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Viagem de ferry de Dakar a Ziguinchor (Casamansa)

Por Filipe Morato Gomes | Viagens África Casamansa Dakar Senegal Transportes
Atualizado em 19.03.2023 | Tempo de leitura: 8 minutos

Viagem de barco Dakar - Ziguinchor
A bordo da embarcação Aline Sitoé Diatta, entre Dakar e Ziguinchor

Procura informação sobre o ferry Dakar – Ziguinchor, que permite viajar da capital do Senegal até Casamansa, contornando a Gâmbia? Pois bem, recentemente tive oportunidade de fazer essa viagem de ferry entre Dakar e Ziguinchor, e gostaria de partilhar todas as dicas para organizar a viagem de barco rumo ao sul do Senegal.

Eis, pois, dicas sobre onde comprar os bilhetes; qual o preço da viagem Dakar – Ziguinchor; os horários e dias de partida em ambas as direções; e muitas outras dúvidas e perguntas frequentes sobre essa longa viagem de barco. Espero que seja útil.

Conteúdos do Artigo
  • 1 Ferry Dakar – Ziguinchor
    • 1.1 Embarque no Aline Sitoé Diatta
    • 1.2 Viagem de barco rumo a Casamansa
    • 1.3 Paragem na Ilha Carabane
    • 1.4 Fim da viagem de ferry entre Dakar e Ziguinchor
  • 2 Dicas para fazer Dakar – Ziguinchor de barco
    • 2.1 A viagem de barco vale a pena?
    • 2.2 Horários, preços e onde comprar as passagens
    • 2.3 Como são os camarotes do barco Aline Sitoé Diatta
    • 2.4 Refeições a bordo do ferry Dakar – Ziguinchor
    • 2.5 Quanto tempo demora a viagem
    • 2.6 Onde ficar em Ziguinchor
    • 2.7 Seguro de viagem

Ferry Dakar – Ziguinchor

Embarque no Aline Sitoé Diatta

Viagem de ferry Dakar - Ziguinchor
A bordo do ferry Dakar – Ziguinchor

Vindo de Saint-Louis numa septe-place, cheguei ao plateau de Dakar ao início da tarde, a tempo de um almoço tardio no Oceanic. Poderia aproveitar para visitar mais alguma coisa em Dakar, mas estava um calor infernal e tinha trabalho em atraso, pelo que optei por ficar a trabalhar num café das proximidades.

Por volta das 17:00, dirigi-me ao porto de Dakar para cumprir as formalidades e embarcar. Depois de mostrar o passaporte, dirigi-me ao balcão de check-in, onde registaram a minha presença. Era ali que teria de registar a bagagem, caso fosse muito grande. mas, como viajava apenas de mochila e ia ficar num camarote de quatro pessoas (que tem espaço para guardar bagagem), deixaram-me passar sem problemas.

Na verdade, à hora a que cheguei o porto estava muito tranquilo e, não tendo bagagem para registar, não precisava de ter ido tão cedo para o porto. Mas gosto de prevenir eventuais problemas, pelo que não me arrependo da opção.

Ilha Carabane, Senegal
Vista da Ilha Carabane, Senegal

Segui então para a sala de espera, onde foi preciso ficar até por volta das 18:30. Só nessa altura as portas se abriram e o embarque começou a ser permitido.

Subi a bordo, onde os funcionários olharam para o bilhete e me indicaram a localização do meu camarote. Deixei os meus pertences e, como faltava ainda muito tempo para o ferry partir de Dakar para Ziguinchor, fui até ao bar no convés do quarto piso e por ali fiquei a beber uma cerveja enquanto o sol aquecia as cores das embarcações atracadas no porto e a tarde ia lentamente desmaiando.

Até que, pouco depois da hora marcada, saímos finalmente de Dakar.

Viagem de barco rumo a Casamansa

Passageiro ferry Dakar - Ziguinchor
Passageiro a bordo do ferry Dakar – Ziguinchor

Por ali fiquei no convés a observar a paisagem urbana ir-se afastando, até que reparei que o restaurante acabara de abrir as portas e decidi ir jantar. De estômago recomposto, voltei para o exterior, junto ao bar, onde a música estava alta e muita gente – senegaleses e estrangeiros – confraternizava, bebia um copo, apreciava a brisa ou, simplesmente, deixava-se estar.

As primeiras horas da viagem foram, naturalmente, na total escuridão, pelo que, quando chegou a hora de rumar ao camarote para descansar, impus-me a missão de acordar a tempo de ver o nascer do sol onde quer que o barco se encontrasse nesse momento.

Pescador no Rio Casamansa
Um pescador no Rio Casamansa

E assim fiz, já o barco navegava defronte da região de Casamansa, no sul do Senegal. A Gâmbia havia ficado para trás durante a noite.

Subi para o convés superior, onde muitos senegaleses haviam passado a noite embrulhados num cobertor (podem-se pedir cobertores na receção do barco, deixando como garantia o cartão de identidade!). Mas, infelizmente, com tantas nuvens baixas, o nascer do sol não foi o espetáculo que imaginara.

Paragem na Ilha Carabane

Rio Casamansa
Rio Casamansa, Senegal

A determinada altura, o barco abandonou o mar e virou em direção ao Rio Casamansa, e a paisagem mudou completamente. Começaram a aparecer pescadores em pirogas rudimentares, casas de madeira nas margens e um manguezal a perder de vista.

Foi nessa altura que se deu a primeira e única paragem da viagem de barco entre Dakar e Ziguinchor, na chamada Ilha Carabane. O processo de atracagem do gigante Aline Sitoé Diatta ainda demorou bastante tempo, ao contrário da paragem em si, que foi bastante rápida. Tempo para alguns passageiros desembarcarem, descarregar algumas mercadorias e pouco mais.

A viagem prosseguiu então rio acima, naquela que é, dada a proximidade das margens, a parte mais interessante da viagem em termos paisagísticos. Mais pescadores, mais casas em palafita, mais pirogas, mais vida…

Fim da viagem de ferry entre Dakar e Ziguinchor

Visitar Ziguinchor
Rua de Ziguinchor

Por volta do meio-dia, o barco Aline Sitoé Diatta haveria de chegar finalmente ao porto de Ziguinchor. Ainda foi preciso esperar largos minutos até haver ordem de desembarque, mas a saída fez-se de forma tranquila.

À saída do porto, ninguém me pediu qualquer documentação para além do bilhete. A viagem de ferry Dakar – Ziguinchor tinha terminado, pelo que segui a pé para a guesthouse Kër Adja, onde me instalei. Era então tempo de almoçar qualquer coisa e de aproveitar para explorar Ziguinzhor. No dia seguinte, seguiria por terra rumo à fronteira com a Guiné-Bissau.

Veja o meu roteiro no Senegal, que conta os dias anteriores de viagem passados no país, bem como o roteiro de viagem na Guiné-Bissau, que aborda os dias seguintes à visita a Ziguinchor.

Dicas para fazer Dakar – Ziguinchor de barco

A viagem de barco vale a pena?

Caso não queira passar pela Gâmbia por terra – ou não tenha tempo para o fazer -, a melhor forma de chegar a Ziguinchor é, sem qualquer dúvida, apanhar o barco Aline Sitoé Diatta em Dakar. A alternativa seria uma penosa viagem por estrada contornando a Gâmbia, algo que desaconselho vivamente. A não ser, claro, que tenha dias disponíveis e queira aproveitar para visitar outros locais no interior e no sul do Senegal.

Horários, preços e onde comprar as passagens

Manda a prudência dizer que é melhor confirmar o horários previsto das próximas partidas antes de tomar decisões sobre o seu roteiro. Para tal, basta verificar a informação oficial no site da Cosana.

Dito isto, à data em que escrevo o barco Aline Sitoé Diatta sai de Dakar às terças e quintas-feiras pelas 20:00; regressando de Ziguinchor às quintas e domingos pelas 13:00. Convém estar no porto de Dakar no máximo às 18:00 (ou mais cedo se a sua bagagem for grande e precisar de ser “registada”).

No que toca aos preços, para “estrangeiros não residentes” a passagem custa 15.900 XOF por pessoa para um lugar sentado; 18.900 XOF para uma cama em camaratas de oito pessoas; 28.900 XOF em camaratas de quatro: e 30.900 XOF para um quarto duplo.

Compre o bilhete com a máxima antecedência possível (pelo menos três ou quatro dias antes). No meu caso, aterrei em Dakar e a primeira coisa que fiz foi comprar o bilhete para o ferry Dakar – Ziguinchor. Depois o meu roteiro no Senegal levou-me a Saint-Louis, antes de regressar a Dakar no dia do barco. Pode comprar os bilhetes no Porto de Dakar (ver localização exata), mas para tal precisa de levar o passaporte.

Dica: para otimizar o tempo, pode ir ao porto de manhã cedo comprar o bilhete para o ferry Dakar – Ziguinchor e aproveitar que está no porto para apanhar um barco para visitar a ilha de Gorée.

Como são os camarotes do barco Aline Sitoé Diatta

Caso não queira viajar num banco e dormir aí mesmo ou deitado no convés, recomendo vivamente que escolha um lugar num camarote. Eu viajei num de quatro pessoas, que tinha dois beliches, espaço para guardar a bagagem e casa de banho. Pareceu-me a melhor opção, embora seja mais caro do que os camarotes de oito pessoas, que não tem casa de banho dentro.

Quanto aos “quartos” para dois, confesso não saber se é uma cama de casal ou se duas camas separadas que podem ser reservadas individualmente ou só em conjunto, pelo que não posso ajudar a este respeito.

Refeições a bordo do ferry Dakar – Ziguinchor

Muitos passageiros levam comida ligeira, como sandes, para comerem a bordo. Caso não o queira fazer, saiba que o restaurante do ferry Dakar – Ziguinchor fica no piso quatro e serve refeições. Como seria de esperar, o menu não é muito vasto, mas a comida é saborosa (eu jantei um prato de frango com arroz, mas há outras opções). Quanto aos preços, são igualmente aceitáveis.

Note que o restaurante é muito pequeno, pelo que valerá a pena tentar ir logo que abra as portas.

Os passageiros das cabines de quatro lugares têm direito a pequeno-almoço (incluído no preço do bilhete). É simples mas serve bem o efeito: café (com leite), sumo e baguete com manteiga. Suponho que os passageiros das cabines duplas também tenham direito.

Quanto tempo demora a viagem

O barco saiu do porto de Dakar pouco depois das 20:00 e chegou a Ziguinchor cerca das 12:00 do dia seguinte, totalizando 16 horas de viagem. É provável que possa chegar mais cedo, mas informações recolhidas no local confirmaram que esta hora de chegada tem sido habitual.

Onde ficar em Ziguinchor

Antes de mais, veja o artigo sobre onde ficar em Ziguinchor para todas as dicas dos melhores hotéis onde se hospedar na capital da região de Casamansa.

Em resumo, eu fiquei na guesthouse Kër Adja, a poucas centenas de metros do porto de Ziguinchor. Apesar da simplicidade, foi uma escolha muito boa. As instalações são limpas, a localização é boa e o pessoal da pousada é acolhedor. Recomendo. Para outras opções de alojamento em Ziguinchor, pesquise no link abaixo.

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Saiba mais sobre: Viagens África Casamansa Dakar Senegal Transportes

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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