![Mdina, Malta](https://www.almadeviajante.com/wp-content/uploads/mdina-malta-1-810x540.jpg)
“Iluminada à noite por lamparinas e referida como a cidade silenciosa, Mdina é uma cidade fascinante para visitar por causa da sua atmosfera intemporal e de tesouros culturais e religiosos”.
As palavras são do Turismo de Malta e, tirando o romantismo das lamparinas e o suposto silêncio da cidade – que não pude comprovar por não ter visitado Mdina à noite -, a frase resume de forma simples os atrativos da urbe medieval: a atmosfera do bem preservado centro histórico e as memórias de um passado auspicioso. Vamos a isso.
Manda a verdade dizer desde logo que, para mim, Mdina é uma das cidades mais bonitas de Malta. Disso não tenho qualquer dúvida. Deambular pelas suas ruas empedradas, passando por igrejas e palácios antiquíssimos, de olhar nas varandas profusamente trabalhadas, é uma espécie de viagem no tempo. Era rica e imponente, e a sua história inclui uma importante curiosidade religiosa. Reza a lenda que o apóstolo São Paulo viveu em Mdina; crê-se que na gruta Fuori le Mura, localizada na atual Rabat, fora das muralhas de Mdina.
Hoje em dia, a gruta é conhecida como Gruta de São Paulo (que mais poderia ser?), e visitá-la é quase “obrigatório” para quem inclui Rabat e Mdina no seu roteiro de viagem a Malta. E motivos não faltam.
A minha visita a Mdina (e Rabat)
Avistei o Bruno Mendes, um amigo português que, por uma incrível coincidência, estava a visitar Malta na mesma altura que eu, junto à entrada principal de Mdina, capital de Malta durante a Idade Média e até meados do século XVI (altura em que o centro administrativo do país passou para Birgu, uma das chamadas Três Cidades).
Indiferentes ao facto de algumas cenas da primeira série da Guerra dos Tronos terem sido filmadas ali mesmo (facto totalmente irrelevante, mas que parece acrescentar uma imagem de culto à povoação), juntos explorámos as estreitas ruelas de Mdina; passámos pela Catedral de São Paulo; pelos palácios Vilhena e Falson; e finalmente pela Igreja da Anunciação (conhecida como Igreja Carmelita), que visitámos tranquilamente.
E assim fomos andando, sem destino pré-determinado, deixando que as ruelas (e a procura de sombras) ditassem o rumo da descoberta. Até que chegámos a outra das portas da cidade e rumámos à vizinha Rabat.
Uma vez em Rabat, deu para perceber que, apesar do seu lado mais urbano, Rabat mantém a autenticidade característica das pequenas povoações maltesas. Depois de percorrermos algumas das ruas da cidade, avistando homens em pequenas tascas bebericando em hora de almoço, fomos visitar a chamada Gruta de São Paulo e a adjacente igreja. Não há como fugir ao cliché – e a visita vale a pena.
Pouco depois, o estômago pediu conforto e sentámo-nos numa esplanada a almoçar. Tinha sido uma visita rápida – no total, foi apenas uma manhã em Mdina e Rabat -, mas Malta tinha ainda muitas facetas para nos mostrar. Não muito longe, havia dois templos megalíticos para conhecer.
Guia prático
Como chegar a Mdina
Muita gente recomenda alugar um carro para melhor explorar Malta mas, honestamente, não creio que seja necessário.
Tal como explico no post com dicas de viagens em Malta, há um cartão chamado Tallinja Explorer que permite viagens ilimitadas durante sete dias nos autocarros das ilhas de Malta e Gozo. Foi o que eu usei e recomendo vivamente, pelo descanso que proporciona e pelo dinheiro que poupa (custa apenas 21€). Vale a pena visitar o site oficial dos transportes públicos de Malta para consultar o mapa de rotas. E há vários autocarros que passam em Rabat.
Onde ficar
Para compreender melhor a dinâmica da ilha, sugiro que espreite um texto sobre onde ficar em Malta em função do seu estilo de viagem. Dessa lista, eis alguns dos hotéis que recomendo sem reservas: a agradável Casa Lapira e o carismático Tano’s Boutique Guesthouse, em Valletta; os acolhedores bed & breakfast Julesy’s e Nelli’s, ou ainda o mais simples No. 17 Birgu, nas “Três Cidades”; e, por fim, o Backstage Boutique Townhouse e o fantástico Two Pillows Boutique Hostel, em Sliema.
Se preferir ficar em Rabat para vivenciar o lado mais tradicional de Malta, o Point de Vue, o Villa Vittoria e o My Travel House estão seguramente entre as melhores opções de alojamento. Note que a pequena e amuralhada Mdina tem apenas dois hotéis boutique no seu interior, e não creio que se justifique pagar o preço de ficar dentro da cidade-museu.
Pesquisar hotéis em Rabat (Malta)
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
Malta está na minha lista faz tempo, adoraria conhecer este país, esta cidade me fez sentir mais desejo ainda.
Parabéns pelo post.