS VIAGENS.

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  7. Excelente post. Fiquei apenas sem perceber como pode um português participar no programa Working Holiday Maker se Portugal está fora da lista.

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    • Tens razão, José, erro meu. Era capaz de jurar que os cidadãos portugueses e brasileiros eram elegíveis, mas fui agora confirmar e na verdade não são. :(

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  8. Encontrei o teu blog por mero acaso e revejo-me totalmente nas tuas palavras.
    Tomei a decisão de mudar de vida há 1 ano e depois muito pesquisar, larguei tudo (trabalho, família, amigos) e vim para a Austrália. Estou cá há menos de 2 semanas. Isto não é o “el dorado” como muitos julgam, mas foi o sítio que escolhi para dar um novo rumo à minha vida e lutar por fazer o que mais gosto: VIAJAR! Dá medo, assusta, mas com espírito de sacrifício tudo se consegue e no fim valerá a pena. O dinheiro nunca será sinónimo de felicidade. É preciso espírito à Paulo Bento: “muita tranquilidade” =)

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    • Daniel, podes por favor partilhar connosco como fizeste quanto à questão do visto de trabalho na Austrália? Pode ser útil para outros que estejam a pensar “mudar de vida”. Abraço e obrigado pela mensagem.

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  9. Como já tive ocasião de comentar no FB, graças a vocês eu já comecei as mudanças e viajei com um bebé de quase 4 meses. Paris não é longe mas foi um grande passo e muito apontado por muita gente, mas que me importa? Fui feliz, diverti-me e passei os melhores momentos desde que fui mãe. Adorei, não trocava por nada deste Mundo e parva era se não tivesse ido.

    Agora preparo-me para dar outros pequenos passos e se não tivesse cá o meu filho e marido poderia fazer-me ao Mundo com fonte de rendimento fixa, por isso, tenho a certeza e já faz parte dos meus planos que irei… já marquei na agenda :D, ainda falta mas irei e tudo graças a artigos como este e às pessoas que objectivamente nos transmitem ensinamentos e acima de tudo: Fazem Sonhar. Obrigada

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  10. Parabéns pelo blog, muito útil. Gostaria de lhe sugerir uma actividade que poderia ser útil para quem não tem companhia para viajar: poderia criar uma bolsa de viajantes solitários :)

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  11. Pois é, Filipe. Já é a segunda vez que venho parar a esta artigo. Não tenho feito outra coisa senão pensar em deixar o meu emprego nos últimos meses. Já estudei mil possibilidades para que isso seja viável, estabeleci contactos para escrever conteúdos online (sou professor de Inglês e Português), tenho andado a fazer um site que já vai com 50 artigos prontos (prestes a ficar online),… Mas não existe nada de concreto até agora. A verdade é que é impossível garantir o sucesso. Mas a decisão de avançar é difícil porque não deixa de ser “trocar o certo pelo duvidoso” e há outras pessoas envolvidas, nomeadamente a minha filhota de quatro anos. Tenho o apoio total da minha mulher mas… Sinceramente, esta é a decisão mais difícil da minha vida.

    Não sou novo nisto da net e já sabia muito sobre grande parte das hipóteses que explicaste. De qualquer forma, muito obrigado por me teres deixado ainda mais “doente” :)

    Bons negócios e boas viagens.

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  12. Bom Artigo
    Gostei!
    O Caminho Faz-se a Andar
    Sigaaa
    N1

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  13. Olá Filipe… muito inspirador seu artigo… esse é o estilo de vida que procuro.

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  14. Olá Filipe,

    Mais um post desafiador!… Muito bom.
    Quais os sites que recomendas para a venda de fotografias online?

    Boas viagens!
    Bárbara

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    • Boas dicas Filipe, estou me preparando para mudar para Vancouver, no Canadá, e suas dicas vão acrescentar nos meus planos. Abraço e boas viagens.

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    • Olá Bárbara,

      É cada vez mais difícil vendas de imagens nos bancos de imagens. Um dos que mais compensa é o Shutterstock.

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  15. O Filipe sabe alguma coisa sobre umas oportunidades que algumas empresas de transportes dão a bordo dos navios cargueiros, onde se pode trabalhar a bordo a troco da viagem? Seria outra actividade que poderia constar nesta lista.

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    • Não tenho contactos nessa área. Se alguém souber de algo, por favor partilhe.

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      • Eu ando a pesquisar algumas coisas relacionadas mas já li pelo menos um testemunho de uma pessoa que o fez. Se chegar a alguma conclusão partilho ;)

        Responder
    • Olá Gonçalo!
      Espero poder ajudar, muito embora nem sempre isso seja fácil.

      Pois bem, trabalhei durante 11 anos a bordo de navios de cruzeiro e de yachts particulares, em paralelo fiz muito cursos de sobrevivênvcia marítima e cruzei-me com muita gente de muitas origens e culturas por esse mundo fora.
      A questão aqui é a seguinte – até acredito que encontre alguma companhia que o ajude, no entanto hoje em dia, os cargueiros, assim como qualquer embarcação estão sujeitos a visitas quase diárias e mais do que uma vez ao dia (entrar em porto e sair do porto) em que os comandantes destas embarcações estão obrigados por lei a mostrar uma lista de tripulantes e passageiros, os respectivos documentos e certificados dos diversos cursos necessários para viajar a bordo – se ao viajar como tripulante tem que obrigatoriamente ter curso de sobrevivência (de acordo com as normas marítimas) e dependendo do tipo de embarcação pode necessitar de outros cursos mais específicos… é só uma chamada de atenção, no caso de realmente ir por aí… e o mesmo é válido para yachts…. muitos destes fazem travessias de Portugal para as Caraíbas e para Cuba e para os Estados Unidos da América, mas embora possa ser membro da tripulação em troca da viajem, muitos exigem cursos de segurança a bordo.

      Espero ter ajudado de alguma forma.

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  16. É bom saber que esta inquietação não paira só sobre a minha cabeça ;) Cada vez mais se torna óbvio para mim que a suposta segurança e conforto financeiro são muito relativos… e a nossa felicidade está indexada a valores errados! Procuro incessantemente por uma alternativa profissional que não me obrigue a estar fechada 10 a 12 horas num escritório a fazer um trabalho que não me traz qualquer tipo de satisfação (nem sei como vim aqui parar ;)) Adoro animais (tenho 8, entre pássaros, peixes, porquinhos da índia e cães) e acho que seria muito mais feliz e realizada se pudesse trabalhar nesse ramo. Talvez o pettsitting não seja má ideia ;) O mais difícil é dar o primeiro passo. Mas este post foi mais um pequeno empurrão :) Porque os sonhos são para realizar…

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    • Gostei muito do seu comentário.
      Também quero mudar de vida mas o primeiro passo está difícil de dar.
      Obrigda

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  17. Moro no Brasil e gostaria de saber Quanto seria necessário ter juntado em R$ (reais) pra dar um início nessa jornada??

    Responder
  18. Boa tarde.
    Obrigada pelo seu artigo, pois deu-me mais força para acreditar no meu projecto/sonho. Procuro trabalho on-line neste momento e vou tirar uma licenciatura on-line, para que possa viajar, o meu outro sonho. Sei que não é fácil, mas fácil seria dizer que queria mudar e ficar pelo seria.
    Continuação de bom trabalho

    Responder
    • É assim mesmo, Angela, a atitude é essa. Boa sorte para a concretização do sonho! Beijinhos

      Responder
  19. Excelente artigo, parabéns!

    Responder
  20. Excelente artigo, como sempre Filipe.

    Há 1 mês e meio atrás despedi-me do meu emprego de 4 anos e da estabilidade financeira que me dava, e decidi que a partir daquele momento apostaria naquilo que me faz verdadeiramente feliz: viajar.
    Inscrevi-me num curso de marketing digital de forma a me poder especializar numa área que, para além de gostar muito, me vai permitir viajar e trabalhar ao mesmo tempo no futuro. Entretanto voltei à Ásia para limpar a cabeça e fazer reset total antes de investir numa nova vida! :)

    Estou positiva e com zero arrependimentos da decisão que tomei. Ficar agarrada a algo que não me fazia feliz e que não me permitia ser livre e correr o mundo, não era opção para mim.

    Espero que o teu artigo motive mais pessoas a darem “o” passo e a investirem na sua felicidade :)

    Beijinhos e boas viagens!

    Responder
  21. Olá Filipe e todos os visitantes.
    Após mais de 2 horas a ler os vários textos deste blog, que encontrei por acaso, sinto-me totalmente inspirada e acabei de etiquetar o mealheiro cá de casa com a afirmação “viagem Amazónia-Patagónia”. Acabada de regressar de uma pequenita viagem de lua-de-mel pela ilha de São Miguel – muito bonita -, sofro daquele mal de desejar muito viajar mas na realidade não fazer nada por isso. Não ha dinheiro, a menina só tem 3 anos, os com pouca saúde, bla bla bla… tenho tb uma cunhada nómada, que já viajou imenso pela Ásia e neste momento vai vivendo – tem uma caravana que ela própria adaptou a partir de uma carripana baratíssima, é um espirito livre, nunca lhe falta dinheiro para o que é realmente necessário e ficou umas duas semanas em Portugal por ocasião do nosso casamento e ao fim da primeira já desejava ardentemente voltar para imensidão do mundo – e que está sempre a incentivar-nos a deixar esta vida sedentária, ou pelo menos, a deixar de ter medo de partir à descoberta. Obrigada por toda esta inspiração, vinda do Filipe mas também de todos os comentários.
    O sonho está mais perto. Obrigada,
    Marta

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  22. Boa dia.
    Gostei muito do artigo, tenho um projeto e estava meio desanimado. Ouvi falar de trabalho pela internet e no momento estou sem tempo, mas não vou desistir
    e o seu artigo me inspirou de novo.

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  23. Parabéns pelo texto. Embora seja um post antigo, o assunto é sempre bem atual. Adorei a dica de alugar a casa. Eu pretendo muito fazer isso depois que minha filha for para a Universidade! Irei me libertar de novo! kk Vivi viajando muitos anos. Parei pela família… mas não vejo a hora de voltar a ativa! Hoje eu Sou uma feliz mamãe digital! Trabalho em casa com meus sites, recebendo renda passiva, e faço assessoria para cidadania italiana aqui na Itália. Depois de tantos anos trabalhando feito uma louca em navios de cruzeiros, restaurantes e hotéis pelo mundo, finalmente desfruto de uma qualidade de vida sem preço! Sair do convencional muitas vezes assusta, mas é compensador!
    Um beijo e sucesso!

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  24. Obrigada e parabéns pelo post.
    Ainda bem que os tempos mudaram, já não somos mais reféns de empregos, graças à internet.

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