Alma de Viajante

Blog de Viagens de Filipe Morato Gomes

  • Destinos A-Z
  • Portugal
  • Brasil
  • Europa
  • América
  • África
  • Ásia
  • Oceânia
Blog de viagens

Grandes cidades que me conquistaram ao longo dos tempos [série 20 anos]

Por Filipe Morato Gomes | Inspiração
Atualizado em 24.02.2021 | Tempo de leitura: 8 minutos

Melhores cidades do mundo: Jeddah
Al-Balad, Jeddah

Regra geral, sinto-me melhor em lugares pequenos – sejam eles aldeias de montanha, oásis num deserto, pequenas ilhas ou comunidades de pescadores – do que em grandes cidades.

E, uma vez em ambiente urbano, prefiro quase sempre as cidades de pequena ou média dimensão – e há várias que me apaixonaram ao longo dos tempos. Lugares como Antígua (Guatemala), Granada (Nicarágua), Santa Cruz de Mompox (Colômbia), Bérgamo (Itália), Mardin (Turquia), Ghardaia (Argélia), Ghadames (Líbia), Luang Prabang (Laos), Pingyao (China), Hoi An (Vietname), São Filipe (ilha do Fogo, Cabo Verde) ou Ubud (Bali, Indonésia), por exemplo. E tantas outras espalhadas pelo mundo.

Raramente senti o fascínio das maiores cidades do mundo, capitais gigantescas ou metrópoles com milhões de habitantes, como Nova Iorque ou Hong Kong. Mas a verdade é que, ao longo dos anos, houve um punhado de grandes cidades que me conquistaram. Pela sua alma, por um je ne sais quoi difícil de traduzir em palavras, por algo invisível que se sente ao visitá-las.

Aproveito, pois, o momento em que o Alma de Viajante faz vinte anos para partilhar algumas das minhas grandes cidades preferidas, espalhadas um pouco por todo o mundo (fora de Portugal).

Conteúdos do Artigo
  • 1 As minhas grandes cidades favoritas
    • 1.1 Esfahan (Irão)
    • 1.2 Estocolmo (Suécia)
    • 1.3 Istambul (Turquia)
    • 1.4 Jeddah (Arábia Saudita)
    • 1.5 Kyoto (Japão)
    • 1.6 Nápoles (Itália)
    • 1.7 Rio de Janeiro (Brasil)
    • 1.8 Tbilisi (Geórgia)

As minhas grandes cidades favoritas

Esfahan (Irão)

Mesquita Imam, Esfahan
Mesquita Imam, em Esfahan

Em tempos escrevi que os iranianos são o povo mais hospitaleiro do mundo. E essa hospitalidade desinteressada e genuína acontece por todo o país. Ora, por algum motivo, em Esfahan essa arte de bem receber ultrapassa todos os limites.

O povo é mais feliz. A cidade é mais verde. A praça principal é “metade do mundo”. As casas de chá são um mundo alternativo. O rio dá-lhe uma áurea especial (ultimamente tem estado muitas vezes seco, mas isso é outra história!). Come-se bem. Será isso?

A verdade é que Esfahan é uma cidade muito especial. Pelo menos para mim. Ao ponto de ter escrito uma declaração de amor a Esfahan.

Estocolmo (Suécia)

Visitar Estocolmo, Monteliusvägen
Vista a partir de Monteliusvägen, um trilho muito cénico em Estocolmo, capital da Suécia

Julgo que Estocolmo não estará muito longe de ser a melhor capital da Europa para se viver. Foi essa a sensação com que fiquei ao visitar Estocolmo, ao ponto de ter escrito um texto com o título Estocolmo: espelho meu, existe cidade na Europa mais bela do que eu?. Aí, escrevi:

A água e o verde dão-lhe um ambiente de paz total, o centro histórico tem charme arquitetónico e a parte moderna não agride. Há imensas praças e ruas pedonais, mercados de rua com produtos frescos, esplanadas, bancos de jardim e relvados para lagartar. E é tudo relativamente perto.

Há centenas de pessoas a caminhar, a correr, a passear nos inúmeros espaços verdes com a água sempre presente. (…) Há milhares de pessoas a andar de bicicleta com os seus fatos de desporto ou de negócios. Li uma vez uma frase que se aplica a Estocolmo como uma luva: “país desenvolvido não é aquele onde pobre anda de carro, mas sim aquele onde rico anda de transporte público”. As diferenças sociais são pouco vincadas.

É daquelas cidades onde, caso conseguisse superar o trauma dos invernos deprimentes, não me importaria de viver.

Istambul (Turquia)

Torre Galata Istambul
Vista da cidade ao entardecer, a partir do topo da Torre Galata

Istambul é uma cidade vibrante como poucas. Encravada entre a Ásia e a Europa, a mais visitada das cidades turcas é uma metrópole de contrastes, de recantos mil, de pequenos segredos que só os habitantes conhecem ou o acaso permite descobrir. É a cidade da Rua Istiklal, de Orhan Pamuk, da Torre Galata e do estreito do Bósforo, do Museu Haghia Sophia e da Mesquita Azul e, claro, do Grande Bazar de Istambul, para mim um dos melhores mercados do mundo.

Mas é também a cidade da vida de bairro, da pesca na ponte, dos cafés criativos e lokantas tradicionais. Das pequenas descobertas. Já fui várias vezes a Istambul e, depois de conhecer as principais atrações de Sultanahmet, de visitar o Palácio Topkapi e de subir à Torre Galata, por exemplo, foi quase sempre o acaso e as recomendações de quem conhece bem a cidade que me levaram a descobrir alguns pequenos segredos de Istambul que me fizeram apaixonar ainda mais pela cidade.

É, por assim dizer, uma cidade com muitas camadas – que só o tempo e o vagar permitem desvendar.

Jeddah (Arábia Saudita)

Visitar Jeddah: Al-Balad
Al-Balad, o centro histórico de Jeddah

Uma das últimas viagens que fiz antes da pandemia foi à Arábia Saudita, logo depois de o país ter permitido a emissão de vistos de turismo para não muçulmanos. E, de entre todos os locais que visitei, Jeddah ganhou um lugar especial no meu coração.

Desde logo, porque em Jeddah se respira um ar mais liberal do que em qualquer outra cidade saudita. As pessoas são diferentes. Muito diferentes. Não faltam atividades ligadas às artes e cultura. E isso é como uma brisa refrescante num país que, apesar das grandes mudanças recentes, é ainda extremamente conservador.

E depois há Al-Balad, o centro histórico da cidade que a UNESCO classifica como Património Mundial, e que é um dos centros históricos mais espetaculares que já conheci. Imperdível!

Veja o que fazer em Jeddah.

Kyoto (Japão)

Geisha Kyoto
Uma aprendiz de geisha em Kyoto

No decurso do meu roteiro no Japão, houve duas cidades pelas quais me apaixonei perdidamente: a “apetitosa” Kanazawa (onde se come maravilhosamente bem!); e a tradicional e histórica cidade de Kyoto.

Ora, com templos como Kinkaku-ji ou Fushimi Inari, mercados como Nishiki, jardins zen como em Ryoan-ji, ruas curiosas como Pontocho, boa comida e bairros tradicionais como Gion, entre centenas de outros locais interessantíssimos, a verdade é que é difícil não se apaixonar por Kyoto.

Dá vontade de ali viver!

Veja o que fazer em Kyoto.

Nápoles (Itália)

Nápoles é outro amor recente. Nunca tinha visitado a capital da Campânia, e só em 2019 se proporcionou conhecer Nápoles e a Costa Amalfitana. Eis as primeiras palavras que dediquei a Nápoles num post de Instagram.

Estou apaixonado por Nápoles. Uma cidade com alma, de gente apaixonada que vive com sangue na guelra. Aqui não há falsidades, Nápoles é o que é e está tudo à vista – as palavras simpáticas, o olhar acolhedor, os graffiti na pedra, as beatas no chão, o lixo nos cantos, os mercados caóticos, a alegria das pessoas, os palácios decrépitos, as catedrais imponentes, as pizzas saborosas, as portas abertas. Numa época em que o “bonitinho” para o Instagram está na moda, Nápoles é uma chapada de luva preta: está tudo aqui, sem maquilhagem, é como é e quem não gostar tem bom remédio. Eu fico.

Mas Nápoles não é de fácil definição. É daqueles lugares onde o mais incrível é intangível; sente-se sem se ver. É uma cidade com alma. De uma beleza tão monumental quanto decadente, entrecortada por enormes sorrisos e portas abertas. Por vezes suja, com paredes de pedra grafitadas sem embelezar, dividindo a atenção com as estátuas, os palácios e os monumentos em cada esquina. Adoro!

Veja o que fazer em Nápoles.

Rio de Janeiro (Brasil)

Praia de Ipanema, Rio de Janeiro, Brasil
Praia de Ipanema, Rio de Janeiro, Brasil

Circundada por uma orografia que lhe confere uma formosura apenas comparável com a Cidade do Cabo, na África do Sul, o Rio de Janeiro continua a ser, agora e sempre, a “cidade maravilhosa”.

Na verdade, conheço poucas grandes cidades tão magnéticas como o Rio de Janeiro. É famosa por albergar o maior Carnaval de rua do mundo; por praias como Ipanema ou Copacabana; por ser o berço do grande arquiteto Oscar Niemeyer; por ícones turísticos como o Corcovado e o Pão de Açúcar; pelos bairros boémios da Lapa e de Santa Teresa para onde o homónimo bondinho transporta artistas e admiradores do hippie-chic.

Mas também por ter no seu perímetro urbano favelas como a da Rocinha e do Alemão; e bairros como a Cidade de Deus, popularizada pelo cinesta Fernando Meireles.

Mais do que isso, é uma cidade habitada por um povo afável, alegre, de bem com a vida. Sim, até os cariocas têm algo de especial. Tudo somado, o Rio de Janeiro é, para mim, sem qualquer dúvida, uma das melhores cidades do mundo.

Tbilisi (Geórgia)

Centro de Tbilisi
Vista para o centro de Tbilisi

Tbilisi foi amor à primeira vista. Uma paixão inesperada, confesso. Ao ponto de ter escrito o seguinte:

Tbilisi é uma das cidades mais surpreendentes que tive oportunidade de visitar nos últimos tempos. Bonita, vibrante, misturando com mestria a modernidade com os bairros tradicionais; museus de qualidade e oferta cultural; e tudo cimentado com um ambiente jovem e descontraído, farta vida boémia, que faz da capital da Geórgia um destino, digamos, refrescante.

A verdade é que me apaixonei pela cidade. Imagino-me, aliás, sem grande dificuldade, a viver em Tbilisi – e não é de todo frequente ter essa sensação.

É, sem qualquer favor, uma das capitais europeias de que mais gosto!

Veja o que fazer em Tbilisi.

Outros textos da série 20 anos do Alma de Viajante

Alma de Viajante comemora 20 anos de existência
Os melhores mercados que conheci em viagem [série 20 anos]
As melhores praias do (meu) mundo [série 20 anos]
Experiências de viagem mais marcantes [série 20 anos]
Museus de Guerra e outros museus de heranças difíceis [série 20 anos]

Saiba mais sobre: Inspiração

Planeie a sua próxima viagem

A melhor forma de ajudar o Alma de Viajante a manter-se sem anúncios e continuar a inspirar e a dar dicas de viagens gratuitamente é usando os links disponibilizados neste artigo para fazer as suas reservas. Nomeadamente:

Reserve os melhores hotéis no Booking.com (é onde eu faço a maioria das minhas reservas).

Se precisa de viatura própria, alugue um carro na Discovercars. Passei a recomendá-la desde que descobri que têm preços bem mais baixos do que a Rental Cars.

E não se esqueça de fazer um seguro de viagem na IATI Seguros (tem 5% de desconto usando este link). Eu nunca viajo sem seguro.

Livro grátis

Junte-se a +25.000 viajantes e receba por email uma newsletter (em português) com muita inspiração e dicas para viajar mais e melhor. E ainda lhe ofereço o livro Alma de Viajante, há muito esgotado nas livrarias, com as crónicas da minha primeira volta ao mundo.

Sucesso! Por favor verifique o seu email para confirmar a subscrição.

There was an error submitting your subscription. Please try again.

Powered by ConvertKit

« As melhores praias do (meu) mundo [série 20 anos]
Os melhores mercados que conheci em viagem [série 20 anos] »

Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

SEGUIR NO INSTAGRAM

Assine a newsletter e receba o livro da minha primeira volta ao mundo gratuitamente (está esgotado nas livrarias).

Destinos em destaque

  • Japão
  • México
  • República Dominicana
  • Zanzibar
  • Puglia
  • Sardenha
  • Malta
  • Maiorca
  • Menorca
  • Lanzarote
  • Tenerife

Planear a sua viagem

Reserve aqui os hotéis para a sua próxima viagem

Faça um seguro de viagem com proteção Covid-19 (5% de desconto usando este link).

Alugue um carro para a sua próxima viagem.

Sobre

Alma de Viajante é um blog de viagens sob o mote “Viajar. Partilhar. Inspirar.”, onde partilho de forma pessoal e intimista as minhas viagens pelo mundo. O objetivo é “descomplicar” e inspirar mais gente a viajar como forma de enriquecimento pessoal. Há também guias, roteiros e dicas para o ajudar a viajar. Note que sou um blogger de viagens, não um operador turístico. Saiba mais sobre o Alma de Viajante.

Política editorial

Alma de Viajante é um blog completamente independente. Nenhum eventual parceiro tem qualquer influência no conteúdo editorial publicado e só recomendo aquilo que uso nas minhas viagens. Conheça a minha política editorial e comercial. Este blog contém links de afiliados.

Contactos · Na imprensa · Prémios

Explore o blog

  • Comece aqui
  • Artigos de viagens
  • Planear viagens
  • Trekking
  • Notícias
  • Blogging

Grandes viagens

  • Volta ao Mundo
  • Diário da Pikitim
  • Do Cairo a Teerão

Os meus convidados

  • Portugueses pelo Mundo
  • Viagens na Minha Terra

Redes sociais

Mais de 250.000 pessoas viajam com Alma de Viajante nas principais redes sociais. Junte-se a esta comunidade de amantes de viagens, assine a newsletter e inspire-se com as minhas aventuras em destinos de todo o mundo.

Blog de viagens fundador da ABVP

ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses

Copyright © 2023 Alma de Viajante · Um blog de viagens com roteiros, dicas e muita inspiração para viajar mais e melhor · Jornalismo de viagens