Tinha estado em Galle, anos atrás, numa situação muito difícil e emocionalmente desgastante. Era, pois, um regresso a um local que me tinha feito sofrer. Queria vê-lo com outros olhos, não apenas para apaziguar a alma mas também para, finalmente, visitar o Forte de Galle – que a UNESCO classifica como Património Mundial.
E assim, nos primeiros dias do meu roteiro de viagem no Sri Lanka, arranquei da estação ferroviária da capital Colombo e rumei a Galle de comboio, emocionalmente expectante mas de coração aberto para o que a viagem me reservasse.
Visitar o Forte de Galle
Apesar de ter passeado pela Main Street, visitado algumas igrejas, museus e outras pequenas atrações de Galle, a verdade é que aquilo que me interessava verdadeiramente conhecer era o antigo Forte de Galle.
Trata-se de uma fortaleza defensiva cuja origem remonta aos descobrimentos portugueses (pouco resta do forte português original), posteriormente fortificado pelos conquistadores holandeses. O Forte de Galle é, aliás, também conhecido como Forte Holandês.
“A Cidade Antiga de Galle – e suas fortificações – é um esplêndido testemunho da presença holandesa no Sri Lanka. O forte holandês, construído em 1663, é um dos locais de visita obrigatória.
As suas sólidas muralhas rodeiam o promontório que forma a parte mais antiga de Galle. Entre as muralhas descobrem-se casas de típica arquitetura holandesa, vários museus e igrejas. O Hotel New Oriental [atualmente chamado de Amangalla], construído pelos governadores holandeses em 1684, é a maior jóia colonial da cidade” in Wikipedia.
Sim, a influência colonial é visível e evidente. Na verdade, ao caminhar por algumas das ruas estreitas do Forte de Galle, não fora a humidade e os cheiros tropicais e quase poderia pensar não estar no Sri Lanka mas sim numa cidade europeia.
Vale, pois, a pena cirandar sem rumo dentro do perímetro da fortaleza; espreitar as lojas tradicionais; visitar a Igreja Reformada Holandesa ou o templo budista Sri Sudharmalaya; conhecer o Velho Hospital Holandês e o Museu Nacional de Arqueologia Marítima; sentir a brisa do mar durante um pôr-do-sol na fortaleza; ou ainda experimentar a gastronomia cingalesa num dos bons restaurantes do forte.
Tudo somado, vale muito a pena visitar o Forte de Galle. Com calma.
Além do forte, a partir de Galle ainda tentei fazer uma incursão nas proximidades para fotografar os pescadores sobre estacas do Sri Lanka; mas rapidamente descobri que, na maior parte dos locais, estavam ali não para pescar mas para se deixarem fotografar pelos turistas (e cobrarem bom dinheiro por isso).
Frustrado com os pescadores mas feliz por ter visitado Galle em condições muito diferentes das de 2004, era então hora de prosseguir viagem rumo a Goyambokka, uma das melhores praias do Sri Lanka.
Guia prático
Como chegar
A partir da capital Colombo, a forma que eu recomendo para chegar a Galle é de comboio. A viagem demora um pouco mais do que por via rodoviária mas, para mim, é muito mais interessante. A não ser, claro, que esteja apertado de tempo e não se possa dar ao luxo de qualquer eventual atraso.
Caso queira, pode aproveitar para parar na estação de Hikkaduwa, visitar o modesto mas sentido Museu de Fotografia do Tsunami, e depois seguir num outro comboio até Galle. Foi exatamente isso que eu fiz.
Onde ficar em Galle
Eu fiquei hospedado numa pequeníssima homestay chamada Leisure in Galle e recomendo a estadia para quem dispensa luxos ou quer poupar dinheiro nos hotéis.
No entanto, não faltam excelentes pousadas e hotéis boutique dentro do forte de Galle – a localização é perfeita; mas são naturalmente mais caros do que noutras áreas da cidade. Se estiver disposto a pagar esse extra, o The Bungalow – Galle Fort, o Khalid’s Guest House e o Le Jardin du Fort são hospedagens de grande qualidade.
Um pouco mais afastados do centro, eis duas sugestões extraordinárias (não necessariamente baratas) para se alojar em Galle: Ginganga Lodge e Indika’s Residence. Para outras opções de alojamento, conheça os melhores hotéis de Galle no link abaixo.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
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