
Procura o que fazer em Madrid? Pois bem, recentemente tive oportunidade de visitar Madrid com mais calma. Foi um regresso planeado para explorar os bairros e museus e assim propor um roteiro de 3 dias na apaixonante capital de Espanha. Mas poderiam ser 4, 5 ou até 7 dias, porque há mesmo muito o que visitar em Madrid.
Assim, do incrível Museu do Prado ao Thyssen-Bornemisza, passando pela inevitável Plaza Mayor, o alternativo Matadero e o distintivo Real Jardim Botânico, há uma série de coisas que não pode (mesmo) perder em Madrid. E isto para além dos muitos mercados gastronómicos que pontuam os bairros de Chueca, Malasana, Lavapiès e La Latina.
Eis, pois, sugestões sobre o que fazer em Madrid numa escapadinha de 3, 4 ou 5 dias à movimentada capital espanhola. Independentemente do seu ritmo de viagem, o roteiro inclui referência às principais atrações turísticas e a excelentes museus, bem como mercados de comida e outros prazeres.
Depois de chegar a Madrid, o que visitar? É disso que trata este artigo, uma espécie de guia completo com um roteiro para visitar a cidade. Vamos a isso.
- Guia dos bairros de Madrid
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O que fazer em Madrid
- Visitar o Museu do Prado
- Real Jardim Botânico de Madrid
- Mercado de São Miguel
- Plaza Mayor
- CaixaForum Madrid
- Mercado Antón Martín (Lavapiès)
- Puerta de Alcalá
- Praça de Espanha
- Museu Thyssen-Bornemisza
- Museu Arqueológico de Espanha
- Parque do Retiro de Madrid
- Templo de Debod
- Apreciar as vistas do Miradouro da Montanha de Príncipe Pío
- Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia
- Palácio Real de Madrid
- Visitar a Catedral de Santa Maria a Real de Almudena
- … e a sua cripta
- Igreja de Santo António dos Alemães
- Real Basílica de São Francisco
- Bairro de La Latina
- Basílica Pontifícia de São Miguel
- Bairro de Lavapiés
- Fotografar o edifício Metropolis
- Matadero Madrid
- Apreciar os azulejos da Farmacia Juanse
- Jardim Tropical de Atocha
- Tapear pelas tabernas de Madrid
- Mercado de San Ildefonso (Chueca)
- Mercado San Antón (Chueca)
- Assistir a um show de flamengo
- Procurar pechinchas no mercado de rua El Rastro
- Fazer um tour no Estádio do Real Madrid (Santiago Bernabéu)
- Provar os doces das Monjas Carboneras
- Comer churros na Chocolateria San Ginés
- Comer uma tortilha na Casa Dani (Mercado da Paz)
- Outras coisas a visitar em Madrid
- Passeios de 1 dia a partir de Madrid
- Mapa dos lugares a visitar em Madrid
- Dicas úteis para visitar Madrid
Guia dos bairros de Madrid
Tal como me acontece com Lisboa, olho para Madrid não como uma metrópole enorme mas sim como um conjunto de pequenos bairros adjacentes, cada qual com a sua identidade. E, nesse aspeto, o coração da capital de Espanha tem alguns bairros que vale bem a pena conhecer. Eis os meus preferidos e respetivas características:
- Bairro de La Latina. Chama-se La Latina, tem origem medieval e é um labirinto de ruas estreitas com muitos cafés, bares de tapas e tabernas tradicionais. Não sei se “autêntico” é a palavra mais indicada, mas é sem dúvida um lado menos polido e mais popular de Madrid. Aos domingos, o mercado de rua El Rastro atrai multidões a La Latina.
- Bairro de Lavapiés. É, por assim dizer, o bairro multicultural de Madrid, onde encontra gente de todas as proveniências que consiga imaginar. Um melting pot, como se costuma dizer. É lá que fica o Mercado de São Fernando.
- Bairro Malasana. Com epicentro na Plaza de Dos de Mayo, Malasana é tido como um bairro boémio. Infelizmente, pareceu-me ter um ambiente mais estranho, digamos, com drogas leves e pessoas menos confiáveis a vaguear pelas ruas. Foi uma sensação estranha, possivelmente injusta para com Malasana – mas não sei explicar.
- Bairro das Letras. Casa de grandes escritores do século XVII, o Bairro das Letras é um pequeno núcleo no centro de Madrid que apela aos amantes de literatura e da gastronomia. É lá que fica o espetacular Teatro Español.
- Chueca. Creio que, após lá ter ficado hospedado e, por essa via, ter conhecido melhor a vida no bairro, Chueca se tornou no meu bairro de Madrid preferido. Animado quanto baste, com muitos restaurantes inovadores e espaços criativos, é o bairro onde os arco-íris decoram as fachadas e a comunidade LGBT se sente em casa. Residencial, super seguro e tranquilo.
O que fazer em Madrid
Visitar o Museu do Prado
Impressionante – é provavelmente a palavra que me ocorreu após visitar o Museu do Prado. Enorme, riquíssimo e diversificado, é por mérito próprio uma das principais atrações de Madrid. É, aliás, tido como o mais importante museu de Espanha.
Nas palavras do Turismo de Madrid, “além de ser uma das melhores pinacotecas em termos de pintura dos séculos XVI e XVII e de contar com peças de artistas do gabarito de El Bosco, Ticiano, El Greco, Murillo, Rubens, Goya ou Velázquez”, o Museu do Prado “guarda importantes fundos de artes decorativas, desenhos e gravações menos conhecidos, mas de grande valor”.
A esse respeito, de realçar que entre o acervo do museu pontificam valiosíssimas coleções de pintura francesa, de pintura espanhola e também da chamada escola flamenga. É, sem qualquer dúvida, um dos lugares a visitar em Madrid. Nem que só tenha 1 dia na cidade!
Não é permitido fotografar no interior do Museu do Prado, razão pela qual não tenho fotografias das exposições. Quanto aos bilhetes, recomendo comprar ingresso com antecedência na GetYourGuide, para evitar as longas filas das bilheteiras. É claro que pode também comprar no site oficial, mas use a GetYourGuide para cancelar sem custos caso mude de planos. O museu está aberto de segunda a sábado das 10:00 às 20:00; aos domingos e feriados o horário é mais reduzido, entre as 10:00 e as 19:00.
Dica Alma de Viajante: Caso no seu plano com o que fazer em Madrid constem visitas aos museus Thyssen-Bornemisza, do Prado e Reina Sofía, saiba que existe um passe mais barato que permite visitar os três museus. Mas só compensa se for a todos eles.
Real Jardim Botânico de Madrid
Também no Paseo del Prado fica outra atração a visitar em Madrid verdadeiramente imperdível – e muito menos concorrida. Refiro-me ao Real Jardim Botânico, um oásis de tranquilidade junto ao epicentro turístico da capital espanhola.
Fundado em 1755, o Jardim Botânico de Madrid é tido como uma das mais prestigiadas instituições de pesquisa botânica de Espanha. Para o visitante, é um refúgio de paz no meio do bulício urbano que merece ser conhecido.
É claro que há elementos arquitetónicos que se destacam no parque, como a Porta de Murillo, a imponente Porta do Rei ou o Pavilhão Villanueva. Mas é sem qualquer dúvida a tranquilidade e o manancial de espécies ali presentes que mais atrai os visitantes. Sejam eles residentes madrilenos, estudantes de arte ou botânica, ou turistas em busca do outro lado de Madrid.
Pela minha parte, só posso recomendar uma visita ao Real Jardim Botânico. É uma das melhores coisas que pode fazer em Madrid para recuperar energias e respirar Natureza. Nem que seja entre a visita a dois museus das proximidades!
Mercado de São Miguel
Com mais de sete milhões de visitantes por ano, o Mercado de São Miguel não é propriamente novidade nas recomendações sobre o que fazer em Madrid. Fica no muito central bairro Madrid dos Áustrias, a dois passos da Plaza Mayor, facto que em muito contribui para a sua popularidade. Mas não é só por isso.
Na verdade, entre todos os mercados gastronómicos de Madrid, o Mercado de São Miguel é, muito provavelmente, o mais agradável e interessante. Não só pela bela estrutura de ferro do edifício, mas também pelo ambiente arejado e pela qualidade das iguarias.
Conte encontrar produtos de primeira qualidade provenientes de diversas regiões de Espanha, das tapas com peixes e mariscos da Galiza aos melhores queijos do país, passando pelo pao artesanal. Entre as iguarias mais reputadas presentes no Mercado de São Miguel, destaque para os gelados artesanais do estrelado chef Joan Roca e os arrozes tradicionais do chef Rodrigo de la Calle.
Chegando a Madrid, o que visitar? Sem dúvida que o Mercado de São Miguel. Não creio haver outro mercado gastronómico de que tenha gostado mais em Madrid, pese embora os preços um pouco inflacionados..
Plaza Mayor
Provavelmente o espaço público mais emblemático da cidade, a Plaza Mayor é daqueles lugares obrigatórios em qualquer roteiro com o que visitar em Madrid. É certo que os preços dos cafés e esplanadas são também inflacionados, mas nada impede de turistar pela praça e apreciar a inegável beleza daquele retângulo histórico.
A origens da praça remontam ao século XV, quando na confluência dos caminhos que ligavam Toledo a Atocha, fora da cidade medieval, estava a Plaza del Arrabal, o mercado principal da vila, tendo sido construída um primeiro edifício portificado para regular o comércio da zona.
in Wikipedia
Em 1580, depois de ter transferido as cortes para Madrid em 1561, Filipe II encarregou Juan de Herrera de remodelar a praça. A Casa de la Panadería, que estava ao cargo de Diego Sillero, foi o primeiro edifício a surgir na nova praça em 1590. Em 1617, Filipe III, encarregou Juan Gómez de Mora de finalizar as obras, tendo sido terminadas as obras em 1619.
Pela minha parte, já fui visitar Madrid inúmeras vezes e acabo sempre por passar na Plaza Mayor. Chamam-me à atenção os pórticos que circundam a praça; o edifício da chamada La Casa de la Panadería (onde se vê o Escudo de Armas de Carlos II); o Arco de Cuchilleros; e, claro, a escultura equestre de Felipe III que adorna o centro da Plaza Mayor.
Falta-lhe porventura o verde das árvores e da relva, mas isso é problema comum aos espaços públicos de muitas cidades europeias. Seja como for, se procura o que fazer em Madrid durante a sua estadia, não deixe incluir uma visita à Plaza Mayor.
CaixaForum Madrid
Se vai visitar o Museu do Prado ou o Jardim botânico, saiba que literalmente do lado oposto do Paseo del Prado fica o CaixaForum Madrid. Propriedade da Fundación La Caixa, trata-se de “um centro sociocultural do século XXI” que dá palco a “festivais de arte antiga, moderna e contemporânea, música e poesia, arte multimédia, debates sobre atualidade, eventos sociais e workshops“.
É, no fundo, um centro de artes a juntar aos vizinhos museus do Prado e Thyssen-Bornemisza.
Para o visitante, no entanto, que dificilmente terá acesso aos eventos culturais, o mais impactante será o próprio edifício. Antiga central eléctrica, o edifício foi renovado pelo famoso atelier suíço Herzog & de Meuron e parece levitar – facto que o torna único. E, no seu exterior, há também um majestoso jardim vertical impossível de ignorar.
Tudo somado, quando visitar Madrid e andar pelo Paseo del Prado, não deixe de espreitar a CaixaForum e ver o calendário das exposições e espetáculos. Ou pelo menos apreciar a sua arquitetura!
Mercado Antón Martín (Lavapiès)
Sensivelmente na fronteira entre Lavapiès e o Bairro das Letras, o Mercado Antón Martín é um mercado tradicional de produtores grossistas em funcionamento há quase oito décadas. Nas tradicionais bancas de venda é possível encontrar carne e peixe, frutas e legumes e uma variedade de produtos que tipicamente se encontram nos mercados de frescos. Mas não só.
Hoje em dia, o Antón Martín notabiliza-se também por ser uma espécie de mercado de comida de rua de todo o mundo.
Em suma, o visitante encontrará o típico ambiente de mercado mas com barraquinhas de comida internacional – italiana, japonesa, colombiana e mexicana são algumas das opções gastronómicas presentes no Mercado Antón Martín. Como li algures, é “um mercado tradicional com restaurantes modernos”, descrição que poderia ser aplicada a muitos mercados mas que encaixa como uma luva no Antón Martín.
Manda a verdade dizer, no entanto, que não me pareceu tão agradável quanto o Mercado de São Miguel. Mas, ainda assim, recomendo que inclua na sua lista com o que visitar em Madrid – especialmente se incluir o bairro de Lavapiès no seu roteiro.
Puerta de Alcalá
Situada no centro da Praça da Independência, a Puerta de Alcalá é uma das cinco antigas portas reais que davam acesso à cidade. Ao que consta, foi construída por ordem de Carlos III para substituir uma anterior que remonta ao século XVI.
Atualmente, marca o ponto de encontro de vias importantes da capital espanhola – Alcalá, Afonso XII e Serrano -, sendo um símbolo turístico da cidade. Vale pelo simbolismo histórico, além de ter uma das principais portas de entrada no Parque do Retiro. A visitar, portanto.
Praça de Espanha
Localizada no final da Gran Via, a Praça de Espanha foi finalmente devolvida à cidade após mais de dois anos de obras. E regressou mais verde e funcional.
Para além da fonte com o popular (e imponente!) Monumento a Cervante, que está no centro da praça e representa Cervantes com Dom Quixote e Sancho Pança, os seus dois míticos personagens, a Praça de Espanha conta também com vários jardins, muitas árvores, excelentes espaços de divertimento infantil e duas outras fontes. A visitar.
Museu Thyssen-Bornemisza
Não há outra forma de o dizer: o Museu Thyssen-Bornemisza é um local imprescindível em qualquer roteiro para visitar Madrid. Está instalado no Palácio de Villahermosa, um palacete de arquitetura neoclássica em pleno Paseo del Prado.
Apesar de ficar muitas vezes ofuscado pelo famoso vizinho Museu do Prado, o Thyssen-Bornemisza tem um acervo fabuloso, nomeadamente uma coleção permanente de obras de arte europeias desde a Idade Média até ao final do século XX – incluindo a chamada Pop Art.
O museu é especialmente indicado para quem gosta de pintura. Entre os artistas mais relevantes presentes no Museu Thyssen-Bornemisza, destaque para a existência de obras de Van Gogh, Caravaggio e Edvard Munch, El Greco, Rembrandt e Goya, Renoir, Gauguin, Cézanne, Kandinsky, Picasso, Mondrian e Salvador Dalí, entre outros. Se procura o que fazer em Madrid – incluindo num dia de chuva! – já sabe onde passar uma bela manhã a ver obras de arte. Gostei muito.
Museu Arqueológico de Espanha
Confesso que no meu roteiro em Madrid não tinha planeado visitar o Museu Arqueológico de Espanha. Mas, nas palavras do Turismo de Espanha, o museu, situado junto à Biblioteca Nacional, “nasceu no final do século XIX com a ideia de expor os achados arqueológicos, etnográficos, de artes decorativas e numismáticos que estavam dispersos em diferentes instituições”. E isso despertou a minha curiosidade.
Assim, caso opte por lá ir quando visitar Madrid, conte encontrar coisas tão variadas como sarcófagos e múmias egípcias, painéis de mosaicos romanos, arqueologia árabe e cerâmica mudéjar. E, claro, a escultura Dama de Elche, do século IV a.C., porventura a obra mais famosa de todo o museu.
Tudo somado, e apesar de não ser fundamental no roteiro de muita gente, a verdade é que, para os mais interessados em História e Arqueologia, é porventura um museu imperdível. Fica a dica, caso tenha interesse nestas temáticas.
Parque do Retiro de Madrid
Um dos locais mais agradáveis para passear em Madrid é, sem dúvida, o Parque do Retiro. São cerca de 125 hectares no coração da capital espanhola que, com as suas mais de 15.000 árvores, proporcionam um refúgio verde e de ar puro no centro de Madrid.
Ora, apesar de muitos não considerarem uma atração turística, estou certo de que vale bem a pena investir algum tempo do seu roteiro em Madrid para conhecer o Parque do Retiro. Desde logo, é lá que fica o maravilhoso Palácio de Cristal de Madrid, a que chamei de “refúgio de luz no Parque do Retiro”. Mas também, claro está, pelos seus jardins.
Assim, do ponto de vista botânico, o destaque vai para o Jardim de Vivaces, os Jardins de Cecilio Rodríguez (jardins clássicos com um toque andaluz e outro dos espaços verdes mais queridos da capital espanhola) e os Jardins do Arquiteto Herrero Palacios.
O meu conselho é, pois, ir com tempo e explorar o Parque do Retiro sem rumo nem pressas. E de preferência sem chuva!
Templo de Debod
Originário do antigo Egito e com 2.200 anos de história, o Templo de Debod foi um presente do Egito a Espanha “como forma de agradecimento pela colaboração espanhola no salvamento dos templos de Núbia”. Reza a história que, graças à ajuda internacional, o Egito conseguiu salvar, entre outros, o Templo de Abu Simbel, que teria ficado sepultado na construção da Barragem de Aswan. E Espanha terá tido um papel relevante nessa operação.
Ora, pode parecer estranho visitar um templo egípcio em Madrid, mas é o que é. O templo foi instalado no topo de uma colina com vistas para poente e a malha urbana da cidade. A visitar.
Dica Alma de Viajante. A entrada no Templo de Debod é gratuita e pode passear livremente no exterior do templo, mas é obrigatório reservar online caso queira conhecer o museu no interior. Está aberto de terça a domingo das 10:00 às 19:00 (ou 20:00, depende da época). Seja como for, como disse, pode ver por fora sem qualquer reserva.
Apreciar as vistas do Miradouro da Montanha de Príncipe Pío
Estando no Templo de Debod seria uma pena não aproveitar para dar um passeio pelo parque envolvente e apreciar as vistas da cidade a partir do Miradouro da Montanha de Príncipe Pío.
Sendo certo que a colina do Príncipe Pío não oferece uma visão tão ampla de Madrid como outros miradouros, é possível avistar a Catedral da Almudena, a Casa de Campo e o Palácio Real, entre outros edifícios emblemáticos da capital espanhola. E não há como negar que, ao final da tarde, as cores quentes ajudam a criar uma atmosfera incrivelmente agradável.
Em suma, não diria que é algo absolutamente fundamental num roteiro para visitar Madrid; mas, estando no Templo de Debod, aproveite para apreciar as vistas. Fica a dica.
Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia
Instalado no antigo Hospital de San Carlos, um edifício construído no final do século XVIII, o Museu Reina Sofia é outro dos grandes museus de Madrid que merecem uma visita. O museu tem um acervo impressionante, com 25.000 obras de arte moderna e contemporânea que “abrange o período compreendido entre o final do século XIX e a atualidade”. E é especialmente forte no que toca à pintura espanhola.
Em concreto, conte encontrar obras de Juan Miró, Salvador Dalí e Pablo Picasso, por exemplo. O quadro mais conhecido do museu é precisamente o icónico Guernica, de Picasso. Evoca o trágico bombardeamento aéreo de Guernica durante a Guerra Civil Espanhola, recordando a dor das vítimas desse ataque. E é de facto impressionante.
De resto, há imensas obras de arte contemporânea, incluindo algumas instalações de difícil compreensão. Mas faz parte. Não deixe de conhecer o Museu Reina Sofia quando visitar Madrid – especialmente se gostar de pintura. Mas prepare-se para se cruzar com muitos grupos escolares.
Para visitar o Museu Reina Sofia recomendo comprar os ingressos com antecedência na GetYourGuide. Desta forma poderá cancelar sem custos até ao dia anterior à visita, caso os planos se alterem.
Palácio Real de Madrid
Outro dos mais visitados locais de Madrid é o chamado Palácio Real. Trata-se de uma construção barroca com mais de 3.000 quartos (!!) e obras de reputados artistas como Caravaggio, Velázquez e Goya, que oficialmente é a residência do Rei de Espanha.
Na prática, o atual Rei vive no Palácio da Zarzuela e utiliza o Palácio Real de Madrid apenas para ocasiões de gala, incluindo “almoços, receções oficiais, entregas de prémios e audiências”. Mas nem por isso é menos interessante.
O interior do edifício destaca-se pela sua riqueza e opulência. A escadaria principal, a riquíssima Sala do Trono, a Sala dos Espelhos, a Capela Real (onde encontrei uma senhora a cantar ópera), a Sala Stradivarius, o rococó Salão Gasparini e o imponente Salão dos Jantares de Gala são apenas alguns dos espaços que deixam a maioria dos visitantes boquiabertos.
Também são mantidas no palácio diversas coleções de grande importância histórica, incluindo coleções de tapeçarias, porcelana, mobiliário e a Armaria Real. Se ainda não decidiu o que visitar em Madrid, não hesite – inclua o Palácio Real no seu plano. Não se vai arrepender!
Dica Alma de Viajante. Caso prefira visitar o Palácio Real de Madrid a companhia de um guia especializado, veja esta visita guiada sem fila ao Palácio Real. É naturalmente mais caro do que comprar apenas o ingresso, mas retirará muito mais da experiência. O tour tem classificação de 4,9 (em 5) e pode ser cancelado até à véspera da visita.
Visitar a Catedral de Santa Maria a Real de Almudena
Para além do palácio, nenhuma visita a Madrid ficará completa sem uma passagem pela Catedral de Santa Maria a Real de Almudena. É o mais importante edifício religioso da cidade – e de facto as suas proporções impressionam bastante.
Reza a história que a Catedral de La Almudena foi construída no final do século XIX sobre a antiga Igreja de Santa María la Mayor, em homenagem à Virgem padroeira de Madrid. Nas palavras do Turismo de Espanha, “o interior do templo mantém um estilo gótico, apesar do exterior ser classicista” – caso se interesse por arquitetura.
A mim, impressionaram-me os coloridos tetos de madeira da catedral. Mesmo não sendo entendido na matéria, dá para perceber que o interior da Almudena tem detalhes muito diferentes de outras templos religiosos, nomeadamente pela utilização de linhas retas e cores garridas nos tetos da catedral. E mesmo os vitrais me pareceram merecedores de cuidada atenção.
A título de curiosidade, dizer que em 1993 a catedral foi consagrada pelo Papa João Paulo II durante a sua quarta visita a Espanha. Tudo somado, é mais uma atração imperdível para visitar em Madrid. Mas porventura ainda mais espetacular é o que fica debaixo da catedral. Não acredita?
… e a sua cripta
Debaixo da Catedral de La Almudena esconde-se um dos maiores segredos da capital espanhola. Trata-se de uma cripta de “estilo neo-românico, com planta em forma de cruz latina”, com “mais de 400 colunas coroadas por capitéis, todos eles diferentes, que evocam figuras bíblicas e motivos da natureza, bem como as figuras da Ursa e do Medronheiro, símbolo de Madrid”. É verdadeiramente impressionante.
A entrada na cripta é gratuita, mas todos os donativos são bem-vindos.
Igreja de Santo António dos Alemães
Wow! Não tenho palavras para descrever a Igreja de Santo António dos Alemães. Tida como o melhor exemplo do barroco espanhol foi, sem dúvida, uma das grandes surpresas dos dias passados a visitar Madrid. Assim, mesmo que só tenha 1, 2 ou 3 dias não hesite: tem mesmo de visitar a Igreja de Santo António dos Alemães. Depois agradece-me.
Ao que consta, a igreja foi construída pelo arquiteto Pedro Sánchez como complemento do Hospital de Portugueses, que tinha sido criado por Felipe III no início do século XVII.
O que mais impressiona na pequena igreja são os frescos que cobrem completamente as suas paredes. Isso e o facto de ter uma planta elipsoidal – algo que me parece muito pouco comum. Mais um daqueles lugares a visitar em Madrid!
Real Basílica de São Francisco
A Real Basílica de San Francisco el Grande foi construída sobre um antigo convento que, segundo a lenda, terá sido fundado pelo próprio São Francisco de Assis no século XIII. Em resumo, trata-se de uma imponente igreja neoclássica, onde se destaca uma cúpula de grandes dimensões e uma capela com frescos bem conservados.
Dito isto, confesso que para mim o mais fascinante estava bem para lá da nave central da basílica. Refiro-me à sua pinacoteca, um espaço belíssimo com obras de grandes proporções da autoria de pintores espanhóis. Não sei dizer que obras observei, mas vale a pena calcorrear aqueles corredores em tons avermelhados e levantar o pescoço. Fica a dica.
Bairro de La Latina
Saindo da basílica, é natural que repare estar num bairro boémio. Chama-se La Latina, tem origem medieval e é um labirinto de ruas estreitas com muitos cafés, bares de tapas e pequenas tabernas tradicionais. É, sem dúvida, um lado menos polido e mais popular de Madrid – ou “autêntico”, se preferir, embora eu evite usar essa palavra para definir destinos.
Assim, com epicentro na Praça de la Paja, o Bairro La Latina é especialmente vivo a partir do entardecer – e, claro, aos fins de semana. É uma área relativamente pequena e muito central, pelo que recomendo que se deixe perder pelas ruelas de La Latina.
Como bónus, é precisamente neste bairro que, aos domingos, acontece o mercado de rua Rastro de Madrid de que falo mais adiante.
Basílica Pontifícia de São Miguel
Por esta altura, talvez esta lista com o que visitar em Madrid tenha já demasiadas igrejas. Mas a verdade é que esta (que não estava sequer no meu plano e onde entrei por puro acaso) acabou por se tornar numa das mais bonitas que vi em Madrid. É naturalmente uma opinião subjetiva, mas fica como sugestão.
Em concreto, a Basílica Pontifícia de São Miguel é tida como “um dos edifícios arquitetónicos mais importantes do barroco espanhol”. E isto apesar do teu reduzido tamanho. Lá dentro, para além de uma nave central bem cuidada e da grande tela dedicada a São Miguel que ocupa o presbitério, o meu olhar parou nos belíssimos vitrais do templo católico.
Tudo somado, mesmo não sendo porventura daqueles lugares de visita obrigatória, fica a referência caso tenha mais tempo para explorar Madrid.
Bairro de Lavapiés
O Bairro de Lavapiés é o bairro multicultural de Madrid por excelência. Nele se encontra um caldeirão de história, nacionalidades, arte, ideias e ideologias – que é ele próprio o grande atrativo de Lavapiés. Mais do que um qualquer edifício histórico ou que a tipicidade das ruas, é o espirito do bairro que leva as pessoas até ele. Imperdível – especialmente para gente de mente aberta e sem preconceitos.
Caso aprecie mercados gastronómicos, saiba que é em Lavapiés que fica, também, o Mercado de São Fernando.
Fotografar o edifício Metropolis
Tida como uma das vistas mais fotogénicas de Madrid, fotografar o edifício Metropolis a partir do terraço do Círculo de Bellas Artes (CBA) é já um clássico turístico. Não que eu considere fundamental no seu roteiro para visitar Madrid mas, como sei que há muita gente que aprecia fotografia, deixo aqui a dica. O terraço fica a mais de 50 metros de altura, na interceção entre a Calle Alcalá e o início da Gran Via.
O Circulo de Bellas Artes cobra 5,50€ pelo acesso ao terraço.
Matadero Madrid
Uma das mais recentes conquistas da cena artística da capital espanhola dá pelo nome de Matadero Madrid. De uma forma muito resumida, é um antigo matadouro transformado em centro artístico contemporâneo que acolhe exposições, espetáculos e cinema. Muito à imagem de hubs criativos como o Lx Factory de Lisboa. Adoro!
Atualmente, é um grande espaço multidisciplinar “dedicado à experimentação e produção artística”, com um enorme centro de exposições e vários pavilhões industriais reconvertidos (uns privados e outros públicos!) que oferecem programação relacionada com uma área cultural específica.
A título de exemplo, conte encontrar artes cénicas no pavilhão Naves del Español; atividades ligadas ao design na Central de Design; artes visuais na Cineteca; e literatura na chamada Casa do Leitor. No fundo, o Matadero Madrid é um espaço alternativo ligado à criatividade em múltiplas vertentes. Verdadeiramente imperdível!
O complexo do Matadero está aberto antes, mas as atividades e exposições só abrem portas por volta das 16:30 (dias de semana) ou meio dia (sábado e domingo). Confirme os horários exatos na programação no site oficial.
Apreciar os azulejos da Farmacia Juanse
Infelizmente, estava a decorrer uma intervenção de reabilitação urbana no prédio, pelo que os magníficos painéis publicitários de azulejo estavam cobertos com tapumes de madeira.
Mas, tratando-se de uma das mais extraordinárias fachadas de Madrid, de uma antiga farmácia com propaganda em azulejos originais de 1920, não podia ficar de fora da minha lista com o que fazer em Madrid. É esperar que as obras terminem para que seja possível desfrutar novamente de tão maravilhosos painéis publicitários. Fica a dica.
Jardim Tropical de Atocha
Da mesma forma, tinha o Jardim Tropical de Atocha identificado no meu plano com o que fazer em Madrid. Mas infelizmente, quando fui visitar Madrid o galpão estava encerrado para obras e totalmente inacessível aos visitantes. Terá de ficar para uma próxima viagem, mas acredito ser merecedor desta referência. É algo a confirmar logo que seja possível.
Tapear pelas tabernas de Madrid
Se há coisa que aprecio em Madrid é percorrer as melhores tabernas de Madrid para umas tapas e um copo de vinho em ambientes sempre animados. São elas o epicentro da cultura gastronómica madrileña.
Lugares como a Taberna Antonio Sánchez, tida como a taberna mais antiga de Madrid; a icónica Casa Alberto ou até a petiscaria La Ardosa, onde fui na minha última viagem a Madrid, não faltam tabernas históricas para conhecer. Deixo-lhe, pois, o desafio: visite uma taberna por dia, ao final da tarde, após um dia inteiro a calcorrear a cidade. Boa ideia, não?
Mercado de San Ildefonso (Chueca)
O Mercado de San Ildefonso é um dos mercados de comida mais populares nas listas sobre onde comer em Madrid. Honestamente, não fiquei convencido.
É certo que, apesar de não ser muito grande, havia uma razoável variedade de comida, mas o barulho em demasiado e o cheiro a fritos fez com que acabasse por mudar de ideias e não jantasse lá. Pode ter sido azar, mas por mim não me pareceu algo que merecesse tanta fama nem uma das coisas obrigatórias a fazer em Madrid.
Ainda assim, fica a referência, para o caso de querer experimentar – até porque há quem goste muito do Mercado de San Ildefonso!
Mercado San Antón (Chueca)
Igualmente localizado no bairro de Chueca, centro de Madrid, o Mercado San Antón é um espaço gastronómico renovado que diz oferecer aos visitantes produtos sazonais de alta qualidade.
Conte encontrar uma mescla de mercado de frescos tradicional com restaurantes modernos de inspiração internacional. Assumo que também não é o meu mercado preferido, mas não deixe de passar por lá. Até porque o bairro Chueca é, sem qualquer dúvida, um dos bairros mais agradáveis da capital espanhola.
Assistir a um show de flamengo
Apesar de sentir que assistir a um show de Flamengo em Sevilha é mais especial do que na capital espanhola, não dei por mal entregue o meu tempo. Atualmente, um dos lugares mais populares para ver um espetáculo de flamengo na capital espanhola é no chamado Teatro Flamenco de Madrid. Foi lá que fui no final de uma tarde chuvosa, assistir ao espetáculo Emociones.
Lá chegado, e uma vez instalado nas bancadas ao fundo da sala (a alternativa seriam as mesas em frente ao palco, com a obrigatoriedade de tomar uma bebida demasiado cara para o meu gosto), fiquei à espera do começo da atuação. Ora, apesar de ter apreciado o show, não me pareceu ter estado na presença de artistas de topo. Mas diverti-me, que era o principal objetivo.
A esse respeito, há quem diga que o Tablao Torres Bermejas é bastante melhor, mas não tive oportunidade de experimentar. O espetáculo de flamenco de um ou outro pode perfeitamente integrar a lista com o que fazer em Madrid – mesmo não estando na Andaluzia.
Pode comprar bilhetes nos sites oficiais acima referidos ou na GetYourGuide. Eu recomendo sempre esta última opção, uma vez que pode cancelar sem custos. Veja os ingressos para o Teatro Flamenco de Madrid e os ingressos para o Tablao Torres Bermejas.
Procurar pechinchas no mercado de rua El Rastro
Caso o seu roteiro em Madrid inclua uma manhã de domingo, não deixe de passar pelo El Rastro, seguramente uma dos maiores e mais interessantes “feiras da ladra” de Madrid.
O mercado tem lugar nos arredores da Rua Ribera de Curtidores e conta com mais de mil vendedores ambulantes. Conte encontrar muitas bugigangas, roupas em segunda mão, antiguidades e artesanato, rádios e relógios, livros e discos antigos e uma infinidade de outros produtos. Não por acaso, é o mercado ao ar livre mais popular de Madrid. A visitar, portanto!
Fazer um tour no Estádio do Real Madrid (Santiago Bernabéu)
Tenho prometida ao meu filho uma visita ao renovado estádio Santiago Bernabéu, razão pela qual decidi não ir sozinho nesta viagem. Voltarei a Madrid para conhecer esta Meca futebolística na sua companhia – e, nessa altura, atualizarei este artigo com o que fazer em Madrid explicando como foi o tour ao Estádio do Real Madrid. Mas tenho a certeza de que será uma experiência inolvidável. Hala Madrid!
Para visitar o Santiago Barnabéu recomendo vivamente comprar os ingressos com antecedência na GetYourGuide. Desta forma poderá cancelar sem custos até ao dia anterior à visita.
Provar os doces das Monjas Carboneras
Caso queira algo verdadeiramente fora da caixa, experimente tocar à campainha das Monjas Carboneras e comprar a sua doçaria conventual. A entrada, retratada na fotografia, não faz antever tudo o que se encontra para lá da porta de madeira. Fica a sugestão para enriquecer o seu roteiro de 3 dias em Madrid. E mais não digo, para não estragar a surpresa.
Comer churros na Chocolateria San Ginés
Não há como visitar Madrid sem experimentar um ritual típico dos madrilenos: comer churros com chocolate, de preferência acompanhado por um café com leite.
Ora, a poucos metros da Porta do Sol encontra-se a mais famosa churreria de Madrid. Chama-se Chocolateria San Ginés, foi fundada em 1894 e está aberta 24 horas por dia. E é frequentada tanto por habitantes locais quanto por turistas. Naturalmente, fui experimentar.
Escolhi tomar o pequeno-almoço na Chocolateria San Ginés. Era relativamente cedo e, ao contrário do que antecipara, não havia qualquer enchente no café. Estava, até, pouca gente.
Pedi churros com chocolate e um café com leite, e devorei tudo com a tranquilidade de quem saboreia uma iguaria. São apenas churros, bem sei, mas souberam-me mesmo bem. Como é natural, não sei dizer se são os melhores churros de Madrid, mas recomendo a experiência sem hesitações. Até porque a gastronomia é parte imprescindível em qualquer viagem.
Comer uma tortilha na Casa Dani (Mercado da Paz)
Localizado no interior do Mercado da Paz, em Lavapiès, o Casa Dani é tido como um dos melhores restaurantes de Madrid onde comer tortilha tradicional acompanhado por uma cerveja ou copo de vinho. A tortilha estava húmida como eu gosto e tinha um agradável toque a cebola. Para o meu palato, estava mesmo muito boa!
Caso não esteja virado para comer tortilha, saiba que no Mercado da Paz há vários restaurantes com comidas do mundo onde se pode banquetear. O ambiente do mercado é muito agradável e tranquilo, pelo que recomendo que passe por lá.
Dica Alma de Viajante. É natural que veja uma fila à porta da Casa Dani, mas saiba que essa fila é apenas para quem se quer sentar numa mesa. Se preferir não perder tempo, pode comer de pé nos pequenos balcões exteriores que há quase a toda a volta do restaurante. E assim não precisa de esperar na fila.
Outras coisas a visitar em Madrid
Como é evidente, há outras coisas que pode ver e fazer em Madrid, caso disponha de mais tempo para explorar a cidade. Deixo aqui algumas e sugestões de atrações a visitar e atividades a fazer:
- Museu Sorolla (encontra-se temporariamente encerrado, razão pela qual não me foi possível conhecer).
- Visitar a Real Fábrica de Tapetes.
Passeios de 1 dia a partir de Madrid
Visitar Toledo
Estando em Madrid, seria uma pena não aproveitar para visitar Toledo, a capital da região espanhola de Castela-La Mancha, Não só pela proximidade geográfica – dista apenas meia hora de comboio de Madrid – mas principalmente por ser uma cidade lindíssima.
Em concreto, há um centro histórico muralhado classificado como Património Mundial, uma catedral imponente e igrejas com quadros de El Greco, a judiaria e o alcázar, um museu surpreendente, lojas de espadas e outras armas, pastelarias com tartes de massapão artesanal e muito mais. Tudo somado, visitar Toledo é mesmo imprescindível em qualquer plano com o que fazer em Madrid. É a minha opinião – vale o que vale.
Dica Alma de Viajante. Caso prefira o conforto de um passeio organizado, veja o tour De Madrid: Visita a Segóvia (Alcázar) e Toledo (Catedral). Pode cancelar até ao dia anterior.
Palácio Real de Aranjuez
Localizado nas margens do rio Tejo, a apenas 20 km da capital espanhola, o Palácio Real de Aranjuez é uma das residências do Rei de Espanha que vale a pena visitar. Espaços como o Gabinete de Porcelana e a Sala dos Espelhos, no interior, ou o Jardim do Príncipe, no exterior, não deixam ninguém indiferente. Não por acaso, a “Paisagem Cultural de Aranjuez” integra a lista de Património UNESCO em Espanha.
Visitar Segóvia
Edificada a pouco mais de uma hora de distância de Madrid, a cidade de Segóvia é mundialmente reconhecida pelo seu imponente aqueduto romano. Domina a paisagem do casco viejo há quase dois mil anos, sendo hoje um dos monumentos mais importantes e bem preservados deixados em território espanhol pela civilização romana.
Mas Segóvia não se esgota, naturalmente, no seu aqueduto. O Alcácer de Segóvia, por exemplo, é um palácio fortificado defensivo construído num local privilegiado que vale bem a pena visitar. E, claro, há a bela catedral e todo o centro histórico para explorar. Tudo somado, Segóvia é um dos melhores passeios que pode fazer a partir de Madrid.
Dica Alma de Viajante. Caso prefira o conforto de um passeio organizado, veja o tour De Madrid: Visita a Segóvia (Alcázar) e Toledo (Catedral). Pode cancelar até ao dia anterior.
Visitar Ávila
Diz a UNESCO que Ávila “é um magnífico exemplo de uma cidade fortificada da Idade Média, e cujas muralhas estão totalmente intactas. A densidade de monumentos religiosos seculares, intra e extra-muros, faz com que seja um conjunto urbano de valor excepcional”. É isso.
Para quem gosta de ambientes medievais, muralhas, castelos e cidades fortificadas, Ávila é um deleite para os sentidos. A visitar. Fica a cerca de 100km de Madrid.
Dica Alma de Viajante. Caso prefira o conforto de um passeio organizado, veja o tour De Madrid: Excursão de 1 Dia a Ávila e Segóvia com Ingressos. Pode cancelar até ao dia anterior.
Mapa dos lugares a visitar em Madrid
Se procura o que visitar em Madrid, nada como visualizar a localização exata dos lugares referenciados no artigo. É esse o objetivo deste mapa de Madrid – onde se assinalam todos os museus, monumentos e restaurantes aqui recomendados. Como vê, não falta o que ver e fazer em Madrid.
Dicas úteis para visitar Madrid
Qual a melhor época para visitar Madrid
Já visitei Madrid em todas as épocas do ano e não há nenhuma em que recomende não viajar. Dito isto, a probabilidade de encontrar um clima mais agradável é naturalmente muito maior se evitar o inverno europeu. Se puder escolher, vá visitar Madrid em maio e junho ou setembro e outubro – são os meus meses favoritos. Mas mesmo em novembro e dezembro, se tiver a sorte de apanhar daqueles dias de sol de inverno, a capital espanhola é maravilhosa.
Quantos dias são necessários para um roteiro em Madrid
É claro que é possível fazer um roteiro de 1 dia em Madrid mas, honestamente, é preciso no mínimo 3 dias completos para explorar a capital espanhola. Diria aliás que o ideal serão 4 ou 5 dias, mas compreendo que nem sempre seja possível ter tanto tempo.
Como chegar a Madrid
A capital espanhola é das cidades com maior número de ligações aéreas a partir de Portugal. Das companhias low cost Ryanair, easyJet e Air Europa às companhias de bandeira TAP e Iberia, não faltam voos baratos entre o Porto ou Lisboa e Madrid. Pesquise usando o link abaixo ou na Google Flights.
Como ir do aeroporto de Barajas até ao centro de Madrid
No que toca aos transportes coletivos, há três opções distintas para ir do aeroporto de Barajas até ao centro de Madrid. São elas o metro, o comboio (Cernanias) e a Linha 203 – Express Aeroporto, um autocarro que une o aeroporto à Praça Cibeles e à estação de Atocha. Vamos por partes.
O metro é uma excelente opção caso o seu hotel fique perto de uma estação de metro, preferencialmente da linha 8. Mas estude bem o mapa do metropolitano de Madrid, já que pode dar-se o caso de ter de mudar de metro várias vezes – o que, com bagagem, nem sempre é o mais recomendável. Pode apanhar o metro nos terminais T2 ou T4, sendo que o trajeto está muito bem sinalizado.
A segunda opção para ir de Barajas até ao centro de Madrid é o comboio Cercanias. Foi essa a opção que utilizei na minha última viagem, principalmente porque está incluído no Passe Turístico de Transporte. O comboio é especialmente útil se o seu hotel ficar perto de Atocha, por exemplo, mas mesmo que tenha de mudar para um metro pode compensar. Para apanhar o comboio basta seguir as indicações para o Terminal T4, sendo que a viagem até à estação Atocha dura menos de 30 minutos.
Por fim, há sempre a hipótese de apanhar o autocarro Express Aeroporto mas, com toda a honestidade, é para mim a pior das três opções. E o motivo é simples de compreender: trânsito. Pela positiva, o autocarro 203 – Express Aeroporto funciona continuamente.
Caso viaje em grupo ou prefira o conforto de ter alguém à sua espera, veja este transfer privativo que dá para até sete passageiros.
Como se deslocar em Madrid
Caso goste de conduzir e tenha optado por viajar de carro até Madrid, convém saber que, atualmente, a maioria dos carros não pode entrar no centro da cidade. Isto porque existe uma lei que regula a chamada Zona de Baixas Emissões (ZBE) e proíbe os carros sem distintivo ambiental de circular no coração de Madrid. Uma vez que a lei pode sofrer alterações, sugiro que consulte as mais recentes informações sobre a ZBE no site oficial da Câmara Municipal de Madrid
Dito isto, eu considero que a melhor forma de se deslocar em Madrid é andar a pé mais uma combinação de metro e autocarro. Foquemo-nos, então, nos transportes públicos.
A forma mais fácil de andar nos transportes públicos sem preocupações é adquirir o chamado Passe Turístico de Transporte, que permite viagens ilimitadas em todos os transportes públicos da Comunidade de Madrid (comboios, metros e autocarros), sendo um solução prática e económica para as deslocações dentro da cidade. O passe é válido por 1, 2, 3, 4, 5 ou 7 dias, com preços crescentes. Por exemplo, para 3 dias o custo é de 22,5€; para 5 dias fica por 32,5€. Compensa; é muito prático; e comprar bilhetes para os autocarros deixa de ser uma preocupação!
Note que, comprando o passe logo à chegada no aeroporto, já pode ir para o centro de Madrid de metro ou comboio sem pagar mais. Mas note, a este respeito, que o Passe Turístico de Transporte não é válido no autocarro 203 – Express Aeroporto.
Onde ficar em Madrid
Antes de mais, veja o artigo sobre onde ficar em Madrid para todas as dicas dos melhores bairros e hotéis onde se hospedar na cidade. Em resumo, escolher o melhor bairro para dormir em Madrid não é tarefa fácil. Diferentes regiões apelam a públicos diferentes, e os preços podem condicionar as escolhas.
Dito isto, e apesar de adorar o ambiente do Bairro das Letras, creio que será benéfico ficar perto da Porta do Sol. Ou então no bairro alternativo da Chueca, onde se localizam alguns dos mais interessantes hotéis de Madrid.
Assim, caso opte por Chueca, recomendo o excelente Room Mate Oscar, um hotel 3 estrelas com uma das melhores relações custo/benefício da cidade. E ainda o colorido Vincci The Mint, de 4 estrelas, localizado a dois passos da Gran Via madrilena.
Outras sugestões a ter em conta são o minimalista B&B Hotel Madrid Centro Fuencarral 52; os Woohoo Rooms Fuencarral e Woohoo Rooms Hortaleza; e ainda o inspirador Only YOU Boutique Hotel. São todos hotéis de 4 estrelas de grande qualidade.
Caso seja luxo o que procura, há hotéis de 5 estrelas em Madrid absolutamente extraordinários, sendo que na Chueca estão alguns dos meus favoritos. Ora veja o URSO Hotel & Spa (adoro!), que integra a rede Small Luxury Hotels of the World, e o clássico The Principal.
Por fim, também já fiquei hospedado no hotel Sleep’n Atocha, que tem uma localização muito prática junto ao principal hub de transportes de Madrid. Fica a dica. Para outras opções de hospedagem, pesquise no link abaixo.
Gastronomia e onde comer
Como é sabido, não faltam cafés e restaurantes em Madrid onde comer bem. mas, não podendo ir a todos, a questão é tão somente escolher. Partilho por isso a minha experiência, na esperança que possa ajudar a ter boas experiências gastronómicas na capital espanhola. Incluindo, claro, nas melhores tabernas de Madrid.
Mas comecemos pelo pequeno-almoço. Comer churros com chocolate acompanhado por um café com leite é um ritual muito madrileño. E não há sítio mais especial para o fazer do que na icónica Chocolateria San Ginés. Trata-se de um café fundado em 1894 e que está aberto 24 horas por dia, todos os dias. Já é frequentada por muitos turistas por lá, mas continua a valer a pena.
Para um brunch delicioso, fiquei fã do Natif Coffee & Kitchen Specialty Coffee, em Chueca. E, noutro registo, recomendo a referida tortilha na Casa Dani, uma pequena taberna dentro do Mercado de la Paz; e as croquetas e os ovos estrelados com batatas fritas da Casa Lúcio.
Em Chueca, tenho uma sugestão menos conhecida. Por casualidade, fui jantar ao Taberna Maldeamores porque ficava muito perto do meu alojamento, e adorei. Simples, despretencioso, pessoal impecável e comida deliciosa. Recomendo.
Durante o meu roteiro para visitar Madrid estava a passear por Lavapiés e decidi entrar num restaurante chamado Casa Pachuco. Mas que boa surpresa. É simples mas muito bom, com um menu do dia com entrada, prato, bebida e sobremesa por 14,50€. Aproveite que vale a pena.
Para quem gosta de comida italiana, há inúmeros restaurantes em Madrid. Eu experimentei um maravilhoso chamado Davanti, praticamente vizinho do Maldeamores, no bairro de Chueca. É mesmo muito bom. Ao contrário, não experimentei os sabores da La Tagliatella, uma cadeia de restaurantes de cozinha italiana sediada em Madrid. Dizem que os restaurantes La Tagliatella são bons, mas acabei por não ir a nenhum.
A terminar, entre as coisas que não experimentei, referência para a Cervejaria La Campana, uma taberna conhecida pelas sandes de calamares fritos, sangria e pratos de tapas clássicos. E, claro, o icónico leitão assado do Sobrino de Botín, tido como o restaurante mais antigo do mundo. Confesso que não fui por causa dos preços inflacionados e por temer que esteja descaracterizado e demasiado turístico
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
Outros destinos a visitar em Espanha
Se está a pensar visitar Madrid, talvez tenha interesse em saber um pouco mais sobre o que ver e fazer noutras cidades e ilhas espanholas.
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