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Comendo yakitori no Piss Alley de Tóquio

Por Filipe Morato Gomes | Gastronomia Ásia Japão Tóquio
Atualizado em 24.02.2022 | Tempo de leitura: 5 minutos

O nome oficial é Omoide Yokocho (Memory Lane), mas a rua é mais conhecida pela sua pouco elogiosa alcunha: Piss Alley. Nada animador, portanto.

Acontece que se trata de uma rua recheada de minúsculos restaurantes locais e com um ambiente tradicional, mas que aparenta ser meio underground; uma espécie de submundo alternativo; ou o que resta da velha Tóquio no meio dos arranha-céus de Shinjuku. Por tudo isso, quando estava a planear a viagem ao Japão e descobri a existência do Piss Alley, decidi nesse mesmo instante que tinha de lá ir durante a minha estadia em Tóquio.

E assim fiz.

O Piss Alley de Tóquio, Shinjku
Vista do Piss Alley, Tóquio

Certo dia, depois de explorar o bairro Shimokitazawa, fui mesmo jantar ao Piss Alley. Apanhei o metro até Shinjuku, uma das mais movimentadas estações de metro de Tóquio e, de repente, por entre o brilho dos neons de Shinjuku, cheguei a uma pequena rua iluminada por lanternas vermelhas e restaurantes porta-sim-porta-sim de ambos os lados. Era a imagem que tinha na cabeça do Piss Alley. Ou Omoide Yokocho. Não importa.

Percorri a ruela de ponta a ponta, absorvendo o ambiente e tentando escolher um restaurante para jantar. A maioria não tinha mais do que meia dúzia de lugares sentados em torno de um balcão de madeira, e muitos deles estavam lotados com homens japoneses. A fazer o quê? A comer yakitori, naturalmente.

Yakitori, as espetadas japonesas

Yakitoriya em Omoide Yokocho (Memory Lane)
Um dos muitos restaurantes especializados em yakitori

As yakitori são pequenas espetadas de galinha grelhadas na hora, tradicionalmente em fogareiros a carvão. São servidas em estabelecimentos muito simples chamados yakitori-ya (semelhantes aos tascos portugueses), muito frequentados pelos assalariados japoneses para um jantar rápido e barato no final de um dia de trabalho; e também nos izakayas, pequenos bares muito populares para uma bebida e petisco ao início da noite. No Piss Alley, quase só havia yakitori-ya. Faltava apenas escolher um.

Depois de duas voltas à rua, acabei por optar por um restaurante meio à sorte, mais pelo facto de haver lugares disponíveis do que por qualquer outra razão. Não me pareceu melhor nem pior do que os seus vizinhos, mas tinha bancos vazios e isso fez-me sentar. Má escolha, haveria de concluir depois.

Restaurante no Piss Alley
O restaurante onde acabei por comer yakitori

As espetadas estavam já preparadas, dispostas em círculo dentro de um grande tabuleiro redondo colocado em cima do balcão, tornando a escolha fácil para quem não domine a língua japonesa.

Pedi vários yakitori de galinha, incluindo alguns com as miudezas da ave, e ainda outras espetadas variadas com cogumelos e pimentos. As yakitori foram sendo grelhadas à minha frente num fogareiro a gás (não a carvão). Tudo acompanhado por uma belíssima cerveja japonesa chamada Kirin.

Comer no Piss Alley
Uma cliente aguarda por mesa para jantar

Tal como o okonomyaki de Hiroshima ou os ramen que comi em Tóquio, provar yakitori no Piss Alley era daquelas experiências gastronómicas que tinha mesmo de concretizar. E valeu a pena. Gosto desta Tóquio mais tradicional e popular, longe do brilho incandescente dos neons nas grandes avenidas. Pena ter ficado com a nítida sensação de que paguei mais do que o preço justo. Eu explico.

No restaurante onde jantei, o custo de cada yakitori estava fixado em 150¥. Na altura, quando fiz o pedido, confesso que nem reparei nisso; estava convencido de que iria ser um jantar barato e nem liguei. Mas a verdade é que fui surpreendido na hora de pagar a conta. No total paguei 3.900¥ por 16 yakitori e uma cerveja de meio litro (duas pessoas). Um roubo. Ninguém me tira da cabeça a ideia de que fui enganado por ser turista.

Mas a verdade é que a culpa foi minha, por não feito o básico: ver o menu (ou perguntar os preços) antes de fazer o pedido. Ainda assim, o facto de ter pago demasiado não apaga a fantástica experiência de comer yakitori no Piss Alley de Tóquio.

Adorei.

Repetiria tudo outra vez.

Só escolheria melhor o restaurante!

Comer yakitori
Pormenor de outro pequeníssimo yakitori-ya, um restaurante especializado em yakitori
Entrada do Piss Alley, Shinjuku
Saída (ou entrada) no Piss Alley, no bairro de Shinjuku

Guia prático

Onde comer yakitori no Piss Alley

A pergunta não tem resposta linear. Eu sugiro que percorra a rua de ponta a ponta, tal como eu fiz, mas escolha o restaurante de outra forma. Se estiver com tempo, opte por um que lhe cause boa impressão e esteja cheio de japoneses… e espere pela sua vez.

Talvez a comunicação seja mais difícil, mas é muito provável que a qualidade seja igual ou superior e acabe por pagar menos do que eu pelo jantar (há vários restaurantes com pratos combinados com cinco yakitori a ¥500 ou ¥600).

Nota: a rua tem site oficial, com mapa e nome dos restaurantes.

Tour gastronómico

Caso tenha interesse em aprofundar conhecimentos sobre a gastronomia japonesa na companhia de um guia local, veja este Tour de comida de rua japonesa. Decorre em Shibuya, Tóquio, a dois passos do Piss Alley.

Alternativamente, considere fazer esta excelente Shinjuku: Golden Gai Food Tour. Durante o tour, visitará alguns izakaya e provará vários tipos de sushi e yakitori em Omoide Yokocho (Memory Lane), bem como uma tigela de ramen e um par de bebidas em Golden Gay.

Onde dormir em Tóquio

Eu gostei muito da zona de Omotesando e julgo que é uma excelente base para visitar Tóquio mas, para perceber melhor a cidade, recomendo a leitura do post sobre os melhores bairros para dormir em Tóquio.

No caso de preferir ficar alojado em Shinjuku, sugiro que veja o hotel Tokyu Stay Shinjuku (localização perfeita, perto do metro) e o Capsule Hotel Anshin Oyado Shinjuku (económico). Se o que procura é luxo, o Park Hyatt Tokyo (onde foi filmado o filme Lost in Translation) é uma escolha quase imbatível. Para outras alternativas, pesquise diretamente no botão abaixo.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 51 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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