Guia para visitar Praslin, nas Seychelles

Procura o que visitar em Praslin, nas Seychelles? Pois bem, apesar de perder na comparação com a sua vizinha La Digue, a ilha de Praslin faz parte da maioria dos roteiros para visitar as Seychelles. E com razão.

Assim, este é um guia com todas as dicas sobre o que fazer em Praslin, as melhores praias, os trilhos mais recomendáveis e tudo o que precisa de saber para visitar Praslin, Seychelles. Da maravilhosa Praia Anse Georgette aos trilhos protegidos pela UNESCO em Vallée de Mai, venha daí explorar a ilha de Praslin, nas Seychelles.

Chegado a Praslin, o que visitar? É precisamente esse o objeto deste guia de viagem. Encare pois este roteiro para visitar Praslin, Seychelles, como ponto de partida para montar a sua própria estadia na ilha. Tenha 2, 3 ou 4 dias disponíveis, há muito o que fazer em Praslin. Vamos a isso!

Encare pois este roteiro para visitar Praslin, Seychelles, como uma base para, em função dos seus gostos e tempo disponível, organizar a sua própria viagem a Praslin.

O que fazer em Praslin (Seychelles)

Fazer praia em Anse Lazio

Pode dizer-se que Anse Lazio é a praia mais famosa da ilha de Praslin. E percebe-se porquê: a praia é lindíssima, com areia branca, água cristalina, vegetação densa e as enormes pedras de granito que conferem aquele toque mágico tão característico das praias das Seychelles.

É, no entanto, uma praia bem mais turistificada – por assim dizer! – do que os areais que é possível conhecer ao visitar La Digue. Nota-se pela quantidade de iates ancorados na baía, pelo número de restaurantes e pelos bares com música ocidental – e não apenas o tradicional reggae.

Ainda assim, passei uma bela tarde sentado na areia, à sombra das palmeiras, a deixar o mar vir ter comigo tranquilamente. Se procura o que fazer em Praslin, não pode deixar Anse Lazio de fora desse roteiro.

Explorar a Reserva da Natureza do Vallée de Mai (UNESCO)

A Reserva Natural da Vallée de Mai é, a par de Fond Ferdinand, um dos poucos lugares onde ainda é possível visitar uma floresta jurássica, habitat das impressionantes palmeiras coco de mer. Mas é a única classificada como Património Mundial pela UNESCO.

Apesar de me ter sido vivamente recomendada a visita ao parque Fond Ferdinand – que é seis vezes maior, duas vezes mais barato e conta com guias apaixonados e bem informados -, a Vallée de Mai oferece outras vantagens. É o único que se pode visitar com alguma autonomia e a qualquer hora do dia: já Fond Ferdinand exige marcação prévia para as 9:00 da manhã e as visitas, sempre guiadas, duram cerca de duas horas. E não há visitas à tarde.

Mas foquemo-nos na Reserva da Natureza do Vallée de Mai. Lá existem três circuitos pedestres, bem sinalizados e com placas informativas que ajudam a compreender o que se está a observar. Podem ser percorridos de forma autónoma ou combinada. As grandes atrações são o coco-do-mar e o Papagaio Preto, duas espécies raríssimas que só existem nesta ilha.

Estima-se que apenas existam entre 700 e 900 exemplares de papagaios pretos em Praslin. Todos se alimentam dos frutos do coco-do-mar e, por isso, não conseguem sobreviver noutros locais.

No que toca à flora, consta que a floresta abriga seis espécies de palmeiras endémicas de Praslin, sendo o como-do-mar a mais famosa. É um lugar de uma beleza envolvente: a densidade das palmeiras, os blocos de granito, os sons dos pássaros a chilrear, a água a correr, o silêncio… tudo contribui para uma sinfonia visual e sonora. Em suma, Vallée de Mai é um lugar obrigatório em qualquer roteiro para visitar Praslin. Nem que seja para se sentar num dos bancos ao longo do trilho e simplesmente ficar a sentir.

Conhecer o coco-do-mar (planta endémica da ilha de Praslin)

Como referido, a palmeira coco-do-mar é endémica da ilha de Praslin e as suas sementes tornaram-se um verdadeiro símbolo nacional das Seychelles. São sementes gigantes, com formas evocativas que lembram rabos, vulvas ou corpos voluptuosos. Nenhuma é igual, mas todas impressionam pela sua singularidade e tamanho.

Curiosamente, o Coco de Mer já era conhecido muito antes das Seychelles serem descobertas. Quando Vasco da Gama passou o Cabo das Tormentas, os navegadores avistaram estas sementes flutuando no oceano, a milhares de quilómetros da costa. Julgava-se, então, que provinham de florestas subaquáticas. O seu nome científico, Lodoicea maldivica, revela essa antiga crença de que as sementes vinham das Maldivas.

De referir que as palmeiras podem ser identificadas pelo sexo – macho ou fêmea -, que só se revela na primeira floração, processo que pode demorar até 15 anos. Até lá, a árvore concentra-se em formar o tronco, que pode atingir os 25 metros de altura.

Praia Anse Georgette

A praia Anse Georgette fica dentro do terreno de um resort de cinco estrelas – o hotel Constance Lemuria – e só é acessível de barco ou a pé. A entrada só é permitida mediante reserva prévia feita na receção do hotel. Atravessando os portões do hotel, há que seguir a pé por um trilho que acompanha o campo de golfe durante cerca de dois quilómetros. Eu passei pelo buracos 13 e 18 até que, lá ao fundo, surge a maravilhosa praia Anse Georgette. Sem dúvida que merece a fama – e o esforço.

As águas são das mais límpidas e transparentes que já vi: de um azul translúcido, com areia branca e fina. Vêem-se peixes a nadar e, com sorte, até uma raia a deslizar suavemente. É sem dúvida das praias mais bonitas das Seychelles, imperdível na sua lista com o que fazer em Praslin. Eu fiquei por ali umas boas duas horas, entregue ao doce fare niente.

Ver as tartarugas gigantes do Parque Nacional Marinho de Curieuse

Um dos passeios imperdíveis para quem está a visitar Praslin é um tour de barco para ver as tartarugas no Parque Nacional Marinho de Curieuse. Nas palavras oficiais, a ilha Curieuse, localizada ao largo de Praslin, é “um santuário para a flora e a fauna”, com “uma biodiversidade intrigante e única”.

Certo é que o parque alberga uma relevante “coleção de espécies endémicas das Seychelles”, incluindo as tartarugas gigantes, várias espécies de aves e a palmeira do coco-do-mar, onde cresce a “maior noz do mundo”.

Ora, a primeira parte do tour é dedicada precisamente a ver (e de alguma forma interagir com) as famosas tartarugas das Seychelles. Não deixa de ser interessante estar perto daqueles gigantes, mas a forma como os turistas se comportam faz-me um pouco de confusão.

Pode tentar negociar na praia com os donos dos barcos, mas eu recomendo que veja esta Excursão Curieuse e St Pierre com churrasco e paragens para snorkeling e reserve antecipadamente. Dessa forma não é enganado, garante lugar e poderá cancelar sem custos caso os planos mudem até à véspera do passeio.

… fazer o trilho entre Anse Jose e a Baía Laraie

Depois de estar com as tartarugas, os visitantes são convidados a fazer o belo percurso pedestre entre Anse Jose e a Baía Laraie. No total, o trilho tem apenas 1,5 km, sendo que boa parte dele decorre em passadiços que atravessam os manguezais. É muito bonito.

Note apenas que pode estar muito calor e em determinados locais a sombra escasseia, pelo que é prudente transportar bastante água, chapéu e protetor solar. De resto, há quem faça o percurso de chinelos, mas eu recomendo calçado fechado.

… e relaxar na praia Anse Jose

No final dos passadiços o visitante chegará à belíssima Praia Anse Jose. Trata-se do lugar ideal para descansar e tomar uns banhos nas águas cristalinas de Curieuse – enquanto o almoço é preparado. Para mim, foi o final perfeito para a visita ao Parque Nacional Marinho de Curieuse.

Caso tenha interesse no passeio, veja a referida Excursão Curieuse e St Pierre com churrasco e paragens para snorkeling.

Fazer snorkel na Ilha Saint Pierre

Um dos locais emblemáticos para fazer snorkeling em Praslin é, na verdade, junto à pequena ilha Saint Pierre. Trata-se de um local muito bonito mas, infelizmente, boa parte do fundo do mar está transformado em cemitério de corais – creio que por causa das embarcações e suas âncoras.

Ou seja, apesar de haver um ou outro recanto com abundante vida marinha, foi para mim um pouco dececionante submergir em torno da ilha e constatar o estado de boa parte dos corais. A não ser que tenha estado no sítio errado e houvesse partes melhores conservadas, não recomendo fazer snorkeling em Saint Pierre. Quase todos os tours passam por lá, pelo que pode sempre avaliar com os seus olhos.

Conhecer Anse Volbert / Cote d’Or (o lado mais turístico de Praslin)

Conhecida localmente como Costa Dourada – ou Côte d’Or -, Anse Volbert é a praia mais popular, mais extensa e mais turística da ilha de Praslin. Ninguém fica sem encontrar o que procura numa praia que se estende por vários quilómetros, com ampla oferta hoteleira e de serviços, preparada para receber visitantes e locais de todas as idades.

É adequada para casais em busca de tranquilidade, grupos de amigos que queiram aproveitar o sol e a boa companhia, ou famílias com crianças que precisam de um ambiente seguro e águas pouco profundas.

Nas horas que ali passei, encontrei tudo isso – e ainda turistas a confraternizar com locais, à volta de garrafas de cerveja e churrascos de peixe. Talvez não seja o paraíso típico dos bilhetes-postais, mas que tem vida e alma disso não haja dúvidas. Mais um daqueles lugares para visitar em Praslin.

Percorrer estrada litoral do sudoeste de Praslin

A primeira vez que se pega num automóvel em Praslin pode ser uma experiência um pouco estranha. E não me refiro apenas a conduzir pelo lado esquerdo da estrada – isso, já se sabe, primeiro estranha-se, depois entranha-se.

Há um outro detalhe difícil de ignorar: o parque automóvel dos carros de aluguer em Praslin parece feito de carrinhos de brincar. São todos de pequenas dimensões e, pelo menos no meu caso, tinha pouca potência para enfrentar as – por vezes nada suaves – subidas. Mas depois tudo faz sentido: as ruas são tão estreitas que seria complicado se os carros fossem maiores.

Dito isto, recomendo vivamente que aproveite esse meio de transporte para conhecer a ilha ao volante do seu carrinho de brincar. Houve um dia em que, em vez de usar a estrada central para regressar à costa norte, decidi contornar a ilha pela estrada do litoral sudoeste, passando em Pointe Cocos. E foi uma bela decisão.

O traçado da estrada desenha cenários encantadores, e cada curva revela novos rochedos, pequenas praias escondidas, portos de pescadores. É uma forma diferente de explorar Praslin – percorrendo-lhe os quilómetros devagar, com olhos de ver.

Visitar a igreja St. Anne

Bem perto da estrada principal que circunda a ilha, é impossível não reparar num templo católico rodeado de vegetação. Trata-se da igreja católica romana de Saint Anne – padroeira que dá nome a uma das mais importantes baías de Praslin, a Baía de Sainte Anne, não muito longe do cais de onde partem os ferries para Mahé e La Digue.

É um templo mariano, consagrado em abril de 1945, que pertence atualmente à Diocese de Vitória (sediada na capital Vitória, na ilha Mahé). Não pude entrar na igreja, que se encontrava em obras, mas apreciei o estilo colonial da construção e as duas palmeiras que a emolduram. Fica a sugestão.

Apreciar o quotidiano local de Praslin

Para além do glamour dos resorts de luxo e das praias típicas de um cartão-postal, as Seychelles têm, como qualquer outro país, costumes e tradições quotidianas que merecem ser conhecidas e observadas, até para melhor compreender o destino.

Ora, uma das coisas mais interessantes que reparei ao visitar Praslin foi a quantidade de pequenos bancas de rua ou mercados mais ou menos informais para venda de frutas e de peixe acabado de pescar. É o quotidiano da ilha em toda a sua simplicidade e esplendor – adoro!

Outras coisas a visitar em Praslin

De resto, há um conjunto de outras coisas que pode incluir no seu roteiro para visitar Praslin. O tempo nunca dá para tudo e houve coisas que não consegui fazer. Eis algumas atividades adicionais que pode considerar fazer na ilha de Praslin:

• Explorar a Reserva Fond Ferdinand (prioritário!).
• Conhecer a Praia Anse Takamaka.