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A história do telefone perdido em Yazd

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Irão Médio Oriente Yazd
Atualizado em 17.07.2017 | Tempo de leitura: 4 minutos

Centro histórico de Yazd
Centro histórico de Yazd

Já tenho escrito diversas vezes sobre a hospitalidade iraniana, mas há dias em que ainda me surpreendo com as pessoas no Irão. Vem isto a propósito de um telefone perdido em Yazd há poucos dias, e mais tarde entregue em mãos em Shiraz. Muitas pessoas a intercederem, muita gente com boas ações, tudo verdadeiramente surpreendente. Mesmo para mim, habituado a lidar com as gentes do meu Irão.

Não tenho palavras.

Já tinha acontecido um episódio com um telefone perdido em Copenhaga e, mais recentemente, na cidade espanhola de Cáceres; ainda assim não deixo de me surpreender com a honestidade do povo iraniano.

Sim, talvez ande a perder o telefone demasiadas vezes. Desta vez foi em Yazd. Eis o que aconteceu.

Telefone perdido em Yazd (e recuperado em Shiraz)

Tinha ido visitar as Torres do Silêncio nos arredores de Yazd.

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A lovely sunset at Zoroastian towers of silence #Yazd #iran #vidanomad

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No regresso, parei junto ao Templo do Fogo para cambiar dinheiro. Fiz o câmbio numa loja de um primeiro andar em frente ao templo, voltei a descer, peguei no telemóvel para fotografar melancias nas traseiras de um camião, atravessei a rua e entrei no táxi.

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These watermelons are deliiiiicious #shiraz #iran #seeyouiniran

A post shared by Filipe Morato Gomes (@almadeviajante_oficial) on Sep 21, 2016 at 10:32pm PDT

Pouco depois estava de regresso ao hotel, perto da Mesquita Jameh.

À chegada à mesquita, saí do táxi e dirigi-me para o hotel. Minutos depois de ter chegado e de me ter sentado no pátio interior do hotel, dei pela falta do telefone. Era hora de jantar e no dia seguinte de madrugada a viagem prosseguia para Shiraz. Não havia muito tempo para recuperar o telefone.

Tentei ligar para o telefone mas ele já estava desligado.

Tentei localizar o telefone com a aplicação da Apple mas ele estava desligado.

Liguei ao taxista, meu amigo, para ele ver se o telefone estava no táxi. Não estava.

Fui à rua junto ao hotel ver se ele tinha caído ao chão quando saíra do táxi e, por milagre, estaria lá. Não estava.

Como último recurso, entrei num táxi rumo ao Templo do Fogo para pesquisar na valeta junto ao local onde entrara no táxi, após a foto das melancias. Não estava. Ainda pedi ao taxista para perguntar nas lojas. Não estava.

Entretanto, o meu grupo de viajantes (sou líder de viagens Nomad) tinha seguido para jantar num espaço por mim recomendado, no centro histórico de Yazd.

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A night walk in #Yazd old town, #iran

A post shared by Filipe Morato Gomes (@almadeviajante_oficial) on Sep 22, 2016 at 10:35pm PDT

Fui lá ter, com as más notícias no olhar e já sem esperança de recuperar o telefone.

Tinha sido desligado, o mais provável seria alguém o ter apanhado e desligado propositadamente, pensei; ou, na “melhor” das hipóteses, algum carro tinha passado por cima dele e estaria destruído.

O jantar

Enquanto jantava no belíssimo café de um casal iraniano meu amigo, contei-lhes o sucedido. A partir desse momento, não mais pararam de fazer chamadas. Falaram com a polícia vezes sem conta, pediram-me dados do telefone – um iPhone 5, preto – , garantiam-me que ele haveria de aparecer.

Para mim, era assunto encerrado. Às 7 da manhã teria de sair de Yazd, o telefone tinha caído na rua, estava desligado; as esperanças eram – a meu ver – quase nulas. Mas eles acreditavam.

Manhã cedo, segui para Shiraz de autocarro.

A meio da tarde, recebi um telefonema no meu telemóvel iraniano (ando sempre com dois telefones no Irão). Era Goli, a mulher do casal amigo, a perguntar se eu tinha novidades do iPhone. Disse-lhe que não. Ela desatou a rir e disse: “já apareceu; está na polícia”.

Perguntei-lhe o que acontecera e a sua descrição deixou-me boquiaberto. O telemóvel tinha caído junto à mesquita. Um iraniano tinha passado ligeiramente por cima dele, de mota. Pegou no telefone e perguntou em todas as lojas das redondezas se era de alguém. Ninguém se acusou e, por isso, foi devolver o telefone à polícia!

Não sabia o que dizer.

Nesse mesmo instante, Goli perguntou em que hotel estava alojado em Shiraz. Pu-la em contacto com o dono do hotel, e entre eles combinaram o seguinte: Goli iria à estação de camionagem enviar o telefone no primeiro bus entre Yazd e Shiraz; ela daria ao motorista o número do dono do hotel em Shiraz; assim que chegasse a Shiraz, o motorista ligaria ao dono do hotel a avisar; e o dono do hotel iria buscá-lo à estação de camionagem, provavelmente a meio da noite.

Na manhã seguinte, quando acordei, tinha o telefone à minha espera.

É certo que o Irão está a mudar e o turismo a aumentar e, com isso, é de esperar alguma menor tolerância ou maior aproveitamento para com os turistas. A honestidade poderá diminuir, os espertinhos começar a aparecer. Pode até ser. Mas, pelo menos por enquanto, o povo iraniano continua assim. Não tenho palavras. Bem hajam!

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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