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Em contagem decrescente para a volta ao mundo em família (Pikitim #01)

Por Luísa Pinto | Volta ao Mundo em Família
Atualizado em 9.09.2018 | Tempo de leitura: 4 minutos

Família antes da volta ao mundo
A família antes da partida para a volta ao mundo ©Fernando Veludo

O calendário diz que faltam pouco mais de duas semanas para o início da grande viagem. O entusiasmo é grande e tomou conta de todos os membros da família da Pikitim. É hora dos preparativos finais, e já se sente o irresistível formigueiro no fundo da barriga. As rabanadas e a aletria até vão cair melhor.

Foi quando assistia a um anúncio na televisão que a Pikitim fez o seguinte comentário: “É verdade, mãe, que o Pai Natal dá a volta ao mundo só numa noite?”. Ainda é cedo para lhe destruir essa fantasia natalícia; essa, e outras, como aquela que diz que o Natal é sempre que um homem quer.

Respondi-lhe que sim, que o Pai Natal é mágico, e tem um trenó puxado por renas ultra-velozes. E que é por isso que na noite de Natal os meninos de todo o mundo recebem presentes. A resposta da Pikitim foi igualmente veloz: “Nós não temos essas renas, e é por isso que vamos demorar um ano. Mas também vamos dar a volta ao mundo, não é mãe?” É, sim senhora. E ainda bem que não temos essas renas, atrevi-me a acrescentar eu. Para podermos viajar devagar. Conhecer, explorar.

O calendário diz que faltam pouco mais de duas semanas para a partida, e o momento é de concluir os preparativos finais. Para a Pikitim tudo parece bastante simples – e é assim mesmo que tem de ser. Quando eu explicava à médica otorrino que a operou há escassos meses que não estaríamos por cá em junho – altura em que pretendia voltar a ver como andavam as adenóides e as amígdalas da Pikitim -, a reação da médica foi brincar, dizendo que era melhor ir connosco para garantir que as vias aéreas continuariam impecáveis. A Pikitim deu-lhe a solução: “É fácil, só tens de tirar o cartão de cidadão”.

Não é tão fácil quanto isso, mas também não é tão complicado quanto se julga. Estamos todos sintonizados neste grande projeto, que está longe de ser umas “férias de 12 meses” nos antípodas do planeta. Este é também um projeto profissional (somos jornalistas, e continuaremos a sê-lo em qualquer latitude) e, sobretudo, é um projeto educacional. Por isso nos obrigou a planeamento, a ponderação, a muitas horas de pesquisas e a tomada de decisões mais ou menos complicadas. Não temos a veleidade, nem a intenção, de pretender levar tudo programado ao pormenor, mas procuramos as ferramentas que nos vão permitir aproveitar melhor o tempo e dar resposta a imprevistos que surjam.

Fizemos a ronda dos médicos e consulta do viajante, tratámos de todas as burocracias, procurámos possibilidades de alojamento que trouxessem a melhor relação qualidade-preço, pesquisámos museus, centros de ciência ou de preservação ambiental para introduzir na lista para nos ajudar a definir o percurso.

Alheia a tudo isto – tal como convém – as preocupações da Pikitim são bem mais prosaicas, mas irresistivelmente mais emocionantes.

Está entusiasmada com a possibilidade de passar um mês numa casa com rodas (temos a intenção de alugar uma autocaravana na Nova Zelândia), e ansiosa por viver por uns dias numa “casinha da árvore” (desde que experimentou a cabana no quintal da tia Alice que imagina casinhas em qualquer sitio – a mais recorrente é imaginar que o patamar intermédio das escadas da avó Isabel é a casinha da árvore com que gosta de brincar com a prima Beatriz). E lembra que ainda não sabe nadar, mas que gostava de ver muitos peixinhos coloridos e de dar de comer a golfinhos e a tartarugas.

Na carta que escreveu ao Pai Natal teve a preocupação de fazer pedidos de coisas que caibam na mochila, que pudesse levar com ela. Mas de uma forma pouco convicta – também não resistiu a pedir a “Carlota Cambalhota” porque sabe que uma das boas amiguinhas da escola também a iria pedir. “Os brinquedos maiores podem ficar em casa, para eu brincar com eles no fim da viagem”, resolve, decidida.

O que ela já sabe é que o Pai Natal não pode vir carregado de presentes para um menino só. E apesar de ela já ter despejado prateleiras com livros seus para dar “a outros meninos que não os têm e que ainda não leram” [numa louvável iniciativa do Jardim-Escola em associação com a Cruz Vermelha], acreditamos que vai ser nesta viagem que ela vai perceber que o mais importante não é ter tudo, nem é sequer ter muito. Vai conhecer meninos com bem menos, vai viver em casas simples e modestas. E vai perceber que não é o luxo nem a abundância que fazem as crianças e os adultos mais felizes.

Sei que o que atualmente a entusiasma é perceber que vai estar com os pais ao longo de todo um ano, a ver e a aprender coisas novas, e a fazer amigos (a facilidade com que ela faz amigos!!!) em qualquer canto do mundo. E sei do que ela vai sentir mais falta. Do contacto com os amiguinhos da escola, dos primos mais chegados, e dos avós. Da sua “vovó” Odete, companheira de tantas aventuras e brincadeiras. Neste deve e haver, vai surgir um equilíbrio saudável e profícuo. Disso também tenho a certeza.

E agora que os preparativos finais coincidem com as festas de Natal e a presença de amigos e família, as emoções misturam-se e já se sente um irresistível formigueiro no fundo da barriga. As rabanadas e a aletria até vão cair melhor.

Bom Natal para todos!

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Sobre o Diário da Pikitim

Este post pertence a uma série que relata uma volta ao mundo em família, com 10 meses de duração. Um projeto para descomplicar e mostrar que é possível viajar com crianças pequenas, por todo o mundo. As crónicas da viagem foram originalmente publicadas em 2012 na revista Fugas e no blog Diário da Pikitim.

Veja também o post intitulado Viajar com crianças: 7 coisas que os pais devem saber.

Saiba mais sobre: Volta ao Mundo em Família

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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