Visitar Munique: o que fazer na capital da Baviera (2 ou 3 dias)

Por Filipe Morato Gomes
Visitar Munique, Alemanha
A afamada torre do relógio no centro histórico de Munique

Se procura dicas sobre o que fazer em Munique, na região da Baviera, Alemanha, este roteiro tem tudo o que precisa para visitar Munique e apaixonar-se pela cidade. É um guia prático com o que ver, o que fazer e o que visitar em Munique – incluindo um mapa dos principais pontos turísticos.

Assim, do Museu Deutsches às diversas igrejas e catedral, passando por espaços verdes e mercados de rua, não faltam atrativos para um roteiro de 2 ou 3 dias na maior cidade da Baviera. Depois de chegar a Munique, o que visitar? Vamos a isso.

Munique o que visitar: beer garden
Um dos muitos jardins de cerveja de Munique numa quinta-feira de verão

O que fazer em Munique

Explorar o centro histórico de Munique (Altstadt)

Centro histórico de Munique
Centro histórico de Munique

A melhor forma de tomar um primeiro contacto com a cidade é, sem qualquer dúvida, calcorrear a região conhecida como Altstadt, o centro histórico medieval de Munique. E não é preciso grande planeamento para o fazer, já que a área é compacta e tem muitas praças e ruas pedonais perfeitas para serem exploradas a pé, tranquilamente.

É claro que há um punhado de atrações que vai querer visitar, como a praça Marienplatz ou a Catedral de Munique. Mas não exagero se afirmar que o mais importante é deixar-se perder pelas ruas, encontrar um café ou uma cervejaria que lhe chame atenção e desfrutar. Ou então experimentar a gastronomia da Baviera num biergarten, onde pode provar especialidades locais como salsichas, queijos e o famoso obatzda (um creme de queijo apimentado, típico da Baviera, acompanhamento tradicional para a cerveja).

Aproveite para procurar marcas históricas como os velhos portões da cidade ou a Antiga Perfeitura (Altes Rathaus), destruída durante a Segunda Guerra Mundial e posteriormente reconstruída. Mas, seja qual for a sua motivação, a verdade é que visitar Munique sem rumo é quase sempre a melhor forma de ser surpreendido. Fica a dica.

Marienplatz, a praça principal da velha Munique

Marienplatz, Munique
Fachada da Câmara Municipal de Munique, na praça Marienplatz

Ora, como é natural, há alguns locais onde deve passar. É o caso de Marienplatz, o verdadeiro coração da cidade de Munique, a pulsar desde 1158. Desde então, a praça já assumiu muitas roupagens, todas elas importantes. É o palco principal de eventos públicos, mercados medievais e cerimónias das mais diversas índoles.

É também na praça Marienplatz que pode apreciar o famoso Glockenspiel, um relógio que todos os dias, às 11h00 e às 12h00, permite um desfile de pequenas marionetas mecânicas a encenar dois episódios históricos (um torneiro medieval e um casamento real). Confesso que não esperei pelo horário para espreitar para as 32 figuras que desfilam no cimo da torre, mas temo bem que seja uma gigantesca desilusão. Fica a referência, para o caso de andar pelas proximidades por volta desse horário.

Visitar a Catedral de Munique

Catedral de Munique
Nave central da Catedral de Munique

Oficialmente denominada Catedral de Nossa Senhora Bendita, ou Frauenkirche, a Catedral de Munique é um dos símbolos mais identificativos da capital da Baviera. Tem duas torres gémeas, com 99 metros, e a Câmara Municipal decidiu que não haverá construções acima dos 100 metros em toda a envolvente do monumento. Subir a uma das duas torres é, por isso mesmo, sinónimo de vistas desafogadas por sobre todo o centro histórico de Munique.

No interior, a nave central impressiona tanto pela sua amplitude como pela sua simplicidade. Construída sob o estilo gótico, distingue-se pelas janelas altas que criam um jogo subtil de luz e sombra – que, dizem, cria uma ilusão de que a catedral não tem janelas.

Catedral de Munique
Pormenor no exterior da Catedral de Munique

Eu não senti isso, mas diz a lenda que o próprio “diabo” terá apreciado esse facto durante uma “visita” feita à catedral. Supostamente, é do próprio diabo a “pegada” que se vislumbra logo à entrada da catedral.

Lendas e mistérios à parte, a mim agradaram-me as linhas sóbrias do edifício. Se procura o que visitar em Munique, não se esqueça de incluir a catedral nessa lista.

Subir a uma das torres do centro de Munique

Centro histórico de Munique
Centro histórico de Munique visto a partir da torre da Nova Câmara Municipal, com a catedral em destaque

Conheço três torres no centro histórico de Munique que oferecem vistas panorâmicas sobre a cidade — e cada uma proporciona uma experiência distinta. Uma delas é a Torre Sul da Catedral de Munique. Outra é a torre da Igreja de São Pedro, a igreja mais antiga de Munique de que falarei já de seguida. A vista lá em cima é de tirar o fôlego, e recomendo vivamente, mas subir os cerca de trezentos degraus exigem condição física.

Por fim, a torre cuja subida recomendo por ser muito democrática, é mesmo a do edifício neogótico da Nova Prefeitura (Neues Rathaus). Isto porque a subida é feita com recurso a elevadores, facto que a torna ideal para pessoas com mobilidade reduzida. Lá em cima, o visitante encontrará um miradouro protegido e com vistas muito parecidas às da torre da Peterskirche.

Nota: se tiver tempo e mobilidade, suba às duas torres. Oferecem perspectivas parecidas mas distintas.

Igreja de São Pedro

O que fazer em Munique: visitar Igreja de São Pedro
Órgão de tubos da Igreja São Pedro, Munique

A Igreja de São Pedro (Peterskirche) não é apenas um monumento religioso, mas também um miradouro privilegiado e um dos pontos mais fotogénicos de Munique. Ainda assim, é do seu interior que eu gostaria de falar, para chamar a atenção para a experiência contemplativa que ele permite.

A presença imponente do órgão de tubos, instalado na galeria superior da igreja, é um dos elementos que mais chamam a atenção. Li que é um instrumento moderno mas projetado para respeitar a acústica e a estética barroca do templo, “integrando-se harmoniosamente na talha e nos elementos decorativos” que o rodeiam.

Igreja de São Pedro
Pormenor dos tetos da Igreja de São Pedro, Munique

Nas abóbadas, encontram-se frescos de inspiração barroca que representam cenas da vida de São Pedro e episódios bíblicos marcantes. apesar de apreciador de frescos, tenho parco conhecimento sobre o assunto, razão pela qual me limito a observar.

Tudo somado, não deixe de integrar a igreja de São Pedro na lista com o que fazer em Munique durante o seu roteiro de 2 ou 3 dias na cidade.

Mercado Viktualienmarkt

Mercado Viktualienmarkt, Munique
Mercado Viktualienmarkt, Munique

Quem me conhece sabe quanto eu aprecio um bom mercado local, e como os considero uma das formas mais vibrantes de conhecer uma cidade. Sobretudo quando é possível experienciar a gastronomia e a vida local. E isso ainda é possível no Viktualienmarkt, mesmo sendo ele uma das principais atrações turísticas de Munique.

O que fazer em Munique: compras no Viktualienmarkt
Vendedora no Viktualienmarkt, Munique

O mercado tem lugar junto à Igreja de São Pedro desde 1807, depois de o mercado original da adjacente Marienplatz se ter tornado demasiado pequeno para a população. Entre as suas muitas bancas é possível encontrar produtos frescos, flores e plantas, especialidades bávaras e também alguns produtos internacionais.

Visitar Munique: Mercado Viktualienmarkt
Produtos à venda no Mercado Viktualienmarkt, Munique

O Viktualienmarkt é também um excelente sitio para experimentar um Jardim de Cerveja, e provar uma Weißwurst – e lembre-se que a tradição manda comê-la antes do meio-dia.

Dica Alma de Viajante. A melhor altura para visitar o mercado é pela manhã, quando está mais ativo e as bancas estão mais completas. Leve algum dinheiro em espécie, uma vez que nem todas as bancas aceitam cartões.

Apreciar as estátuas de Munique

Estátua de Ida Schumacher
Estátua de Ida Schumacher, Munique

Talvez não sejam atrações turísticas em si mesmo, mas uma das coisas que reparei em Munique foi a existência de muitas estátuas curiosas e carregadas de significado. De figuras históricas a personagens literárias, de animais com simbolismo próprio a representações de goleadores endiabrados, de tudo um pouco se encontra nas ruas de Munique.

Entre as estátuas mais conhecidas está a de Julieta Capuleto (sim, essa mesmo, a personagem que Shakespeare imortalizou no livro Romeu e Julieta) e que, ao que consta, foi oferta da cidade de Verona a Munique como símbolo de amizade entre as duas cidades. A estátua do javali sentado (Sitzender Keiler) ou o monumento ao avançado Gerd Müller, junto ao estádio do Bayern de Munique são outras bem conhecidas.

A homenagem à atriz e comediante Ida Schumacher (1894–1956), uma figura querida do teatro e da rádio na Baviera, está localizada no Viktualienmarkt, e a atriz está por isso vestida como uma vendedora típica de mercado, com avental e lenço na cabeça.

Deutsches Museum

Fundado há mais de 100 anos, o Deutsches Museum é um dos maiores e mais importantes museus de ciência e tecnologia do mundo – e uma visita obrigatória para quem tem curiosidade pelo progresso humano.

Presença incontornável em sugestões com o que visitar em Munique, o museu recebe anualmente mais de 1,5 milhões de visitantes e está espalhado por três locais distintos. O mais impressionante é aquele onde foi fundado, numa ilha do rio Isar, com mais de 60.000 m² de área expositiva. É verdadeiramente impressionante!

Um dos grandes atrativos deste museu é a sua interatividade. Muitos módulos permitem que o visitante experimente, toque e teste os fenómenos científicos. Há ainda uma extensão dedicada aos transportes; e outra no aeródromo de Schleissheim onde é possível ficar a saber tudo sobre o desenvolvimento da aviação – mas não fui visitar estas extensões.

Dica Alma de Viajante. Para além do site oficial, pode comprar o ingresso para o Deutsches Museum na GetYourGuide com a vantagem de poder cancelar o bilhete caso os planos mudem.

Passear pelo Hofgarten

O que fazer em Munique: roteiro no Hofgarten
Epicentro do jardim Hofgarten, Munique

Hofgarten, ou Jardim da Corte, é um dos espaços mais elegantes e tranquilos de Munique, perfeito para uma pausa depois de explorar o centro histórico. Construído no início do século XVII com base num modelo renascentista italiano, o jardim começou por ser usado apenas pela aristocracia bávara, mas em 1780 abriu os portões ao público – e assim se mantém até aos dias de hoje.

Durante a primavera e o verão os jardins, coloridos, tornam-se especialmente fotogénicos, e, talvez pela proximidade, é um local indicado para uma pausa no bulício do quotidiano. Mas manda a verdade dizer que se trata de um espaço verde muito pequeno, em nada comparável ao imenso Jardim Inglês de Munique.

Desfrutar do Jardim Inglês

Jardim Inglês, Munique o que visitar
Vista da Casa de chá japonesa Kanshoan, no Jardim Inglês de Munique

Diz-se que o Englischer Garten é um dos maiores parques urbanos do mundo, e de facto as estatísticas impressionam. Tem mais de 375 hectares e cerca de 78km de trilhos, estendendo-se desde o centro de Munique até ao norte da cidade.

Não vou, naturalmente, sugerir que calcorreie toda a sua extensão – eu próprio não o fiz -, mas conhecê-lo é imperioso em qualquer roteiro para visitar Munique.

Pelo que percebi, o nome “Jardim Inglês” vem do estilo paisagístico inglês usado à época: campos abertos, caminhos sinuosos e zonas naturais que imitam paisagens rurais. Um dos recantos que visitei e mais apreciei foi a vista panorâmica a partir do Monopteros, um pequeno templo de estilo grego erguido em 1836 no alto de uma colina artificial.

Jardim Inglês, Munique
Monopteros no Jardim Inglês de Munique

Certo é que nas minhas deambulações conseguir antever milhares de pessoas nos relvados do parque, famílias com crianças pequenas a tomar banho, grupo de amigos a fazer piqueniques, e muita gente a praticar desporto, incluindo jovens com pranchas de surf debaixo do braço.

A explicação para esse fenómeno está no facto de, na entrada sul do parque, haver um canal artificial onde se forma uma onda fixa que permite aos surfistas locais praticarem. Isto, recordo, em pleno centro de Munique. É mesmo curioso!

Estádio Allianz Arena – Bayern de Munique

Estátua de Gerd Müller
Estátua de Gerd Müller junto ao estádio do Bayern de Munique

Sempre que viajo com o meu filho incluo a visita a um estádio de futebol no nosso roteiro. Ele adora futebol e, estando a visitar Munique, o estádio do Bayern FC não podia faltar na lista de atrações a ver.

Logo à entrada do estádio, destaque para a homenagem em forma de estátua a Gerd Müller, tido como um dos maiores jogadores do Bayern Munique. Conhecido como “Der Bomber”, Muller morreu em 2021 com uma carreira preenchida pelos 566 golos marcados em 607 jogos com a camisola do Bayern.

O que fazer em Munique: visitar Estádio Allianz Arena
Interior do Allianz Arena, o estádio do Bayern de Munique

Mas o melhor estava naturalmente guardado para o interior. Inaugurado em 2005, o Allianz Arena é um verdadeiro símbolo de Munique e um dos estádios mais modernos e icónicos da Europa. Projetada pelo famoso gabinete suíço Herzog & de Meuron, o estádio tem capacidade para 75.000 espectadores e foi um dos principais palcos do Campeonato Europeu de futebol realizado em 2024.

É possível visitar o interior do estádio numa visita guiada de cerca de uma hora, com acesso aos balneários, sala de imprensa, zona mista, bancadas, túneis de acesso ao relvado e áreas exclusivas.

Comprar bilhetes. Caso prefira visitar o estádio por sua conta, deve comprar o ingresso para Museu do FC Bayern + vista da Arena (com cancelamento gratuito), sendo que este bilhete permite ver o relvado da bancada mas não dá acesso aos balneários nem outras áreas interiores. Para a visita completa, reserve um tour guiado no site oficial do Bayern Munique.

Parque Olímpico de Munique

Lugares a visitar em Munique: Torre Olímpica
Vista da Torre Olímpica de Munique

Construído para os Jogos Olímpicos de 1972, o Olympiapark (Parque Olímpico) é um extenso espaço verde, atualmente transformado numa das principais atrações de Munique – tanto para moradores quanto para turistas.

Consta que as colinas artificiais do Parque Olímpico foram feitas com os destroços da reconstrução da cidade, após a Segunda Guerra Mundial. É, por isso, não só um símbolo de modernidade e renovação, mas também um espaço vivo que se reinventou e continua a ser um dos grandes pulmões culturais e desportivos de Munique.

Parque Olímpico de Munique
Parque Olímpico de Munique

O Olympiastadion (antigo Estádio Olímpico), por exemplo, é hoje usado para concertos, eventos culturais e desportivos. A Olympiaturm (Torre Olímpica) tem quase 300 metros e oferece uma das melhores vistas sobre Munique. E o Olympiasee (Lago Olímpico) é o cenário ideal para passeios de barco ou caminhadas junto à água – principalmente no verão, já que no inverno o lago pode congelar.

Tudo somado, caso procure o que fazer em Munique ao ar livre, não deixe de visitar o Parque Olímpico. Até porque a dois passos fica o Museu BMW

A Torre Olímpica está encerrada ao público para obras de renovação. Prevê-se que volta a abrir em meados de 2027.

Mundo BMW

O que fazer em Munique: visitar Mundo BMW
Interior do Mundo BMW, em Munique

Inaugurado em 2007, o BMW Welt é uma criação do gabinete vienense Coop Himmelb(l)au que impressiona pela sua arquitetura visionária. O espaço foi concebido como um verdadeiro centro de experiências, onde visitantes, clientes e fãs da marca podem encontrar-se e mergulhar no universo BMW.

O edifício distingue-se pela forma arrojada e pelas vastas superfícies de vidro e aço, que deixam entrar a luz natural e criam um ambiente aberto, moderno e luminoso. É, digamos assim, uma espécie de concessionário bem conseguido, onde dá gosto passear e apreciar os automóveis.

BMW Welt, Munique
Mundo BMW

Na verdade, parece-me muito estranho estar a recomendar incluir a visita a um concessionário na lista de coisas a visitar em Munique, mas passe por lá e tire as suas conclusões. Algumas pessoas dizem até que é melhor do que o Museu BMW, que fica do outro lado da rua e requer bilhete pago.

Veja o site oficial para mais informações sobre o Mundo BMW e os ingressos para o respetivo museu.

Beber uma cerveja num biergärten (Jardim de Cerveja)

Visitar Munique: beer garden
Biergärten em Viktualienmarkt

É como ir a Roma e não ver o Papa. Ou pior ainda. Porque é impossível ir a Munique e não encontrar um destes “jardins de cerveja”.

Reza a história que os biergärten nasceram no século XIX, quando os produtores de cerveja precisavam de espaços frescos para armazenar o produto durante o verão. Como a lei da época proibia servir cerveja nas caves, os donos começaram a colocar mesas e bancos sob a sombra de castanheiros plantados sobre essas caves.

E assim terão surgido os primeiros jardins da cerveja. São, por isso, espaços ao ar livre onde se partilha a comida e bebida em ambiente descontraído e comunitário. E onde a cerveja é a rainha do convívio!

Cerveja em Munique
Beber cerveja é uma atividade obrigatória em Munique

Note que se trata de um momento de partilha. Qualquer pessoa se pode sentar nas enormes mesas corridas, mesmo ao lado de desconhecidos, e essa interação faz parte da experiência. Sim, o povo alemão também sabe ser hospitaleiro! Experimente

Alguns biergärten de Munique permitem que os visitantes tragam a sua própria comida desde que comprem as bebidas no local.

Palácio Nymphenburg

Palácio Nymphenburg Munique
Palácio Nymphenburg ao entardecer © Joerg Lutz, Turismo de Munique

Com lugar cativo entre as memórias aristocráticas de Munique, o Palácio Real de Nymphenburg ergue-se como um poema de pedra e jardins longe do núcleo urbano. Foi mandado construir no século XVII e, ao longo dos séculos, foi ganhando alas, pavilhões e histórias que se entrelaçam com a própria identidade da Baviera.

Ao atravessar o portão e deixar que a vista se perca na alameda ladeada por canais e plátanos, sente-se que aquela grandiosidade é calculada para impressionar o visitante desde o primeiro olhar. Um símbolo de poder, portanto.

Salão de Pedra so Palácio de Nymphenburg
Salão de Pedra do Palácio de Nymphenburg © Vittorio Sciosia, Turismo de Munique

Lá dentro, magníficos salões com lustres e tapeçarias bordadas revelam um gosto refinado – num misto de beleza e ostentação. O amplo Salão de Pedra, por exemplo, exibe frescos e pinturas, decorações e ornamentos dourados, para além dos vistosos candelabros, impossíveis de ignorar.

No exterior, o parque estende-se num equilíbrio perfeito entre geometria barroca e romantismo paisagístico, pontuado por pequenos palacetes que convidam à descoberta. Não por acaso, diz-se que Nymphenburg não é apenas um palácio – é “um retrato vivo de um tempo em que arte, poder e natureza se uniam para criar algo eterno”.

Dica Alma de Viajante. Para além do site oficial, pode comprar o ingresso para o Palácio Nymphenburg na GetYourGuide. Tem a grande vantagem de poder cancelar o bilhete em caso de necessidade.

Outras coisas a ver ou fazer em Munique

Como é evidente, há outros lugares a visitar em Munique, caso disponha de mais tempo para explorar a cidade. Deixo aqui algumas e sugestões de atrações a visitar e atividades a fazer, incluindo as relacionadas com o passado negro da Alemanha.

  • Conhecer a histórica cervejaria Hofbräuhaus am Platzl.
  • Visitar o NS-Doku München, um museu com exposições permanentes e temporárias sobre a história de Munique durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial.
  • Depois disso, é imperioso visitar o Campo de Concentração Dachau. Eu não o fiz porque estava com o meu filho mais novo – e a visita é desaconselhada a menores de 13 anos. Para o visitar de forma organizada, veja este muito elogiado tour ao Memorial de Dachau com partida de Munique.

Oktoberfest, a festa da cerveja em Munique

Oktoberfest Munique
A Oktoberfest de Munique é a maior festa de cerveja do mundo

Com mais de seis milhões de visitantes por edição, não testam muitas dúvidas de que a Oktoberfest é o maior festival de cerveja do mundo. É, também por isso, um símbolo de Munique, com as suas tendas de cerveja (Festzelte), o seu desfile de trajes típicos (Trachtenumzug) e um verdadeiro parque de diversões, com montanhas-russas, rodas-gigantes e carrosséis para garantir o lado mais familiar e lúdico do festival.

Se aprecia multidões e ambientes festivos, aproveite. É um evento impressionante.

A Oktoberfest realiza-se anualmente desde o primeiro sábado após 15 de setembro até ao primeiro domingo de outubro. Em 2025, por exemplo, essa regra corresponde ao período de 20 de setembro a 5 de outubro.

Tours a partir de Munique

Caso vá visitar Munique e tenha alguns dias extra para enriquecer o roteiro, não falta o que visitar na região envolvente da cidade e em toda a região da Baviera. Deixo aqui algumas sugestões para aproveitar ao máximo esses dias adicionais.

Munique: mapa dos principais pontos turísticos a visitar

Se procura o que visitar em Munique, nada como visualizar a localização exata dos lugares referenciados no artigo. Como vê não falta o que ver e fazer em Munique para preencher um roteiro de 2, 3 ou mais dias na capital da Baviera. Aproveite!

Dicas para visitar Munique

Qual a melhor época para visitar Munique?

A melhor época para visitar Munique é entre maio e outubro, quando os dias são longos e as temperaturas mais altas. Mas eu, pessoalmente, evitaria os meses de julho e agosto, por haver bastantes turistas em Munique.

Caso pretenda participar na Oktoberfest, relembro que a festa é realizada anualmente a partir do sábado após o dia 15 de setembro até ao primeiro domingo de outubro.

Quantos dias são necessários para conhecer Munique?

Eu diria para montar um roteiro de 2 ou 3 dias em Munique. Ou seja, um mínimo 2 dias completos; 3 ou 4 se quiser incluir visitas mais afastadas do centro da cidade, como o Palácio Nymphenburg, o Campo de Concentração Dachau ou cidades e vilarejos da Baviera.

Os passes Munich City Pass e Munich Card compensam?

Munich Card

Comecemos pelo mais abrangente passe Munich City Pass (cor de laranja). Uma vez que é um passe dispendioso (custa 113€ para 3 dias, incluindo a zona M-6), em termos financeiros, o Munich City Pass compensa no caso de visitar muitas das 45 atrações incluídas.

Pela minha parte, não me passou pela cabeça comprar esse, mas sim o passe Munich Card (azul), que permite andar nos transportes públicos de forma ilimitada e ainda oferece alguns descontos nas atrações turísticas. Feitas as contas, não estou certo que poupei dinheiro, até porque um passe para 3 dias custa cerca de 50€ (incluindo a zona M-6). Mas apreciei bastante o facto de não ter de comprar bilhetes para os metros, autocarros e comboios de cada vez que os queria utilizar. E foram muitas!

Para perceber melhor qual o passe mais conveniente para o seu caso, veja este comparativo no site oficial Simply Munich.

Note que não é preciso validar os passes em cada viagem. Na verdade, o sistema dos transportes públicos de Munique baseia-se na honestidade – é suposto que toda a gente tenha bilhete válido e as fiscalizações são pouco frequentes. Essa confiança é mais uma razão para cumprir as regras.

Como ir do aeroporto para o centro de Munique?

A forma mais prática de ir do aeroporto de Munique até ao centro da cidade é de comboio. Há duas linhas possíveis – S1 e S8 -, sendo que a melhor para si depende da localização do seu hotel (uma entra em Munique pelo lado este, outro por oeste). Dito isto, pela minha experiência a linha S8 é mais rápida para viajar até ao centro histórico, nomeadamente a região em torno de Marienplatz.

Caso compre um passe turístico que inclua a zona M-6 – que inclui o aeroporto -, pode usar no comboio. Na prática, não precisa fazer nada, é só entrar no comboio – não há máquinas para validar os bilhetes.

Alternativamente, há também pode sempre contratar um transfer privado, especialmente se aterrar em horários noturnos. O serviço de transfer da Elife Ride é muito elogiado.

Como se deslocar em Munique?

Os transportes públicos em Munique funcionam de forma muito eficiente. Pela minha experiência, é raro ter de esperar mais de 10 minutos por um autocarro, e muito menos por um metro. Ou seja, para além de andar a pé no centro histórico, pode confiar nos transportes coletivos para aceder a regiões mais afastadas, como o estádio do Bayern de Munique ou o Parque Olímpico.

Onde ficar em Munique? Sugestões de alojamentos

Antes de mais, recomendo a leitura do artigo com as minhas dicas e sugestões sobre os melhores bairros e hotéis onde ficar em Munique. Em resumo, para quem visita Munique pela primeira vez, o centro histórico de Munique, conhecido como Altstadt-Lehel, é sem dúvida a melhor região para se alojar em Munique. Alternativamente, se procura um ambiente jovem e vibrante, com foco na arte, na cultura e vida noturna, o bairro de Maxvorstadt pode muito bem ser a escolha acertada.

Quanto a hotéis, o artigo explica as minhas escolhas, mas veja por exemplo o Arthotel Munich (qualidade / preço) e o Cocoon Theresienwiese (gosto pessoal). Ou então pesquise outras opções de hospedagem usando o link abaixo.

Pesquisar hotéis em Munique

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Outros roteiros de cidades europeias

Se está a pensar visitar Munique, talvez tenha interesse em saber um pouco mais sobre o que ver e fazer noutras cidades da Europa.

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Filipe Morato Gomes

Filipe Morato Gomes

Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.

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