Do Museu Arqueológico à Capela de San Severo, passando por uma visita ao Castelo Sant’Elmo ou ao Mercado Pignasecca, não falta o que fazer em Nápoles. E isto sem falar na incrível gastronomia napolitana!
Acontece, no entanto, que o mais incrível em Nápoles é intangível; sente-se sem se ver. É uma cidade com alma. De uma beleza tão monumental quanto decadente, entrecortada por enormes sorrisos e portas abertas. Por vezes suja, com paredes de pedra grafitadas sem embelezar, dividindo a atenção com as estátuas, os palácios e os monumentos em cada esquina.
Nápoles não é de fácil definição. Não sei aliás quantas tentativas já fiz para a descrever, mas nenhuma faz jus à capital da Campânia. Eis, por exemplo, as primeiras palavras que escrevi sobre Nápoles, publicadas no Instagram do Alma de Viajante.
Estou apaixonado por Nápoles. Uma cidade com alma, de gente apaixonada que vive com sangue na guelra. Aqui não há falsidades, Nápoles é o que é e está tudo à vista – as palavras simpáticas, o olhar acolhedor, os graffiti na pedra, as beatas no chão, o lixo nos cantos, os mercados caóticos, a alegria das pessoas, os palácios decrépitos, as catedrais imponentes, as pizzas saborosas, as portas abertas. Numa época em que o “bonitinho” para o Instagram está na moda, Nápoles é uma chapada de luva preta: está tudo aqui, sem maquilhagem, é como é e quem não gostar tem bom remédio. Eu fico.
É isso. Nápoles não tem maquilhagem; é o que é. Autêntica.
Por curiosidade, nesse mesmo dia pedi a Paul Struijk, um fotógrafo holandês que todos os anos vai a Nápoles dar um workshop de fotografia e que encontrei no terraço da Rosy’s, uma palavra para definir a cidade e a resposta foi imediata: “paixão”. Sim, os napolitanos são gente apaixonada, com sangue na guelra, impulsivos e autênticos, pouco preocupados com as aparências. E isso reflete-se no estado da cidade, tão apalaçada quanto bela e decadente, mal preservada, cheia de graffiti a roçar o vandalismo.
Ame-se ou deteste-se, vale a pena experimentar. Eis o que fazer ou visitar em Nápoles, fruto da minha recente experiência na capital da Campânia.
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O que fazer em Nápoles
- 1.1 Visitar o Mosteiro de Santa Clara
- 1.2 Catacumbas de San Gennaro
- 1.3 Capela de San Severo
- 1.4 Mercado Pignasecca
- 1.5 Castelo Sant’Elmo
- 1.6 Perder-se no Bairro Espanhol…
- 1.7 … e no centro histórico de Nápoles
- 1.8 Galleria Umberto I
- 1.9 Igreja do Jesus Novo
- 1.10 Galleria Borbonica (Túnel Bourbon)
- 1.11 Estação de metro Toledo
- 1.12 Praça do Plebiscito
- 1.13 Catedral de Nápoles (Duomo)
- 1.14 Comer ragu no Restaurante Tandem Ragù
- 1.15 Uma refeição na Trattoria da Nennella
- 1.16 Comer pizza, muita pizza
- 1.17 Visitar Herculano
- 1.18 Visitar Pompeia
- 1.19 Museu Arqueológico de Nápoles
- 1.20 MADRE – Museu de Arte Contemporânea Donnaregina
- 1.21 Palácio San Felice
- 2 Mapa com o que fazer em Nápoles
- 3 Dicas para visitar Nápoles
O que fazer em Nápoles
Visitar o Mosteiro de Santa Clara
Santa Clara é um complexo religioso atualmente “formado por uma basílica, um mosteiro duplo, uma cripta e um museu arqueológico”. Fica no coração do centro histórico e é uma das principais atrações de Nápoles. Pelo menos para os apreciadores de frescos e azulejos.
Eu gostei especialmente dos claustros e do jardim interior (e dos seus azulejos em majólica italiana). São 72 colunas octogonais cobertas com azulejos pintados à mão; e bancos decorados com painéis de azulejos, em tons de azul e amarelo, que ligam cada um dos pilares. O efeito visual é fascinante. Uma paragem a incluir na lista com o que fazer em Nápoles.
Site oficial: www.monasterodisantachiara.it
Catacumbas de San Gennaro
Visitar as Catacumbas de San Gennaro foi seguramente uma das experiências mais marcantes que vivenciei em Nápoles. Trata-se de um cemitério subterrâneo, esculpido na rocha porosa da encosta de Capodimonte, na zona norte de Nápoles. É formado por diversas câmaras interligadas distribuídas por dois níveis distintos, construídos ao longo dos tempos debaixo do solo. De certa forma, fizeram-me lembrar o Hipogeu de Malta.
As catacumbas ficam atualmente no subsolo do bairro Rione Sanità. Foram recuperadas por iniciativa da comunidade local, que começou os trabalhos de recuperação, preservação e abertura ao turismo como forma de valorizar o bairro, criar emprego e financiar essa mesma preservação.
Independentemente de acreditar ou não no milagre associado ao sangue de San Gennaro (veja a Catedral de Nápoles, abaixo), as catacumbas são uma das coisas que tem mesmo de visitar em Nápoles. Até porque, para lá da arquitetura ímpar, são também abrigo para uma significativa coleção de frescos e mosaicos dos séculos IX e X. A não perder, portanto!
Para uma experiência mais rica e poupar tempo nas filas, pode comprar o ingresso antecipadamente.
Capela de San Severo
As estátuas da capela de San Severo são verdadeiramente do outro mundo. Especialmente a impressionante estátua de mármore do Cristo Velado, que domina todos os olhares dos visitantes.
Trata-se de uma obra da autoria de Giuseppe Sanmartino que retrata Jesus Cristo deitado sobre uma espécie de colchão e envolto num véu tão bem esculpido que aparenta ser transparente (apesar de toda a estátua ser de mármore), através do qual se observa nitidamente os detalhes do corpo. O efeito é impressionante.
Sem exagero, é muito provável que seja uma das estátuas de mármore mais extraordinárias que já vi na vida.
Não é permitido fotografar no interior.
Mercado Pignasecca
Todas as manhãs, a região próxima da estação Montesanto, a norte do Bairro Espanhol, ganha uma vivacidade que eu adoro. É onde acontece o chamado Mercado Pignasecca.
É um mercado pequeno, frequentado por napolitanos, por onde vale a pena vaguear sem rumo, provando uma ou outra iguaria e apreciando o bulício próprio de um mercado tradicional. Eu adoro este tipo de ambientes; e recomendo uma passagem o menos fugaz possível pelo Mercado Pignasecca. Ou outro mercado de rua que prefiram!
Não sabe o que fazer em Nápoles? Aqui está uma bela sugestão, mas vá cedo.
Castelo Sant’Elmo
Fui visitar o Castelo Sant’Elmo sem grandes expectativas – e, confesso, não me encheu as medidas. É uma fortificação medieval imponente, é certo; mas por qualquer motivo não fiquei impressionado. Nem com o castelo nem com o museu instalado no seu interior.
Vale, ainda assim, a visita (por isso consta desta lista de sugestões sobre o que visitar em Nápoles), até porque está implantado numa zona de Nápoles completamente distinta do centro e que vale a pena explorar – a colina de Vomero. E as vistas lá do topo, incluindo sobre Chiaia e a marina, são dignas de uma fortaleza defensiva de respeito.
Dica: suba para o castelo de funicular (apanhar na estação Montesanto, perto do Mercado Pignasecca); mas, no regresso, desça a pé pela escadaria que desemboca no centro da cidade. É um belo passeio pelas entranhas de Nápoles.
Perder-se no Bairro Espanhol…
Local incontornável de qualquer visita a Nápoles, o Bairro Espanhol tem uma alma e um carisma muito peculiares. As ruas são estreitas e movimentadas; as pessoas têm as portas e janelas abertas, e usam a rua como uma extensão das suas próprias habitações. São afáveis e hospitaleiras, e orgulhosamente napolitanas.
E depois há um conjunto de pequenos restaurantes tradicionais, entre os quais o indescritível Trattoria da Nennella (ver abaixo). Tudo somado, mesmo sem atrações ditas turísticas como palácios ou castelos, visitar o quartieri spagnoli é mesmo obrigatório!
… e no centro histórico de Nápoles
Ame-se ou deteste-se, o centro histórico é o coração de Nápoles e integra a lista de Património UNESCO em Itália. Feio e sujo ou autêntico e fascinante, a impressão depende muito do olhar com que se fita Nápoles.
Para mim, e apesar do lixo nas ruas, dos graffiti a despropósito, dos edifícios mal cuidados, sinto que é ali que mora a alma napolitana, gente raçuda e simpática, orgulhosa e hospitaleira, sem salamaleques ou meias-palavras. O mesmo que senti vagueando pelo Bairro Espanhol. E se há coisa que eu aprecio é essa frontalidade genuína.
Galleria Umberto I
A Galleria Umberto I foi desenhada por Emanuele Rocco em finais do século XIX, como parte do risanamento da cidade na sequência da unificação italiana (concluída em 1871). De certa forma, faz lembrar a Galleria Vittorio Emanuele II, de Milão.
Fica em plena Via Toledo, paredes-meias com a Ópera São Carlos e a Praça do Plebiscito, e foi a sua cúpula envidraçada que me chamou a atenção. Isso e os mosaicos do chão!
Apesar de ser ali a casa de Mary, a “rainha da sfogliatella” de Nápoles, a Umberto I pareceu-me ser, hoje em dia, mais um ponto de atração turística do que uma galeria comercial usada pelos napolitanos.
Mas verdade seja dita, visitá-la, ainda que por breves minutos, é uma das coisas que deve fazer em Nápoles. Seja pela sua história ou fotogenia. Ou até pela sfogliatella de Mary.
Igreja do Jesus Novo
A rua conhecida como Spaccanapoli (ou “quebra Nápoles”), em pleno centro histórico de Nápoles, é uma extensa artéria retilínea que divide literalmente o núcleo urbano da cidade em duas partes. É lá que fica a Igreja do Jesus Novo.
Tida como a mais importante igreja edificada pelos jesuítas em Nápoles, a igreja tem uma parte exterior enigmática, de certa forma a fazer lembrar a lisboeta Casa dos Bicos. Pelo menos foi o que me ocorreu quando, de pescoço curvado na Piazza del Gesù Nuovo, fitei pela primeira vez a fachada da igreja.
Ao que consta, a fachada da igreja terá sido aproveitada do Palazzo Sanseverino ali existente. E o efeito é curioso. Por fora, uma entrada austera e cinzenta; por dentro, uma igreja profusamente decorada com frescos e talha dourada. Mais um local fascinante para incluir na lista com o que fazer em Nápoles.
Galleria Borbonica (Túnel Bourbon)
A segunda vez que desci ao mundo subterrâneo de Nápoles foi para visitar o chamado Túnel Bourbon – ou Galleria Borbonica. Um labirinto subterrâneo com longos corredores e salões de pedra típicos de um bunker, mas onde se encontram velhos automóveis e vespas italianas, e ainda algumas relíquias da II Guerra Mundial.
“A Galleria Borbonica e os ambientes subterrâneos ao seu redor representam uma descrição dos últimos 500 anos da história de Nápoles. Trabalhamos para dar glória àqueles que viveram no subsolo e realizaram obras magníficas, e devolvemos memórias daqueles que sofreram experiências terríveis mas sobreviveram graças a este mundo subterrâneo.” in história da galeria no site oficial.
A história é longa e complexa, mas nada melhor do que participar numa visita guiada para perceber que, entre outras coisas, aquele espaço já serviu de abrigo à população napolitana em tempos de guerra. Mais uma visita obrigatória no centro de Nápoles!
Para uma experiência mais rica e poupar tempo nas filas, pode comprar o ingresso antecipadamente. O tour guiado recebe rasgados elogios.
Estação de metro Toledo
É apenas uma escadaria, é certo, mas o efeito visual é tão espetacular que, para mim, vale a pena visitar a estação de metro Toledo para a apreciar.
A renovação da estação esteve integrada no projeto The Art Stations, que visou dar maior luminosidade e beleza a algumas das estações de metro de Nápoles. A obra de Toledo, em concreto, foi idealizada pelo arquiteto espanhol Oscar Tusquets Blanca tendo “a água e a luz” como tema de fundo. É um enorme contraste com o tradicional Bairro Espanhol que habita à superfície.
Praça do Plebiscito
Epicentro da cidade, a Praça do Plebiscito é um dos espaços urbanos mais importantes de Nápoles. Especado no centro da praça, o visitante está perante quatro monumentos significativos da história napolitana: a Basílica de San Francesco di Paola, o Palácio Real, o Palácio Salerno e o edifício que alberga a Câmara Municipal de Nápoles.
Durante os três dias do meu roteiro em Nápoles, acabei por passar em Plebiscito várias vezes, fruto da sua localização entre a Via Toledo e a marginal napolitana.
Catedral de Nápoles (Duomo)
Só à terceira consegui visitar a Catedral de Nápoles. Tinha-a visto duas vezes fechada, mas ainda bem que insisti. Trata-se de um dos edifícios de culto religioso mais importantes da cidade, e cuja visita recomendo. É verdadeiramente impressionante. Mesmo que não acredite no “milagre de San Gennaro”.
Dica: preste atenção não só à nave central do Duomo, mas também às capelas laterais, mais pequenas. É aí que encontra os espaços mais bonitos.
O ritual da liquefação do sangue
No dias 19 de setembro (data da morte de San Gennaro), 16 de dezembro e primeiro sábado de maio, milhares de pessoas afluem à Catedral de Nápoles e à Piazza del Duomo na esperança de verem o sangue do santo se liquefazer. É o chamado “milagre de San Gennaro”.
É uma cerimónia solene, na qual as ampolas com o “sangue” do santo são retiradas pelo cardeal e levadas em procissão para o exterior. Caso o sangue se liquefaça – o que normalmente acontece -, os napolitanos acreditam ser um sinal de que San Gennaro abençoou a cidade. Caso contrário, é sinal de mau presságio.
Site oficial: www.chiesadinapoli.it
Comer ragu no Restaurante Tandem Ragù
Comer ragu é outra das coisas fundamentais a fazer em Nápoles. Seja no Tandem Ragù ou noutro restaurante tradicional. E o que é o ragu, afinal? Na prática, é um molho à base de carne cozida e tomate, tradicionalmente utilizado na gastronomia italiana como acompanhamento de massas. Ao contrário da bolonhesa, a carne não é servida picada, mas sim em pedaços pequenos. Aprovadíssimo!
Uma refeição na Trattoria da Nennella
Mamma Mia! Não há como evitar a recomendação. Almoçar ou jantar na Trattoria da Nennella é mais do que uma refeição; é uma experiência. É não só bom e barato, como também divertido. Na verdade, não dá para explicar; tem mesmo de ir lá comer! Mas vou tentar.
O restaurante Trattoria da Nennella fica no carismático Bairro Espanhol, perto da movimentada Via Toledo. Não aceita reservas e tem uns muito convenientes menus de preço fixo, de 15€ e 12€ (com e sem entrada), que incluem primeiro e segundo prato, acompanhamento, uma garrafa de água com gás e ainda fruta para sobremesa.
Não espere tranquilidade ou luxo. O restaurante é muito movimentado (por vezes com grandes filas de espera) e os empregados fazem literalmente a festa. Cantam, dançam e são incrivelmente teatrais – e o mais curioso é que se divertem realmente (não me pareceu farsa só para turista ver). Somado à inquestionável qualidade da cozinha, a Trattoria da Nennella é uma instituição dentro do quartiere spagnoli.
É sem dúvida um dos restaurantes onde comer em Nápoles (pode incluir à confiança na sua lista com o que fazer em Nápoles).
Comer pizza, muita pizza
Qualquer pizzaria mediana em Nápoles serve pizzas melhores do que as que estou habituado a comer. É uma perdição! E o mesmo se aplica às massas. Mas a pizza napolitana é de facto única.
A mais famosa pizzaria de Nápoles é, muito provavelmente, a L’Antica Pizzeria da Michele. Eu não fiz nenhuma refeição lá porque das duas vezes que passei à porta as filas eram gigantescas. Acredito que as pizzas da Michele sejam especiais, mas fica no entanto a indicação de que comi excelentes pizzas noutros locais menos conhecidos.
Visitar Herculano
Herculano é um complexo arqueológico localizado a escassos 10 quilómetros do centro de Nápoles. Trata-se de uma antiga cidade romana que, à semelhança de Pompeia, foi soterrada pelas cinzas da erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C.
Porventura, por estar mais perto do Vesúvio do que Pompeia, as cinzas atingiram Herculano com mais intensidade, pelo que a cidade ficou completamente sepultada. O resultado é que as estruturas – casas, termas e tabernas, entre outras – se preservaram muito melhor do que em Pompeia, facto que por si só já justifica visitar Herculano.
As escavações na cidade de Herculano começaram no ano de 1738 e permitiram encontrar não só uma enorme quantidade de objetos do quotidiano da época, como também de esqueletos dos que pereceram com a erupção.
Dicas: a melhor forma de chegar a Herculano é de comboio. Não tente visitar Herculano e Pompeia no mesmo dia – é demasiado cansativo.
Site oficial: ercolano.beniculturali.it
Visitar Pompeia
Um dos locais mais visitados de toda a Itália, Pompeia é outra cidade do Império Romano soterrada pelas cinzas na sequência de uma erupção do Vesúvio do ano 79 d.C. Está classificada como Património Mundial pela UNESCO.
Tal como em Herculano, também em Pompeia as cinzas e a lama protegeram os edifícios e os objetos (e também os corpos das vítimas) dos efeitos do tempo, que as escavações arqueológicas vão aos poucos revelando. Visitar Pompeia é, pois, como recuar no tempo e viver por um dia numa grande cidade da Roma Antiga. Imperdível.
Para poupar tempo nas filas, pode comprar o ingresso antecipadamente (com entrada prioritária). Ou, alternativamente, integrar uma excursão que combina Pompeia e o Vesúvio.
E ainda… (outros locais a visitar em Nápoles)
Nápoles é um mundo e, como tal, acabei por não visitar tudo o que gostaria. Se ficar mais do que três dias na cidade ou tiver um interesse especial por museus, recomendo que os inclua na lista sobre o que fazer em Nápoles.
Museu Arqueológico de Nápoles
Provavelmente o melhor museu de Nápoles. Do Museu Arqueológico só escutei elogios praticamente unânimes em relação à qualidade e interesse do espólio em exibição. É tido como uma visita fundamental para quem quer, por exemplo, compreender melhor o quotidiano de Pompeia.
É lá que se exibem os achados retirados de Pompeia, Herculano e outras povoações destruídas pela erupção do Vesúvio – como Boscoreale, Oplontis e Stabia. Dos frescos aos mosaicos, passando por utensílios domésticos como panelas, jarras e objetos decorativos retirados das casas.
Infelizmente, tendo estado apenas três dias na cidade, acabei por não conseguir ver tudo o que gostaria. Deixo, no entanto a recomendação de contemplar uma ida ao Museu Arqueológico quando planear o que fazer em Nápoles. Pela minha parte, arrependo-me de não ter conseguido encaixar o museu no meu roteiro.
MADRE – Museu de Arte Contemporânea Donnaregina
Tinha também curiosidade em visitar o MADRE – Museu de Arte Contemporânea Donnaregina. Trata-se de um museu que mistura coleções permanentes com exposições temporárias de qualidade variável (ou seja, nunca se sabe bem o que esperar).
Não ficava muito longe do meu alojamento, mas acabei por ir adiando e… não visitei. É outra das minhas recomendações sobre o que fazer em Nápoles, desde que tenha pelo menos uns quatro dias para visitar a cidade.
Palácio San Felice
Ele há coisas incríveis. Caminhava pela Via Sanità sem outro propósito que não o de regressar a casa quando uma entrada me chamou a atenção. Impelido pela curiosidade própria do viajante, entrei.
Havia um porteiro num guichet, qual condomínio privado; e eu tentei perguntar-lhe o que era aquele edifício. Percebi apenas que era um palácio, dei uma vista de ohos, deixei-me fascinar pela decrepitude bela do palacete e prossegui caminho. Quando regressei à guesthouse, Paul, o fotógrafo, disse-me que tinha ido com os seus alunos fotografar no Palácio San Felice – e mostrou-me uma foto. Foi quando se fez luz.
Tinha estado defronte da famosa escadaria do Palácio San Felice fruto, não de guias ou planeamentos, mas da mais pura curiosidade. Wow!
Considere também a possibilidade de visitar Capri e fazer um roteiro pela Costa Amalfitana.
Mapa com o que fazer em Nápoles
Dicas para visitar Nápoles
Como chegar a Nápoles
A partir de Portugal, a TAP tem voos diretos de Lisboa para Nápoles – foi o que eu usei nesta viagem. A Ryanair, uma das companhias low cost com mais rotas em Portugal, voa do Porto para Nápoles; pode ser uma alternativa interessante para quem vive no norte de Portugal.
Para ir do aeroporto até ao centro de Nápoles, a melhor forma é usar os shuttle bus da Alibus, que o deixam na Praça Garibaldi (junto à estação central de comboios) – a partir de onde tem metro e autocarros, se necessário. Os shuttle apanham-se uns 100 metros adiante da saída do terminal do aeroporto; a viagem custa 5€ e os bilhetes podem ser comprados ao motorista (ou em máquinas automáticas à saída do terminal).
Como se deslocar em Nápoles
Pare se locomover em Nápoles, não é preciso alugar um carro. Descobrir a cidade a pé é sem dúvida a melhor forma de o fazer. Mas o caso muda de figura caso queira aproveitar para visitar a Costa Amalfitana, situação em que muita gente prefere o conforto de ter uma viatura própria em vez de andar de transportes públicos.
Nesse caso, recomendo que procure na Discover Cars, usando o link abaixo. É a empresa que atualmente uso nas minhas viagens – e recomendo vivamente. Faça uma simulação usando o link abaixo.
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Excursões a partir de Nápoles
Independentemente do tempo disponível, e mesmo não sendo a minha forma de viajar preferida, saiba que pode valer a pena fazer alguma atividade de grupo ou participar em alguma visita guiada a partir de Nápoles. Assim, entre as atividades e excursões disponíveis na cidade, recomendo:
- De Nápoles ou Sorrento: Excursão Pompeia e Vesúvio
- De Nápoles: Tour de 1 Dia em Sorrento, Positano e Amalfi
- De Nápoles: Excursão de 1 Dia à Costa Amalfitana
Onde dormir em Nápoles
Para informações mais detalhadas sobre as diferentes regiões da cidade, veja o post específico sobre onde ficar em Nápoles, no qual explico as vantagens e desvantagens de cada localização.
Em resumo, optando pelo centro histórico de Nápoles, considere ficar em guesthouses com grande qualidade e carisma como a Megaride House, a Domus San Biagio 14 e a Symposion B&B Apart.
Escolhendo a região mais sofisticada de Chiaia, recomendo o extraordinário Artisti Bed&Dreams ou o o bonito e intimista Isa Guest Rooms.
Finalmente, se preferir o coração da cidade, em torno da Via Toledo / Praça do Plebiscito, escolha a guesthouse ToledoStation B&B (com muita cor e estilo); ou as elegantes That’s Napoli, Rest a Napoli e Montecalvario 41, entre outras.
Para outras opções de alojamento, para todos os gostos e preços, veja por favor no link abaixo.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.