
Procura o que visitar em Mahé, nas Seychelles? Eu, pessoalmente, não fiquei apreciador de Mahé. Talvez ficasse com outra opinião se tivesse optado por ficar mais tempo e visitar locais como o Parque Natural Morne Seychelles. Admito que sim.
Mas dispenso bem o trânsito e o ambiente mais urbano e caótico da capital Vitória; além de que, para quem procura as famosas praias das Seychelles, as melhores estão em La Digue e Praslin. De longe!

Dito isto, não desista de visitar Mahé e dar-lhe uma oportunidade. É claro que há algumas coisas muito interessantes a incluir numa eventual lista com o que fazer em Mahé – assim o viajante tenha algum tempo para, por exemplo, fazer trilhos.
Encare então este roteiro para visitar Mahé, Seychelles como uma base para montar o seu itinerário, juntando mais atividades entre aquelas que refiro na secção “Outras coisas a visitar na ilha Mahé” no final do artigo – e que eu não tive oportunidade de fazer. Vamos a isso!
O que fazer em Mahé (Seychelles)
Visitar o Mercado Sir Selwyn Selwyn-Clarke
É o principal mercado de frescos da cidade e fica localizado num edifício muito interessante e curioso, ao estilo de pagode chinês. Foi batizado com o nome de um antigo governador das Seychelles, Sir Percy Selwyn Selwyn-Clarke, um britânico que serviu a rainha em Hong Kong antes de ser governador e comandante-chefe das Seychelles.
Na parte térrea são vendidos os produtos frescos propriamente ditos, com áreas bem distintas e sinalizadas para a venda de peixe, frutas e legumes e carne. E no piso superior há algumas lojinhas onde é possível comprar sobretudo vestuário e algumas peças de artesanato.
É um edifício muito colorido e, sobretudo, muito vivo, cheio da azáfama que normalmente se encontra nos mercados de frescos. Para mim, que adoro mercados, é um lugar imperdível a visitar em Mahé.
Apreciar a Torre do Relógio em Vitória
Fica no centro de uma rotunda e os mais distraídos até poderão não perceber de imediato que está perante o mais importante marco da cidade – isto porque o relógio não é propriamente monumental, e há sempre muito trânsito a circundá-lo.
O monumento data de 1903 e é uma espécie de Big Ben em miniatura que, ao que consta, foi erguido em honra de Sua Majestade a Rainha Vitória. É todo feito em aço e originalmente era de cor preta preto. Mas durante o jubileu o Rei George V terá sido pintado de cor prateada – e assim se mantém até hoje. É sem dúvida um dos maiores ícones da capital Vitória.
Catedrais de Mahé
Na verdade há não uma mas sim duas catedrais em Vitória. A Igreja da Imaculada Conceição, católica, e a Catedral de São Paulo, anglicana. Eu não resisti a entrar na igreja anglicana, logo no final de uma cerimónia que havia enchido o templo alguns minutos antes.
E ali me permiti descansar um pouco, a desfrutar das ventoinhas que refrescavam o interior da igreja, com mais sucesso do que todas as portas e janelas que permeiam abertas. Fica em frente ao Parque da Paz de Vitória.
Parque da Paz de Vitória
Mais um recanto da cidade que quase passa despercebido. Mas a verdade é que o Parque da Paz, em pleno coração da pequena cidade de Vitória, pode ser um excelente refúgio de serenidade para quem pretende deambular entre zonas sombreadas e plantas exóticas.
O parque é muito agradável, com espaço para atividades ao ar livre e brincadeiras dos mais novos, mas o que mais me chamou a atenção foram algumas estátuas colocadas numa das suas entradas. Entre elas a do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, que recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1993; e a de Mahatma Ghandi, nomeado cinco vezes para o mesmo prémio (nunca o chegou a receber). Ghandi lutava pela independência da Índia do domínio britânico utilizando métodos não violentos; e defendia os direitos dos intocáveis, a casta mais baixa na sociedade hindu. Fica a dica.
Fazer praia em Anse Royale
É uma das mais famosas praias de toda a ilha, só perde em popularidade face a Beau Vallon onde às quartas feiras existe, inclusive, um animado mercado noturno. Eu apostei em Anse Royale e a primeira vez que lá fui, ao fim da tarde, com uma indesejada maré cheia, quase que dizia que tinha apostado mal. As águas pareciam sujas, a zona de manguezal onde estendi a toalha pela primeira vez estava cheia de mosquitos, nada de muito convidativo.
Na manhã seguinte, dei uma segunda oportunidade ao areal de Anse Royale – e ainda bem que o fiz. Posso garantir que foi uma das melhores manhãs de praia de que pude usufruir em todo o arquipélago das Seychelles. A água cristalina num lindíssimo tom azul-esverdeado, ondulação serena, temperatura perfeita, areal limpo, uma rede entre árvores, um posto de venda de deliciosos sumos naturais. Não se pode pedir muito mais.
Provar as frutas tropicais das Seychelles
Por falar em sumos naturais, uma das melhores coisas que pode fazer em Mahé – tal como em todas as ilhas das Seychelles – é provar as suas frutas tropicais. Não só os cocos, de cuja água sou fã incondicional, mas frutos como o mamão, a manga, o abacaxi e o maracujá. Sem dúvida uma daquelas coisas menos óbvias a incluir num roteiro com o que fazer em Mahé. Todos os dias!
Outras coisas a visitar na ilha Mahé
De resto, há algumas coisas que eu tinha ponderado fazer no meu roteiro para visitar Mahé, mas que acabei por não concretizar porque dei primazia às ilhas de La Digue e Praslin. O tempo nunca dá para tudo. Eis outras coisas que pode fazer em Mahé caso passe mais tempo na ilha:
- Fazer os trilhos de Anse Major.
- Museu Nacional de História de Mahé.
- Visitar o Parque Nacional Morne Seychelles e fazer o trilho de Copolia.
- Visitar a destilaria de rum Takamaka.
- Conhecer as praias de Police Bay, Petit Baie e Takamaka. E, se quiser conhecer o “Algarve” de Mahé, vá até à Praia de Beau Vallon.
Excursões a partir de Mahé
Há também duas ou três excursões muito recomendáveis fazer a partir de Mahé, nomeadamente ao parque marinho de Saint-Anne. Mas não só. Deixo aqui algumas sugestões que poderão enriquecer a visita a Mahé.
- Mahé: Tour particular personalizado da ilha com motorista, da empresa CME Tours and Transfer.
- Mahé: Parque marinho de Saint-Anne e cruzeiro na ilha de Moyenne, organizado pela Creole Travel Services (CTS).
Dicas para visitar Mahé, Seychelles
Quando viajar para as Seychelles
A melhor altura para visitar Mahé – e as Seychelles em geral – é entre abril e maio, ou outubro e novembro (apesar de abril ser um mês muito quente). Esses são os períodos mais calmos entre as duas épocas de ventos alísios que atingem a ilha todos os anos. São, por isso, os meses normalmente mais secos e menos ventosos.
Como chegar à ilha de Mahé
Não há voos diretos entre Portugal e o Aeroporto Internacional das Seychelles, localizado na ilha Mahé, pelo que a melhor opção é fazer em escala em hubs como Frankfurt (Lufthansa), Dubai (Emirates) ou Doha (Qatar Airways).
Dito isto, eu optei por ir apanhar um voo da Qatar Airways a Madrid, já que encontrei preços muito mais baixos do que a partir de Lisboa ou Porto. A viagem de carro ainda foi longa, mas qualquer pretexto é bom para voltar a Madrid.
Seja como for, veja dicas para comprar voos baratos. Recomenda-se, entre outras coisas, que reserve com antecedência e que tenha flexibilidade de datas.
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Como ir do aeroporto para Vitória (centro ou porto de ferries)
Caso viaje com pouca bagagem, tenha tempo e pretenda ir para Vitória, saiba que há autocarros relativamente frequentes que passam no aeroporto e o levam até à capital.
Dito isto, há duas outras alternativas um pouco mais dispendiosas mas que podem valer muito a pena, especialmente caso queira ir direto do aeroporto para o porto de Vitória apanhar um ferry para visitar Praslin ou La Digue.
Por um lado, há um transfer privado muito eficiente e que pode compensar se viajar com outras pessoas (custa cerca de 40€ e foi o que eu fiz nesta viagem). Por outro, é possível comprar um transfer de autocarro (10€ por pessoa) em simultâneo com a compra dos bilhetes para o ferry – veja nesta agência.
Quantos dias deve ficar em Mahé
Mahé é um daqueles destinos em que a resposta depende mesmo daquilo que procura. Ou seja, no seu roteiro para visitar as Seychelles atribua entre zero e 3 dias à ilha de Mahé. Eu diria 2 dias caso tenha mais do que dez no total da viagem; ou zero dias caso tenha menos tempo.
Como se deslocar na ilha de Mahé
Não tenho qualquer dúvida em afirmar que alugar carro é a melhor forma para conseguir visitar a ilha de Mahé ao seu ritmo. Isto porque os transportes, apesar de existentes, limitam os seus movimentos – e os táxis são demasiado caros.
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Onde dormir em Mahé
Para entender um pouco melhor as diferentes regiões da ilha, veja o guia completo sobre onde ficar em Mahé. Em jeito de spoiler, posso adiantar que, na minha opinião, a melhor base para se hospedar não é Beau Vallon, mas sim qualquer outra região da ilha, mais tranquila. Mas naturalmente depende daquilo que procura.
Em concreto, pesado custo e benefícios, os hotéis The Bay Seychelles Boutique Hotel e Pineapple Beach Villas são para mim os melhores de Mahé. Mas há, naturalmente, hospedagens mais económicas. A esse respeito, no link abaixo encontra dezenas de hotéis e pousadas em Mahé de excelente qualidade e para todos os orçamentos.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.