O Japão é um país fascinante, diversificado e geograficamente muito vasto. É por isso que planear uma viagem ao Japão é tão difícil. O roteiro proposto tem 16 noites / 18 dias de duração e centra-se no eixo Tóquio – Kanazawa – Hiroshima – Kyoto.
Muito ficou de fora, é certo, mas posso dizer que este itinerário permite conhecer muito do melhor que o país tem para oferecer, a um ritmo equilibrado. Só tenho mesmo pena de não ter ido ao Monte Koya – que, mesmo sem conhecer, aconselho vivamente a incluir no seu roteiro no Japão, especialmente se tiver 14 ou mais dias para dedicar ao país.
Dito isto, encare este roteiro de viagem ao Japão como um ponto de partida para elaborar o seu próprio itinerário, de acordo com os seus interesses e tempo disponível. Vamos a isso!
O meu roteiro de viagem no Japão (18 dias )
Dia 1: chegada a Tóquio
Cheguei ao aeroporto de Narita, localizado a mais de 60 quilómetros do coração de Tóquio, ao início da noite, razão pela qual nada fiz neste dia. Apanhei o comboio entre Narita e o centro de Tóquio e instalei-me no meu micro apartamento na zona de Harajuku; já passava da meia-noite quando fui comer o primeiro de vários ramen ao Afuri, antes de ir dormir e tentar recuperar do jet lag.
Dormida em Tóquio: um airbnb que não recomendo.
Veja os melhores bairros para ficar em Tóquio
Dia 2: Tóquio (Tsukiji, Ginza, Palácio Imperial)
Manhã cedo, fui visitar o Mercado Tsukiji, tido como o maior mercado grossista de peixe do planeta. Depois atravessei o bairro de Ginza em direção ao Parque Hibiya e, sem qualquer planeamento, acabei por aproveitar uma coincidência de horários e integrar uma visita guiada ao Palácio Imperial (que não recomendo).
De regresso à minha base em Harajuku, fui conhecer o café Deus Ex-machina, que viria a ficar entre os meus cafés favoritos em Tóquio. Para terminar, segui a pé até Shibuya para jantar, sentir a cidade de Tóquio à noite e vislumbrar o famoso cruzamento. Foi um dia muito preenchido e extenuante.
Dormida em Tóquio
Dia 3: Tóquio (Asakusa, Ueno, Shimokitazawa)
De manhã, aproveitei para caminhar pela zona residencial de Omotesando, um bairro bem tranquilo de que gostei muito. O objetivo era conhecer mais um café que tinha referenciado e depois apanhar o metro para Asakusa, onde visitei o demasiado movimentado Templo Senso-ji.
Estando na parte leste da cidade, aproveitei para conhecer o Parque Ueno e, num impulso, acabei por visitar uma zona menos conhecida de Tóquio chamada Yanaka. Ia à procura do lado mais tradicional da capital japonesa (depois de ler uma caixinha de texto num guia de viagens), mas acabei desiludido.
Foi então que, aproveitando a excelente rede de metro de Tóquio, continuei para Shimokitazawa, o bairro vintage de Tóquio – seguramente um dos bairros mais interessantes da capital japonesa.
Longe de terminado, o dia ainda me reservava duas experiências que a todos recomendo. Para jantar, fui comer yakitoris ao chamado Piss Alley, junto à estação de Shibuya; e, depois, houve ainda tempo para ir beber um copo a Golden Gai, a área mais surpreendente da movida de Tóquio. Só então chegou a hora de descansar para a visita a Nikko, programada para o dia seguinte.
Dormida em Tóquio
Dia 4: Daytrip a Nikko
Dia quase inteiramente dedicado a visitar Nikko e o seu complexo de templos classificado pela UNESCO como Património Mundial no Japão.
De regresso a Tóquio, tive ainda tempo para conhecer Akihabara, a meca da eletrónica e do anime, onde me impressionei com as pachinko e visitei a incrível loja Mandarake. É outro mundo!
Dormida em Tóquio
Nota: Apesar da viagem ser mais longa, comprei o Japan Rail Pass apenas para 14 dias e, contas feitas, decidi não o usar no início da viagem. Ativei-o para ser válido a partir deste dia e, assim, usei-o desde este momento até terminar a viagem, no aeroporto de Osaka. Só não o tive disponível, portanto, para a viagem do aeroporto de Narita para Tóquio e para o metro nos primeiros dias.
Dia 5: Tóquio
Tinha deixado para um domingo a exploração da zona de Harajuku, muito especialmente o Parque Yoyogi e toda a área envolvente. É o dia em que as cosplay se juntam em Harajuku!
Neste dia, assisti a múltiplos casamentos no Templo Meiji Jingu; percorri a Rua Takeshita, apreciando as cosplay afirmando a sua individualidade; fui tomar café ao Little Nap Coffee Stand, seguramente um dos melhores cafés de Tóquio (pelo menos para mim); passeei no Parque Yoyogi de manhã e de tarde, apreciando a diferente “fauna” que o frequenta; e tive ainda oportunidade de percorrer a Avenida Omotesando e de experimentar um restaurante vegetariano divinal.
Dormida em Tóquio: um airbnb que não recomendo.
Veja a melhor zona de Tóquio para se hospedar.
Dia 6: Jigokudani e Matsumoto
Não estava originalmente nos planos mas, à última hora, acabei por decidir visitar os macacos das neves de Jigokudani. Queria formar opinião sobre essa “atração”.
Para isso, acordei muito cedo e segui de comboio de Tóquio para Nagano. Mesmo em frente à estação de comboios de Nagano, apanhei um autocarro até perto do parque Jigokudani, onde todas as manhãs os macacos das neves se banham nas águas quentes da região.
Depois regressei a Nagano, onde almocei uma deliciosa soba e parti novamente de comboio para Matsumoto. Estava cansado, pelo que apenas deu para um passeio noturno em busca de um local para jantar e pouco mais.
Dormida em Matsumoto: Hotel M Matsumoto (super recomendado)
Dia 7: Matsumoto e ryokan nos Alpes Japoneses
O principal motivo da minha passagem por Matsumoto era visitar o seu castelo, tido como um dos mais importantes do Japão. Foi o que fiz durante a manhã.
À tarde, rumei de autocarro a Okuhida Onsen, onde vivenciei uma das experiências mais aguardadas desta viagem: pernoitar num ryokan com onsen (águas termais) privativo e provar uma refeição ao melhor estilo kaiseki. Uma experiência que, não sendo barata, aconselho vivamente pelo menos uma vez na vida.
Dormida em Okuhida Onsen: ryokan Minshuku Takizawa (ma-ra-vi-lho-so!)
Nota: reserve o Minshuku Takizawa com refeições; não se vai arrepender.
Pesquisar hotéis em Okuhida Onsen
Dia 8: Takayama
No dia seguinte, com a alma e o estômago deliciados pelo pequeno-almoço tomado no ryokan, apanhei novo autocarro para Takayama, uma cidade com um mercado matinal muito interessante (estava quase a fechar quando cheguei) e uma zona histórica repleta de casas tradicionais de madeira, que explorei tranquilamente. E assim passei a tarde, passeando pelas ruas charmosas de Takayama.
Dormida em Takayama: The Takayama Station Hostel (recomendo)
Dia 9: Shirakawa-go
Queria conhecer as casas de arquitetura de estilo gassho-zukuri, típicas das aldeias das regiões alpinas de Shirakawa-go e Gokayama.
Para tal, de manhã apanhei um autocarro desde Takayama para Ogimachi, a principal aldeia de Shirakawa-go. Deixei a mochila na pequena estação de camionagem e fui explorar a aldeia; de permeio, entrei por casualidade num restaurante local onde desfrutei de uma das melhores refeições do Japão.
Ao início da noite, um novo autocarro deixou-me no coração da cidade de Kanazawa. Antes de recolher ao fantástico hotel onde dormi, tive ainda tempo para a primeira de duas refeições absolutamente memoráveis em Kanazawa.
Dormida em Kanazawa: The Share Hotels Hatchi (uma bela surpresa)
Nota: para uma experiência mais enriquecedora, considere a hipótese de dormir numa das aldeias de Shirakawa-go ou Gokayama.
Pesquisar hotéis em Shirakawa-go
Dia 10: Kanazawa
Havia muitas coisas que queria ver e fazer na cidade e, por isso, o dia começou cedo. Visitei o fantástico Mercado Omicho e comi sushi e ostras; parei num café delicioso para descansar; vi as exposições dos museus de Arte Contemporânea e D. T. Suzuki; conheci um dos jardins mais famosos do Japão; percorri as ruelas do pequeno mas bem arranjado “bairro das gueishas“; e ainda me deliciei com outra daquelas refeições dos deuses. Foi um dia perfeito em Kanazawa.
Depois de tudo isto, Kanazawa entrou com toda a facilidade para o meu top dos melhores destinos do Japão. Pareceu-me, inclusive, uma boa cidade para se viver no Japão.
Dormida em Kanazawa: The Share Hotels Hatchi (absolutamente recomendável!)
Dia 11: Castelo de Himeji e Hiroshima
Beneficiando do Japan Rail Pass, subi a bordo de um Shinkansen – os comboios-bala japoneses – que me levou de Kanazawa a Himeji. O objetivo era pernoitar em Hiroshima mas, a caminho, aproveitar para visitar o Castelo de Himeji. Tido como um dos mais emblemáticos castelos japoneses e classificado pela UNESCO como Património Mundial do Japão, o Himeji não desiludiu.
Após a visita e um almoço retemperador, apanhei novo comboio para Hiroshima, onde ainda tive tempo de provar uma okonomiyaki num estranho e claustrofóbico complexo dedicado unicamente a esta iguaria da gastronomia nipónica.
Dormida em Hiroshima: Capsule Hotel Cube Hiroshima
Dia 12: Hiroshima e Miyajima
Manhã cedo, passei diante do Memorial da Paz e fui de seguida visitar o Museu da Paz de Hiroshima, que retrata o lançamento da primeira bomba atómica com uma crueza dolorosa. É uma experiência dura e emotiva, que recomendo a todos. Incluir ou não Hiroshima no itinerário tinha sido uma das grandes dificuldades do planeamento da viagem ao Japão. Mas ainda bem que o fiz.
Depois disso, e ainda de manhã, rumei à ilha de Miyajima para conhecer um pouco da ilha e o famoso torii gigante.
De regresso a Hiroshima, peguei na bagagem no hotel-cápsula e apanhei novo Shinkansen rumo a Kyoto – último destino da viagem -, onde cheguei já ao anoitecer.
Dormida em Kyoto
Nota: se tiver tempo, considere a hipótese de dormir em Miyajima e seguir viagem no dia seguinte.
Dia 13: Kyoto (Arashiyama, Mercado Nishiki, Pontocho e Gion)
A primeira manhã foi dedicada a conhecer a belíssima zona de Arashiyama. Atravessei a famosa floresta de bambu, absorvi o ambiente tradicional do bairro de Arashiyama e fui conhecer o mais bizarro templo de Kyoto. Depois de almoçar, sem sair de Arashiyama, explorei o muito visitado Templo Tenryu-ji.
Segui depois para o centro de Kyoto com o objetivo de visitar o muito apelativo Mercado Nishiki. Já a tarde ia alta quando, por sugestão de um habitante local, fui conhecer a peculiar Pontocho, uma das mais bonitas ruas de Kyoto, onde escolhi um pequeno restaurante tradicional para jantar.
Já de noite, explorei tranquilamente Gion, o bairro das geishas de Kyoto, antes de regressar a Arashiyama, onde estava alojado. Era uma semana em que a floresta de bambo estava iluminada a partir do final da tarde, razão pela qual acabei por voltar para presenciar esse espetáculo de luz que transformava por completo a “floresta”.
Dormida em Kyoto: apartamento em Arashiyama (airbnb).
Dia 14: Kyoto
Dia de pausa, em que aproveitei para adiantar alguns textos para o Alma de Viajante. O tempo estava chuvoso, perfeito para não fazer nada. Com o cansaço acumulado de duas semanas intensas a explorar o Japão, estava a precisar de parar um pouco e descansar fisicamente.
A meio da tarde, fui para o centro de Kyoto, regressando ao Mercado Nishiki para provar algumas iguarias em falta. Para além de um magnífico ramen sorvido no Ipuddo, foi a única coisa digna de registo que fiz neste dia.
Dormida em Kyoto
Dia 15: Nara
Dia dedicado a visitar Nara, que fica a sensivelmente duas horas de viagem de comboio a partir de Kyoto. Não fiquei apaixonado por Nara mas, incluí-la no roteiro de viagem ao Japão foi, ainda assim, uma decisão acertada. Ao final da tarde, optei por regressar ao apartamento em Kyoto, comer em casa e preparar os próximos passos.
As previsões meteorológicas anunciavam um dia seguinte bem mais soalheiro, razão pela qual o reservei para visitar algumas das maiores atrações de Kyoto. Seria, de novo, um dia muito exigente.
Dormida em Kyoto
Dia 16: Kyoto (Templo Dourado, Fushimi Inari, Kiyomizu Dera)
Dia intensíssimo para explorar o que ainda me faltava de Kyoto. Ainda antes das bilheteiras abrirem, estava já à porta do Templo Kinkaku-ji, ou Templo Dourado, localizado no extremo noroeste da cidade. Não muito longe ficava o Templo Ryoan-ji, cujo jardim zen fiz também questão de visitar. Ambos estão entre os melhores templos de Kyoto.
De seguida, atravessei a cidade para o extremo oposto, seguindo de comboio rumo a Inari, onde me delonguei pelos trilhos entre torii do Fushimi Inari. Ainda com energia, decidi dar uma oportunidade ao Templo Kiyomizu Dera – e ainda bem que o fiz. Foi uma das maiores surpresas da minha visita a Kyoto.
Deixando Kiyomizu Dera para trás, caminhei pelas ruas tradicionais envolventes. É uma zona recheada de casas de madeira muito bonitas, de arquitetura tradicional, que a todos recomendo. Foi por aí que avistei uma ou outra maiko – aprendiz de geisha – impecavelmente vestida e maquilhada (note que há turistas japonesas vestidas de maiko, mas a atitude de menor recato denuncia o embuste). Para terminar, parei no 100% Arábica, um pequeno café de culto de Kyoto. Foi um dia perfeito, quase a terminar este roteiro de viagem no Japão.
Dormida em Kyoto: apartamento em Arashiyama (airbnb).
Dia 17: Osaka
Como tinha voo ao final do dia, decidi conhecer um pouco da cidade de Osaka. Infelizmente, estava um temporal medonho, com muito vento e frio, razão pela qual acabei por não aproveitar tão bem como tinha idealizado. Ainda assim, deu para ficar com uma boa ideia da zona de Dotombori, onde passei boa parte da tarde.
(Dia 18: viagem de regresso)
Dia passado a bordo de dois aviões de regresso a Portugal.
Guia prático
Visto para visitar o Japão
Os viajantes da União Europeia, Portugal incluído, não necessitam de qualquer visto de entrada no Japão. À chegada ao aeroporto internacional de Narita, os oficiais carimbaram o passaporte sem grandes demoras. O passaporte temporário da minha companheira de viagem foi aceite à entrada mas o processo foi, como seria de esperar, mais demorado.
Preços
O Japão é um destino dispendioso, embora porventura possa ser mais barato do que a maioria das pessoas pensa. Pode fazer refeições na ordem dos 8€-10€, da mesma forma que, se não tiver cuidado, 100€ podem não chegar para jantar. Consegue poupar muito dinheiro se comer em restaurantes simples ou as refeições pre-cozinhadas dos supermercados.
Os transportes são igualmente caros, pelo que vale a pena avaliar se compensa comprar o Japan Rail Pass. Quanto ao alojamento, sugiro que reserve com antecedência para conseguir os melhores preços.
Outros destinos que considerei visitar (mas onde não fui)
Sendo o tempo um bem limitado e o Japão um país imenso, tive de fazer opções dolorosas. Entre as quais, não visitar o Monte Fuji nem pernoitar num templo no Monte Koya. Gostaria também de ter visitado as 48 cascatas de Akame e, eventualmente, percorrer a rota entre as aldeias-postais de Magone e Tsumago.
Num registo mais “fora da caixa”, ficarão para outra viagem, por exemplo, a visita à floresta suicida de Aokigahara, toda a ilha de Hokkaido, e ainda as ilhas do sudoeste, nomeadamente Okinawa. Até porque fiquei com muita vontade de voltar!
Dormir
Em resumo, as minhas bases no Japão foram:
- Tóquio: cinco noites num airbnb que não recomendo (veja o post sobre onde dormir em Tóquio e pesquise os melhores hotéis aqui);
- Matsumoto: uma noite no Hotel M Matsumoto;
- Alpes Japoneses: uma noite no (magnífico) ryokan Minshuku Takizawa;
- Takayama: uma noite no The Takayama Station Hostel;
- Kanazawa: duas noites no extraordinário The Share Hotels Hatchi;
- Hiroshima: um noite numa cápsula do Capsule Hotel Cube Hiroshima;
- Kyoto: cinco noites num airbnb simples mas agradável (procure os melhores hotéis aqui).
Destes, só não aconselho o airbnb de Tóquio; todos os outros são boas escolhas.
Seguro de viagem
A World Nomads oferece um dos melhores seguros de viagem do mercado, recomendados pela National Geographic e pela Lonely Planet. Regra geral, são os que eu uso nas minhas viagens. Outra alternativa é a IATI Seguros, especialmente interessante para quem pretende um seguro multi-viagens de longa duração, viaja para destinos considerados perigosos ou tem mais de 65 anos.
jleao
É sem dúvida entusiasmante ler o seu blog, ficamos com uma vontade enorme de visitar os locais por passa.
Continue.
Diana Guerra
Fiquei com pena de não conhecer Matsumoto… talvez para a próxima!
Ju Aracruz
Filipe, foi muito difícil se comunicar com o povo japonês?
Eu não sei falar japonês mas quero muito conhecer o Japão, isso pode ser um problema?
Bjss
Filipe Morato Gomes
Olá Ju, a língua nunca é uma barreira intransponível. Mas sim, é verdade que a maioria dos japoneses não fala inglês. Dito isto, não tive qualquer problema por causa disso durante a viagem ao Japão.
Camila
Filipe, estou a planejar minha ida ao Japão e seu blog se tornou uma preciosidade em meio à informações nem sempre precisas e atuais. Abraços do Brasil e parabéns pelo brilhante trabalho!
Filipe Morato Gomes
Muito obrigado Camila, definir um roteiro no Japão não é fácil, tantas são as opções… 🙂
Qualquer coisa, estou ao dispor.
Susana
Olá Filipe, estou a planear a minha viagem ao Japão em Novembro e estou com algumas dúvidas se devo incluir Nara. Vou estar 4 dias, 5 noites em Kyoto e gostaria de saber se me pode explicar melhor porque não adorou Nara.
Obrigada,
Susana
Filipe Morato Gomes
Olá Susana,
Talvez o dia chuvoso não tenha ajudado – ou então o cansaço acumulado. Eu não fiquei fascinado e o “circo” dos veados deprime-me um pouco (em vez de me entusiasmar), mas, tal como digo no texto, ainda assim julgo que vale a pena visitar Nara. Fica é com menos tempo para explorar Kyoto, mas isso “são outros quinhentos” como se costuma dizer.
Já agora, talcomo já referi noutros comentários, deixo um pedido: para reservares hotéis, por favor entra no booking a partir dos links que encontras no blog (ou este link). Obrigado.
andre ribeiro
Filipe, vou fazer basicamente seu roteiro e se você puder me tirar algumas dúvidas serei muito grato.
Vou passar 2 noites em Matsumoto ou Nagano antes de ir passar 2 noites no Okuhida Onsen, onde você acha mais bacana? E o ônibus até o Okuhida Onsem é fácil de pegar, é muito longe?
Você menciona também que a comida no Okuhida Onsen não é barata; consegui um preço muito bom para a diária, você se recorda quanto custa a refeição?
Obrigado e parabéns pelo seu relato que me inspirou a ir ao Japão agora em novembro.
Filipe Morato Gomes
Olá André,
Entre essas duas cidades, eu sugiro ficar hospedado em Matsumoto, mas naturalmente é uma escolha pessoal. Sobre a comida no ryokan, eu escolhi a opção de meia-pensão quando reservei o Minshuku Takizawa no booking, e julgo que a diferença para a opção sem refeições seria de uns 15.000 iénes por dia, para duas pessoas. Não é barato, mas eu acho que compensa, é uma experiência fascinante. Fiz o jantar e o pequeno-almoço seguinte no ryokan.
Já agora, deixo um pedido: para reservares hotéis, por favor entra no booking a partir dos links que encontras no blog (ou este link). Obrigado.
Joana Esteves
Olá Filipe, parabéns pelo Blog. Cativante!
Estou a planear viagem ao Japão e tenho uma questão: é fácil de viajar entre Takayama e Kanazawa? Ideia seria ter como base uma destas duas cidades e daí visitar ambas e Shirakawa-go. Acha viável?
Ou é melhor pernoitar uma noite em cada? Queria evitar andar sempre com a casa às costas!
Obrigada
Filipe Morato Gomes
Eu comprendo a ideia de não andar sempre a mudar de hotel (que eu regra geral defendo) mas neste caso acho asneira, porque vais andar sempre a ir e voltar, perdendo muito tempo em transportes. Prefiro a solução que eu apresento neste roteiro. E se tiveres mais tempo até podes é juntar uma noite numa das aldeias de Shirakawa-go ou Gokayama.
Já agora, deixo um pedido: para reservares hotéis, entra no booking a partir dos links que encontras no blog (ou este link)
Ana
Olá Filipe,
Estou a começar a planear uma viagem de 15/18 dias para o ano que vem – infelizmente terá de ser na época das férias escolares.
Adorei a sugestão do ryokan e muitas outras dicas; muito obrigada.
Tenho medo que, com crianças, o ritmo do teu roteiro seja demasiado intenso.
Vou usar os teus links para pesquisas e marcação; (acho que não vamos escapar ao macacos e aos veados, os miúdos adoram), mas tenho uma dúvida cultural em geral: as crianças são bem recebidas? Há zonas onde elas não devam ser levadas, para não ofender os hábitos locais?
Beijinhos e obrigada!
Filipe Morato Gomes
Olá Ana,
Antes de mais, obrigado por usarem os links do booking, Japan Rail Pass, seguros e afins que disponibilizo no blog – é uma forma de ajudar o Alma de Viajante a continuar livre de publicidade.
Quanto a viajar no Japão com crianças, não tive essa experiência mas, pelo que deu para perceber, as crianças serão muito bem recebidas pelos japoneses. Como é natural, o ritmo terá de ser diferente e é preciso saber lidar com a frustração, como escrevi no post Viajar com filhos pequenos: 7 coisas que os pais devem saber (talvez já tenhas lido). O único cuidado que me lembro de alertar é para o facto de os japoneses não comerem na rua nem nos transportes públicos – seria deselegante.
De resto, e dependendo da idade dos pequenos, lugares como Nara ou os castelos serão dos mais apreciados, bem como, eventualmente, um dos vários parques temáticos japoneses.
Abraço e boa viagem (ainda tenho muitos artigos sobre o Japão para publicar, mantenham-se atentos)
Sofia Gomes
Olá Filipe,
Ao ler o teu post fiquei bastante curiosa e fascinada em visitar o Japão (não era um país que fazia parte da minha whishlist). Assim, para uma pessoa que não conhece nada do Japão o que aconselharias numa primeira viagem ao Japão (tenho 15 dias para poder usar). Faz sentido comprar um bilhete de avião de Lisboa-Tóquio e vice-versa? Ou é melhor comprar um bilhete de ida para Tóquio e o regresso ser noutro aeroporto do Japão (espero fazer-me entender)?
Obrigada pelas tuas dicas,
Sofia
Filipe Morato Gomes
Olá Sofia,
A tua escolha sobre o aeroporto de regresso deve ser pensado em função de comprares ou não o Japan Rail Pass. Tóquio e Kyoto não são assim tão distantes (a viagem de comboio dura umas três horas) e, se tiveres o JRP, vale a pena usá-lo para regressar a Tóquio; caso não tenhas o passe, mais vale voltar do aeroporto de Osaka, por exemplo.
Carol Akemi
Ótimo post! Parabéns! Estou pensando em ir para o Japão de novo, então qual lugar na sua opinião foi uma grata surpresa ou que você gostou mais? Em ordem… 🙂
Beijos
alessandra
Estou pensando em ir na minha lua de mel, mas não sei bem por onde começar para fazer o roteiro! Ou quanto iria gastar. Você cria roteiros para terceiros? Trabalha com isso?
Filipe Morato Gomes
Bom, sugiro que comece por este roteiro que acabou de ler, é uma boa base de trabalho para montar o seu itinerário. Sobre os custos, veja o post quanto custa viajar no Japão.
No mais, não organizo viagens ao Japão, as minhas dicas vão aparecendo aqui no blog. Abraço.
Fernando
Olá, Filipe. Obrigado pelas dicas. Estou aproveitando-as para montar meu roteiro.
Uma pergunta para o caso do castelo de Himeji: você devia estar com toda a sua bagagem no momento em que o visitou. Onde a deixou? Sei que sua bagagem deve ter sido leve, pois você trocou de hospedagem várias vezes, mas a minha vai incluir pelo menos uma mala grande e desconfortável por pessoa, e isso pode ser um problema nesse tipo de “pit-stop”.
Abraço
Fernando
Filipe Morato Gomes
Olá Fernando,
Eu deixei a minha bagagem nos lockers da estação de caminho-de-ferro de Himeji. Sobre o tamanho da mala, ainda vai a tempo de escolher uma menor e mais confortável… 🙂
Fatima Sousa
Olá Filipe,
Cada vez que leio um roteiro duma viagem que o Filipe fez o meu primeiro impulso é… ah quero esta!, e depois quero todas…
Mas há que fazer opções!
Japão, só se algo me impedir, será a opção 2018. Provavelmente este será o modelo que seguirei! Quanto poderá custar este programa que o Filipe seguiu?
Obrigada
susana
Olá Filipe,
Parto para o japão daqui a 3 dias e Kyoto será uma das minhas paragens. comprei o JRP mas em kyoto não sei que pass compensa mais comprar. Se um pass de bus diário ou viagens individuais ou de metro. Como se movimentou pela cidade? Comprou um cartao Icaco?
obrigada
Vera Marques
Por favor uma questão; vi que de Matsumoto a Okuhida Onsen para hospedagem no ryokan Minshuku Takizawa você escreve que foi de autocarro. Táxi ou você alugou carro?
Obrigado
Filipe Morato Gomes
Não entendi a pergunta; como tu mesma escreveste, eu fui de autocarro.
Fabiana
Será que a Vera é brasileira e não entendeu que autocarro é ônibus (bus)? Consigo entender os nossos “dois”idiomas porque sou brasileira mas morei um tempo em Lisboa. Portugal é meu pais do coração!
Renato Fukuyama
Gostei muito do seu blog Filipe, muito bom mesmo! Vou para o Japão em Julho, só tenho uma dúvida: muitos blogs dizem que o passaporte tem que estar válido ao menos por 6 meses antes de ir, mas no consulado japonês não diz nada; o meu passaporte vence em dezembro, será que tem algum problema? Mais uma vez parabéns pelo blog!
Obs. Já fui 3 vezes para Portugal, seu país é sensacional!
Filipe Morato Gomes
Se vai visitar o Japão em julho e o passaporte caduca em dezembro, o melhor é renovar o passaporte antes da viagem.
Fabiana
Olá Filipe, suas dicas são excelentes, parabéns! Estou indo ao Japão em junho, adorei o seu roteiro mas eu tenho 12 dias inteiros lá. Entrarei pelo aeroporto de Osaka e sairei pelo de Tóquio. Que trecho removeria do seu roteiro para se adequar a 12 dias.
Obrigada!
Filipe Morato Gomes
Olá Fabiana, isso depende dos seus interesses. Têm aí toda a informação sobre os vários destinos que visitei no Japão, é só decidir.
Em termos práticos, no entanto, a parte dos Alpes é a mais “fácil” de tirar (mas é ao mesmo tempo uma das minhas preferidas neste roteiro no Japão). Sei que não ajudei muito, mas não posso decidir por ti… 🙂
Aline
Olá Filipe,
Embarco para o Japão em maio e tenho uma dúvida sobre o ryokan que ficaste hospedado.
O acesso via autocarro é difícil? Quero dizer em termos de tempo e disponibilidades de autocarros.
Filipe Morato Gomes
Não sei o número do autocarro, é só ir à central de camionagem de Matsumoto e perguntar (ou no hotel, talvez saibam ajudar). Eu comprei no dia, sem problema algum. Entre Matsumoto e o ryokan precisei de mudar de autocarro uma vez. Espero que ajude. Abraço.
Fabiana
Olá, entendo! Seus comentários me ajudaram muito a decidir que acho que também adorarei os Alpes e regiáo próxima. SEm dúvida alguma, decedi remover Hiroshima. Obrigada
Camila
Olá!
Estou lendo pelo celular e não consegui encontrar o porquê você não recomendar o Airbnb. Por que? Estou começando a planejar minha viagem e minha ideia era me hospedar assim.
Filipe Morato Gomes
Não recomendo o airbnb onde fiquei em Tóquio porque era demasiado caro para o que oferecia e, por isso, não coloco o link para ele.
Florbela Barbosa
Olá Filipe,
Vamos em familia, somos 4 elementos e todos já crescidos, no próximo final de Agosto, ao Japão.
Numa base muito rudimentar no nosso planeamento, decidimos entrar por Osaka, permanecer 4/5 dias e regressar por Tóquio, ficando por lá 5 dias também.
Tenho imensas dúvidas.
Faço o voo interno Osaka/Toquio? +/- 104€ per pax. Faço-o de comboio? Valerá a pena o JR Pass?
Osaka – locais próximos a visitar (Kioto por exemplo) ?
Tóquio?
Eu sei, que doze dias não darão para muito. Com as sugestões de quem já conhece, aproveitaria melhor.
Eu sou muito de mercados, locais culturais, envolvimento com a cultura/povo local.
Obrigada
Florbela
Filipe Morato Gomes
Se fosse eu, pegava nesses dias em Osaka e ficava em Kyoto. Sobre o Japan Rail Pass, só para essa viagem não compensa (se quiserem poupar ainda mais, considerem ir para Tóquio de autocarro).
Florbela Barbosa
Obrigada pelas dicas Filipe,
Está já no planeamento Kyoto.
Quando regressarmos voltaremos aqui e partilhar convosco a nossa experiência.
Abraço,
Florbela
Sílvia
Olá Felipe,
Parabéns pelo blog, quero dizer que tirei algumas ideias quando percorri o sudoeste asiático.
Sou do Porto, e passo muito tempo em matosas. 🙂
Agora as minhas questões são as seguintes: quanto gastou de um modo geral na viagem (excluindo voos de ida e volta)? Sei que é tudo muito subjectivo mas rondou quanto (incluindo o pass)
Outra questão é, em que altura viajou? (peço desculpa se já mencionou, mas não reparei). E porquê dessa escolha?
Obrigado.
Filipe Morato Gomes
Olá Sílvia,
Sobre os custos, está tudo no post quanto custa viajar no Japão. Eu fui ao Japão no início de dezembro.
Carolina Graça
Olá Filipe!
Vou viajar sozinha para o Japão. Gostaria de saber o que achas em relação a mulheres a viajar sozinhas no Japão, principalmente nas montanhas e em Kanazawa e Matsumoto.
Obrigada!
Boas viagens!
Carolina
Filipe Morato Gomes
Acho que fazem muito bem em viajar no Japão. 🙂
Filipa
Muito obrigada pela sua partilha que vai sem dúvida ser uma enorme mais-valia na preparação das férias grandes deste ano. 🙂
Parabéns e Felicidades para o blog!
Pauline
Boa tarde, vejo que não passou pelo Monte Fuji, não tem interesse?
obrigada
Filipe Morato Gomes
Como em qualquer roteiro, é preciso fazer opções porque o Japão é enorme. Mas imagino que o Monte Fuji seja muito interessante.