A pergunta quanto custa viajar no Japão? é das mais frequentes que me fazem a propósito da minha recente viagem em território nipónico. E, como é óbvio, não tem uma resposta simples.
É verdade que o Japão é um destino caro; da mesma forma que é possível viajar sem gastar fortunas. Tudo depende do estilo de viagem, das escolhas dos destinos, da velocidade de deslocamento (os transportes são muito caros) e do nível de conforto exigido para as estadias. Ou seja, depende.
Com todas essas dúvidas na cabeça, uma leitora pediu-me para escrever um post sobre o assunto; e eu aceitei o desafio.
Assim, com o objetivo de desconstruir os custos de viajar no Japão, anotei todos os gastos da minha viagem, separados por categoria (dormida, transportes, comida, entradas em monumentos). Tendo esses dados, deduzi os custos irrelevantes para o caso (prendas) e cheguei ao custo exato da minha viagem, que aqui partilho para que possa usar como referência na sua orçamentação.
Não quer dizer que gaste o mesmo – claro! -, mas é um bom ponto de partida. Para tornar o texto mais útil, elaborei ainda uma lista de coisas que poderia ter feito, no caso específico desta viagem ao Japão, para poupar dinheiro em viagem. E recalculei o custo da viagem sem esses pequenos luxos. Espero que seja útil.
- 1 Custo de viajar no Japão
- 2 Onde poderia ter poupado
-
3
Dicas para viajar mais barato no Japão
- 3.1 Visitar poucos destinos
- 3.2 Usar as linhas de autocarros JR
- 3.3 Viajar de autocarro à noite
- 3.4 Fazer Couchsurfing
- 3.5 Comprar refeições prontas nos supermercados
- 3.6 Aproveitar os descontos de almoço
- 3.7 Comprar 1 day pass em Kyoto
- 3.8 Cambiar dinheiro em vez de usar cartões
- 3.9 Não deixe de visitar o Japão
- 4 Guia prático
Custo de viajar no Japão
O estilo da minha viagem
Apesar de viajar não ser coisa de ricos, é importante ter noção de que o estilo do viajante influencia muito o custo da viagem. No meu caso concreto, em viagem – como na vida – dispenso os luxos. Mas também é cada vez mais raro ficar em dormitórios.
Desta feita, e até porque estava a viajar a dois, optei precisamente por esse meio-termo: nem mochileiro pé-descalço, nem turista de luxo. Mas gastei mais do que o “normal”.
Alojamento. Optei por dormir em apartamentos alugados via airbnb em Tóquio e em Kyoto; hostels em Matsumoto e Takayama, um fantástico hotel em Kanazawa reservado beneficiando de uma promoção; um hotel-cápsula em Hiroshima; e um ryokan dispendioso nos Alpes japoneses, pela experiência. Ou seja, em média, o alojamento não foi muito barato para os meus padrões de viajante, mas também não foi a exorbitância que muitos gastam.
Transportes. Após muita ponderação, acabei por comprar o Japan Rail Pass e, por isso, viajei quase sempre de comboio, incluindo nos super-rápidos Shinkansen. Em determinadas partes do roteiro, nomeadamente na zona dos Alpes japoneses, tive de recorrer aos autocarros – e pagar por isso.
Refeições. Quanto à alimentação, fiz de tudo um pouco. Muitos pequenos-almoços foram tomados nos supermercados Family Mart e Lawson. Algumas refeições, nomeadamente bento box, idem. Comi ainda sushi barato e muito ramen. Mas não deixei de experimentar alguns restaurantes de topo, nomeadamente em Kanazawa, e de fazer uma refeição quase kaiseki num ryokan. Em suma, no que toca à gastronomia japonesa foi um mix de experiências, mas a puxar para o barato.
Atrações. Não me coibi de visitar as mais emblemáticas atrações por causa do custo, mas a verdade é que sou mais de ruas e mercados do que de museus e santuários. Ou seja, talvez outros viajantes gastem mais nas entradas em atrações do que eu.
Noite. Saí apenas uma vez, e quase não gastei dinheiro.
Prendas. Sendo gastos perfeitamente dispensáveis e muito pessoais, vou ignorá-los no cálculo do custo de viajar no Japão.
Tabela de gastos (18 dias, duas pessoas)
Descontando os voos entre Portugal e o Japão, pelos quais se encontram facilmente passagens aéreas a rondar os 500€ por passageiro, estes foram os meus gastos no Japão numa viagem de 18 dias, para duas pessoas, no estilo acima referido.
Saiba como comprar voos baratos em 7 passos.
Custo total | Média diária… | … por pessoa | |
Transportes (inclui Japan Rail Pass) | 1.026,73€ | 57,04€ | 28,52€ |
Dormidas | 1.441,17€ | 80,06€ | 40,03€ |
Comida (inclui supermercados) | 823,44€ | 45,75€ | 22,87€ |
Entradas em templos, jardins e museus | 133,50€ | 7,42€ | 3,71€ |
Outros (inclui cacifos onde deixei a bagagem) | 31,73€ | 1,76€ | 0,88€ |
Custo total / Média diária | 3.456,58€ | 192,03€ | 96,02€ |
Câmbio utilizado nas contas: 1€=120¥
Onde poderia ter poupado
Não regressar de Osaka
Comprei o voo para o Japão com muita antecedência e, na altura, pelos cálculos que fiz, não compensava comprar o Japan Rail Pass. Optei por isso por comprar um voo open jaw, com ida para Tóquio e regresso de Osaka. Por esse voo, paguei mais cerca de 50-60€ do que se a passagem aérea fosse com ida e volta de Tóquio.
Acontece que mais tarde reformulei o roteiro de viagem no Japão e o passe de comboio começou a fazer sentido.
Visto à distância, as duas decisões são contraditórias. Não faz sentido ter um Japan Rail Pass válido no dia de regresso e apanhar o voo de Osaka. É que de Osaka a Tóquio são apenas umas três horas de Shinkansen e o Japan Rail Pass cobre essa linha até à capital (e do centro de Tóquio até ao aeroporto Narita) – logo, não gastaria mais dinheiro com isso.
Em resumo: voo open jaw ou Japan Rail Pass, mas não ambos. A não ser que o passe já não esteja válido no último dia da viagem, mas isso é outra história – veja o post Japan Rail Pass: guia para entender como funciona (e se vale a pena) para todos os detalhes.
Poupança: 110€ no total (duas pessoas)
Evitar rotas não cobertas pelo Japan Rail Pass
No meu caso, como tinha optado por comprar o Japan Rail Pass, teria poupado muito dinheiro se ajustasse o meu itinerário em conformidade. Isso implicaria não visitar os Alpes japoneses, nomeadamente os trechos Matsumoto – Okuhida Onsen – Takayama – Shirakawa-go – Kanazawa. Nunca considerei verdadeiramente essa hipótese, porque era uma região que queria muito conhecer.
Só nessas viagens de autocarro, gastei exatamente 19.340¥.
Poupança: 160€ no total
Alojamento em Tóquio
Sem dúvida o maior erro desta viagem, o alojamento que escolhi em Tóquio não compensou (por isso não o recomendo nestas páginas). Paguei demasiado por um cubículo; bem localizado, é certo, no bairro Harajuku, mas era um cubículo. Quando comparo com o airbnb que aluguei em Kyoto, por menos de metade do preço, quase vou às lágrimas com a asneira que fiz em Tóquio.
Ou seja, apesar de o alojamento em Tóquio ser, regra geral, muito caro, caso o controlo orçamental seja uma prioridade valerá porventura a pena escolher bairros menos dispendiosos para se hospedar – como Asakusa, Ueno ou Shimokitazawa. Poderia ter poupado até 50€ por noite.
Poupança: 250€ no total (5 noites)
Veja onde ficar em Tóquio.
Jantares
A gastronomia é um dos grandes prazeres que tenho em viagem e, por isso, não me coibi de fazer algumas refeições mais dispendiosas. São disso exemplo dois jantares em Kanazawa (um de 10.060¥ e outro, mais controlado, de 6.800¥); um almoço em Kyoto (4.320¥) e outro num restaurante vegetariano em Tóquio (4.400¥); e a experiência no ryokan, de que falo abaixo.
Poupança estimada: 150€ no total (comparado com quatro refeições de ramen)
Dormida num ryokan
Tinha planeado duas pequenas extravagâncias no que toca às dormidas: experimentar um ryokan nos Alpes japoneses, e dormir num templo budista no Monte Koya. Destas, apenas concretizei a primeira.
No ryokan Minshuku Takizawa, paguei exatamente 25.920¥ (cerca de 210€) por uma noite, o que seria um absurdo não fosse o facto de incluir meia-pensão. E tudo refeições absolutamente divinais, a roçar a experiência kaiseki (a alta-cozinha japonesa). Assim sendo, considero um valor aceitável; mas, seja como for, foi um custo adicional.
Poupança estimada: 110€ no total (comparado com a dormida em Takayama, descontando as refeições)
Lattes nos cafés
Outra das coisas que me dá prazer em viagem é frequentar cafés. Gosto do ambiente dos cafés, de me sentar numa esplanada a trabalhar ou, simplesmente, observar. Ao ponto de regressar e partilhar os meus cafés preferidos em determinadas cidades – seja os cafés em Tóquio ou noutra cidade qualquer.
Ora, no caso do Japão, com cada expresso ou cafe latte a custar 4-5€, essa atividade revela-se ruinosa para a carteira se praticada em excesso. Ou seja, se o objetivo é diminuir o custo de viagem, há que cortar neste pequeno prazer.
Poupança estimada: 140€ no total (equivale a um latte por dia, por pessoa, durante 18 dias)
Conclusão
Tudo somado, caso fizesse sentido fazer o cálculo linear da poupança, teria gasto menos 460€ por pessoa (920€ no total) pelo facto de seguir as diretrizes acima. Mas eu viajo para viver novas experiências e há coisas de que não quero abdicar. Ou, como já escrevi:
Seja consciente na forma como gasta o seu orçamento – negoceie os preços, não se deixe enganar, evite os restaurantes, lojas e cafés junto aos locais mais turísticos – mas não seja o mais forreta dos viajantes. Depois de duas semanas em camaratas, durma num quarto privado. Depois de dias a fio a sandes ou street food, entre num restaurante. Depois de muito tempo a poupar nas saídas à noite, vá beber uma cerveja com alguém a um bar ou discoteca. Controle o orçamento, mas não se maltrate. Para que a sua experiência de viagem seja ainda mais memorável. Ou, como se diz numa publicidade, “porque você merece”. in Coisas que eu diria a quem planeia fazer a primeira grande viagem:
Cabe a cada viajante encontrar o seu equilíbrio.
Dicas para viajar mais barato no Japão
O Japão é caro – já o disse. Mas há muitas coisas que pode fazer para diminuir os gastos. Para além do relato da minha experiência (acima), que pode usar como inspiração, há um conjunto de outras dicas práticas que, no terreno, podem fazer a diferença.
Assim, se o controlo orçamental é uma prioridade, eis algumas coisas que pode fazer durante a sua viagem ao Japão.
Visitar poucos destinos
Uma das melhores formas de poupar dinheiro no Japão é viajar devagar. Sendo os transportes um custo importante, se fizer uma viagem de 10-15 dias onde visite apenas Tóquio e Kyoto, por exemplo, pouco gastará com as deslocações. Neste caso, nem compensa comprar o Japan Rail Pass.
Usar as linhas de autocarros JR
Para quem tem o Japan Rail Pass, para além de montar o itinerário baseado nos destinos cobertos pelo passe, convém saber que há algumas cidades onde a empresa JR tem também transporte rodoviário.
Aconteceu-me isso em Kanazawa, quando fui surpreendido com autocarros JR junto à estação de comboios (não sabia que existiam mas, a partir desse momento, passei a usá-los sempre). Nesses transportes, os detentores do Japan Rail Pass não pagam, pelo que vale a pena aproveitar.
Viajar de autocarro à noite
Se chegar à conclusão de que não compensa comprar o Japan Rail Pass, pondere fazer viagens noturnas de autocarro. Não só os autocarros são genericamente mais baratos do que os comboios de alta velocidade, como há a possibilidade de fazer viagens longas à noite e, com isso, poupar nas despesas de alojamento. Uma das empresas que vale a pena verificar é a Willer.
Fazer Couchsurfing
Se estiver disposto a partilhar a casa – ou o quarto – com o seu anfitrião, experimente o Couchsurfing. Mesmo que não consiga em todos os destinos, vai poupar muito dinheiro e ter uma experiência muito enriquecedora. Porque fazer couchsurfing é mais que poupar dinheiro em hotéis.
Comprar refeições prontas nos supermercados
Outra forma de poupar dinheiro no Japão é comprar refeições prontas a aquecer e bento box nos supermercados e estações de metro. As bento box são caixas de comida geralmente fria, para comer em viagem, muito populares entre os utilizadores dos comboios de longa distância.
Além disso, nos supermercados Family Mart, Lawson ou 7 Eleven encontra comida pré-cozinhada, de qualidade e a um preço aceitável.
Aproveitar os descontos de almoço
Se quiser experimentar restaurantes bons e caros, saiba que muitos deles oferecem menus de almoço muito mais baratos do que as refeições “normais” ao jantar. Isto é válido na maioria das cidades, incluindo Tóquio e Kyoto.
Comprar 1 day pass em Kyoto
Caso utilize os autocarros da cidade – como é previsível – , esta é uma dica prática para poupar alguns euros em Kyoto. Compensa desde que faça mais de duas viagens de autocarro num dia.
Cambiar dinheiro em vez de usar cartões
O Japão é uma sociedade onde o “dinheiro de plástico” é pouco utilizado, mesmo em hotéis e restaurantes, e eu optei por levar algum dinheiro e cartões. Ou seja, usei os dois métodos – cambiar dinheiro e levantar nos ATM. E cheguei a uma conclusão.
Para não perder dinheiro, é quase sempre mais benéfico levar euros e cambiar no Japão do que usar os cartões de débito ou crédito. Especialmente se o câmbio for feito em casas de câmbio.
Se optar por cambiar em máquinas automáticas (sim, há máquinas para cambiar dinheiro), tenha no entanto atenção à taxa de câmbio da máquina; algumas oferecem taxas péssimas. Nesse caso, não troque o dinheiro na máquina e procure uma casa de câmbio.
Veja também 15 dicas para viajar mais barato.
Não deixe de visitar o Japão
Espero com estas partilhas ajudá-lo a perceber um pouco melhor quanto custa viajar no Japão. E, tão ou mais importante, mostrar-lhe onde pode poupar para ajustar a sua viagem ao orçamento disponível. Porque o Japão, apesar de mais caro que a maioria dos destinos, não tem de ser inacessível ao comum dos viajantes.
Guia prático
Hospedagem no Japão
Se está a pensar viajar para o Japão, utilize o link abaixo para encontrar os melhores hotéis ao melhor preço em qualquer destino do país.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
Filipe, parabéns pelo artigo. Já estive no Japão e também dou o mesmo tipo de dicas.
Só faço um comentário em relação à dormida.
Neste tipo de blogs raramente recomendam aos leitores ficarem em hostels (não sei se é o caso deste, porque não li todos os artigos!).
Se uma pessoa considerar que ao fim do dia só precisa de uma cama limpa para dormir e uma casa de banho (igualmente limpa 🙂 ), são perfeitamente adequados e por valores reduzidos. Então no Japão, o padrão geral é bem superior a muitos outros países (segurança, higiene, serviços)…
Partilhar o quarto com outras pessoas pode ser bom e mau, dependendo do ponto de vista, mas é uma opção perfeitamente válida, algures no patamar entre o Couchsurfing e o AirBnb.
Já que é um artigo que foca a poupança em viagem, em hostels é comum darem-nos dicas de lugares, trajectos ou refeições mais baratos (já que estão habituados a esse tipo de viajante mais mochileiro). Coisa que nunca vi em hotéis tradicionais.
Boas viagens!
Olá André, obrigado pelo excelente comentário.
Eu próprio fiquei a dormir em hostels em Matsumoto e Takayama, como indico no texto, mas viajando a dois, como foi o caso, não verifiquei grande poupança entre duas camas num dormitório versus um quarto duplo privado. Abraço.
Também estive no Japão em Outubro passado de 4 a 16. com o meu marido. A minha experiência foi muito diferente pois fomos por uma agência de viagens. A viagem foi muitíssimo cara, mas gostamos – tivemos uma guia em português. Gostava de voltar ao Japão mas só os dois. Fiquei apaixonada.
Excelente guia prático Filipe. Quem me dera ter tido acesso assim a um antes da minha viagem!
Gosto muito da forma de viajar que advogas – também é a minha.
Eu também estive 18 dias no Japão com o meu namorado (em Outubro de 2015), visitámos Osaka, Himeji, Nara, Hiroshima, Miajima, Koyasan, Takayama, Kanazawa, Tóquio, Nikko, Kamakura e Kyoto e adorei
A nossa tabela de gastos foi esta (aproximadamente) – preços por pessoa:
– Voos (KLM/Air France): 500€;
– Transportes (inclui Japan Rail Pass de 14 dias): 350€;
– Dormidas: 400€;
– Comida (inclui supermercados): 300€; e
– Entradas em templos, jardins e museus: 50€.
Total: 1.600€ por pessoa.
As nossas “técnicas de poupança” foram:
– Comprar o voo numa promoção (Wild on Wednesday da KLM);
– Gerir bem os dias do JR Pass e visitar apenas destinos acessíveis por transportes incluídos no preço. O único sítio cujo acesso tivemos de pagar à parte foi Koyasan e, no último dia, a viagem de Kyoto até ao aeroporto de Osaka. Em Osaka e Tóquio andámos sempre nas linhas de metro incluídas no passe;
– Escolher alojamentos centrais e baratos. Ficámos num hotel em Osaka, num hostel em Kanazawa, Airbnb em Tóquio e Kyoto, ryokan em Takayama e templo em Koyasan. Só em Takayama era um quarto partilhado, de resto foram sempre quartos privados e com boas condições (alguns até com pequeno almoço incluído);
– Fizemos base em algumas cidades (4 dias Osaka, 5 dias Tóquio e 3 dias Kyoto) e, a partir daí, fizemos daytrips a outros locais próximos;
– Ao almoço comíamos sempre bento boxes de supermercados tipo Seven Eleven (custavam cerca de 5€) e ao jantar, ramen ou petiscos/snacks de rua (também gastávamos raramente mais de 6€). Para o pequeno-almoço também comprávamos coisas nesses supermercados e snacks para meio da tarde. Apenas jantámos um dia num restaurante um pouco mais caro;
– A maioria dos locais a visitar eram grátis, mas não nos coibimos de visitar alguns a pagar (templos e jardins em Kyoto, Museu Nacional de Tóquio e uma peça no teatro Kabuki-za).
Resumindo: achei um destino muito mais barato do que é ideia geral, só os transportes e o alojamento em ryokans / templos (como o que ficámos em Koyasan, mas que incluía pequeno-almoço e jantar) é que achei mais caros, mas dado o enorme uso que demos ao JR Pass (usámos todos os dias em alguma viagem), acho que compensou. Tudo o resto achei que havia imensas hipóteses acessíveis!
Olá 🙂 mas se foram 18 dias e compraram o JPR para 14 dias, em que dias não usaram o JPR? E em que cidade estavam?
Eu vou 19 dias daqui a uns meses, não sei se me compensa comprar o de 21 dias ou de 14 dias. E algum sítio que possam aconselhar a ficar em Tokyo?
Obrigada,
Ana
Nos primeiros dias em Tóquio não usei o Japan Rail Pass – a ideia era poupar dinheiro e comprar o passe de apenas 14 dias. Sobre alojamento, tenho um post sobre onde ficar em Tóquio, que fala dos melhores bairros (minha opinião, claro) – pode ser muito útil.
Muito, muito obrigada Filipe por teres aceitado o meu pedido e mostrares que é possivel viajar no Japão. 🙂
As tuas dicas estão brutais, serão uma grande ajuda, quando viajar neste país que tanto me encanta.
Tens alguma ideia como será pedir boleia neste país? Resultará? Seria outra forma de poupança e uma forma excelente de estar com as pessoas locais.
Excelente artigo Filipe, mas vindo de ti, não seria de esperar outra coisa! Boas viagens em 2017!
Sendo o Japão um país que já faz parte da minha lista dos países a visitar, com mais vontade fiquei de o visitar depois de ler o teu excelente artigo!
Muito obrigado pelas tuas partilhas e continuação de boas viagens em 2017 🙂
Excelente artigo, Filipe. Sou das tais pessoas que diz sempre que um dia quer ir ao Japão, mas sempre que começo a pensar em custos até tremo. Aqui dás dicas excelentes! Obrigada!
Bom dia Filipe.
Excelente trabalho e está a ser uma grande ajuda para mim, uma vez que irei 2 semanas ao Japão agora em Junho.
Gostaria de fazer uma pergunta no que diz respeito às deslocações. Sendo nós 3 pessoas, estou a pensar se não valeria mais a pena alugar um carro para o mesmo período. Acha a ideia descabida? Será que é muito complicado conduzir no Japãoo? Enfim, o que acha desta ideia?
Com os melhores cumprimentos.
Qual mês você viajou para lá?
Olá Carol, estive no Japão na primeira quinzena de dezembro.
Olá. Meu planejamento está assim::
Viagem para 7 dias em Tokyo (vou passar mais tem tempo em Akihabara, Santário Xintoístas e Parques).
JR PASS – 255 USD
Pokect Wifi – 40 USD
Pacote (Hotel + viagem) – 6.000 BRL
Comida / taxi / taxa aeroporto – 700 USD
Na questão destes 700 dólares, isto é o suficiente? Porque eu não sei quantos dólares devo levar e nem as taxas do aeroporto. Poderia me ajudar?
Grato pela atenção.
Olá Renato,
Algumas notas para poupar dinheiro no Japão:
1. Se vai apenas a Tóquio, não compensa comprar o Japan Rail Pass (veja esse texto).
2. Se já comprou o passe, não precisa de considerar táxi para ir do aeroporto para o centro de Tóquio. Aliás, essa é uma opção que não recomendo, por ser demasiado cara. Leia o texto sobre como ir do aeroporto Narita para Tóquio.
3. Não há taxas de aeroporto à saída do Japão.
Em resumo: vai precisar de muito menos dinheiro do que esses 700 USD para comida e visitas em Tóquio. A não ser, claro, que queira gastar muito dinheiro nas refeições (é possível comer barato, nomeadamente em restaurantes de ramen, que eu adoro).
Abraço e boa viagem.
Muito obrigado pela resposta. No meu caso, Tokyo, o foco é Akihabara, os parques e os santuários. Em segundo plano seria os lugares turísticos (https://www.japan-guide.com/e/e2164.html) no tempo que sobrou. Muito obrigado pela ajudar, por o “custo brasil” (pacote de viagem e outras coisas) é fácil de calcular, mais o dinheiro para levar não e também as taxas de aeroporto Rio-Dubai, Dubai-Tokyo. Como estou juntando dinheiro e sou viajante de primeira viagem isso me deixa receoso, porque ter uma notação do dinheiro certo evita perda de tempo como “não precisa juntar tanto dinheiro já que um x tempo eu teria dinheiro mais que o suficiente. Na minha cabeça eu pensava que eu precisaria de 25000 BRL para ir a Tokyo. Hoje, me informando melhor, com 11000 a 15000 BRL é possível fazer uma viagem tranquila se bem informado.
Olá Filipe!
Mais uma vez Parabéns pela sua descrição inspiradora da viagem ao Japão, a qual teria obrigatoriamente de ter em conta no planeamento que estou a fazer para a minha.
Tenho uma dúvida relativamente ao alojamento, principalmente na dormida num ryokan, a qual fiquei muito interessado.
Estou a planear ir em outubro de 2018, e pesquisei no booking o alojamento que recomendou, mas é-me dito não ter disponibilidade para essas datas… Na tua opinião, é mesmo possível já estar esgotado ou é porque ainda não será possível reservar com 1 ano de antecedência (não que fosse já reservar, mas seria para averiguar preços)?
Para reservar alojamento no Japão de uma forma geral, aconselhas fazer-se as reservas com quanto tempo de antecedência? É muito concorrido e exige grande antecedência, ou 1/2 meses antes é suficiente?
Desde já obrigado e continua a inspirar-nos! Boas viagens!
Olá Micael,
Acho que ainda não devem ter as reservas disponíveis. O ideal é ir tentando, talvez daqui dois ou três meses. Aconselho a reservar com o máximo de antecedência para tentar conseguir os hotéis que queres. Abraço e boa viagem.
Boa tarde Filipe,
Tenho de lhe fazer mais uma pergunta relativamente ao ryokan, uma experiência que gostaria de viver, e por isso que me leva a tanta dúvida…
Na sua experiência diz que incluía meia-pensão (jantar + pequeno-almoço, correto?), e aconselha a reserva com a meia-pensão incluída. Mas no booking apenas existe a possibilidade de se escolher com pequeno-almoço… Como fez? Foi no próprio alojamento que “comprou” a meia-pensão?
Mais uma vez obrigado e boas Viagens!
Cumprimentos,
Micael Henriques
Olá Micael, ando há tempo para publicar o post sobre essa experiência mas ainda não consegui. Bom, na verdade reservei no booking e ainda agora fui confirmar numa data à sorte e apareceu a opção pequeno-almoço + jantar.
Olá novamente Filipe,
Realmente voltei a pesquisar noutros ryokans e aparece essa opção apenas nalguns, obrigado! Até acabei por reservar uma noite no Hakuunsou (Kazeya Group). Fica situado junto ao ryokan em que ficou, tem 9.0 de avaliação geral, mas o preço de 1 noite para 1 pessoa ficou bastante mais acessível (52€). Estando na dúvida se algo me está a escapar ao avaliar este ryokan, será que me podia dar a sua opinião acerca deste comparativamente ao que ficou? Se calhar até na altura viu este mas algo o terá feito preferir o outro…
Abraço e boas Viagens!
Eu escolhi o outro porque li maravilhas sobre a comida, e eu queria ter a experiência de provar uma refeição kaiseki.
Obrigado pelos seus excelentes artigos. Vou visitar o Japão em agosto, somos 4 pessoas e estaremos lá 15 dias. Se comprar o jr pass sairá por 1400€ no total. Pretendo estar em Tokyo 4/5 dias e depois ir para Kyoto. A partir de Kyoto fazer passeios a Himeji, Nara, Osaka e, eventualmente, Nagoia, sempre indo de manhã e voltando ao fim do dia. Depois de ver os preços dos comboios e dos autocarros, parece-me que a solução mais barata e que nos dá mais autonomia seria alugar um carro (cerca de 450€ o aluguer + 120€ por uma passe de portagens).
Gostava de saber a sua opinião sobre a minha ideia de ter uma base em Kyoto e fazer passeios de 1 dia aos destinos que indiquei e se acha aconselhável alugar um carro. Também pesquisei que a carta de condução internacional emitida por Portugal não é aceite lá e que tenho que pedir a troca por uma carta japonesa.
Muito obrigado por qualquer ajuda.
Marco
Olá Marco,
Não aluguei carro no Japão e, por isso, não tenho experiência no assunto. Em teoria, os destinos referidos são facilmente acessíveis com transporte próprio, é uma questão de pesarem vantagens e desvantagens. Boa viagem, vão adorar o Japão!
Obrigado pela resposta.
Mas acha boa ideia fazermos esses passeios em 1 dia, sempre voltando a Kyoto? Himeji e Nara parece-me relativamente simples por são locais onde vamos ver coisas muito específicas mas Osaka e Nagoia… acha que dá para ir fazer um passeio de 1 dia ou aconselha mesmo ficar numa dessas cidades 2 ou 3 dias?
Marco
Osaka é perto, dá bem para visitar a partir de Kyoto. De Kyoto a Nagoia são 140 km; em teoria também dá, mas depende do que quiserem fazer, naturalmente.
Obrigado!
Bom dia Filipe, fiquei com uma dúvida, no total das despesas estão incluídas passagens? Ando há imenso tempo a ponderar uma ida ao Japão mas a falta de companhia tem levado a adiar bastante o plano…
Achou um local seguro? Viável para uma viagem sozinho?
Parabéns pelo excelente artigo.
Cumprimentos,
MS.
Olá Mauro, como diz no texto: “Descontando os voos entre Portugal e o Japão (…), estes foram os meus gastos no Japão numa viagem de 18 dias, para duas pessoas…” – nota que é possível viajar mais barato no Japão.
Quanto à segurança, não sei onde moras mas é quase de certeza menos seguro do que o Japão. :))
Por fim, recomendo a leitura do texto sobre viajar sozinho.
Abraço e boa viagem.
Boa noite , vou com a minha esposa ao Japão em agosto de 18 e estamos na dúvida em relação ao JR pass.
Ja temos itinerário e hotéis reservados e optamos por fazer este roteiro.
Viajar de avião até Osaka ficar por lá 3 dias e a seguir viajar de comboio para Kyoto (1 noite)
Seguir depois para Nagoya (1 noite)
Hakone (1 noite)
Yokohama (1 noite)
E finalizar em Tóquio onde dividimos 3 noites na zona mais oeste e 2 na zona mais perto do aeroporto.
Nestes destinos fiquei com a ideia de que seria mais sensato optar pelo JR mas fica a minha pergunta, tendo o JR será que iremos pagar muito mais no que toca a viagens?
Obrigado.
Patrick e Joana (os “primos”)
Abraço
Muito provavelmente compensa comprar, mas há um artigo sobre o JR Pass com tudo explicado – é só fazer as contas e ver se compensa ou não.
Olá Filipe,
Já aqui lhe deixei alguns comentários, que receberam sempre uma resposta sua, e tenho agora outra questão a colocar-lhe: na viagem que irei fazer em outubro, também irei fazer o troço Matsumoto – Okuhida Onsen – Takayama – Shirakawa-go – Kanazawa, que como diz não é abrangido pelo JR Pass. E diz que para esse trajeto gastou cerca de 19.000YEN (suponho que se refira para 2 pessoas, por isso digamos 10.000YEN por pessoa, correto?). Que companhia(s) utilizou para esses trajetos? Comprou os bilhetes no momento, ou antecipadamente? Tem alguma dica para esse trajeto?
Mais uma vez obrigado por todos estes posts que me têm ajudado muito no planeamento da minha viagem.
Cumprimentos,
Micael Henriques
Não me lembro das companhias, mas fui perguntar um dia antes para saber os horários e depois comprei lá mesmo. Sim, aquele preço foi para duas pessoas.
Olá, Boa tarde!
Estou planejando viajar para o Japão no ano que vem (mas precisamente em Maio/2020), vou visitar um amigo de infância que mora lá há 2 anos, ficarei hospedado na casa dele; minha renda é baixa, porém possuo reservas, e principalmente cartão de crédito com limite alto, no caso também tenho pessoas na família com a renda muito superior a minha, será que conseguirei o visto sem maiores dificuldades em meu nome mesmo? Ou é melhor colocar algum familiar como financiador da viagem, e/ou até meu próprio amigo, com carta convite?
Olá, honestamente não sei responder, mas sugiro que contacte a Embaixada do Japão para tirar todas as dúvidas.
Olá Filipe muito obrigada pelas dicas!
Pretendo ir ao Japão com criança de aproximadamente 8 anos. Tu tens alguma dicas sobre? Os custos teria algum desconto, será? Obrigada! Juliana
Nenhuma dica em especial. Os japoneses adoram crianças, mas não sei de que descontos está a falar.
Oi Filipe,
Gostei do seu blog, explicando muito bem, estou planejando a viagem ao Japão agora em abril, nunca sofri tanto pra fazer um roteiro rs. Complicado decidir pelo JR Pass, irei a Okinawa de avião e volto a Tóquio direto, prejudicou a maior viagem a fazer pelo trem bala, mas no fim resolvi comprar o pass pela praticidade e para não esquentar muito a cabeça durante a viagem – o de 21 dias, servirá no período todo que estarei ali e acho que será bem aproveitado.
Pensava que viajar para o Japão fosse exclusividade de milionários, mas pode perceber que podemos fazer uma ótima viagem pagando o valor justo e razoável.
O Japão não é um destino barato, mas é possível viajar com orçamento controlado, sim. Não é preciso gastar fortunas.
Abraço.
Fala Filipe, tudo bem?
Eu e minha esposa estamos pensando em ir agora em abril ao Japão e ficar 20 dias.
Somos meio mochileiros sem frescura, gostamos de explorar bastante durante o dia e a noite uma cama confortável só para dormir.
Já fizemos trip para Filipinas / Tailândia não temos frescura rsrsrsrsrs.
Quanto vc acha que gastaríamos em Reais R$ tirando a passagem / bem confortável sem frescura para aproveitar legal transportes, hospedagem / comida e passeios, não abrindo mão de experimentar alguns restaurantes top.
Este texto é precisamente sobre quanto custa viajar no Japão. Tem aí os meus gastos no Japão, não sei em que posso ajudar mais – tem de fazer as suas contas. O valor final depende de vocês, como é natural.
Boa Tarde Filipe,
Parabéns pelos excelentes guias e dicas.
Eu e o meu namorado decidimos fazer a nossa viagem de sonho para o Japão.
Decidi mos que Abril de 2022 será a melhor altura para realizar a viagem.
Existe uma grande questão, no vosso caso quando viajaram quanto dinheiro tinham em mão e se realmente o Revolut ajudou? Ou se decidiram utilizar os cartões pré-pagos de transporte que ele têm?
Obrigada
Com os melhores cumprimentos