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Roteiro em São Vicente e Santo Antão, Cabo Verde (12 dias)

Roteiro São Vicente e Santo Antão
Região de Madeiral, na ilha de São Vicente, Cabo Verde

Se está a pensar viajar para Cabo Verde e procura um roteiro pelas ilhas de São Vicente e Santo Antão, este artigo vem mesmo a calhar. Pois bem, este roteiro é precisamente para aqueles que pretendem combinar as duas ilhas na mesma viagem – algo que, aliás, faz todo o sentido! – e complementa as dicas sobre o que visitar em São Vicente e o que fazer em Santo Antão, onde me debruço mais detalhadamente sobre as melhores atividades de cada ilha.

Nesta viagem, passei três noites em São Vicente e oito em Santo Antão. Honestamente, creio ter sido a divisão ideal, porque me permitiu ficar com uma bela ideia sobre ambas as ilhas, dando preferência a Santo Antão. Isto porque queria fazer alguns percursos pedestres (e isso, naturalmente, requer mais tempo!).

Caso não disponha de tantos dias de férias, veja a secção “Roteiro São Vicente e Santo Antão para 7 dias”, no final deste itinerário.

Trekking Ponta do Sol - Cruzinha, Santo Antão
Descida para o Corvo, durante o trilho Ponta do Sol – Cruzinha, em Santo Antão

Assim, partilho neste artigo o meu roteiro de viagem às ilhas de São Vicente e Santo Antão, dia a dia, para que possa adaptar o itinerário aos seus gostos pessoais, tempo disponível e objetivos da viagem. E ainda sugestões dos melhores hotéis e pousadas para se hospedar, como obter o visto de turismo, como chegar às ilhas e como se deslocar. Vamos a isso.

Roteiro para visitar São Vicente e Santo Antão

Dia 1: Mindelo (São Vicente)

CNAD - Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design
Edifício do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design, no Mindelo

Aterrei em São Vicente às 12:35. Apanhei um táxi no aeroporto, pedindo ao motorista para fazer uma breve paragem na praia São Pedro antes de rumar à cidade do Mindelo. Queria conhecer o local onde se organizam passeios de snorkelling para nadar com tartarugas – e, na verdade, não fiquei muito bem impressionado com o que vi.

Chegado ao Mindelo, e depois de me instalar na pousada Casa Café Mindelo, onde almocei, fui explorar a cidade. Apreciei a obra de Vhils, fui ao Mercado Municipal e de seguida passei na Casa da Cultura. Passei ainda nos escritórios da CV Telecom para comprar um cartão SIM, antes de tentar visitar o CNAD – Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design que, infelizmente, estava fechado.

Assim sendo, fui conhecer a praia da Laginha e, mais tarde, rumei ao terraço do Terra Lodge para apreciar o final de tarde. Para terminar, um simples jantar no Dokas e um café ao som de música ao vivo no Casa Café Mindelo.

Dormida: Casa Café Mindelo, em São Vicente.

Dia 2: Tour pela ilha de São Vicente

O que fazer em São Vicente: visitar Monte Verde
A Baía das Gatas vista a partir do Monte Verde

No segundo dia do meu roteiro em São Vicente e Santo Antão, decidi fazer um tour com o Centro de Turismo e Economia Solidária.

O passeio teve início às 9:00 da manhã junto ao Mercado Municipal do Mindelo e, dessa forma, conheci uma boa parte da ilha, incluindo Monte Verde, a vila piscatória de Salamansa, a Baía das Gatas, a belíssima costa do Norte Baía e a povoação de Calhau, entre outros locais.

De tarde, tempo para explorar por minha conta mais algumas atrações da cidade do Mindelo, nomeadamente o já referido CNAD – Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design.

Ao fim da tarde, passei no Café Royal para ouvir umas mornas e coladeras, mas a música era de muito fraca qualidade (tive azar, suponho). Para compensar, segui para um jantar com amigos no superlativo restaurante Casa Tchicau (recomendo vivamente). E aí havia boa comida em boa companhia e com boa música cabo-verdiana – que mais poderia pedir?

Dormida: Casa Café Mindelo, em São Vicente.

Dia 3: Mindelo e ferry para Santo Antão

Ferry São Vicente - Santo Antão
Chegando de ferry a Porto Novo, na ilha de Santo Antão

Na manhã do terceiro dia em São Vicente, aproveitei para ver mais algumas coisas que queria visitar no Mindelo. Comecei por ir ao Mercado de Peixe; passei no Quintal das Artes, praticamente em frente ao mercado; e segui depois para a Praça Estrela, onde fui conhecer o pequeno mas vibrante Mercado de Legumes. Por fim, perdi algum tempo a explorar a loja Capvertdesign+Artesanato, antes de uma visita falhada ao Palácio do Povo. Tinham-me dito que era um museu muito interessante; mas, infelizmente, estava encerrado.

Depois do almoço, era então hora de apanhar o ferry para Santo Antão. Uma vez chegado a Porto Novo, apanhei um aluguer até Paúl (Cidade das Pombas), onde me instalei. Ali seria a minha base nos próximos seis dias deste roteiro em São Vicente e Santo Antão.

Tive ainda tempo de dar um passeio pela Cidade das Pombas e, não menos importante, conviver com a italiana Liana, que gere a pousada Black Mamba e me ajudou a planear os trilhos a fazer nos próximos dias.

Dormida: Black Mamba em Paúl, Santo Antão.

Dia 4: Trilho do Vale do Paúl

Trilho do Vale do Paúl, Santo Antão
Trilho do Vale do Paúl, entre Cova e Pombas, ilha de Santo Antão

O principal objetivo da viagem a Santo Antão era fazer alguns percursos pedestres. E, para começar, decidi fazer o chamado Trilho do Vale do Paúl (PR1 SAPL), que liga a cratera vulcânica Cova, no centro da ilha, até à Cidade das Pombas, no litoral.

Para chegar a Cova, é preciso ir de carro, numa viagem ao longo da “estrada velha” que serpenteia pelas montanhas de Santo Antão e oferece vistas maravilhosas. É lá que fica o muito fotografado estreito de Delgadinho, com escarpas profundas, de ambos os lados, para os vales de Santo Antão.

Chegado a Cova, era então hora de caminhar. Foi um passeio duro para as pernas, dada a inclinação de boa parte da descida, mas muito agradável. Depois de um almoço no restaurante O Curral, no lugar de Chã de João Vaz, prossegui por estrada até Paúl (Pombas), onde passei o resto da tarde a relaxar.

Nota: é possível terminar a caminhada em Chã de João Vaz (ou até antes, em Chã de Manuel dos Santos, também conhecida como Fajã de Cima) e, de lá, apanhar um coletivo para Paúl. O trilho PR1 SAPL, que aparece nos placards informativos como “Rota do Vale”, termina mal chega à estrada, em Manuel dos Santos. Fica ao seu critério parar aí ou prosseguir pela estrada até Paúl.

Dormida: Black Mamba em Paúl, Santo Antão.

Dia 5: Xôxô e Vale da Ribeira da Torre

Vale da Ribeira da Torre, Santo Antão
Vale da Ribeira da Torre, Santo Antão

A manhã foi passada a relaxar em Paúl. Precisava de recuperar as pernas do trilho do dia anterior, sempre a descer, muito duro para os músculos.

De tarde, e após um almoço maravilhoso na Casa Maracujá (uma das melhores refeições que fiz na viagem!), decidi atravessar o Vale da Ribeira da Torre para conhecer Xôxô. Ora, como já não era cedo, apanhei um aluguer para Ribeira Grande e outro para Xôxô, onde dei uma volta até à muito elogiada pousada Casa Xôxô.

A ideia era, a partir de Xôxô, caminhar até à Ribeira Grande. Seriam menos de 6 km, perfeito para uma “recuperação ativa” do trilho anterior. E assim fiz.

Bar Melícia, Santo Antão
Exterior do bar Melícia, no Vale da Ribeira da Torre

Ora, tinham-me falado da calda de cana de um barzinho de beira de estrada chamado Melícia, pelo que, ainda não tinha andado um quilómetro e já estava a parar para experimentar o sumo de cana de açúcar no Melícia.

A partir daí, era então hora de continuar a caminhada ao longo da estrada pelo Vale da Ribeira da Torre, até regressar a Ribeira Grande, onde novo aluguer me deixou no Black Mamba (a minha pousada em Paúl).

Em jeito de retrospetiva, não posso dizer ter ficado fascinado com o passeio. Xôxô é muito bonita e o Vale da Ribeira da Torre também, mas caminhar pela estrada não tem grande piada. Se o objetivo não fosse a “recuperação ativa”, teria sido melhor fazer um dos trilhos de montanha que terminam precisamente em Xôxô.

Dormida: Black Mamba em Paúl, Santo Antão.

Dia 6: Trilho Ponta do Sol – Cruzinha

Trilho Ponta do Sol - Cruzinha
Troço Fontainhas – Corvo do trilho Ponta do Sol – Cruzinha

Depois de um dia mais tranquilo, a ideia era fazer o percurso pedestre que vai da Ponta do Sol até Cruzinha. São mais de 15 km de puro deleite visual, boa parte do tempo caminhando entre o mar e escarpas vertiginosas. Mesmo medindo as palavras, tenho para mim que o Trilho Ponta do Sol – Cruzinha é, seguramente, um dos melhores trekkings de Santo Antão. Ou até de Cabo Verde. Wow!

Para tal, apanhei um coletivo até Ponta do Sol, dirigi-me ao cemitério, no extremo da povoação, e comecei a serpentear pelas falésias em direção a Fontainhas, provavelmente a mais charmosa aldeia cabo-verdiana.

Deixando Fontainhas para trás, o trilho levou-me então às aldeias de Corvo e Formiguinhas (onde parei para almoçar); ao que resta de uma aldeia abandonada; à Praia d’Aranhas e, finalmente, a Cruzinha, ponto terminal deste belísismo percurso pedestre.

Cheguei cansado mas feliz. Explorei brevemente Cruzinha, procurei um transporte para sair dali e rumei à Ribeira Grande. Foi um dia maravilhoso neste roteiro de viagem em São Vicente e Santo Antão!

Dormida: Black Mamba em Paúl, Santo Antão.

Dia 7: Paúl

Crianças a jogar matrecos, Santo Antão
Crianças a jogar matrecos em Paúl, ilha de Santo Antão, Cabo Verde

Era domingo e, com tantos quilómetros nas pernas, achei por bem ficar em Paúl (Pombas) a descansar. O pretexto foi a quase inexistência de coletivos para circular na ilha, mas na verdade estava mesmo a precisar de descansar as pernas.

E assim fiquei o dia todo em Paúl, tranquilamente, a relaxar e a trabalhar um pouco no blog. Até porque em viagem é muitas vezes preciso saber abrandar…

Dormida: Black Mamba em Paúl, Santo Antão.

Dia 8: Trilho Pinhão – Lombo Branco – Sinagoga

Roteiro Santo Antão: Trilho Pinhão - Lombo Branco - Sinagoga
A paisagem deslumbrante ao longo do trilho entre o Pinhão e Lombo Branco

Antes de dedicar um par de dias a explorar a região do Tarrafal de Monte Trigo, queria fazer mais um percurso pedestre de Santo Antão. Após conversar com a minha anfitriã, optei por fazer um trilho que vai do lugar de Cruz, no Pinhão, até Sinagoga, passando pela povoação de Lombo Branco.

Ora, a informação que encontrei sobre o trajeto, incluindo no Wikiloc, dava a entender um trilho bastante fácil, com uma subida inicial relativamente acentuada e depois seria, em teoria, quase sempre a descer em declives moderados. Nada de mais errado. Por essa altura ainda não sabia que, dos três trilhos que fiz em Santo Antão, este haveria de ser, com toda a certeza, o mais duro de todos.

Mas valeu muito a pena.

Cheguei morto a Sinagoga, mas imensamente feliz.

Dormida: Black Mamba em Paúl, Santo Antão.

Dia 9: Porto Novo e Tarrafal de Monte Trigo

Miradouro do Campo Redondo, Santo Antão
Vista a partir do Miradouro do Campo Redondo, na estrada a caminho do Tarrafal de Monte Trigo, em Santo Antão

Acordei cedo e apanhei um coletivo até Porto Novo, onde me encontrei com Maiuca, que faz regularmente o transporte entre Porto Novo e Tarrafal de Monte Trigo. Tive de esperar mais de duas horas em Porto Novo (e ainda bem, porque fiquei agradavelmente surpreendido, ao contrário das expectativas que tinha) até ser altura de partir para uma viagem de hora e meia por estradas belíssimas até ao extremo oeste da ilha de Santo Antão.

O objetivo era conhecer uma faceta da ilha muito menos visitada e, se possível, fazer praia e snorkelling nas águas da baía do Tarrafal.

Cheguei a Tarrafal de Monte Trigo, instalei-me numa pousadinha muito simples, fui almoçar na casa da Dona Maria (conhecida como “casa verde”), refugiei-me do sol abrasador e voltei a sair um par de horas depois, quando o sol já se encontrava mais baixo, para um merecido mergulho no oceano Atlântico.

À noite, tempo para um especialíssimo jantar de lagosta no terraço da pensão.

Dormida: Pensão & Bar Amizade Delgado, no Tarrafal de Monte Trigo, Santo Antão. Considere a Kaza Ladera ou a Casa Baobab caso prefira reservar online.

Dia 10: Tarrafal de Monte Trigo

Tarrafal de Monte Trigo, Santo Antão
Tarrafal de Monte Trigo, no extremo oeste de Santo Antão

Dia tranquilo passado em Tarrafal de Monte Trigo, com tempo para passear na vila, beber uma cerveja, trabalhar no blog e ir à praia. Ainda ponderei fazer o trilho que leva à isolada povoação de Monte Trigo, localizada nas imediações do vulcão Topo de Coroa, mas acabei por decidir ter um dia mais relaxado, passado na companhia dos pescadores locais e a comer muito, muito bem.

Foi, assim, um final bem tranquilo para a minha viagem à ilha de Santo Antão.

Dormida: Pensão & Bar Amizade Delgado, no Tarrafal de Monte Trigo, Santo Antão. Considere a Kaza Ladera ou a Casa Baobab caso prefira reservar online.

Dia 11: Ferry para São Vicente e visitar Mindelo

Mural de Cesária Évora, Vhils
Obra de Vhils retratando a diva Cesária Évora, no centro do Mindelo

Eram 6:00 da manhã quando o carro de Maiuca parou à porta da pousada para rumarmos a Porto Novo. A ideia era apanhar o primeiro barco para São Vicente – até porque não havia qualquer coletivo a sair de Tarrafal mais tarde! -, e assim foi.

Chegado ao Mindelo, aproveitei para cirandar pela cidade, para visitar o recém-reaberto Museu do Mar, para trabalhar um pouco, para experimentar novos restaurantes e ainda rever amigos. O roteiro em São Vicente e Santo Antão estava prestes a chegar ao fim. Faltava apenas voltar ao meu querido Bombu Mininu beber um (ou mais!) ponche de maracujá, dormir e ir embora.

Dormida: Casa Café Mindelo, em São Vicente.

Dia 12: Voo de regresso a Portugal

Manhã tranquila passada em modo de fim de festa, a trabalhar na Casa Café Mindelo. Por volta as 11:00, de mochila preparada, era então tempo de rumar ao Aeroporto Internacional Cesária Évora para o voo de regresso a Portugal. O dia, esse, foi praticamente passado em viagem, já que, com a escala em Lisboa, só aterrei no Porto perto das dez da noite.

Em jeito de despedida, posso garantir que este regresso a Cabo Verde foi maravilhoso. Andava há vários anos para visitar São Vicente e Santo Antão e, após um anterior cancelamento devido à pandemia, pude finalmente concretizar esse objetivo. E valeu muito, muito a pena!

São Vicente foi uma surpresa positiva; e Santo Antão é Santo Antão. Recomendo ambas as ilhas vivamente.

Roteiro São Vicente e Santo Antão para 7 dias

Note que, caso não tenha tantos dias, pode encurtar a estadia em Santo Antão. Eu recomendo pelo menos cinco dias na ilha, especialmente se quiser fazer trekking e ainda espreitar a praia do Tarrafal.

Além disso, se precisar de encurtar mais o tempo da viagem, no regresso é possível sair de Santo Antão muito cedo, apanhar o primeiro barco rumo ao Mindelo, e de lá ir direto para o aeroporto apanhar o avião. Assim poupa uma noite no Mindelo e chega perfeitamente a tempo ao aeroporto (os ferries cumprem os horários). Tudo somado, ficaria com 2 noites em São Vicente e 5 ou 6 noites em Santo Antão.

Por último, uma nota adicional: não cometa o erro de ignorar o Mindelo. Creio que se vai surpreender com o ambiente da cidade.

Em resumo, eis uma versão compacta do roteiro em São Vicente e Santo Antão para 7 dias de viagem:

  • Dia 1: Aproveitar a tarde para conhecer o Mindelo.
  • Dia 2: De manhã, tour em São Vicente, de tarde, explorar as atrações do Mindelo.
  • Dia 3: Ferry matinal para Santo Antão. Trekking.
  • Dia 4: Trekking.
  • Dia 5: Dia de descanso.
  • Dia 6: Trekking ou ida matinal para o Tarrafal de Monte Trigo.
  • Dia 7: Ferry matinal para São Vicente, seguido de táxi direto para o aeroporto. Voo de regresso.

Dicas para visitar São Vicente e Santo Antão

Vistos de entrada em Cabo Verde

Os cidadãos portugueses já não precisam de pedir um visto de turismo para visitar Cabo Verde. É, no entanto, obrigatório fazer o registo prévio de entrada em www.ease.gov.cv – o chamado processo Eficiente, Automático e Seguro de Entrada de viajantes em Cabo Verde -, preferencialmente com pelo menos cinco dias de antecedência em relação à data de entrada no país. Custa 3.400 CVE, pouco mais de 30€.

Quantos dias são necessários para visitar São Vicente e Santo Antão

Naturalmente, depende do seu ritmo e dos objetivos da viagem. Mas, se o objetivo é visitar o Mindelo e explorar São Vicente, e depois visitar Santo Antão para fazer duas ou três caminhadas, eu diria que sete ou oito dias será a duração mínima indispensável para a viagem. Com isso, não conhecerá tudo, evidentemente; mas já dará para ficar com uma bela ideia de ambas as ilhas.

Pela minha parte, esta viagem a Cabo Verde teve 11 noites distribuídas da seguinte forma: duas em São Vivente, depois oito em Santo Antão (seis em Paúl e duas na praia do Tarrafal); e uma última noite em São Vicente.

Como chegar

A TAP opera voos diretos entre Lisboa e o Aeroporto Internacional Cesária Évora, na ilha de São Vicente. Infelizmente, e dada a limitada concorrência, os preços dos voos são incompreensivelmente altos para um voo de médio curso. Dito isto, vale a pena estar atento às ocasionais promoções: eu paguei 298€, ida e volta, a partir do Porto, valor muito abaixo do “normal” para a rota.

Uma vez em São Vicente, há ferries que ligam Mindelo a Porto Novo, em Santo Antão, duas a quatro vezes por dia. Verifique no site da CV Interilhas e da Nôs Ferry – mas, se possível, confirme os horários in loco no dia anterior. E, já agora, compre o bilhete com antecedência, para não perder tempo na fila no dia da viagem.

Na altura em que viajei (mês de janeiro), havia quatro ferries diários em cada sentido, operados alternadamente pelas duas companhias referidas. Partidas de São Vicente às 7:00, 8:00, 14:00 e 15:00; e partidas de Santo Antão às 9:00, 10:00, 16:00 e 17:00. Note que, ao domingo, os horários podem ser ligeiramente distintos (as partidas da tarde no sentido Santo Antão – São Vicente costumam ser às 17:00 e 19:00).

Como se deslocar

Em Cabo Verde, ao invés de autocarros públicos, o viajante deve apanhar um aluguer ou coletivo para chegar ao seu destino. Trata-se de carrinhas de 15 lugares (que levam muitos mais passageiros) que fazem percursos predefinidos e partem quando enchem de passageiros (não têm horários). É a forma mais económica de viajar em Santo Antão, por exemplo.

Caso tenha pressa e não possa esperar, pode sempre apanhar um táxi rumo ao seu destino. Na verdade, os próprios aluguer “transformam-se” em táxis privados, assim o passageiro esteja disposto a pagar por isso.

Onde ficar

Onde ficar em São Vicente

Antes de mais, veja o artigo sobre onde ficar em São Vicente para todas as dicas dos melhores hotéis onde se hospedar na ilha. Em jeito de resumo, para o meu estilo, o já referido hotel Casa Café Mindelo, instalado num casarão colonial no centro do Mindelo, é uma das melhores opções de alojamento. Não é um hotel de luxo, antes uma pousada com carisma e bom ambiente e uma localização imbatível no coração da cidade.

Alternativamente, ficará igualmente muito bem hospedado se escolher o Kira’s Boutique Hotel, no coração da cidade e bastante perto da praia da Laginha. É um hotel fantástico.

Caso por algum motivo queira dormir junto ao aeroporto, o Aquiles Eco Hotel é a escolha acertada. Para outras opções de hotéis e pousadas em São Vicente, pesquise usando o link abaixo.

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Onde ficar em Santo Antão

Veja também o artigo sobre onde ficar em Santo Antão para todas as informações sobre os melhores hotéis e pousadas da ilha. Em resumo, para o meu estilo, a pousada Black Mamba, instalada numa propriedade gerida pela italiana Liana na povoação de Paúl, é um dos melhores hotéis onde ficar em Santo Antão. Ainda em Paúl, recomendo também a pousada Oasis Paul Residencial.

Caso prefira montar a sua base na Ponta do Sol, considere o B&B Coração Ponta do Sol, seguramente uma das melhores hospedagens da ilha de Santo Antão.

No Tarrafal de Monte Trigo, considere a guesthouse Kaza Ladera ou a Casa Baobab, duas excelentes opções de hospedagem que pode reservar online. Há mais pousadas, como a excelente Mar Tranquilidade ou a humilde Pensão & Bar Amizade Delgado, mas terá de reservar por email ou telefone.

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Seguro de viagem

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Filipe Morato Gomes
Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.