No passado mês de abril, visitei o Irão pela décima sexta vez, liderando mais uma edição da viagem “Segredos da Pérsia” para a agência Nomad. No final, decidi não regressar imediatamente a Portugal, e algo importante aconteceu.
Após duas semanas de viagem em conjunto, despedi-me do grupo por volta da uma da manhã no aeroporto internacional de Teerão, voltei ao hotel e, no dia seguinte, depois de passar a tarde num dos meus cafés preferidos de Teerão a trabalhar e a conversar com uma amiga iraniana, apanhei um táxi para a estação de caminhos-de-ferro de Teerão.
Em breve escreverei sobre como é viajar de comboio no Irão, mas por agora queria contar o que senti assim que abri a porta do táxi e coloquei a mochila nas costas.
Alegria. Senti uma imensa alegria.
Voltei a sentir aquela felicidade que me faz sorrir sozinho no meio da rua, aquela excitação e o friozinho na barriga próprios de quem está prestes a viajar sozinho, a descobrir novos lugares, a viver novas experiências.
Nesse momento, deu-se um clique. Na procura do sempre difícil equilíbrio entre viagens e família, entre as minhas aventuras e o trabalho como líder Nomad, tenho dedicado menos tempo do que queria às minhas próprias viagens, aquelas que realmente alimentam a minha alma de viajante. E eu preciso de viajar para ser feliz.
Nesse momento, à porta da estação, decidi que preciso de voltar a viajar mais. Não sei quando poderei fazer outra viagem de longa duração, como a minha primeira volta ao mundo solitária ou uma longa viagem em família, mas é agora certo que vou fazer mais viagens sem grupos, com o simples propósito de viajar. De viver novas experiências. De enriquecer. De sentir aquele friozinho na barriga.
E, naturalmente, sempre que possível partilhar as experiências para inspirar outros a fazerem-se à estrada, a melhor escola da vida.
Por agora, e salvo inevitáveis alterações de planos (que sempre acontecem), ando com estas ideias:
- Visitar a Sérvia, o Kosovo, a Albânia e a Macedónia durante o mês de julho 2016. Ando há demasiado tempo a falar em regressar aos Balcãs: está na hora.
- Em agosto, depois de rumar a Castelo de Vide para mais uma edição do imperdível festival Andanças, é provável que dedique uma semana a conhecer duas ou três cidades históricas da Extremadura espanhola.
- Em setembro voltarei ao Irão com novo grupo, mas já ando a pensar em novos lugares para descobrir em território iraniano. Sozinho, claro.
- Em outubro gostava de conhecer as paisagens e as gentes do Equador (ainda não sei se será possível, mas é uma ideia).
- Em dezembro tenciono finalmente visitar o Japão.
- No início de 2017 tenho por missão levar os meus pais de regresso à Guiné-Bissau, numa viagem emocional até ao tempo em que ambos lá viveram, durante a Guerra Colonial.
- E depois, sim, lá para a primavera conto ter oportunidade de fazer uma viagem de três meses numa região ainda a definir (já tenho ideias…), à semelhança do projeto Do Cairo a Teerão – uma odisseia terrestre que levei a cabo em 2010, no tempo em que a Síria ainda era visitável.
Estas decisões ocorrem num momento particularmente importante para o Alma de Viajante, uma vez que acabo de aqui integrar os conteúdos do meu antigo blog de viagens pessoal chamado As Viagens de Filipe Morato Gomes. Foi uma decisão difícil, mas necessária para me conseguir focar neste irmão mais velho, mais maduro, melhor estruturado. No fundo, concentrar esforços. Focar em vez de dispersar.
Ou seja, de agora em diante, todos os relatos das minhas viagens e textos inspiracionais serão publicados aqui mesmo. E, ao que parece, não vai faltar matéria nova para partilhar. Assim espero.
Fique atento, inscreva-se na comunidade email, e vamos lá voltar a viajar juntos com mais frequência.
Seguro de viagem
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