Mercado. Souk. Bazar. Espaços de intenso contacto humano, tantas vezes sujos e caóticos mas onde tanto se aprende sobre a cultura, as tradições e a gastronomia de um povo. Sim, apesar de detestar fazer compras, adoro mercados!
Sejam mercados de rua ou mercados de comida, passando por estruturas históricas em grandes cidades. Foi por isso que decidi tentar escolher os meus favoritos – são os melhores mercados que tive oportunidade de conhecer ao longo das minhas viagens.
Como sempre digo, esta compilação não tem por objetivo ser uma lista dos melhores mercados do mundo; sejam mercados de rua, mercados de peixe ou mercados gastronómicos. Não só porque tal classificação seria sempre subjetiva, mas também porque me faltam conhecer centenas de mercados fantásticos espalhados pelo mundo; além de que é provável que a minha memória também deixe escapar alguns mercados igualmente fantásticos que já visitei.
Seja como for, do souk marroquino ao bazar iraniano, passando pelos mercados de peixe do Japão, eis a minha lista de mercados favoritos.
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Os melhores mercados do mundo (que eu já visitei)
- 1.1 Bazar Khan al-Khalili, Cairo (Egito)
- 1.2 Mercado indígena de Chichicastenango (Guatemala)
- 1.3 Mercado de Minab (Irão)
- 1.4 Mercado de Sapa (Vietname)
- 1.5 Mercado de Indein (Myanmar)
- 1.6 Bazar de Aleppo (Síria)
- 1.7 Mercado Ver-o-Peso, Belém (Brasil)
- 1.8 Mercado Municipal de São Paulo (Brasil)
- 1.9 Mercado Omicho, Kanazawa (Japão)
- 1.10 Mercado Tsukiji, Tóquio (Japão)
- 1.11 Mercado de peixe de Negombo (Sri Lanka)
- 1.12 Mercado de cabras de Nizwa (Omã)
- 1.13 Mercado de Stepanakert (Nagorno-Karabach)
- 1.14 Souks de Marraquexe (Marrocos)
- 1.15 Souks na medina de Fez (Marrocos)
- 1.16 Grande Bazar de Istambul (Turquia)
- 1.17 Grande Bazar de Teerão (Irão)
- 1.18 Bazar de Esfahan (Irão)
- 1.19 Mercado St. Lawrence, Toronto (Canadá)
- 1.20 Market Hall de Roterdão (Holanda)
- 1.21 La Boqueria, Barcelona (Espanha)
- 1.22 Mercado de Chorsu, Tashkent (Uzbequistão)
- 1.23 Zelenyy Bazar, Almaty (Cazaquistão)
Os melhores mercados do mundo (que eu já visitei)
Bazar Khan al-Khalili, Cairo (Egito)
Foi há mais de dez anos que visitei o Bazar Khan al-Khalili, no Cairo. O mercado fica no coração do Cairo islâmico, o bairro que mais me fascinou em toda a capital do Egito, e tem tanto de colorido como de majestoso.
Recordo-me principalmente das lojas de candeeiros coloridos; mas, entre tecidos e especiarias, peças em cobre e instrumentos musicais, joias em ouro e souvenirs, de tudo um pouco é possível comprar no Bazar Khan al-Khalili.
É um dos mercados de África que mais gostei de conhecer.
Mercado indígena de Chichicastenango (Guatemala)
Cor. Se há palavra que define o Mercado de Chichicastenango, é essa mesmo: cor. Trata-se de um dos maiores mercados de rua da América Latina e, caso se chegue cedo (antes dos grupos de turistas), é possível apreciar um autêntico mercado Maia em ebulição.
Além de frutas e legumes, em Chichicastenango encontra-se artesanato Maia, têxteis usados pelas mulheres indígenas da região, esculturas de madeira cerimoniais, e mil e um outros artigos que enchem as bancas do mercado. Mas são as pessoas – sempre as pessoas! – que tornam Chichicastenango tão especial. É quase uma experiência antropológica.
Tudo somado, o Mercado de Chichicastenango é, seguramente, um dos melhores mercados do mundo para quem gosta deste tipo de ambientes. É o meu caso.
Mercado de Minab (Irão)
Minab é um mercado diferente. Estranho, até! Ao contrário do que acontece em quase todo o Irão, não me senti especialmente bem-vindo no mercado de Minab. Como se estivesse ali a mais. E isso é porventura a prova de quão autêntico Minab continua a ser.
Mas, o que tem o mercado de Minad de tão especial para o viajante? As mulheres. Ou melhor, o facto de as mulheres, tal como noutros locais da província de Hormozgan, incluindo na sua capital Bander Abbas, junto ao Golfo Pérsico, usarem máscaras coloridas para cobrir a parte superior do rosto.
É um mundo de cor, tão vibrante quanto difícil de entender aos olhos de um ocidental – mas, nem que fosse só pela oportunidade de observar o quotidiano em dia de mercado, já valeria a viagem a Minab.
Mas vá cedo, muito cedo, ou o sol escaldante do sul do Irão não o deixará desfrutar da visita.
Mercado de Sapa (Vietname)
Um dos primeiros mercados indígenas que tive oportunidade de conhecer, o mercado de rua de Sapa ficou-me para sempre gravado na memória. É frequentado por muitas mulheres dos grupos étnicos H’mong e Dao, que habitam as aldeias da região e cujas roupas e adereços tradicionais enchem de cor e alegria.
Mal chegado a Sapa, parecia que um burburinho anormal inundava a cidade. E um colorido especial. Dia de mercado, constatei logo a seguir. Centenas de pessoas trajando roupas estranhas percorriam as ruas da povoação. As comunidades das redondezas, de diferentes minorias étnicas, acorrem a Sapa para comprar víveres e vender os seus produtos, todos os sábados. Cheguei no dia exato. Curioso, num ápice encontrava-me imerso no mercado. Grande azáfama, pessoas por todo o lado, faces e roupas diferentes. Parei num ponto estratégico e deixei-me ficar, observando, encantado, de câmara fotográfica sempre a postos.
Desconheço se, entretanto, com o aumento do turismo, o mercado de Sapa se descaracterizou (visitei-o em 2004); mas, tal como o mercado de Chichicastenango, na Guatemala, é outro dos melhores mercados indígenas que já visitei.
Veja também a velhinha crónica intitulada As Minorias Étnicas de Sapa, Vietname
Mercado de Indein (Myanmar)
Estava hospedado junto ao místico lago Inle, e lembro-me que cheguei de barco a motor ao mercado de Indein. Não era muito experiente em mercados do género, frequentados por minorias étnicas tão diferentes do meu mundo ocidental.
Tal como em Sapa, foi essa diferença que me cativou. Apesar da simplicidade extrema e da falta de condições básicas, ter um vislumbre de culturas e tradições tão distintas, visíveis por exemplo na forma de vestir, mexeram comigo. Tanto que, tantos anos depois, continuo a considerar um dos mercados de rua mais marcantes que já visitei.
Bazar de Aleppo (Síria)
De Aleppo, recordo uma das cidades mais vibrantes que já tive oportunidade de conhecer em todo o Médio Oriente. Tinha um centro histórico belíssimo, um bazar muito movimentado, património histórico e arquitetónico. E gente simpática. Tinha vida e alma e tudo.
Depois veio a guerra, e boa parte da histórica cidade de Aleppo foi destruída.
Vem isto a propósito do relembrar o souk da velha Aleppo como um dos melhores mercados mais fascinantes que conheci em todo o mundo. Fica a referência, em jeito de recordação.
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Mercado Ver-o-Peso, Belém (Brasil)
Seguramente o local mais icónico de Belém, o Mercado Ver-o-Peso fica nas proximidades e é, claro está, visita “obrigatória”. Seja pela secção de frutas e legumes; seja pela zona dedicada ao peixe e camarão; ou até – embora muito menos – pela área onde se encontra o artesanato indígena. Mas, principalmente, pela área dedicada às mezinhas e “poções mágicas” naturais. Sim, no Mercado Ver-o-Peso há um óleo, uma erva, uma casca para tudo!
No meu caso, insistiram para que comprasse “óleo da bota”, muito elogiado pelas vendedoras para potenciar o ato sexual com palavras que – manda o decoro – não poderei transcrever. Lamentavelmente não comprei e não poderei, por isso, confirmar as propriedades milagrosas do óleo junto do leitor mais curioso.
Já visitei por duas vezes o Ver-o-Peso, e recomendo vivamente!
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Mercado Municipal de São Paulo (Brasil)
Projetado pelo arquiteto brasileiro Ramos de Azevedo, responsável por obras emblemáticas como o Teatro Municipal e a Pinacoteca, o Mercado Municipal de São Paulo (também conhecido por Mercadão) é um mercado público localizado no centro histórico da capital paulistana. Foi inaugurado em 1933.
Entre as quase três centenas de stands, destaque para as carnes e os peixes, os queijos e os laticínios, as frutas (ai, as frutas!) e os cafés. Percorrer as bancas do Mercadão, falar com os vendedores e provar algumas das suas iguarias são, para mim, prazeres fundamentais numa visita a São Paulo. Imperdível!
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Mercado Omicho, Kanazawa (Japão)
Carinhosamente apelidado de “Cozinha de Kanazawa”, o Mercado Omicho, encontra-se em funcionamento contínuo há mais de 300 anos e tem um papel central na cultura gastronómica da cidade de Kanazawa.
Enquanto deambulava pelo mercado de peixe, vi caranguejos gigantescos à venda, ainda vivos, alguns dos quais a custarem mais de 100€ a unidade. É uma das grandes especialidades de Kanazawa, ela própria um paraíso para os amantes da boa cozinha. E provei outros petiscos mais em conta, como ostras e sushi fresquíssimo.
É, sem qualquer dúvida, um dos melhores mercados de comida que visitei em todo o mundo.
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Mercado Tsukiji, Tóquio (Japão)
Conheci o Mercado Tsukiji – o maior mercado grossista de peixe do mundo – na sua localização original, algures entre a tranquilidade do rio Sumida e o consumismo do bairro de Ginza. Isto antes de se mudar para a região de Toyosu, na capital japonesa, da qual adotou o seu novo nome: Mercado Toyosu. Mas foi Tsukiji que me ficou na retina.
Posso garantir que Tsukiji era uma tortura para quem gosta de peixe, de sushi, de comida. Fiquei a salivar, só me apetecia provar tudo o que via nas bancas. Não fossem os preços elevados (pelo menos para os padrões portugueses) e sairia da zona exterior do mercado com a barriga cheia de nigiris com peixe incrivelmente fresco, ramen, caldos de atum, ostras, ouriços e iguarias um pouco mais estranhas mas igualmente apetitosas.
Lá dentro, e apesar da pouca paciência dos vendedores para com os turistas, vagarosos, deu para sentir o clima do mercado, ainda que em clima de fim de festa.
Uma imensidão de carrinhos de carga amarelos percorriam incessantemente o exíguo espaço existente entre as bancas. Havia seguramente centenas de peixes diferentes. Ovas. Ouriços. Polvos. Mexilhões e outros moluscos. Tudo e mais alguma coisa. Como se todas as espécies comestíveis existentes no mar estivessem à venda em Tsukiji.
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Mercado de peixe de Negombo (Sri Lanka)
Longe de ser um mercado bonito, limpo ou bem arranjado, o velho mercado de peixe de Negombo conquistou-me pela sua autenticidade. Trata-se de um mercado muito simples, literalmente em cima do areal da praia de Negombo, a poucos quilómetros de Colombo, capital do Sri Lanka.
Por isso mesmo, ao fundo do mercado, junto ao mar, podia ver-se os pequenos barcos de pesca que iam chegando. De imediato, os pescadores esticavam as redes da embarcação e separavam o peixe. Era dali que saíam os cestos para o mercado, mas nem todo o peixe tinha esse fim: muito peixe era preparado para ficar a secar, ali mesmo, no areal.
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Mercado de cabras de Nizwa (Omã)
Visualmente, o mercado de cabras de Nizwa explica-se em poucas palavras. No meio de um descampado de terra batida, existe um círculo semelhante a um coreto, coberto. À sua volta, centenas de homens ficam de pé, deixando um corredor circular – qual passagem de modelos – por onde os vendedores exibem as cabras.
Andam em círculos, exibindo o animal, na esperança que algum comprador se mostre interessado. Pareceu-me que vão também apregoando o preço de venda da cabra. Havia barulho e muito pó; mas a coisa parecia organizada e relativamente tranquila.
Visitar o mercado de Nizwa foi, muito provavelmente, o momento mais marcante do meu roteiro em Omã.
Mercado de Stepanakert (Nagorno-Karabach)
Para quem, como eu, adora mercados, o de Stepanakert é um verdadeiro delírio para os sentidos; ideal para viajantes apreciadores de novas experiências, de intercâmbios culturais e, claro, de um pedaço de zhingalov khats.
Longe de ser um espaço bonito ou arranjado, o mercado de Stepanakert é o que é: um mercado local de produtos alimentares, autêntico e sem turismo que o descaracterize. Aconselho vivamente.
Souks de Marraquexe (Marrocos)
Sempre que visito Marraquexe costumo ficar alojado junto à praça Djema el-Fna, localizada no interior da Medina. Uma praça com um mercado agora muito turístico, mas rodeada por souks maravilhosos. Apesar do turismo, é lá que a cidade pulsa de forma mais intensa.
Faça-se ou não compras, passear pelos souks de Marraquexe é um dos meus maiores prazeres nas passagens pela mais turística cidade de Marrocos. Caminhar sem rumo; deixar-se envolver pelos cheiros e sabores; conversar com os vendedores; desviar-se das motorizadas que passam a todo o momento por ruelas pensadas para pessoas. E regatear, claro!
Os souks de Marraquexe são, seguramente, dos melhores mercados do mundo. Pelo menos para os meus sentidos.
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Souks na medina de Fez (Marrocos)
Os souks existentes no interior da medina de Fez são um deleite para os sentidos. Na verdade, quase toda a cidade velha parece um souk contínuo, vibrante e cheio de gente. Vi de tudo um pouco, incluindo um miúdo a desmanchar uma cabeça de carneiro. E não faltam as bancas de frutas e verduras, os vendedores de peixe e os talhantes.
Pudesse ter mais tempo na cidade e tê-lo-ia utilizado para me perder ainda mais pelos labirínticos mercados de Fez. São verdadeiramente espetaculares!
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Grande Bazar de Istambul (Turquia)
Tido como um dos maiores e mais antigos mercados cobertos do mundo, o Grande Bazar de Istambul não desilude quem quer que lhe dedique um par de horas de atenção.
É daqueles mercados onde o ideal é seguir sem rumo e deixar-se perder pelas ruas e bancas que vendem, literalmente, de tudo. Principalmente cerâmicas, tapetes e tecidos, jóias e perfumes, roupas de couro e artigos decorativos. Imperdível.
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Grande Bazar de Teerão (Irão)
Já visitei o Grande Bazar de Teerão dezenas de vezes, e sei bem que não é o mais bonito mercado do Irão (quanto mais do mundo!). Mas passear pelas suas artérias em hora de ponta é uma experiência humana inolvidável.
O ideal é entrar no bazar pela entrada principal e ir andando ao sabor da corrente humana que preenche as artérias do bazar. É fascinante. E se conseguir ir dar à Mesquita Iman Khomeini, que fica “dentro” do bazar, tanto melhor.
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Bazar de Esfahan (Irão)
Poderia incluir nesta lista outros bazares iranianos incrivelmente atraentes, como o de Tabriz ou o de Kashan, mas opto por destacar o intrincado bazar de Esfahan, que se espraia desde a gigantesca Mesquita Jameh até à monumental Praça de Naqsh-e Jahan (ou Praça Imam), com ramificações várias em dezenas de ruas perpendiculares à artéria principal.
Vibrante e variado, é com toda a certeza um dos meus mercados favoritos em todo o mundo.
Mercado St. Lawrence, Toronto (Canadá)
Quando visitei a capital da província de Ontário, uma habitante de Toronto confessou-me que ia muitas vezes comer ostras ao Mercado St. Lawrence.
Foi o que eu acabei por fazer (apesar do preço), provando uma meia dúzia de ostras de diferentes origens e espécies. E que delícia! Já antes tinha decidido experimentar a afamada sandes Bacon Peameal on a Bun da Carousel Bakery, popularizada pelo inesquecível Anthony Bourdain.
Sim, St. Lawrence é um mercado gastronómico, moderno e bem cuidado. É certo que há também vendedores de fruta, vegetais, carne, peixe, cereais, pão e doces, bem como de produtos não comestíveis; mas a ideia principal é… comer!
Um registo diametralmente oposto a alguns mercados de rua aqui referidos, mas nem por isso menos interessante.
Veja o artigo sobre o que fazer em Toronto
Market Hall de Roterdão (Holanda)
O chamado Market Hall encontra-se num dos edifícios modernos mais bonitos de Roterdão. Foi construído para substituir um mercado de rua bissemanal, combinando debaixo do mesmo teto o novo mercado com casas de habitação.
Hoje em dia, tem principalmente produtos gastronómicos. Mistura refeições rápidas com venda de frutas e legumes. É um local obrigatório em qualquer lista com o que fazer em Roterdão e, para mim, um dos mercados gastronómicos mais agradáveis que visitei na Europa.
La Boqueria, Barcelona (Espanha)
Seguramente um dos mercados urbanos mais emblemáticos do planeta, o Mercado de São José, popularmente conhecido como La Boqueria, é uma das principais atrações de Barcelona – pelo menos para os amantes de pessoas e mercados – e um dos mercados de víveres mais fascinantes onde que já estive. É mais um delírio cromático – não pelas pessoas, mas pelo colorido e diversidade dos produtos à venda nas suas bancas. Fica nas Ramblas.
Nota: infelizmente, não encontro fotos do Mercado La Boqueria nos meus arquivos para mostrar.
Mercado de Chorsu, Tashkent (Uzbequistão)
Tido como um dos mais importantes mercados da Ásia Central, o Mercado Chorsu é seguramente uma das principais atrações de Taskhent. Para os visitantes de primeira viagem à capital uzbeque é, aliás, o primeiro local de visita obrigatória. Isto porque no Mercado Chorsu é possível ficar com um cheirinho do que teria sido o comércio na histórica Rota da Seda.
O mercado é dominado por um espaço central circular que exibe uma cúpula a fazer lembrar o portuense Palácio de Cristal. Pelo menos foi o que me ocorreu assim que lá cheguei. Lá dentro, por entre o bulício próprio de um mercado, pontificam talhos e queijarias. Subi ao primeiro andar, com vista privilegiada sobre o coração do mercado, e deixei-me ficar a observar a vida a acontecer em Tashkent. Uma delícia!
Em redor do mercado fechado, havia centenas de bancas (ou seriam milhares?) onde se vendia literalmente de tudo. E uma pequena secção com restaurantes de rua, ao ar livre, onde tive oportunidade de provar comida uzbeque baratíssima. A visitar!
Veja também o que fazer em Tashkent
Zelenyy Bazar, Almaty (Cazaquistão)
É sabido que eu gosto de mercados e, como tal, não poderia deixar de visitar o Zelenyy Bazar (ou Mercado Verde, na tradução literal). Trata-se do maior mercado de Almaty e, apesar de não ter a espetacularidade do Mercado Chorsu, em Tashkent, vale bem a pena a visita.
Zelenyy fica numa área “velha” de Almaty. É, por assim dizer, um mercado tradicional da Ásia Central, onde se vende todo o tipo de bens: de carne (muita carne) a vegetais, de roupa a produtos de limpeza, além de uma miríade de artigos de todo o tipo espalhados pelas bancas localizadas nas imediações do recinto coberto do mercado oficial. E essa variedade é um dos grandes atrativos do bazar. Não é um dos mais espetaculares mercados que conheço, mas gostei muito!
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