Hoje, na série de portugueses pelo mundo, vamos até à cidade de Mindelo, na ilha cabo-verdiana de São Vicente, pela mão da Helena Moscoso. A Helena tem 37 anos, é agente de turismo sustentável e tem um projeto eco-social de reciclagem e transformação de desperdício; e está a trabalhar e a viver em Mindelo há mais de sete anos. Desafiei-a a partilhar as suas experiências na cidade de Mindelo; bem como sugestões e dicas para quem quiser visitar São Vicente e conhecer um pouco melhor a ilha.
É um olhar diferente e mais rico sobre Mindelo – o de quem vive por dentro o dia-a-dia da ilha cabo-verdiana estando simultaneamente fora da sua “zona de conforto”, deslocado, como acontece a todos os viajantes. Este é o 67º post de uma série inspirada no programa de televisão “Portugueses pelo Mundo”.
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Em Mindelo com Helena Moscoso (entrevista)
- 1.1 Define Mindelo numa palavra.
- 1.2 Mindelo é uma boa cidade para viver? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar a Cabo Verde, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
- 1.3 E o que mais te marcou em Mindelo?
- 1.4 Como caracterizas os cabo-verdianos?
- 1.5 Como terminarias esta frase: “Não podem sair de Mindelo sem…”
- 1.6 Vamos tentar fazer um roteiro de três dias na ilha de São Vicente. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
- 1.7 Estando a viver em Mindelo, tens alguma recomendação especial a fazer aos viajantes?
- 1.8 Tens algumas dicas para se poupar dinheiro em Mindelo?
- 1.9 Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que bairro nos aconselhas a procurar hotel em Mindelo?
- 1.10 Falemos de comida. Que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar na ilha de São Vicente?
- 1.11 Imagina que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
- 1.12 Escolhe um café e um museu.
- 1.13 Falemos de diversão. O que sugeres a quem queira sair à noite?
- 1.14 Tens alguma sugestão para quem quiser fazer compras em Mindelo? E o que comprar?
- 1.15 A propósito, fala-nos do teu projeto Simili Cabo Verde, através do qual tentas demonstrar “que é possível criar produtos de valor, exclusivos e nacionais com materiais descartados”.
- 1.16 Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” de Mindelo; pode ser uma loja, um cafezinho, um restaurante, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
- 2 Guia prático
Em Mindelo com Helena Moscoso (entrevista)
Define Mindelo numa palavra.
Amálgama.
Mindelo é uma boa cidade para viver? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar a Cabo Verde, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
Cheguei a Cabo Verde em 2010 pelo programa Inov Mundus. Porém, a primeira ilha onde vivi foi na ilha do Sal. Costumo dizer que se não tivesse vivido no Sal não teria sido capaz de viver em Cabo Verde.
Viver numa ilha turística ensinou-me muito sobre o que o turismo pode fazer a um destino, o bom e o mau.
Conheci Cabo Verde através de Santa Maria, que é talvez o local menos cabo-verdiano das ilhas. Foi durante esse período que visitei São Vicente pela primeira vez. Assim que pus os pés em Mindelo senti-me em casa.
Não sei explicar muito bem o que foi – a proximidade da ilha de Santo Antão, a organização da cidade, a alegria das pessoas, as festas inusitadas no meio da rua. Sei que soube que era em Mindelo que queria viver. Porém, na altura, não consegui arranjar emprego e voltei para Portugal em 2011. Pensei que tinha chegado ao fim esta coisa de andar a emigrar, que iria viver em Portugal, assentar, ou como diz um amigo meu, “calçar as pantufas”.
Mas a vida tomou outro rumo e, em 2013, desempregada, farta das pantufas, decidi enviar quatro currículos – três para Portugal e um para Mindelo, São Vicente, Cabo Verde.
Durante os quase dois anos de hiato em que vivi em Portugal, não houve um dia em que não sonhasse com as ilhas. O mar azul invadia-me os sonhos e o som do batuque acordava-me a meio da noite. Dos quatro currículos que enviei, a primeira resposta foi de Mindelo, de um centro de mergulho. Tinha outra proposta de um estágio profissional em Aljezur, mas confesso que a minha decisão já tinha sido tomada há muito.
Como a vida me encaminhou para aqui, certo é que me reservava algumas surpresas, e assim que cheguei encontrei as pessoas que ainda hoje fazem parte do meu grupo de amigos, que são a minha família por cá. A verdade é que me sinto muito afortunada pelas pessoas que encontrei em São Vicente e que tanto me têm ensinado sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o amor. A melhor parte é que, volta e meia, aparece mais uma e a gente anda sempre com aquele brilhozinho nos olhos.
A nível laboral, a experiência foi outra e o centro de mergulho acabou por ser talvez a minha pior experiência profissional. Assim, volvidos cinco meses de Mindelo, já equacionava voltar a deixar a ilha.
Estava sem emprego, sem casa, numa situação ainda mais precária do que aquela que me tinha feito deixar Portugal. Fiquei na casa da minha amiga Gigi, e disse-lhe: “Gigi, se não encontrar emprego até ao Carnaval volto para Portugal”. A Gigi deu-me casa, comida e roupa lavada e a confiança de que eu precisava para procurar um emprego em condições.
Um belo dia, no Café Lisboa, encontrei a Erika, húngara, que andava à procura de uma agente de viagens para uma empresa de turismo sustentável. Conversámos, e no dia seguinte assinava o contrato de trabalho.
Depois do Carnaval mais incrível da minha vida, fui para o Sal, onde passei os primeiros quatro meses na empresa e onde voltei a mergulhar e a reencontrar velhos amigos. Depois regressei a São Vicente, ao meu Mindelo, à minha casa, onde vivo até hoje. Mindelo mudou-me e a toda e qualquer ideia que eu pudesse ter sobre as ilhas. Não me consigo sequer lembrar do que era para mim Cabo Verde antes de viver em Mindelo.
E o que mais te marcou em Mindelo?
As pessoas. Sem dúvida alguma. Esta cidade vive pelo seu povo, pela energia “sab” que enche as ruas da “morada” (centro da cidade) e dos bairros.
Mindelo é difícil de explicar para quem nunca cá esteve; mas, se as pessoas se permitirem realmente viver a cidade, encontram surpresas em cada cantinho.
Acordar a um sábado de manhã, ir comer uma bela cachupa guisada, ir ao mercado municipal, ao de peixe, à Praça Estrela, depois dar um bom mergulho na Laginha, é um roteiro que repito frequentemente e que não enjoa. O movimento na Rua de Praia, a agitação dos pescadores, os carrinhos com legumes, os “balói” das senhoras. Enfim, esta cidade marca pela sua vibração, e esta vibração vem da sua gente.
Como caracterizas os cabo-verdianos?
Os cabo-verdianos possuem algo difícil de definir, essa “crioulidade” da alma e do ser. Lembro-me de ver uma capa da revista National Geographic que simulava como seriam os norte-americanos daqui a 50 anos. Quando vi a capa, a primeira coisa que disse foi: ui, isto são cabo-verdianos!
A mistura de povos tão diferentes resultou num povo que tem características próprias e singulares e que, para mim, é incrivelmente bonito. Porém há uma coisa: nunca se compreende verdadeiramente os cabo-verdianos se não se falar ou pelo menos compreender o crioulo. O crioulo é a forma mais honesta e verdadeira de exprimir o que é essa cabo-verdianidade.
Para compreender um povo, há que entendê-lo. Para o poder caracterizar também. Por isso sinto que só em Mindelo comecei a entender os cabo-verdianos, e acho que, de alguma forma, me transformei numa também… quando comecei a falar crioulo, quando comecei a entender de que forma realmente funciona o pensamento por aqui.
Todos os dias aprendo uma palavra nova, uma expressão nova. Quando não há palavras, o crioulo inventa. A imaginação e criatividade que por aqui pairam são incomparáveis. Creio que os Cabo-Verdianos são artistas do saber viver.
Como terminarias esta frase: “Não podem sair de Mindelo sem…”
Não podem sair de Mindelo sem irem a Santo Antão! É mesmo ao lado e é só apanhar o barco, que sai duas vezes por dia. Não imaginam a quantidade de gente que já passou por São Vicente e não atravessou o canal. As duas ilhas são parte uma da outra.
Para mim, que sempre vivi perto do Gerês, ter as montanhas por perto é fulcral e para entender Mindelo também tem de se ir a Santo Antão.
Vamos tentar fazer um roteiro de três dias na ilha de São Vicente. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
São Vicente vive da sua vida cultural e das suas praias. Se vierem na altura do Carnaval, devem, sem dúvida, ir aos ensaios que acontecem um pouco por toda a cidade, participar num grupo, sair no domingo com os Mandingas, ir a uma festa do Hotel Porto Grande e arranjar um lugar porreiro para ver os desfiles.
Se vierem no final do ano, ouvir o “pit” na Avenida Marginal (à meia-noite os barcos da Baía de Mindelo apitam em uníssono), ver o fogo de artifício e depois ir bailar ao som dos concertos na Rua de Lisboa. Depois têm também os festivais: em julho, o Kavala Fresk Feastival; em agosto, o icónico Festival Baía das Gatas; em novembro, o Festival de Teatro Mindelact e a Feira de Artesanato URDI.
Fora as festas calendarizadas, Mindelo tem sempre animação durante todo o ano. Com certeza haverá um concerto ou música ao vivo em algum lugar da cidade.
Quanto a um roteiro em São Vicente, é obrigatório passear por Mindelo de manhã; conhecer os mercados e os museus; ir nadar com as tartarugas a São Pedro e subir até ao farol; fazer um piquenique no Arco do Vasco em Norte Baía; visitar as casas grafitadas no Norte 1; fazer snorkelling na Laginha ou na Baía das Gatas; comer um crepe ou uma bela moreia frita em Salamansa (cuidado com as espinhas!) e, quem sabe, experimentar kitesurf; subir até ao Monte Verde e ver o nascer ou o pôr do sol lá de cima. Em dias claros conseguimos ver Santa Luzia, os ilhéus Branco e Raso e até São Nicolau.
Para os mergulhadores, São Vicente tem locais de mergulho incríveis! E quem quiser pode sempre fazer um batismo de mergulho por cá – a água é quentinha e há zonas bem tranquilas.
Por fim, ir até ao “solt” no Calhau – piscina natural que leva a uma trilha subaquática cheia de vida; dar um mergulho na pedra de doca; caminhar até Jon D’Ébra; passear pelos bairros fora da “morada”; ir ao mercado de Ribeirinha ao domingo de manhã.
Estando a viver em Mindelo, tens alguma recomendação especial a fazer aos viajantes?
A recomendação especial que posso fazer aos viajantes é que tenham calma. O ritmo por cá é diferente, não há muita pressa em fazer as coisas. Acho que isso é, sem dúvida, o melhor conselho que posso dar.
O ritmo europeu é acelerado, quer-se tudo em tempo nenhum. O tempo em Cabo Verde anda de forma diferente, há dias que parecem anos e anos que duram segundos. Deixem-se guiar pelo ritmo da cidade e não se vão arrepender.
Tens algumas dicas para se poupar dinheiro em Mindelo?
A cachupa guisada é talvez a refeição mais económica e nutritiva de sempre. Todos os cafés e restaurantes cabo-verdianos (e não só) têm cachupa no menu.
Comprar peixe, legumes e frutas nos mercados sai sempre em conta.
Fora do centro tudo é mais barato, as mercearias, os cafés, as refeições.
Relativamente ao transporte, os autocarros funcionam bem e são baratos. Para quem deseja visitar outras zonas de São Vicente e não quer gastar dinheiro em táxis, podem sempre apanhar uma “hiace” na Praça Estrela, que vos levará para diferentes pontos da ilha a um preço muito acessível.
Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar. Em que bairro nos aconselhas a procurar hotel em Mindelo?
Gosto muito da zona onde moro, perto do centro, mas já no bairro de Alto Solarino. O hotel Terra Lodge, aqui situado é, para mim, um dos melhores hotéis de Mindelo. Logo ao lado há também a Casamarel e o Solar Windelo. A Residencial Sodade, mais em conta, tem um excelente restaurante onde servem um ótimo arroz de marisco com lagosta.
Quem quiser ficar no centro tem o aconchegante Kyra’s Boutique Hotel e a Casa Colonial, ambos muito bons. Perto da praia da Laginha, a Casa Comba e a Residencial Che Guevara são pensões simples, mas muito simpáticas.
Falemos de comida. Que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar na ilha de São Vicente?
Como referi acima, a cachupa é obrigatória. Não só a cachupa guisada, mas também a cachupa rica, com caldo, legumes e peixe ou carne. Aconselho comerem cachupa rica num dia em que não tiverem muito para fazer.
Depois, claro, a moreia frita, a lagosta, o búzio guisado, o bife de atum, o bife de serra, os pastéis de milho, o cuscuz com queijo de cabra e mel de cana e o sumo de “bissap” (hibisco) e calabaceira.
Imagina que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
- O bife do Café Estrela;
- O arroz de marisco no restaurante da Residencial Sodade;
- A pizza do Nando em Ribeira Bote;
- Os menus do Le Metalo;
- O prego da roulotte em frente ao Mindelhotel;
- As comidas da Chez Txicau em Alto Solarino;
- As sandes e sumos do Café Verde;
- O bife de atum no USabor;
- A cachupa guisada no Dokas;
- Os crepes do Elvis na Chez Zoe em Salamansa;
- O arroz de polvo no My Friend;
- E a lagosta no restaurante Santo André em São Pedro.
Escolhe um café e um museu.
O Café Lisboa (que, pelos vistos, vai reabrir em breve) é o meu café de eleição em Mindelo. Porém, uma vez que ainda está fechado, devo dizer que adoro ir para o bar flutuante da Marina Mindelo, observar os marinheiros e comer croquetes de peixe enquanto vejo o pôr-do-sol.
Quanto ao museu, sem dúvida o Palácio do Povo – que alberga agora a exposição permanente Akuaba e que vale muito a pena conhecer. Além de nos mostrar pinturas de autores cabo-verdianos, esta exposição conta com artefactos africanos recolhidos por um colecionador cabo-verdiano que viveu no continente, e que são verdadeiramente impressionantes. No mesmo lugar, há uma sala dedicada à “diva dos pés descalços”, onde podem ver fotografias, álbuns e roupas festivas da grande Cesária Évora.
As galerias do Centro Cultural de Mindelo (CCM) e do Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD), que está neste momento a ser restaurado, também valem muito a pena visitar. Têm exposições itinerantes e são palco de inúmeras atividades culturais.
Falemos de diversão. O que sugeres a quem queira sair à noite?
Se há coisa que o mindelense gosta é de festejar. A vida é uma festa e isso sente-se em qualquer bar com música ao vivo. Quem quiser sair à noite pode sempre começar pelos restaurantes e bares da moda.
Normalmente, à hora de jantar, há música ao vivo na Casa Café Mindelo e no La Pergola; depois, podem seguir para a livraria Nhõ Djunga e Jazzy Bird, para noites inesperadas de música sempre com grandes artistas. Quem quiser continuar pode ir até ao Martini Sunset (onde também há um grande pôr-do-sol), à discoteca Caravela ou ao Cristal.
Um dos meus sítios preferidos é o Bombu Mininu, um lugar de encontros na Rua de São João, onde podemos sempre ouvir boa música em vinil, tomar um chá ou um grogue, ter conversas com sentido e dançar rodeados de arte em todas as paredes.
Tens alguma sugestão para quem quiser fazer compras em Mindelo? E o que comprar?
A loja do Centro de Turismo e Economia Solidária no primeiro andar do Mercado Municipal do Mindelo tem produtos feitos pelas mãos dos talentosos artesãos de São Vicente a preços acessíveis. Aí podem encontrar souvenirs únicos que realmente foram feitos em Cabo Verde.
A galeria Alternativa tem produtos “di terra”, como um bom grogue ou compotas tradicionais feitas em Lagedos, Santo Antão. Além disso vendem livros e revistas nacionais.
Também na loja Cap Vert Design encontram uma variedade enorme de produtos cabo-verdianos, assim como livros e artigos de decoração. A Praça Estrela alberga barracas de diferentes estilos e aí podem encontrar muitos produtos provenientes do continente africano.
Além dos eventuais souvenirs, é sempre bom levar as famosas bolachas de trigo, uma lata de atum da SUCLA e um frasco de malagueta, para lembrar os sabores de Cabo Verde à distância.
A propósito, fala-nos do teu projeto Simili Cabo Verde, através do qual tentas demonstrar “que é possível criar produtos de valor, exclusivos e nacionais com materiais descartados”.
A Simili é uma ideia que se foi desenvolvendo ao longo dos anos. A vontade mútua que eu e a minha sócia tínhamos em fazer algo relativamente ao lixo que se acumula nas praias de São Vicente levou-nos a candidatar a um programa do governo que premiava as melhores ideias de negócio no âmbito da economia azul. Ficámos em primeiro lugar e a partir daí começámos a aventura da Simili.
Neste momento, a primeira fase do projeto está em andamento e temos um atelier em Salamansa onde mulheres da comunidade aprenderam a costurar e a tecer. Agora fabricam bolsas feitas com redes de pesca que apanhamos na praia e com restos de tecidos que recolhemos nas lojas e empresas da cidade.
A tecelagem com rede de pesca é o grande diferencial das nossas bolsas que têm sido muito bem aceites. Além disso, trabalhamos também com outros materiais, como papel, madeira e plástico e criamos diferentes produtos. Temos um tangram feito em madeira de paletes, marcadores de livros de papel e temos mais produtos a caminho.
A ideia é que a Simili possa vir a ser uma empresa que utiliza apenas desperdício que, de outra forma, não é tratado em Cabo Verde. O amor pelo mar gerou esta ideia e o nome provém de um peixe que existe apenas em Cabo Verde e que se chama Pamané de Rabo Branco, cujo nome científico é Similiparma Hermani.
Além disso, a educação ambiental e o desenvolvimento comunitário são também parte essencial deste nosso projeto.
Antes de te despedires, partilha o maior “segredo” de Mindelo; pode ser uma loja, um cafezinho, um restaurante, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
Tem de ser a zona de Alto de São Nicolau, com a mercearia do Cuque, as iguarias da Mona e o salão da Aleida. Na verdade é entre estes três lugares que às vezes passamos tardes de sábado memoráveis, onde se juntam diferentes gerações de pessoas e onde a conversa flui com música à mistura.
Obrigado, Helena. Vemo-nos quando finalmente conseguir visitar São Vicente.
Guia prático
Como chegar a São Vicente
A partir de Lisboa, a TAP tem voos diretos para o Aeroporto Internacional Cesária Évora (VXE), na ilha de São Vicente, várias vezes por semana. Já apanhei preços promocionais a rondar os 250€, ida e volta, mas os valores mais comuns ultrapassam os 400€.
Pesquisar voos para São Vicente
Onde ficar em Mindelo
A Helena recomenda ficar hospedado no centro do Mindelo, para melhor aproveitar a cidade e poupar nas deslocações. Veja o artigo sobre onde ficar no Mindelo ou procure os melhores hotéis da cidade usando o link abaixo.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
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