Quem acompanha as minhas viagens há algum tempo sabe que tenho família. Ou, sendo mais específico, que sou casado e tenho dois filhos. Talvez se lembrem do dia em que abandonei o meu filho mais novo na maternidade; talvez já tenham lido sobre o meu drama quotidiano de tentar conciliar viagens e família o melhor possível.
Ora, não é só uma mulher compreensiva – e igualmente apaixonada pelas viagens – que me permite viajar com frequência para alimentar o blog Alma de Viajante com conteúdos novos, continuamente, todas as semanas, várias vezes por semana. Há também os avós dos meus filhos. Principalmente os meus pais. O texto de hoje, Dia dos Avós em Portugal e no Brasil, é para eles.
O inestimável apoio dos avós
Num mundo ideal, viajaríamos os quatro pelos quatro cantos do mundo, juntos, em família, sem problemas com as ausências do pai para gerir. É certo que já fizemos uma grande viagem em família, no tempo em que ainda só tinha uma filha; e é provável que façamos alguma coisa de média dimensão num futuro próximo, mas agora a quatro.
No mundo real, eu viajo sozinho a maior parte das vezes (produzir conteúdos de viagens é o meu trabalho); enquanto a mãe Luísa vai diariamente para a redação de um jornal e os filhos vão para a escola. Ora, tendo a Luísa um emprego normal, e muitas vezes com viagens para fazer reportagens, é aqui que entra o inestimável apoio dos avós – sem o qual, muitas das vezes, eu não poderia viajar.
Os meus pais são muito próximos dos seus netos. Os miúdos adoram-nos e, não raras vezes, sendo-lhes dada essa opção, preferem até dormir em casa dos avós do que ir para a nossa.
No dia a dia, ajudam nas atividades quotidianas de apoio aos meus filhos, incluindo ir buscá-los à escola, levá-los pontualmente a uma ou outra atividade extracurricular como as danças urbanas ou a piscina da mais velha. E ainda brincam com eles; passeiam com eles; e ajudam nos estudos e trabalhos de casa sempre que necessário.
Mesmo quando estou em Portugal, aprecio imenso esse apoio, porque me permite ter mais tempo para produzir conteúdos e fazer outras atividades, como ministrar os meus workshops de Escrita de Viagens (até porque a Luísa às vezes trabalha aos fins de semana).
Estando eu em viagem fora do país, porém, seria quase impossível à Luísa aguentar sozinha muito tempo sem ter de “meter férias”. Já aconteceu uma vez ela ter de o fazer para eu poder viajar, numa altura em que também os avós andavam em viagem, e não me senti bem com isso. Era pior se fosse militar e estivesse embarcado durante seis meses em missão de paz, eu sei, mas mesmo assim.
Enquanto a nossa vida não for location independent (para usar uma expressão do fotógrafo Elia Locardi, que conheci no Exodus Aveiro Fest 2017), vagabundeando de país em país, a quatro, ao ritmo lento do caracol, os avós continuarão a ser peças fundamentais no equilíbrio familiar. Sem eles, garantidamente, não poderia viajar tanto como viajo. Hoje, por exemplo, enquanto escrevo estas linhas numa esplanada em Brno, na República Checa, a Luísa está em Nova Iorque e os miúdos ficaram em Matosinhos com os avós.
Por tudo isto, este texto poderia ter apenas uma palavra: Obrigado!
E bom Dia dos Avós para todos.
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