Não tinha planeado visitar o Palácio Imperial. De todo. Era o meu primeiro dia na capital japonesa. Manhã cedo, visitei o Mercado Tsukiji, percorri o luxuoso bairro de Ginza em direção ao Parque Hibiya, e atravessei o canal para o complexo do Palácio Imperial com o objetivo de passear pelos jardins do palácio.
A minha ideia era atravessar os jardins e depois procurar um bom ramen na Tokyo Station mas, por uma incrível coincidência, no momento em que passei junto à entrada do complexo estava prestes a começar uma visita guiada gratuita ao Palácio Imperial. Sem certezas daquilo em que me estava a meter, pensei e porque não? e juntei-me às pessoas que aguardavam ordens para rumar ao palácio.
Visita guiada ao Palácio Imperial (a minha experiência)
Ao fim de alguns minutos, mandaram entrar os visitantes. Eram talvez duas centenas de pessoas, em fila, rumando até uma sala dentro do complexo. Aí, cada um tinha de preencher um papel com o seu nome, e sentar-se à espera. Ou visitar a loja, indicou-me um funcionário.
Quando finalmente recebi ordem para sair da sala, estava já receoso de que conhecer o Palácio Imperial numa visita guiada tinha sido uma decisão precipitada. E isso viria a confirmar-se.
Seguindo um homem fardado e acompanhado por duas centenas de pessoas, comecei a percorrer a rua do complexo imperial. Passei defronte de uma bela construção de três andares, chamada Fujimi-yagura, tida como um dos mais antigos edifícios que restam do período Edo.
Logo a seguir, surgiu um grande edifício moderno sem qualquer interesse visual, antes de chegar com o grupo à Praça Kyoden Totei. A espaços, o mestre de cerimónias ia dando explicações, mas apenas em japonês. A certa altura, já defronte dos aposentos imperiais, disse algo bastante engraçado, a avaliar pela reação dos japoneses. Começaram todos a acenar em direção ao Palácio Imperial, como se o Imperador e a Imperatriz estivessem ali, a acenar à multidão, tal como fazem em dois dias muito especiais do calendário – no dia de Ano Novo e no dia de aniversário do Imperador.
Por esta altura, já estava com a certeza de ter empregado mal o meu tempo nesta decisão impulsiva de visitar o Palácio Imperial. Acontece. Antes de regressar ao ponto de partida, o mestre de cerimónias levou o grupo a espreitar a Ponte Nijubashi; mas eu já só queria que a visita terminasse; até porque ainda tinha tanto para fazer em Tóquio!
Em suma, não gostei da experiência. O dia estava cinzento, não percebi nada do que foi explicado (em japonês) e, acima de tudo, tenho pouca paciência para viajar com duas centenas de pessoas ao meu lado, sem liberdade de movimentos, qual rebanho nas mãos do seu pastor. É uma questão de feitio.
A boa notícia é que os jardins adjacentes – chamados East Gardens -, cuja entrada se faz por outra parte do complexo, são de facto muito atrativos. Incluí-os numa lista de coisas imperdíveis para fazer em Tóquio, mas não o palácio propriamente dito.
É apenas uma opinião, claro; que o melhor é mesmo cada um ajustar o seu roteiro em Tóquio em função dos seus interesses e estilo de viagem.
Guia para visitar o Palácio Imperial de Tóquio
Como organizar a visita
Assumindo que viaja de forma independente (os grupos têm tratamento especial), terá de se apresentar junto a um dos acessos do complexo (entrada kykyo-mon), onde lhe será entregue um papel com um número de visitante.
Regra geral, há duas visitas guiadas por dia, com início às 10:00 e às 13:30. Durante a época alta do turismo, apareça pelo menos meia hora antes.
Mais informações no site oficial do Palácio Imperial de Tóquio
Hospedagem em Tóquio
Eu julgo que o triângulo Shibuya / Harajuku / Omotesando é uma excelente base para se hospedar em Tóquio; embora a zona de Marunouchi, onde se localiza o Palácio Imperial, seja muito vantajosa em termos de transportes.
Em todo o caso, para perceber melhor a cidade, recomendo a leitura do post sobre onde ficar em Tóquio. Se procura luxo, o Park Hyatt Tokyo (onde foi filmado o filme Lost in Translation) é uma escolha quase imbatível; fica em Shibuya. Para outras alternativas, pesquise diretamente no botão abaixo.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
Muito interessante esta viagem, realmente um lugar para ser colocado na nossa lista de lugares a visitar.