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As mais belas cidades coloniais da Península do Yucatán (México)

Por Filipe Morato Gomes | Viagens América do Norte Américas México Quintana Roo Yucatán
Atualizado em 27.02.2022 | Tempo de leitura: 9 minutos

Izamal, Yucatán
Cores do entardecer na “cidade amarela” de Izamal, uma das mais belas cidades do Yucatán

Das grandes cidades de Mérida e Campeche à belíssima Valladolid, passando pelas pacatas Izamal, Espita, Acanceh e Palizada, a Península do Yucatán está recheada de pequenas povoações e cidades coloniais de grande beleza e interesse arquitetónico.

São locais de cores vibrantes, arquitetura de traços coloniais, grandes praças centrais arborizadas, igrejas que partilham o território com vestígios de templos maia e atrativos pouco turísticos, mas que tornam a estadia especial. E, se a isso se somar gente pacata e hospitaleira, está feita a receita para destinos que muito me agradam. Daqueles onde a vida corre devagar.

Neste artigo, partilho as cidades coloniais mexicanas que mais me fascinaram na Península do Yucatán. Note que algumas destas povoações fazem parte de uma rede chamada Pueblos Mágicos que julgo valer a pena dar a conhecer – é o caso de Izamal, Valladolid e Palizada, por exemplo. Vamos a isso.

Conteúdos do Artigo
  • 1 Cidades coloniais da Península do Yucatán
    • 1.1 Mérida (Yucatán)
    • 1.2 Valladolid (Yucatán)
    • 1.3 Izamal (Yucatán)
    • 1.4 Espita (Yucatán)
    • 1.5 Campeche
    • 1.6 Palizada (Campeche)
    • 1.7 Acanceh (Yucatán)
    • 1.8 Outras cidades coloniais do Yucatán
  • 2 O que são os Pueblos Mágicos?
  • 3 Mapa com as melhores cidades coloniais do Yucatán
  • 4 Guia prático
    • 4.1 Como chegar ao México
    • 4.2 Transportes na Península do Yucatán
    • 4.3 Seguro de viagem

Cidades coloniais da Península do Yucatán

Mérida (Yucatán)

Centro histórico de Mérida
Rua do centro histórico de Mérida

Mérida é uma cidade de grande dimensão, com um centro histórico de inspiração colonial compacto e vibrante, ideal para explorar a pé. É muito distinta das mais tranquilas Espita ou Palizada, mas nem por isso menos interessante. Até porque, de facto, não falta o que fazer em Mérida, com atividades para todos os gostos e bolsas.

Entre elas, recomendo todo o viajante a apreciar a Plaza Grande; a visitar a Catedral de Mérida – San Ildefonso e o MACAY – Museu de Arte Contemporânea Ateneo de Yucatán; a percorrer as bancas do popular Mercado Lucas de Galvéz; a calcorrear a avenida Paseo de Montejo até ao Monumento a la Patria; a provar cochito horneado, sopa de lima e muitas outras iguarias gastronómicas do Yucatán.

Mérida é linda e fascinante.

Dormida: Hotel Casa del Balam, no centro de Mérida. Veja também o artigo sobre onde ficar em Mérida para outras sugestões.

Valladolid (Yucatán)

Entrada do Convento de São Bernardino de Siena

Que dizer de Valladolid?!

Bonita, arranjada e com uma alma marcante – e difícil de transpor em palavras! -, Valladolid foi das maiores surpresas do meu roteiro pelo México. É provavelmente a minha cidade favorita no Yucatán, um daqueles lugares onde o viajante se sente imediatamente bem, nem demasiado grande nem demasiado pequeno, e com uma boa energia no ar.

E onde, apesar de sentir que o melhor da cidade é intangível – até porque as atrações turísticas não são assim tantas! -, a verdade é que da Igreja de São Gervásio à Calzada de los Frailes, passando pelo Convento de São Bernardino de Siena e o cenote Zaci, não falta o que visitar em Valladolid. Especialmente no seu centro histórico.

Valladolid, México
Primeiros raios de sol no centro histórico de Valladolid, México

Tudo somado, não deixe de visitar Valladolid, um dos Pueblos Mágicos mais especiais da Península do Yucatán.

Dormida: Hotel Casa Rico, muito central e com bons quartos. Veja também onde ficar em Valladolid para mais ideias de hotéis na região.

Izamal (Yucatán)

Convento de Santo António, Izamal
Convento de Santo António, no centro de Izamal

Izamal é uma pequena cidade colonial do Estado mexicano do Yucatán, conhecida como a “Cidade Amarela” em virtude da cor que domina as paredes e muros dos edifícios do centro histórico. Fica a meio caminho entre as cidades de Valladolid e Mérida, facto que faz de Izamal uma paragem muito conveniente para quem viaja de carro entre elas.

Na verdade, apesar de ser terra de belas ruas e casonas imponentes, não há muito que ver e fazer em Izamal – pelo menos em termos de atrações turísticas. Mas diz-me a intuição que é muitas vezes nos locais pequenos e teoricamente desinteressantes que tenho as melhores experiências de viagem.

Convento Santo António, Izamal
Convento de Santo António

Sem surpresa, haveria de comprovar que Izamal é um povoado bem arranjado (e muito limpo!), com gente afável e hospitaleira e onde se respira tranquilidade. Isto além da particularidade dos edifícios do centro histórico estarem quase todos pintados de amarelo, facto que lhe confere um ambiente único e fotogénico.

Tudo somado, estou em crer que a “Cidade Amarela” é das mais belas cidades coloniais da Península do Yucatán; e sem dúvida um dos pontos altos desta minha viagem ao México.

Dormida: Hotel San Miguel Arcángel, um hotel bom, barato e bem localizado.

Espita (Yucatán)

Praça central de Espita
Praça central de Espita

Espita é uma pequena mas encantadora cidadezinha colonial que fica completamente fora da rota turística do Yucatán. Ora, e isso é, sem qualquer dúvida, algo que lhe dá um encanto especial. As pessoas vivem o seu quotidiano tranquilamente, não há lojas de souvenirs entre os edifícios de inspiração colonial e a região está pontilhada por ruínas maia.

Entre as atrações de Espita, por assim dizer, óbvio destaque para a Catedral de São José, epicentro da localidade. Mas também para o pequeno mercado de frescos – onde se vendem frutas, carne e vegetais – que, infelizmente, por não ter ido logo de manhã, encontrei já encerrado e sem vida. Ou ainda a antiga estação de caminhos-de-ferro, hoje em dia abandonada.

Catedral de São José, Espita
Pormenor da fachada da Catedral de São José, Espita

Dito isto, o maior prazer de uma visita a Espita não são eventuais atrações ditas turísticas, como museus ou afins. É Espita propriamente dita: as suas gentes e a possibilidade de vivenciar o seu quotidiano por enquanto livre das influências do turismo de massas. É outra das mais belas cidades coloniais da Península do Yucatán.

Dormida: Hotel Casa Rico, em Valladolid.

Campeche

Centro histórico de Campeche, México
A beleza do centro histórico de Campeche, México

Talvez por não ter grandes expectativas, se há cidade que me surpreendeu no roteiro de viagem pelo México foi, sem qualquer dúvida, Campeche. A capital do homónimo Estado é incrivelmente bonita, tem um centro histórico bem preservado e cheio de alma, classificado pela UNESCO; e onde vive, de facto, gente. Ou seja, não é um museu ao ar livre.

Centro histórico de Campeche
Centro histórico de Campeche, México

Do Mercado Municipal de Campeche às portas da cidade, passando pela Catedral de Campeche, pelo Museu da Arquitetura Maia, pelo malecón e pela Calle 59 – entre muitos outros locais -, não falta o que fazer em Campeche. É uma cidade inacreditavelmente interessante! Julgo, aliás, não ser exagero se disser que Campeche é uma das cidades coloniais mais bonitas do México. Fica a sugestão.

Dormida: Hotel H177, no centro da cidade.

Palizada (Campeche)

Praça central de Palizada
Praça central de Palizada

Até começar a preparar o meu roteiro no Yucatán nunca tinha ouvido falar de Palizada. E, mesmo depois de ver algumas fotografias e de saber que era um dos Pueblos Mágicos mexicanos, a sua localização geográfica não convidava a uma visita. Mas, no momento em que decidi voltar a visitar Palenque ficou claro que tinha de fazer um pequeno desvio para conhecer Palizada. E ainda bem que o fiz!

Palizada é daqueles lugares que têm uma aura especial. Daqueles onde, apesar de não ter aparentemente muito para fazer, o visitante se sente incrivelmente bem. Pelo menos foi o que me aconteceu.

Cidades coloniais mexicanas: Palizada
Arquitetura colonial em Palizada

Das esplanadas do Parque Benito Juárez aos passeios de lancha pelo rio Palizada (diz que é possível ver manatins!), passando pelo Mercado Municipal e pelo simples prazer de caminhar pelas ruas da cidade, há sempre forma de passar o tempo. Nem que seja sentado num banco da praça central a conversar com os habitantes locais.

Marginal de Palizada
Marginal de Palizada, junto ao rio

Não sei bem explicar, mas eu adorei Palizada!

Dormida: Casa Diaz (muito simples, mas aceitável).

Acanceh (Yucatán)

Ruínas maia no centro de Acanceh
Ruínas maia no centro de Acanceh

Localizada a pouco mais de 20 km de Mérida, capital do Estado do Yucatán, Acanceh é uma pequena cidade parcialmente construída sobre um sítio pré-colombiano; e o mais curioso é que esses vestígios estão por todo o lado, numa mescla de estilos arquitetónicos tão díspares quanto fascinantes. Veja-se o exemplo da praça central de Acanceh, cujo espaço é partilhado por uma pirâmide pré-colombiana, uma igreja colonial e estruturas habitacionais mais modernas.

Dito isto, não considero Acanceh uma cidade colonial ao nível de Valladolid, Campeche, Espita, Palizada ou Izamal. Mas, tendo tempo, passe por lá. A partir de Mérida, fica a caminho da Zona Arqueológica de Mayapán.

Dormida: Hotel Casa del Balam, no centro de Mérida.

Outras cidades coloniais do Yucatán

Há, naturalmente, muitas outras cidades coloniais na Península do Yucatán. Eu próprio tinha referenciado mais algumas que acabei por não visitar, pelo que deixo aqui a referência:

  • Ticul (Yucatán)
  • Maní (Yucatán)

Em sentido contrário, fui a Tizimín, outra cidade colonial da região. Mas, além de um restaurante fantástico chamado Casa Makech, não encontrei atrativos suficientes para recomendar a visita.

O que são os Pueblos Mágicos?

Pueblos Mágicos é um programa turístico criado em 2001 pela Secretaria de Turismo do México que reconhece cidades e povoados mexicanos pelo trabalho na preservação da sua riqueza cultural.

Nas palavras oficiais, um Pueblo Mágico “é um lugar com símbolos e lendas, cidades com história que em muitos casos foram palco de acontecimentos transcendentes para o nosso país [México]; são lugares que mostram a identidade nacional em cada um dos seus recantos, com uma magia que emana das suas atrações. Visitá-los é uma oportunidade de descobrir os encantos do México”.

A lista inclui atualmente 132 Pueblos Mágicos espalhados pelo território do país, e pode ser consultada no site oficial do Governo do México.

Mapa com as melhores cidades coloniais do Yucatán

Guia prático

Como chegar ao México

Para quem vive em Portugal, desde meados de 2021 que a TAP iniciou uma rota com voos diretos Lisboa – Cancún. Foi exatamente esse voo que eu utilizei, por ser muito mais prático do que uma escala noutra capital europeia. Os preços rondavam 450€, ida e volta, mas já vi preços promocionais mais baixos.

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Transportes na Península do Yucatán

A forma mais prática de viajar no México é, sem dúvida, de carro alugado. Foi a opção que escolhi, especialmente pela liberdade que permite no acesso a locais menos óbvios, como alguns cenotes; e pela segurança extra que a opção proporciona em tempos de pandemia. No total fiz cerca de 3.000 km, e alugar carro julgo ter sido a opção mais correta. Aluguei numa empresa mexicana chamada Easy Way e não tive qualquer problema; mas podem comparar preços com todas as rent-a-car no site Discover Cars.

Dito isto, há uma excelente rede de autocarros entre cidades, operada pela empresa de transportes ADO, que tem viagens frequentes e confortáveis em toda a Península do Yucatán; mas dificilmente consegue coordenar a visita a todas as cidades coloniais referidas usando apenas transportes públicos.

Seguro de viagem

A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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