Gostava de visitar a ilha do Marajó? Faz muito bem, já que é um destino maravilhoso.
A vida de viajante independente é feita de encontros. Estava no Galeria Hostel, em Belém, quando conheci Jonathan e Gabriel, dois brasileiros, ambos formados em Agronomia, que estavam a viajar pelo Brasil. Assim do nada, descobrimos que os astros estavam alinhados: queríamos todos ir para a Ilha do Marajó no dia seguinte.
Manhã cedo, apanhámos a lancha do Terminal Hidroviário de Belém rumo a Soure, principal povoação da Ilha do Marajó. No desembarque, duas horas mais tarde, conhecemos José, outro brasileiro que ia para o mesmo hostel. Dividimos um táxi – e acabámos por passar os dois dias seguintes juntos, quase sempre pedalando pelas estradas da ilha.
A Ilha do Marajó é perfeita para conhecer de bicicleta. Alugar bicicletas foi, aliás, a primeira coisa que fizemos depois de nos instalarmos no Hostel Tucupi, propriedade de Sérgio, um brasileiro de origem marajoara, simpático e generoso; muito gente boa como se diz no Brasil.
Tínhamos acabado de alugar as bicicletas quando começa a chover. E chover, no Pará, quer dizer mesmo chover. Gotas grossas e intensas mas que não duram muito tempo. Foi o pretexto para almoçar uma tijela de açaí com peixe frito.
De estômago feliz, era então tempo de começar a explorar a ilha. Sempre de bicicleta. De tudo o que eu visitei, eis um punhado de coisas que eu recomendo fazer na região de Soure, Ilha do Marajó.
O que fazer na Ilha do Marajó
Praia de Barra Velha
As praias são a principal razão porque a maioria das pessoas visita a Ilha do Marajó. Eu conheci as praias de Barra Velha e do Pesqueiro, as mais acessíveis e frequentadas para quem se hospeda em Soure.
A Praia de Barra Velha fica muito próximo de Soure e, provavelmente por estar menos explorada, foi a que eu mais gostei das duas.
Como tudo o que fizemos na Ilha do Marajó, chegámos à Praia de Barra Velha de bicicleta. A tarde ameaçava mais chuva mas nem isso nos demoveu. Saídos de Soure, pedalámos uns três quilómetros por estradas de terra batida, sempre em linha reta, até que, um pouco antes do areal, encontrámos a entrada para um passadiço de madeira que passa pelo manguezal. Fomos por aí.
Chegados à praia, fomos diretos ao mar para refrescar do calor intenso. Á água estava morna e, não fosse o chamamento do Seu Júlio, um pescador que queria montar a sua rede de pesca onde nós tínhamos deixado as bicicletas, e teríamos ficado ainda mais tempo.
Como a maré estava baixa e a areia molhada, deu ainda para explorar o areal de bicicleta, à procura das árvores de mangue cujas raízes brotam das areias em formas muito fotogénicas. Logo a seguir, veio uma tromba de água e uma ventania tal que as areias em movimento me recordaram uma tempestade de areia que tinha visto no deserto do Sahara.
Abrigámo-nos no bar Pai d’Égua, e aí ficámos um bom bocado; até que as condições meteorológicas permitissem regressar a Soure.
Quando a chuva amainou, já a tarde ia alta, montámos de novo nas bicicletas e fizemos o caminho de regresso. Nem as roupas sujas e encharcadas, nem as pernas e costas cheias de lama me conseguiram tirar um largo sorriso do rosto. Tinha sido uma tarde bem passada!
As praias da Ilha do Marajó sofrem de um problema para o qual vale a pena estar alerta: as raias. Há muitas, e a sua picada é muito dolorosa. Informe-se junto aos pescadores ou bares de praia sobre os locais mais seguros para tomar banho. Tenha também em consideração a possível existência de águas-vivas junto às praias.
Praia do Pesqueiro
No dia seguinte, aproveitei para conhecer a Praia do Pesqueiro, a praia mais famosa e movimentada da região. Mais uma vez, fui de bicicleta – é um pouco mais distante de Soure; e no horário da maré baixa, para melhor conhecer o areal.
Lá chegado, encontrei um cenário um pouco mais desenvolvido do que imaginara. Havia uma ou outra pousada, ainda que simples, junto à praia; e vários bares com estruturas com guarda-sóis de madeira e palha, ao melhor estilo das Caraíbas.
Acabei por não ficar muito tempo na Praia do Pesqueiro, mas é um bom local para fazer praia e para ver o pôr-do-sol. O areal propriamente dito é bem maior do que o da Praia de Barra Velha.
Honestamente, acabei por me afeiçoar mais a Barra Velha, mas é apenas uma questão de gosto pessoal. O melhor, como sempre, é conhecer as duas e fazer o seu próprio julgamento.
A caminho da Praia do Pesqueiro, há dois locais onde vale a pena parar, ambos recomendados por um natural de Soure. O primeiro, uma pequena fazenda chamada Retiro São Jorge, onde se preparam uns camarões ao alho e óleo bons e baratos (ver mapa, abaixo); o segundo, já mais perto da praia, um local que vende um especialíssimo chopp de bacuri (é assim que chamam ao tradicional sacolé na Ilha do Marajó – um gelado de fruta vendido dentro de um pequeno saco plástico). Basta estar atento às placas que anunciam a iguaria.
Passeio na Fazenda São Jerônimo
Uma das atrações mais procuradas da Ilha do Marajó são uns passeios organizados por fazendas. A mais famosa de todas é a Fazenda São Jerônimo, por ter sido palco da gravação de uma série do programa brasileiro No Limite; posteriormente foi também cenário de parte da novela da Globo Amor Eterno Amor.
O passeio envolve montar um búfalo por 20 a 30 minutos, motivo mais do que suficiente para me recusar a fazê-lo. Por uma questão ética, acho que é preciso muito cuidado com atividades turísticas que envolvem animais, e eu não me senti confortável com a ideia.
Além disso, o passeio termina na Praia do Goiabal, uma praia deserta com árvores de manga que deixam as raízes expostas ao longo do areal. Tal e qual o que eu vi na Praia de Barra Velha, imagino.
Pela positiva, o tour contempla um passeio de canoa por um igarapé e uma caminhada a pé ao longo de uns passadiços de madeira que atravessam o manguezal. Por todas as fotos que já vi, muito provavelmente teria gostado destas duas partes do passeio.
Seja como for, tudo pesado nos pratos da balança, aliado ao pouco tempo disponível, decidi não fazer o tour proposto pela Fazenda São Jerônimo.
Note que isto não é uma recomendação para não visitar a fazenda. Se tiver curiosidade sobre o passeio na Fazenda São Jerônimo, leia os relatos nos blogs Matraqueando e 360 Meridianos.
Desfrute do ambiente de Soure
Se tiver tempo, aproveite para conhecer Soure. É uma povoação simples, nem bonita nem feia, mas passeie de bicicleta pelas suas ruas, beba uma cerveja gelada, entre numa padaria e fale com os moradores. Enfim, faça de conta por momentos que está a viver na Ilha do Marajó. Vai ver que ainda se surpreende.
Atelier M’Barayo – cerâmica indígena
Carlos Amaral é de origem andina e a sua aparência não engana. Pele escura, cabelo preto comprido, colares tribais ao pescoço, é índio de corpo inteiro.
Tinha sabido da sua arte de criar cerâmica marajoara de forma tradicional, sem toques de modernidade, e decidi visitar a sua loja-atelier. Fica no centro de Soure, e Carlos estava à porta a trabalhar. Lá dentro, fomos recebidos pela sua mulher, que explicou um pouco dos motivos retratados nas peças, e ainda o significado de várias – equilíbrio, proteção, saúde. Havia uma energia boa e, por algum motivo, os meus olhos acabavam sempre fixos numa caneca específica: “equilíbrio”, disse ela.
Seguimos para o torno de Carlos. Fez uma demonstração da criação de uma peça cerâmica. Tudo normal, até à altura em que, após colorir de vermelho um pedaço de barro à nossa frente, quis mostrar como a peça ficaria, ali mesmo, envernizada. Pegou numa presa de porco bravo, esfregou, esfregou e esfregou durante uns bons minutos… e passou-nos para a mão. A tinta estava completamente seca, coberta por uma espécie de superfície vidrada, fruto de uma qualquer reação química entre a tinta natural e o osso. Fascinante!
De novo na loja, comprei por impulso a peça que me escolheu (“as peças é que vos escolhem, não são vocês que as escolhem”, dissera a mulher). “Você depois vai descobrir porque comprou”, retorquiu, quando lhe contei a minha aversão às compras. Havia uma energia no ar, um ambiente quase místico.
“Tenho um presente para todos. Só tenho quatro amuletos e só dou quando vou com a cara das pessoas. Vou-vos dar a todos”. Um a um, entregou os amuletos, com a indicação de que não poderia ser mostrado a ninguém, em situação alguma. Em cada entrega, dizia para que servia o amuleto. “Saúde”, foi o meu.
O momento parecia verdadeiramente genuíno, e eu estava até um pouco emocionado com tudo aquilo. À noite, sabendo da nossa visita ao atelier, Sérgio perguntou: “a mulher dele deu-vos aqueles amuletos para não mostrar a ninguém?”. Ora bolas!
Folclore turístico à parte, a visita vale, em todo o caso, pelo trabalho do artista.
Barraca de óleos de Seu Leonildo
Esta é uma recomendação um pouco fora da caixa, e está longe de ser uma experiência “obrigatória” na Ilha do Marajó.
Seu Leonildo tem uma banca junto ao Mercado de Soure, onde parei devido ao interesse manifestado por um dos companheiros de viagem (não por recomendação de algum habitante local).
Leonildo vende óleos – ou mezinhas -, produtos naturais com propriedades medicinais muito usados pelos povos da região amazónica. Outros produtos têm, ao que dizem, propriedades mais esotéricas; como atrair alguém que se ama ou purificar o corpo das energias negativas. É o tipo de produtos que encontra no Mercado Ver-o-Peso, em Belém.
Acredite ou não nos óleos paraenses, falar com Seu Leonildo é, por si só, muito interessante. Especialmente se não gostar do assédio dos vendedores do Ver-o-Peso, cuja conversa por vezes parece mais encenada do que honesta (e o interesse no visitante desaparece assim que percebem que ele não vai comprar).
Seu Leonildo é um pouco diferente. Ele está ali para vender, é certo, mas pareceu-me muito mais genuíno. Pode proporcionar um momento diferente na sua estadia na Ilha do Marajó.
Provar o filé marajoara
Considerada a mais emblemática especialidade gastronómica da Ilha do Marajó, o filé marajoara é, basicamente, carne de búfalo com uma fatia de queijo de leite de búfala por cima, e pode ser servido com arroz, farofa, feijão e salada.
Comer um filé marajoara é uma experiência obrigatória para quem visita a maior ilha flúvio-marítima do mundo e, durante a minha estadia em Soure, tive oportunidade de o fazer por duas vezes. Entre elas, o filé marajoara de que mais gostei foi, de longe, o do restaurante Solar do Bola. Não sei se é o melhor da ilha, mas foi-me recomendado pelo dono do hostel onde fiquei – e seguir as recomendações de um habitante local é sempre uma boa ideia.
Outras coisas a fazer na Ilha do Marajó (que eu gostaria de ter feito)
Não estivesse eu com os dias contados por causa do Festival de Parintins, e teria ficado mais tempo (fiquei duas noites na Ilha do Marajó). Adorei o ambiente de Soure, um lugar pequeno, simples e tranquilo; daqueles lugares sem luxos nem mordomias, onde o tempo passa devagar e eu me sinto bem. Eis, então, algumas outras coisas que eu gostaria de ter feito na Ilha do Marajó:
- Visitar Salvaterra. Trata-se da povoação vizinha de Soure, do outro lado de um braço de rio. Consta que é charmosa quanto baste; há quem até opte por pernoitar em Salvaterra.
- Conhecer as “falésias” da Ilha do Marajó. Nunca li nada a respeito mas o Sérgio, do Hostel Tucupi, falou-me maravilhas das falésias da ilha. “As pessoas pagam muito dinheiro para ir a Canoa Quebrada, e nós aqui temos falésias melhores”, disse.
- Fazer um tour pelos igarapés próximos de Salvaterra. Outra coisa que me ficou no ouvido em conversa com o Sérgio. Pergunte-lhe por preços e detalhes, que ele organiza.
- Visitar Joanes. Dizem ser uma povoação muito interessante e fiquei com vontade de conhecer.
Mapa com o que fazer na Ilha do Marajó
Guia para visitar a Ilha do Marajó
Como ir de Belém para a Ilha do Marajó
Talvez encontre relatos sobre o Catamarã Tapajós, um barco que ligava Belém a Soure, na Ilha de Marajó, em apenas duas horas mas, ao que me foi dito, a empresa deixou de operar essa rota no final de 2016. Felizmente, o serviço voltou pela mão de outros operadores. Há, pois, duas opções para ir de Belém à Ilha do Marajó (para quem não tem carro). Vou explicar como fazer.
Diariamente, saem alguns barcos do Terminal Hidroviário de Belém rumo à Ilha do Marajó – quando lá passei havia às 6:00 e às 14:00. O barco é mais lento (demora cerca de três horas e meia) e vai apenas até ao porto de Camará. Daí, terá de apanhar uma van até Soure ou Salvaterra.
Dito isto, o barco tem também algumas vantagens: primeiro, vai a um ritmo mais propício a apreciar a paisagem (se bem que o rio é sempre muito largo, pelo que não se vê muita coisa); é mais barato; e é menos provável que enjoe no barco, já que ele não navega nas águas mais agitadas.
A outra opção são as lanchas rápidas que, em pouco mais de duas horas, o colocam em Salvaterra ou Soure. Foi o que eu fiz, e não me arrependo.
Em qualquer dos casos, basta dirigir-se ao Terminal Hidroviário e comprar o bilhete. No mês de julho, é aconselhável reservar no dia anterior, pelo menos para a lancha (pode reservar pelo telefone 98166-8297, e eles mantêm a reserva até uma hora antes da partida).
Onde ficar
Soure ou Salvaterra?
Soure é a principal povoação da Ilha do Marajó, e é o local ideal para se hospedar na costa leste da ilha. É onde está localizada a maioria dos serviços, lojas e restaurantes, e o acesso a boa parte das atrações fica facilitado. Salvaterra, por seu lado, tem a vantagem de ter pousadas mais baratas.
Outra localidade de que falam bem – mas que eu não conheci – é Joanes, mas fica mais afastada das atrações mais visitadas da ilha. É onde fica a Pousada Holístico Marajó, que me parece excelente.
Eu optei por ficar em Soure, e estou convicto de que é o melhor local para montar base na Ilha do Marajó (para quem vem de Belém).
Pousadas na Ilha do Marajó
Em Soure, era para ter ficado alojado na Pousada Ilha Bela, localizada mesmo em frente ao local onde as balsas atracam. Tinha reserva feita no booking, mas uma recomendação de última hora desviou-me para o Tucupi Hostel. E ainda bem que assim foi.
O Tucupi é uma pequena casa rural transformada em hostel, um pouco afastada do centro de Soure, que vale pelo preço e pelo ambiente criado pelo proprietário, Sérgio. É um indivíduo incrivelmente hospitaleiro que trata os hóspedes como amigos. Aos poucos, está-se a tornar no ponto de encontro dos mochileiros que visitam a Ilha do Marajó.
Se procura alojamento com mais conforto, também há opções. Destaco o hotel Casarão da Amazónia e a Pousada Aruanã, em Soure, ou o Pousada Bosque dos Aruãs, em Salvaterra. São todos bastante elogiados pelos hóspedes.
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Quanto tempo ficar
Quando planear, vai ter essa dúvida: quanto tempo ficar na Ilha do Marajó? A resposta é, claro, depende.
Eu dormi apenas duas noites em Soure, o que se traduziu em dia e meio de estadia; mas fiquei com muita pena de não ter tido mais tempo para ficar. Duas noites será o mínimo recomendável (nem pense fazer um bate-volta de Belém à Ilha do Marajó).
Para ser honesto, eu teria provavelmente ficado quatro ou cinco noites se o meu calendário de viagem o permitisse. Mas isso sou eu que gosto de viajar devagar! Se quer uma recomendação concreta, duas ou três noites será, provavelmente, o mais ajustado para a maioria das pessoas.
Como se movimentar na Ilha do Marajó
Para os viajantes menos ativos, o moto-táxi é, muito provavelmente, a melhor forma de se deslocar de Soure para as fazendas, praias e outras localidades da Ilha do Marajó. O problema é que terá de combinar horas para o irem buscar a praias como a do Pesqueiro ou Barra Velha, o que limita um pouco a espontaneidade das decisões.
Para os outros, as bicicletas, mesmo velhas, são uma opção ainda melhor. Primeiro, porque poupa muito dinheiro; segundo porque proporcionam uma liberdade muito maior. As diárias variam entre 10 e 15 reais (o aluguer da “diária” é por 24 horas).
Dito isto, é evidente que, caso queira fazer passeios para destinos mais distantes, como Joanes, a 24 km de Soure, a bicicleta faz menos sentido. Nesse caso, opte por um moto-táxi.
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Olá Filipe
Gosto de ler os seus artigos. Tenho a sensação de que estou nos lugares que descreve. Também as viagens para mim me fascinam, já visitei alguns Continentes e cidades da Europa.
Sou Açoriana, mais propriamente da Ilha Terceira, convido-o a visitar quando puder os Açores. Certamente já visitou. Despeço-me desejando boas viagens e um abraço amigo.
Lourdes Maria
Obrigada pelo óptimo relato que me avivou a estadia em Marajó. Foi a nossa última viagem dos nossos 5 anos de vida no Brasil.
Quando comecei a ler sobre o Carlos Amaral sorri pois antevi a história do ” amuleto” :-) Gostei do trabalho do outro artesão de Soure, o Ronaldo Guedes, que tinha também uma lojinha em Barra Velha.
Como éramos 4 contratamos um guia espectacular (atraía os animais imitando os sons) por um dia . Com ele fizemos incursões terrestres e no rio observando a fauna local.
Guardo na memória a vista deslumbrante da eco pousada próxima de Soure, à beira rio.
Felipe, obrigada pelas dicas. Indo em breve para Ilha do Marajó, de tudo que pesquisei suas dicas foram as melhores!
Amei seu relato. Vou anotar algumas coisas para não esquecer. Vou à ilha do Marajó em julho de 2019 com marido e 3 crianças. Sobre as arraias, você viu alguma? Dá para banhar-se tranquilo? São todas as praias que tem arraias?
Olá. Eu assino por baixo em tudo o que foi aqui escrito. Estive em Soure PA com a família ano passado. Chegamos sexta de manhã (de ferry porque levavamos carro). Saímos 6h de Icoaraci estava amanhecendo e chegamos 9h20 em Camará… Marajó. Entre Salvaterra e Soure pegamos outra balsa embora mais pequena. Ficamos no Hotel Marajó bem no centro da cidade e a preço muito acessível também. Andamos por Soure e fomos ao Pesqueiro e a Barra Velha. Gostei mais da última. Vagueamos por Soure. Não deu tempo para ir a Comunidade do Céu e a Caju Una. Ficará com certeza para uma próxima. O Marajó é fácil de gostar e difícil de descrever… escreveu Carlos Drummond de Andrade. Regressamos a Belém no domingo depois do almoço. O ferry sai de Camará umas vezes às 16:00 outras às 17:00. Há que ver o horário da Henvil. De Icoaraci até Belém passamos junto da cabeceira da 06 do Aeroporto internacional e curiosamente passou mesmo por cima de nós cerca das 20h45 o TP47 – voo Tap – que estava a chegar de Lisboa. De verão a TAP voava três vezes por semana. Vamos ver como será daqui para a frente. Abraço.
A ILHA DE MARAJÓ
Nessa pátria dos búfalos
Florida de rubro do guará,
Abraçada por rio e por mar,
Degusta o saboroso tacacá
Ao som do balé da pororoca,
No ritmo do carimbó do Pará.
Autor: Sebastião Santos Silva da Bahia