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Roteiro de viagem na Puglia, Itália (7 dias)

Por Filipe Morato Gomes
Roteiro na Puglia Itália: Ostuni
Vista sobre Ostuni, a “cidade branca” da Puglia

Apesar da Puglia, Itália, ser conhecida como um destino de veraneio, a verdade é que viajei no sul do país durante o mês de fevereiro, em pleno inverno. Por essa razão, o meu roteiro na Puglia não inclui referências às belíssimas praias que polvilham o litoral do “tacão da bota” (ou “salto da bota”) italiano.

Tenha também em atenção que numa semana é impossível montar um roteiro na Puglia que passe por todas as atrações da região. A Puglia é enorme e, entre vilas charmosas, locais históricos, praias e paisagens rurais, há muito a visitar na província. Vale por isso a pena investir algum tempo a pensar o que fazer na Puglia, tentando distribuir essas atrações pelos vários dias de viagem, para aproveitar ao máximo a estada. E, mesmo que opte por viajar no verão, não fique só pelas praias – talvez se surpreenda!

A esse respeito, partilho neste artigo o meu roteiro na Puglia, dia a dia, para que possa adaptar o itinerário aos seus gostos pessoais e objetivos da viagem. Foi apenas uma semana, mas muitíssimo bem aproveitada; incluindo passeios em várias povoações charmosas, museus, igrejas, locais Património da UNESCO e, claro, boa comida. Só não fiz praia – porque, como disse, a viagem decorreu no inverno.

Dito isto, encare este roteiro de viagem à Puglia, Itália, como um ponto de partida para elaborar o seu próprio itinerário, de acordo com os seus interesses e tempo disponível. Vamos a isso!

Resumo do roteiro na Puglia (de carro)

  • Dia 1: Bari
  • Dia 2: Polignano a Mare, Monopoli e Alberobello
  • Dia 3: Ostuni, Cisternino e Fasano
  • Dia 4: Ceglie Messapica, Martina Franca e Locorotondo
  • Dia 5: Lecce
  • Dia 6: Lecce e Otranto
  • Dia 7: Matera

Roteiro na Puglia, Itália

Dia 1: Bari

Rua Orecchiette Bari
Massas caseiras à venda na rua Orecchiette, Bari

Aterrei em Bari ao final da manhã, após um voo direto oriundo do Porto. Uma vez no terminal do aeroporto, fui levantar o carro alugado na e segui para o centro da cidade, o local onde escolhi pernoitar no primeiro dia do roteiro na Puglia. Ainda ponderei seguir para Matera logo no primeiro dia, mas acabei por decidir visitar Bari e valeu bem a pena – e isto apesar de, por ser domingo, muita coisa estar encerrada.

O dia foi então passado a explorar o centro histórico de Bari; a provar algumas iguarias tradicionais e a sentir novamente o doce sabor de viajar – tanto tempo depois da última viagem. À noite, tempo ainda para provar os famosos sgagliozze da Maria numa das ruelas do centro histórico. Era o final de um primeiro dia do roteiro na Puglia bem aproveitado. Valeu a pena ficar em Bari!

Dormida: um bed & breakfast muito simples chamado B&B Piccinni 191; veja onde ficar em Bari para melhores opções.

Dia 2: Polignano a Mare, Monopoli e Alberobello

Alberobello, Puglia
Os trulli de Alberobello, classificados pela UNESCO como Património Mundial

Para começar o segundo dia do roteiro de viagem na Puglia decidi visitar Polignano a Mare. Tinha grandes expectativas, mas confesso que foi uma desilusão. Trata-se da típica cidadezinha de veraneio cujo centro histórico se transformou completamente com o advento do turismo, sendo agora pouco mais do que um conjunto de alojamentos locais, lojas e restaurantes que, fora dessa época turística, se encontram quase todos encerrados. Um centro histórico descaracterizado e sem vida, portanto.

Ao invés, alguns quilómetros adiante, Monopoli foi uma bela surpresa. Cheguei sem expectativas – e isso ajuda sempre! – e, assim que estacionei o carro, fiquei surpreendido. É uma urbe bonita, com vida e alma. Passeei, observei, vi italianos no centro histórico, gente a conviver em cafés, crianças a brincar e até homens a arranjarem ouriços-do-mar acabados de apanhar, uma iguaria muito utilizada na gastronomia local. E deslumbrei-me com a Catedral de Monopoli, porventura uma das melhores que vi nesta viagem à Puglia.

Para concluir a boa experiência em Monopoli, almocei num restaurante fantástico chamado Spaghetti d’Italia, resultado de um casamento italo-alemão.

A tarde, essa, foi passada a visitar Alberobello, a magnífica povoação onde pontificam casas de forma muito peculiar chamadas de trulli – que a UNESCO inclui na lista de Património Mundial de Itália.

Dormida: um trulli muito agradável chamado Residenza Di Nonna Giulia, localizado nos arredores de Locorotondo.

Dia 3: Ostuni, Cisternino e Fasano

Câmara Municipal de Ostuni
Edifício da Câmara Municipal de Ostuni, na Praça da Liberdade

A manhã começou cedo com uma curta viagem até Ostuni, a “cidade branca” da Puglia italiana. Fica no Vale d’Itria, região onde se encontram alguns dos mais charmosos povoados da Puglia e que eu tinha incluído no itinerário. E gostei muito de Ostuni.

Segui depois para Cisternino, de que não tinha grandes referências, e de facto não me impressionou. Não que seja feia – longe disso! – mas, depois de visitar alguns dos povoados mais encantadores da Puglia, era preciso algo mais para surpreender o viajante.

Como ainda tinha tempo (não me delonguei em Cisternino!), decidi ir espreitar Fasano antes de regressar a Locorotondo, onde tencionava fotografar durante o resto da tarde. Infelizmente, as condições climáticas não ajudaram pelo que recolhi ao meu trulli um pouco mais cedo.

Dormida: um trulli muito agradável chamado Residenza Di Nonna Giulia, localizado nos arredores de Locorotondo.

Dia 4: Ceglie Messapica, Martina Franca e Locorotondo

Roteiro Puglia: Ceglie Messapica
Ruela do centro histórico Ceglie Messapica, uma das mais belas vilas da Puglia

Continuei o roteiro na Puglia explorando outros povoados do Vale d’Itria, começando por Ceglie Messapica. E foi uma das maiores surpresas da viagem. Não tenho dúvidas em afirmar que é o meu povoado preferido do Vale d’Itria – mais do que a “branca” e belíssima Ostuni ou a famosa Polignano a Mare, que não me marcou.

Segui depois para Martina Franca, outra das belas cidades da Puglia que vale a pena conhecer. E, antes de regressar ao trulli, passei novamente no centro histórico de Locorotondo para revisitar as suas ruelas bem cuidadas.

Dormida: um trulli muito agradável chamado Residenza Di Nonna Giulia, localizado nos arredores de Locorotondo.

Dia 5: Lecce

Roteiro na Puglia: Lecce
Ruínas do anfiteatro romano, em Lecce

Acordei antes do nascer do sol para tentar fotografar Locorotondo aos primeiros raios de luz mas, infelizmente, as nuvens não quiseram colaborar. Por esse motivo, arranquei logo para a cidade de Lecce, localizada no sul da Puglia, poiso para os próximos dois dias de viagem.

Assim que cheguei a Lecce, fiquei impressionado pela monumentalidade de toda a urbe. Com um centro histórico maravilhoso e dezenas (quiçá centenas!) de monumentos históricos entre igrejas, conventos, palácios e teatros romanos – muitos dos quais de grande dimensão! -, não falta o que ver e fazer em Lecce.

E passear pelo coração de Lecce foi exatamente o que fiz durante todo o dia, assoberbado pela dimensão e riqueza patrimonial da cidade e pela quantidade de pessoas que se deslocam de bicicleta. Visitei, entre outros, a Basílica da Santa Cruz, a Catedral de Nossa Senhora da Assunção, o anfiteatro de Lecce, o pequeno Teatro Romano, o Museo Faggiano e o Castelo Carlo V. Foi um dos dias mais bem aproveitados deste roteiro de viagem na Puglia.

Lecce é mesmo uma cidade incrível.

Dormida: fiquei num airbnb razoável, mas pagando um pouco mais encontra muito melhor. Veja onde ficar em Lecce para mais sugestões.

Dia 6: Lecce e Otranto

Otranto, Puglia Itállia
Vista das muralhas de Otranto, cidade costeira da Puglia

Ao sexto dia da viagem pela Puglia tomei a decisão de rumar a sul e visitar Otranto. Lá chegado, percorri a área junto ao castelo e fui caminhando pelo centro histórico, até que cheguei à Catedral de Santa Maria da Anunciação.

Não tinha lido absolutamente nada a respeito pelo que, mal entrei no templo católico, fiquei boquiaberto. O que encontrei foi uma catedral com o piso coberto de mosaicos romanos, feitos com ladrilhos coloridos e motivos gráficos que não estava à espera de ali encontrar. Absolutamente deslumbrante!

Além da catedral, vale a pena notar que Otranto é uma cidadezinha muito bonita e interessante. Tal como todas as outras povoações costeiras, por ser inverno também ali havia bastantes obras e alguns espaços encerrados, mas nada que me tivesse impedido de apreciar esta joia da Puglia. A par com Ceglie Messapica, a Catedral de Otranto foi outra das maiores surpresas deste roteiro.

Depois de explorar Otranto, segui de carro pela costa, para Norte, até chegar à famosa Gruta da Poesia. Não creio que se justifique tanto alarido em volta deste local mas, como estava praticamente sem gente, acabou por ser mais agradável do que antecipara. Para quem viaja no verão, saiba que na região há praias muito populares; mas, por ser fevereiro, não tive oportunidade de experimentar as águas quentes do Mediterrâneo.

Com o estômago a dar horas, parei na povoação costeira de San Foca para um almoço com sabor a mar numa esplanada tranquila, antes de regressar a Lecce para aproveitar o que restava da tarde a cirandar pelo centro histórico desta cidade monumental e maravilhosa.

Dormida: fiquei num airbnb razoável, mas pagando um pouco mais encontra muito melhor. Conheça os melhores hotéis de Lecce para mais sugestões.

Dia 7: Matera

Roteiro Puglia: Matera
Vista do sassi de Matera, classificado pela UNESCO como Património Mundial

A última paragem deste roteiro na Puglia fica, na verdade, na vizinha província de Basilicata. Mas, dada a proximidade geográfica, seria uma asneira não incluir uma das maiores pérolas do sul de Itália na viagem. E Matera não desiludiu.

Não foi preciso mais do que um instante para perceber que Matera é absolutamente única e deslumbrante. Tida como uma das cidades mais antigas da Europa, há uma infinidade de casas de habitação e de templos religiosos escavados nas rochas, proporcionando construções de pedra onde a mistura entre megalítico e modernidade é difícil de descrever.

E assim, delineei um itinerário pedestre que me fez explorar a Igreja de São João Batista; admirar as vistas do miradouro Luigi Guerricchio; visitar a gigante cisterna Palombaro Lungo (wow!); a Igreja de São Pedro Barisano, o Complexo Rupestre Madonna delle Virtù e San Nicola dei Greci; a Catedral de Matera; e ainda as igrejas rupestres de Santa Maria de Idris e Santa Lucia alle Malve (a melhor de todas, com frescos incríveis).

Tudo somado, não tenho palavras para descrever Matera. Queria ter tido muito mais tempo para sentir e viver a cidade – e não apenas ver as suas atrações [veja abaixo o que mudaria no meu roteiro na Puglia].

Nota importante: se possível, evite visitar Matera durante o fim de semana e terá menos confusão (Matera é um destino atualmente muito popular)

Dormida: alojamento local Donna Lina, em Matera. Veja onde ficar em Matera para outras opções, incluindo alguns hotéis escavados na rocha nos sassi de Matera.

Dia 8: Matera e regresso a Portugal

Murgia Timone, Matera (Puglia Itália)
Amanhecer no miradouro Murgia Timone, com vista para Matera

Não foi bem um dia útil de viagem, até porque tinha voo de regresso a partir de Bari ao final da manhã; mas inclui-o neste artigo pela simples razão de que, antes de ir para o aeroporto, decidi fazer algo espetacular e que recomendo vivamente: ver o nascer do sol no miradouro Murgia Timone.

O miradouro fica em frente a Matera, do outro lado do desfiladeiro. Com o sol pelas costas, as casas vão sendo iluminadas com as cores quentes do amanhecer, proporcionando uma imagem de grande beleza. E, tendo a sorte de encontrar o vale coberto de nevoeiro, como me aconteceu, o momento torna-se ainda mais mágico. Fica a dica para a última manhã da viagem.

Mapa do meu roteiro na Puglia

Outras coisas que considerei fazer na Puglia

Além de tudo o que referi neste roteiro, há um conjunto de outras coisas que eu tinha ponderado fazer no meu itinerário na Puglia mas que, por um motivo ou por outro, acabei por não concretizar. Eis, pois, algumas atividades que devem valer a pena:

  • Visitar o espaço criativo Spazio Murat, em Bari;
  • Provar as focaccia da padaria Santa Rita, em Bari;
  • Visitar o Museu de Arte Contemporânea Pino Pascali, em Polignano a Mare;
  • Conhecer as melhores praias da Puglia, boa parte delas localizadas na região de Salento, incluindo o mar azul de Faraglioni di Sant’Andrea;
  • Explorar Gargano e toda a península, incluindo o Parque Nacional de Gargano;
  • Visitar o Castel del Monte, um castelo do século XIII localizado no município de Andria e classificado como Património Mundial;
  • Fazer o trilho de Porta Pistola (Matera) ao miradouro Murgia Timone;
  • Visitar a Casa Noha e o MUSMA – Museu da Escultura Contemporânea, ambos em Matera.

No que toca a excursões, saiba que pode também fazer algumas atividades em grupo ou participar em visitas guiadas, intercalando com a exploração das cidades e praias da Puglia. Assim, entre as atividades e excursões organizadas disponíveis na Puglia, recomendo:

O que eu mudaria no roteiro na Puglia

Quando planeei visitar a região da Puglia tinha três prioridades: conhecer Alberobello, Lecce e Matera. Esses eram, para mim, os lugares obrigatórios, juntando algumas cidadezinhas do Vale d’Itria, como Ostuni ou Locorotondo.

Dito isto, correu tudo muito bem, mas cometi o erro de não dedicar tempo suficiente a Matera. Creio, aliás, que a cidade merece pelo menos três dias de dedicação plena, porque há mesmo muito para ver e fazer, além de vagabundear sem rumo pelos sassi e absorver o ambiente.

Ora, como tinha só uma semana de viagem, dividi os dias o melhor possível para ver Bari (dia 1), as cidades do Vale d’Itria (dias 2, 3 e 4), Lecce (dias 5 e 6) e ainda Matera (dia 7). É muita coisa para uma semana – especialmente para quem gosta de viajar devagar.

Assim, a solução ideal será ter 10 dias no mínimo, para poder desfrutar de Matera com mais calma. Alternativamente, não sendo possível aumentar a duração da viagem, se fosse hoje o que eu teria feito era ficar pelo menos duas noites em Matera, diminuindo uma em Locorotondo. Nesse caso, teria de diminuir o número de povoados a visitar no Vale d’Itria (concentrando-os em apenas dois dias) para assim dedicar mais tempo a Matera. Creio que, para uma viagem com uma semana de duração, seria um bom compromisso.

Dicas para visitar a Puglia, Itália

Quando ir

A melhor época para visitar a Puglia é, na minha opinião, durante a primavera / início do verão e nos meses de outono. Em concreto, os meses de maio, junho e setembro (até meados de outubro) são lindos, com temperaturas amenas, pouca chuva e menos turistas do que no pico do verão. Já julho e agosto são meses muito quentes e demasiado movimentados, com menos tranquilidade, problemas de estacionamento e preços inflacionados.

Como chegar

Atualmente, a região da Puglia está relativamente bem servida de ligações aéreas, especialmente durante o verão, fruto de ligações low cost para Bari ou Brindisi. No caso de Portugal, a opção mais prática é a ligação aérea da Ryanair entre Porto e Bari (paguei 36€ pelo bilhete, mas já vi voos a 16€, ida e volta). Mas também poderá, naturalmente, combinar a Puglia com a maravilhosa cidade de Nápoles e com a Costa Amalfitana na mesma viagem.

Nesse caso, poderá compensar voar para Bari e regressar de Nápoles – ou vice-versa. É uma questão de pesquisar voos no Skyscanner ou no Google Flights e calcular o custo adicional da viatura de aluguer, caso seja essa a opção de transporte [ver abaixo].

Pesquisar voos para Bari

Quanto tempo ficar na Puglia

Ao contrário do que possa imaginar, a Puglia não é assim tão pequena. Basta ver esta lista com o que fazer na Puglia para perceber que poderá passar duas semanas na região sem qualquer problema. Ou mais! Dito isto, creio que uma semana será o mínimo dos mínimos recomendáveis, sendo que 10 a 14 dias permitirão conhecer melhor todos os recantos da região. Portanto, opte por ficar pelo menos uma semana na Puglia e não se arrependerá.

Como se deslocar na Puglia

A Puglia é um daqueles destinos onde alugar um carro é, de longe, a alternativa mais cómoda, especialmente para visitar os povoados do Vale d’Itria. Fora da época alta o custo é acessível (eu paguei 7€ por dia em meados de fevereiro!), e só assim se consegue aceder a muitos dos melhores locais da região.

Caso tenha tempo e pretenda apenas conhecer Bari, Alberobello, Lecce e Matera, há transportes públicos (nomeadamente comboios e autocarros) que o podem ajudar. Veja os horários em sites como o CheckMyBus e o GetMyBus, ou diretamente na empresa de transportes FlixBus.

Calcular preço do aluguer de um carro

Onde dormir na Puglia

Para entender um pouco melhor as diferentes regiões da província, veja o guia completo sobre onde ficar na Puglia, onde explico as minhas escolhas e sugiro as melhores regiões e hotéis onde ficar.

Em jeito de spoiler, posso adiantar que, na minha opinião, o ideal é montar pelo menos três bases: em Lecce, em Matera e num dos povoados do Vale d’Itria (porventura Locorotondo ou Ceglie Messapica). Mas tudo depende dos objetivos da viagem na Puglia, Itália.

Alternativamente, no link abaixo encontra dezenas de hotéis de excelente qualidade e para todas as bolsas. Experimente!

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Filipe Morato Gomes
Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.