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Um passeio pelo desfiladeiro de Okatse (a partir de Kutaisi)

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Europa Geórgia Kutaisi
Atualizado em 24.12.2022 | Tempo de leitura: 5 minutos

Visitar Okatse
Pontão suspenso no final dos passadiços sobre o desfiladeiro de Okatse

Uma vez explorada a cidade de Kutaisi (uma boa surpresa!) e visitado o Mosteiro Gelati, sobram algumas atrações a menos de hora e meia de distância que valem bem a pena conhecer.

Uma delas é a soviética Chiatura, afamada pelos teleféricos decrépitos mas ainda em funcionamento; outra é a beleza agreste do desfiladeiro de Okatse, onde existe um passadiço de ferro não aconselhável a quem tenha vertigens. É precisamente sobre a minha visita a Okatse que hoje escrevo.

Passadiço de Okatse: a minha experiência

Trilho florestal até ao desfiladeiro

A entrada faz-se pelo chamado Parque Dadiani, na povoação de Gordi, onde se encontra um centro de informação ao visitante. Aí é possível observar uma maquete do desfiladeiro, incluindo o passadiço de ferro construído ao longo do canyon – um pouco à imagem dos belíssimos Passadiços do Paiva, em Portugal (mas de ferro, em vez de madeira).

A partir da entrada do parque, há que fazer uma pequena caminhada ao longo de um trilho muito bem marcado e quase sempre a descer (no regresso, obviamente, é sempre a subir!) até ao início do passadiço.

Trata-se de um passeio fácil e muito agradável que os turistas mais ativos fazem de bom grado. Para os visitantes mais preguiçosos (ou com dificuldades de locomoção), no entanto, os habitantes locais fazem serviço de táxi recorrendo aos seus jeeps 4×4. Pela minha parte, fui a pé e considero essa caminhada florestal parte integrante da experiência de visitar o desfiladeiro de Okatse.

Passadiço de Okatse
Caminhando pelo passadiço de Okatse (não aconselhável a quem sofre de vertigens)

No final do trilho, há um pequeno descampado com um torniquete para controlar a entrada no canyon. Foi onde vi os jipes estacionados aguardando pelo regresso dos visitantes.

A partir daí, passei o torniquete e desci as escadas de acesso ao passadiço propriamente dito – que, na minha imaginação – seria uma construção de vários quilómetros. Na verdade, são apenas 800 metros de extensão; mas o que torna o passadiço de Okatse tão especial é o facto de estar literalmente pendurado no vazio.

Olha-se para baixo e o que se vê por baixo dos pés é o Rio Okatse, minúsculo, lá muito ao fundo, a uns bons cinquenta metros de altura. É impressionante!

Há quem não aguente o medo e volte para trás (apesar da caminhada ter sentido único). Quem o vence, vive emoções muito intensas, como se lhe tirassem o chão no meio de um canyon. Literalmente.

No fim dos 800 metros chega-se ao ponto alto da caminhada: um pontão suspenso, apontado para o interior do desfiladeiro, verdadeiramente desafiante para quem tem vertigens. Eu adorei.

Favos de mel
Favos de mel

Terminada a caminhada pelo passadiço de Okatse, subi a escadaria e parei no pequeno café ali estrategicamente instalado para descansar um pouco e tomar uma bebida. Foi quando vi favos de mel da região a escorrer o tesouro das abelhas, que a dona do café ia cortando em pedaços mais pequenos para posterior venda. Uma delícia!

De respiração menos ofegante, era então tempo de deixar o desfiladeiro de Okatse para trás e empreender a caminhada de regresso – primeiro até ao torniquete, depois até à entrada do Parque Dadiani.

Por essa altura os céus começaram e enegrecer; mas, por sorte, só quando cheguei ao ponto de partida começou uma chuvada diluviana. Nada mais poderia fazer. Mas tinha sido uma tarde muito bem passada.

Caminhada Okatse, Geórgia
Caminhada de regresso ao Parque Dadiani

Guia prático

Como chegar

O desfiladeiro de Okatse fica a cerca de 50km de Tbilisi. Infelizmente, não há autocarros diretos para Okatse; mas pode apanhar um transporte para Gordi e de lá outro para o canyon. Mais fácil (mas, naturalmente, mais caro), será contratar um carro privado para o levar até lá. Indague junto do seu hotel em Kutaisi sobre preços e taxistas de confiança.

Para quem dispõe de transporte próprio, e uma vez terminado o passeio no desfiladeiro de Okatse, é possível aproveitar a viagem para conhecer uma das mais altas cascatas da Geórgia, de seu nome Kinchkha. Fica a 6km de Gordi (onde se localiza o centro de informação aos visitantes de Okatse).

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Onde ficar

Eu fiquei no Travel Stay e, apesar de não estar situado no coração da cidade, gostei muito. Não é bem um hotel; é uma casa com apenas quatro quartos, mas Nooshi, o anfitrião, tudo fará para que tenha uma estadia agradável.

Alternativamente, no segmento económico, as guesthouses Litoros e Nana’s Home estão mais bem localizadas e são excelentes opções. Do outro lado do rio, o Hotel Peradia é porventura ainda melhor (mas um pouco mais caro). Veja ainda dois outros bons hotéis em Kutasi: o Solomon, de três estrelas, e o City Hotel Kutaisi.

Por fim, caso pretenda um hotel mais tradicional e de grande qualidade, o Best Western Kutaisi, de quatro estrelas, é, seguramente, um dos melhores hotéis de Kutaisi. Encontra outras opções de hospedagem em Kutaisi pesquisando no link abaixo.

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Comentários

  1. PEDRO JOSE F. ALVES

    Parabéns pelas suas viagens e a descrição que delas faz. Bem escritas, objetivas. E sedutoras, afinal, porque acabam por nos “convidar” a fazê-las, a programá-las. Feliz Páscoa.

    Responder
  2. Alberto Gorou Yamamoto

    Muito obrigado por compartilhar as suas incríveis e maravilhosas experiências por esse mundão de Deus. E nesse tempo sombrio sob a ameaça do vírus é um alento e refrigério ler, ver e sentir o quanto você ama o que faz que é VIAJAR. E o melhor é que não fica somente para si. Isto é também muito bonito. Desejo que esta pandemia tenha o seu fim o mais rápido possível e enquanto isso cuidar de nós e das pessoas que amamos. Saudações do amigo distante mas um admirador.

    Responder

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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