
Está a pensar visitar Estocolmo? Pois bem, caso esteja de viagem marcada para a capital da Suécia, há uma questão óbvia a que é preciso responder: chegando a Estocolmo, o que visitar? O que ver e fazer na bela capital sueca? Recentemente tive oportunidade de viajar para Estocolmo pela terceira ou quarta vez e a cidade nunca me desilude.
Assim sendo, se procura o que fazer em Estocolmo, venha daí que eu vou-lhe propor um roteiro com atrações maravilhosas para 3, 4 ou 5 dias completos de estadia. Ou mais!

Eis, pois, sugestões sobre o que fazer em Estocolmo numa escapadinha de 3, 4 ou 5 dias. Inclui referência às principais atrações turísticas e a excelentes museus que tive oportunidade de visitar (alguns mais do que uma vez!), bem como mercados gastronómicos e outros prazeres. E até algumas estações de metro que são autênticas obras de arte.
Depois de chegar a Estocolmo, o que visitar? É disso que trata este artigo, uma espécie de guia completo para visitar Estocolmo, a bela capital da Suécia. Vamos a isso.
- 1 Guia de Estocolmo: introdução
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2
O que fazer em Estocolmo
- 2.1 Visitar o Museu Vasa
- 2.2 Mercado Hotorgshallen Saluhall
- 2.3 Mercado Ostermalms Saluhall
- 2.4 Explorar Gamla Stan (centro histórico de Estocolmo)
- 2.5 Palácio Real de Estocolmo
- 2.6 Apreciar a Praça Stortorget
- 2.7 Visitar a Câmara Municipal de Estocolmo (e subir à torre)
- 2.8 Desfrutar do parque Kungsträdgården
- 2.9 Passar a tarde de sábado no mercado Hornstulls
- 2.10 Ver as coleções do Museu Fotografiska
- 2.11 Fotografar o túnel de Brunkebergs
- 2.12 Apreciar as estações de metro de Estocolmo
- 2.13 Pôr-do-sol em Monteliusvägen
- 2.14 Apreciar as vistas de Skinnarviksberget
- 2.15 Museu de Arte Moderna de Estocolmo
- 2.16 ArkDes
- 2.17 Ver a Coleção ao Ar Livre do Museu de Arte Moderna
- 2.18 Apreciar obras de arte nas ruas de Estocolmo
- 2.19 Visitar o museu dos icónicos ABBA
- 2.20 Tour de barco pelo arquipélago de Estocolmo
- 2.21 Visitar o Artipelag
- 2.22 Liljevalchs, a mais antiga galeria de arte de Estocolmo
- 2.23 Cemitério de madeira Skogskyrkogården (UNESCO)
- 2.24 Urinar em grande estilo
- 2.25 Visitar o Palácio Drottningholm
- 2.26 Skansen, o museu folclórico ao ar livre
- 2.27 Adrenalina no parque de diversões Gröna Lund
- 2.28 Fika num dos bons cafés de Estocolmo
- 2.29 Beber um copo no rooftop bar do Hotel Urban Deli
- 2.30 Outras coisas a fazer em Estocolmo
- 3 Mapa dos lugares a visitar em Estocolmo
- 4 Excursões a partir de Estocolmo
-
5
Dicas para visitar Estocolmo
- 5.1 Qual a melhor época para visitar Estocolmo
- 5.2 Quantos dias são necessários para visitar Estocolmo
- 5.3 Como chegar a Estocolmo
- 5.4 Como ir do aeroporto até ao centro de Estocolmo
- 5.5 Como se deslocar em Estocolmo
- 5.6 Onde ficar em Estocolmo
- 5.7 Gastronomia e restaurantes em Estocolmo
- 5.8 Passe de Estocolmo: vale a pena comprar?
- 5.9 Seguro de viagem
- 5.10 Outros roteiros de cidades europeias
Guia de Estocolmo: introdução
Estocolmo é uma cidade incrivelmente linda e atraente, com água por todos os lados, muito agradável e tranquila. Principalmente na primavera. Creio até que, não fora a escuridão e o rigor do inverno, Estocolmo seria uma das melhores cidades do mundo para viver. Ou, pensando melhor, talvez o seja mesmo, apesar do clima. E tudo se resume a uma expressão banal: “qualidade de vida”. Eis alguns exemplos.
Em Estocolmo, não há prédios demasiado grandes, nem poluição, nem caos no trânsito, nem buzinas a infernizar a vida dos transeuntes.
A água e o verde dão-lhe um ambiente de paz total, o centro histórico tem charme arquitetónico e a parte moderna não agride. Há imensas praças e ruas pedonais, mercados de rua com produtos frescos, esplanadas, bancos de jardim e relvados para lagartar. E é tudo relativamente perto.
Há centenas de pessoas a caminhar, a correr, a passear nos inúmeros espaços verdes com a água sempre presente. Numa cidade tão agradável como Estocolmo num dia soalheiro, dá mesmo vontade de fazer o mesmo. E os suecos sabem como aproveitar cada raio de sol.
Passei por milhares de suecos a andar de bicicleta com os seus fatos de desporto ou de negócios. A propósito, li uma vez uma frase que se aplica como uma luva a Estocolmo: “país desenvolvido não é aquele onde pobre anda de carro, mas sim aquele onde rico anda de transporte público”. As diferenças sociais são pouco vincadas.
Vi muitas pessoas a passear os seus filhos em carrinhos de bebé. Carrinhos duplos. Sim, os suecos têm filhos – 2, 3, 4… – e têm-nos enquanto são jovens. A família é acarinhada. A educação e a maioria dos cuidados de saúde, incluindo os dentários, são gratuitos ou generosamente apoiados. As creches também. E a licença de maternidade é longa e generosa.
Sim, Estocolmo é sinónimo de qualidade de vida.
Não por acaso, que costumo dizer que Estocolmo é a minha cidade europeia favorita, a par de Copenhaga e Tbilisi – e também Nápoles, por outras razões. Bem sei que comparar destinos é um exercício inútil, mas serve esta afirmação para enfatizar o quanto gosto da capital sueca – e, por isso, recomendo a todos visitar Estocolmo. Vejamos então o que pode fazer na capital sueca.
O que fazer em Estocolmo
Visitar o Museu Vasa
Reza a história que no dia 10 de agosto de 1628 o navio Vasa saiu do porto de Estocolmo para a sua viagem inaugural. Era um potente navio de guerra construído para a Marinha sueca.
Enquanto se dirigia para a saída do porto, foi disparada uma salva de canhões para assinalar a data solene. Cerca de 20 minutos após o início da sua viagem inaugural, uma rajada de vento fez com que o barco se inclinasse completamente para um dos lados. A água infiltrou-se através das canhoneiras abertas e o Vasa afundou-se.
Séculos depois, o navio foi resgatado às profundezas do oceano pelas mãos do investigador Anders Franzén, e encontra-se atualmente exposto no Museu Vasa, especialmente criado para o efeito. Boa parte do que está exposto é pertença do navio original. É um dos museus mais interessantes onde entrei nos últimos tempos, único em todo o mundo e absolutamente imperdível. A incluir em qualquer roteiro para visitar Estocolmo.
Caso prefira visitar o museu na companhia de um guia profissional, veja esta muito elogiada visita guiada ao Museu Vasa, organizada pela Rainbow Tours Stockholm. O preço inclui o ingresso no museu, sendo que pode cancelar sem custos até ao dia anterior à visita.
Mercado Hotorgshallen Saluhall
Sou apaixonado por mercados. Sejam de velharias, produtos frescos ou de comida em geral. Ora, em mercados como o Hotorgshallen encontra-se um pouco da essência gastronómica de um país (descontando a gourmetização implícita em muitos destes projetos!), e é sabido como a gastronomia é parte importante da cultura de um destino.
O mercado de Hotorgshallen, que fica bem no centro de Estocolmo, é um desses casos. Nele se encontra um pouco de tudo: muitas carnes e enchidos, queijos de vários tipos, peixe (incluindo naturalmente, muito salmão fresco e fumado), frutos secos e azeitonas e comida tipicamente nórdica pronta a degustar.
É um excelente local para visitar, provar e comprar produtos da gastronomia sueca. Também é possível almoçar no Hotorgshallen (há uma sopa de peixe magnífica no restaurante Kajsas Fisk!), mas para esse efeito muitos visitantes preferem o mercado Ostermalms Saluhall.
Tudo somado, é um daqueles lugares obrigatórios em qualquer compilação com o que fazer em Estocolmo. E eu adorei a sopa de peixe.
Mercado Ostermalms Saluhall
O Ostermalms Saluhall, por seu turno, é um mercado de comida instalado num edifício antigo muito bonito, cuja visita recomendo vivamente. Apesar de ter várias bancas de produtos locais – queijos, legumes, carnes e enchidos, pão e compotas e muito peixe e marisco -, o ideal é fazer como os suecos e escolher um dos pequenos restaurantes existentes dentro do mercado e almoçar.
Pratos como salada de salmão ou camarões são sempre boas apostas, bem como as famosas “sanduíches abertas” dinamarquesas chamadas smørrebrød – comi muitas em Copenhaga!
Em resumo, para comprar talvez o mercado Hotorgshallen esteja melhor apetrechado mas, para almoçar, talvez o ambiente deste Ostermalms seja mais acolhedor. É mais turístico, mas o edifício é muito mais bonito. Fica a dica.
Explorar Gamla Stan (centro histórico de Estocolmo)
A ilha de Galma Stan corresponde ao centro histórico de Estocolmo. Fica entre a região de Norrmalm, a norte, e a de Sodermalm, a sul – e é, naturalmente, um dos bairros mais frequentados pelos turistas que visitam Estocolmo.
Para além de locais específicos como o Palácio Real de Estocolmo ou a Praça Stortorget – de que falarei adiante! -, Gamla Stan oferece um ambiente agradável mas um pouco massificado. Conte encontrar uma mistura de ruelas belíssimas e estreitas com casas em tons pastéis e monumentais edifícios históricos, paredes meias com lojas de souvenirs de gosto duvidoso.
Mas, tudo somado, Gamla Stan é das regiões mais emblemáticas da cidade, e local de visita obrigatória em qualquer roteiro com o que fazer em Estocolmo. Aliás, diz-me a experiência que é natural que passe diversas vezes pelas ruas empedradas de Gamla Stan durante a estadia em Estocolmo.
Para uma visita acompanhada por um guia profissional, veja este muito elogiado Passeio pela Cidade Velha, Ilha de Djurgården e Museu Vasa. O tour permite conhecer não só Gamla Stan como também o mais famoso museu da cidade e a região envolvente de Djurgården. Fica a dica.
Palácio Real de Estocolmo
Localizado em plena Gamla Stan e com mais de 600 quartos, consta que o Palácio Real de Estocolmo é um dos maiores palácios reais de toda a Europa. Trata-se de uma combinação de residência real, local de trabalho e monumento histórico-cultural que, visto de fora, impressiona pela sua imponência e dimensão. E o melhor é que está aberto aos visitantes durante todo o ano.
Assim, no seu roteiro com o que fazer em Estocolmo pode incluir uma visita aos chamados Apartamentos Reais, à Capela Real (decorada em ouro e mármore) e ainda a três museus incontornáveis. São eles o Museu do Tesouro, onde é possível apreciar os trajes reais; o Museu Tre Kronor, que retrata a história do antigo palácio real (arrasado por um incêndio em 1697); e o Museu de Antiguidades de Gustavo III.
Dito isto, caso não queira entrar no Palácio Real de Estocolmo, pode sempre assistir ao render da guarda, uma cerimónia que, pelo que percebi, acontece por volta das 11:45 (verão) ou 12:15 (no inverno). Eu tive oportunidade de assistir por mero acaso a algumas movimentações prévias de jovens soldados, mas pareceu-me não terem a espetacularidade que vi na praça Syntagma de Atenas, por exemplo. Mas passe por lá e avalie.
Apreciar a Praça Stortorget
Criada por volta de 1420 e tida como a praça mais antiga da cidade, Stortorget é também a praça principal de Gamla Stan, o centro histórico de Estocolmo.
Atualmente, é um dos locais mais frequentados pelos turistas que visitam Estocolmo. É lá que fica não só o Museu do Prémio Nobel mas também “o popular café Chokladkoppen, a padaria Grillska Huset e o bar e restaurante Pharmarium”. As palavras são do Turismo de Estocolmo, que acrescenta que “as fachadas coloridas do lado oeste da praça são, provavelmente, as mais fotografadas da cidade”. Pela minha parte, reparei também nas esculturas do fontanário.
Infelizmente, os grandes grupos de turistas podem estragar o ambiente (muito barulho!) em alguns momentos do dia, mas não deixe de passar pela Praça Stortorget quando visitar Gamla Stan. Para mim, é especialmente agradável de manhã bem cedo. Mas é mesmo um dos lugares que tem de visitar em Estocolmo.
Visitar a Câmara Municipal de Estocolmo (e subir à torre)
Provavelmente o edifício mais reconhecido de Escotolmo, o city hall tem pouco mais de cem anos mas parece muito mais antigo. Ao que me contou o bem humorado anfitrião da visita guiada, foi exatamente esse o propósito de Ragnar Östberg, o arquiteto responsável pela obra. Hoje em dia, o edifício da Câmara Municipal de Estocolmo domina sem qualquer dúvida o skyline da capital sueca.
Ora, para além de albergar os gabinetes dos deputados da assembleia municipal de Estocolmo e de ser muito requisitado para eventos e cerimónias oficiais, o espaço é particularmente conhecido por ali ser servido o banquete oficial oferecido aos laureados com os Prémios Nobel e suas famílias e convidados – num total de mais de 1.300 comensais.
Essa e outras curiosidades foram sendo transmitidas ao longo dos 50 minutos que durou visita guiada, num tom muito informativo e bem disposto. É possível visitar espaços como o Salão Azul (que na verdade não tem nada em tons de azul), onde decorre o tal banquete, bem como o chamado Salão Dourado – que impressiona pela sua opulência.
A terminar, dizer que eu pensava aproveitar para subir à torre da Câmara Municipal ao visitar Estocolmo. Infelizmente, a torre só abria ao público a partir de maio, pelo que nesta viagem em concreto não pude subir para confirmar o quão maravilhosas são as vistas lá do alto. Fica para um eventual regresso.
Desfrutar do parque Kungsträdgården
Localizado em Norrmalm, o parque Kungsträdgården é um espaço público muito agradável, que se torna particularmente bonito por altura da floração das cerejeiras. Mais associadas ao Japão ou até a algumas regiões de Portugal, as árvores foram plantadas no ano de 1998, quando Estocolmo foi Capital Europeia da Cultura. E o efeito é maravilhoso,
No Japão, a flor das cerejeiras – ou sakura – representa algo como a beleza efémera da vida, a renovação ou a chegada da primavera. No parque Kungsträdgården, em Estocolmo, seriam apenas dez ou vinte cerejeiras floridas. Mas havia também uma exposição sobre a importância das árvores no quotidiano de uma cidade, atribuindo-lhes um valor histórico e social de grande relevo.
Para além das cerejeiras, o Kungsträdgården tem também ulmeiros e tílias, para além de um café com esplanada muito, muito agradável. É mais um lugar a visitar quando viajar para Estocolmo.
Passar a tarde de sábado no mercado Hornstulls
Localizado em Södermalm, uma das regiões mais chiques de Estocolmo, o Hornstulls é um mercado de rua que se realiza desde 2012 aos sábados e domingos na estreita Hornstulls Strand – mesmo junto à água.
Nele se pode encontrar roupa e calçado em segunda mão, algum artesanato e uma dezena de food trucks e bancas de comida de rua dos quatro cantos do mundo. Da Libéria ao México, era possível provar de tudo um pouco no mercado. Dito isto, e pese embora haja vendedores que fazem a época completa (de abril a outubro), as bancas podem mudar literalmente em todas as edições do mercado.
Imaginamos a plataforma para a comunidade — desde um local para as pequenas empresas locais se reunirem e venderem os seus produtos e serviços, até um espaço para os membros da comunidade e visitantes encontrarem um lugar de sol, bons momentos e cultura! Estamos a concentrar-nos em trazer fornecedores locais de qualidade para Hornstulls Stranden, bem como uma experiência cultural e agradável ao mercado.
in site oficial do Mercado Hornstulls
Em jeito de resumo, dizer que gostei muito de visitar o mercado de rua Hornstulls. Não pelas compras em si, que não fiz, mas pelo ambiente descontraído e pelas gastronomia de todo o mundo que por lá encontrei. Para mim, é outro dos lugares a conhecer quando visitar Estocolmo.
O Mercado Hornstulls realiza-se todos os sábados e domingos, desde o primeiro fim de semana de abril até ao último fim de semana de setembro (exceto no chamado Midsummer, que ocorre perto de 21 de junho). O horário oficial é entre as 12:00 e as 17:00, embora pelas 16:30 já havia gente a arrumar as bancas.
Ver as coleções do Museu Fotografiska
Começou por ser uma extensão do Museu de Arte Moderna de Estocolmo. Mas, desde que se tornou autónomo e inaugurou oficialmente em 2010, no edifício da antiga Alfândega Real, o Fotografiska rapidamente se afirmou como uma referência internacional no domínio da fotografia, da arte contemporânea e da cultura.
É, hoje, um espaço imperdível para quem passa por Estocolmo. Eu já visitei o Fotografiska mais do que uma vez e, para mim, é um dos melhores centros de fotografia que já tive oportunidade de visitar na Europa.
Para além do horário alargado – o Fotografiska está aberto todos os dias até às 23:00! -, o edifício alberga também um reputado restaurante de fine dining. Caso não queira investir numa refeição completa, recomendo que suba ao terceiro andar e desfrute de um café enquanto aprecia a vista panorâmica sobre a cidade. Não se vai arrepender.
No que diz respeito às exposições, o museu não possui uma coleção permanente, o que permite ser surpreendido em cada visita. E pode contar com duas ou três exposições temporárias em simultâneo. Quando lá passei nesta última viagem a Estocolmo, o museu apresentava uma retrospectiva fascinante do trabalho de Hans Hammarskiöld, um dos mais reconhecidos fotógrafos suecos, com uma carreira que se estendeu por mais de 60 anos.
Destacava-se também a exposição On Being Family, uma reflexão comovente sobre o conceito de família, construída a partir das narrativas visuais de Anna Clarén, Hannah Modigh e Ewa Stackelberg.
Mais disruptiva – e imersiva – foi a instalação da Toiletpaper, o irreverente gabinete de design italiano que também edita uma revista homónima. A exposição, intitulada ToiletFotoPaperGrafiska, mergulhava o visitante num universo hipervisual e surrealista, bem resumido nas palavras dos fundadores Maurizio Cattelan e Pierpaolo Ferrari: “É como se fosses convidado para a melhor festa da tua vida, onde toda a gente está super bêbeda e tu és a única pessoa sóbria na sala”. É isso.
Em suma, tem mesmo de incluir o Museu Fotografiska nos planos com o que fazer em Estocolmo.
Para visitar, recomendo comprar os ingressos para o Fotografiska com antecedência na GetYourGuide. Desta forma poderá cancelar sem custos até ao dia anterior à visita, caso os planos se alterem.
Fotografar o túnel de Brunkebergs
Se procura o que fazer em Estocolmo mas prefere sugestões menos óbvias, tenho a dica ideal: atravessar o túnel de Brunkebergs. Trata-se de um atalho com pouco mais de 200 metros de extensão, aberto para peões e ciclistas, que atravessa uma crista no centro da cidade.
Fica muito perto do Hotel With Urban Deli, e é um daqueles lugares maravilhosos para fotografar. Tal como o túnel que recomendo conhecer a quem procura o que visitar em Guimarães, também o Brunkebergs vale a atenção de todos os que gostam de fotografia. É claro que não é uma atração turística, mas fica aqui a recomendação. Eu diverti-me bastante a brincar com as linhas e a câmara fotográfica.
Apreciar as estações de metro de Estocolmo
Talvez não seja uma atração muito normal, mas conhecer algumas estações de metro é algo que recomendo incluir em qualquer roteiro para visitar Estocolmo. Pode parecer estranho, mas eu explico.
Em Estocolmo, sempre houve preocupação com o espaço público, sendo o foco a qualidade de vida dos seus habitantes. Isso ajuda a perceber porque é que há 50 anos já havia a preocupação de tornar um espaço stressante como a principal estação de metro da cidade – a T-Centralen, centro nevrálgico do sistema de transportes de Estocolmo! – num espaço que convidasse à calma e tranquilidade.
Assim, o interior da estação, junto às escadarias e plataformas, foi pintado em tons de azul para proporcionar um ambiente de paz. A obra, da autoria do artista finlandês Per Olof Ultvedt, foi inaugurada em 1975, e o artista assumia a intenção de relembrar as igrejas medievais e os seus frescos. Não entendi muito bem a ligação, mas gostei do resultado.
No ano seguinte, foi a vez da estação Kungstradgarden receber uma intervenção do artista Ulrik Samuelson, de origem sueca. Nesse caso, a ideia era dar continuidade à praça existente à superfície e que dá o nome à estação: fazer um Jardim do Rei.
Há cerca de 50 bustos e esculturas misturados com o que parecem ser evidências de demolição e árvores naturais, criando uma espécie de caos organizado. Talvez não seja tão vistosa quanto as obras nas estações T-Centralen, Stadion (linha vermelha) ou mesmo Solna Centrum (linha azul), mas vale muito a pena conhecer. Fica a sugestão – tem aí quatro estações de metro para explorar!
Pôr-do-sol em Monteliusvägen
Tenho de admitir que poucas coisas me dão mais prazer fazer em Estocolmo do que percorrer Monteliusvägen. Trata-se de um pequeno trilho pedestre de apenas 500 metros de extensão, com vistas magníficas para o Lago Mälaren, a Câmara Municipal de Estocolmo e Riddarholmen.
É especialmente bonito ao nascer e ao pôr do sol. Ou seja, estando bom tempo, recomendo fazer como os suecos: comprar algumas bebidas e snacks e sentar-se numa encosta relvada junto a Monteliusvägen para desfrutar do entardecer. É mágico!
Pode ver o ponto exato onde entrar em Monteliusvägen no mapa de Estocolmo que encontra abaixo .
Apreciar as vistas de Skinnarviksberget
Ora, para além de Monteliusvägen – que eu já conhecia de outras viagens a Estocolmo -, desta vez descobri um outro lugar, bem perto, com vistas amplas sobre o coração da capital sueca.
Chama-se Skinnarviksberget e é um local rochoso sobre o rio, situado no topo da colina, com vista panorâmica para a cidade e para o pôr do sol. Nas palavras oficiais, é “o miradouro natural mais alto de Estocolmo e a única colina da cidade que mantém o seu carácter original, árido e sem árvores”.
O acesso é feito através de Gamla Lundagatan, uma área histórica e protegida – por ter “vários edifícios num ambiente onde se conservam valiosos vestígios históricos do centro histórico”. No lado norte da rua, por exemplo, há uma fileira de casas do século XVIII bem preservadas, feitas de pedra e madeira, com grandes jardins e vista para a água.
Ou seja, tanto as casas de Gamla Lundagatan como as vistas a partir de Skinnarviksberget valem bem a pena. É tudo muito bonito. Mas prepare-se para o vento!
Museu de Arte Moderna de Estocolmo
Resumidamente, o Museu de Arte Moderna de Estocolmo exibe coleções proeminentes de arte contemporânea e do século XX. Tem uma coleção de arte de grande relevo, para além de exibir exposições temporárias que merecem bem uma visita.
Quando fui visitar Estocolmo o museu exibia uma bem conseguida exposição sobre o surrealismo e uma outra sobre a arte de desenhar. A exposição Another Morning – Drawing in the Moderna Museet Collection mostrava desenhos e ilustrações criados com recurso a diversas técnicas, apresentados lado a lado com esculturas, imagens em movimento e fotografias. Muito interessante. Fica a sugestão para que inclua na sua lista com o que fazer em Estocolmo.
O Museu de Arte Moderna de Estocolmo é gratuito para menores de 19 anos durante todos os dias, e para todos às sextas-feiras no período das 18:00 às 20:00.
ArkDes
Localizado paredes meias com o Museu de Arte Moderna, o ArkDes é de entrada livre e versa sobre arquitetura e design – em sentido amplo. Pelo que me apercebi, não tem propriamente uma exposição permanente; antes vários convites à reflexão.
Quando fui visitar Estocolmo, a exposição versava sobre design para a maternidade, as necessidades específicas do corpo da mulher e os cuidados com recém-nascidos. Desde a evolução dos copos menstruais aos espéculos para fazer exames pélvicos, havia muito design de produto para ser apreciado.
Mas, para além desta exposição temporária, a nave principal do edifício estava ocupada com múltiplas exposições bem interessantes, onde pontificavam plantas, maquetes e convites à reflexão sobre temáticas ligados à arquitetura e ao urbanismo.
De referir que, ao que consta, todas as semanas há um “unboxing”, sendo tirado dos arquivos e exibido ao público um objeto (maquete ou plantas antigas, por exemplo) que convide à reflexão. Muito interessante.
Nota: a entrada no ArtkDes faz-se pelo edifício do Museu de Arte Moderna de Estocolmo.
Ver a Coleção ao Ar Livre do Museu de Arte Moderna
Sem necessidade de bilhete ou de cumprir qualquer horário, o Museu de Arte Moderna de Estocolmo oferece uma interessante coleção permanente de obras ao ar livre que merece, sem dúvida, uma visita.
Num circuito bem sinalizado – com mapas impressos e audioguias online que descrevem as 14 obras em exibição -, é possível apreciar esculturas de artistas como Alexander Calder, Beth Laurin, Björn Lövin ou Niki de Saint Phalle.
Logo na encosta junto à entrada principal do museu encontra-se uma das peças mais emblemáticas da coleção: O Paraíso Fantástico, o célebre conjunto de esculturas de Niki de Saint Phalle e Jean Tinguely, originalmente criado para a Expo 67 de Montreal. Pessoalmente, sou apreciador da criatividade de Jean Tinguely, um dos mais inovadores artistas suíços do século XX (ver o artigo sobre Basileia), e o conjunto funciona muito bem.
Outra obra particularmente apreciada é Déjeuner sur l’herbe, do artista norueguês Carl Nesjar, baseada em modelos de cartão de Pablo Picasso. De referir que este conjunto escultórico está localizado no relvado exterior ao ArkDes. Passe por lá e desfrute.
Apreciar obras de arte nas ruas de Estocolmo
Por falar em arte, os suecos acreditam que a arte desempenha um papel importante na sociedade e que deve ser acessível a todos. Desde 1937, pelo menos, altura em que foi criada a Public Art Agency Sweden, foi assumido o objetivo de aumentar as oportunidades de trabalho para artistas suecos e tornar a arte acessível a mais pessoas.
A agência apoia a cena artística sueca comissionando artistas para criarem intervenções em espaços públicos e adquirindo obras de artistas suecos vivos. E existe mesmo uma regra que recomenda que 1% do orçamento de projetos de construção pública seja destinado à arte. Wow!
Nas palavras da Public Art Agency Sweden, a coleção “é composta por cerca de 100.000 obras que deixaram a sua marca nos espaços públicos da Suécia desde 1937”. Não é por isso de admirar que Estocolmo tenha imensas obras de arte espalhadas em parques, praças e ruas da cidade – nomeadamente esculturas. E essa é uma das coisas mais surpreendentes da capital sueca!
Visitar o museu dos icónicos ABBA
É um dos museus mais visitados de Estocolmo, e eu quis perceber porquê – mesmo não sendo fã dos ABBA, o icónico grupo sueco que venceu o Festival Eurovisão da Canção em 1974 e alcançou, a partir daí, fama mundial.
Ora, para além de saber trautear muitas músicas escutadas na adolescência, pouco sabia sobre a história dos ABBA. E a verdade é que saí do museu a saber praticamente tudo.
O museu é bastante interativo e promete encantar qualquer admirador da banda com a extensa memorabilia em exposição. Conte ver fatos originais usados em palco; todos os discos de ouro e platina; o misturador de som onde foram produzidos alguns dos seus maiores sucessos; além de muitos objetos pessoais e fotografias de diferentes fases da carreira do grupo.
A exposição segue uma linha temporal clara, permitindo ao visitante conhecer a história dos ABBA desde a sua formação algo casual até ao crescimento explosivo, passando pela separação – nunca oficialmente declarada – e o percurso individual de cada um dos quatro membros.
Por ser um museu interativo, há diversos pontos onde o visitante é convidado a colocar-se no lugar dos próprios ABBA. A experiência mais popular é, sem dúvida, aquela em que se pode subir ao palco como o “quinto elemento” da banda e cantar e dançar com os ABBA em versão holograma.
Tudo somado, continuo a não ser fã da banda mas reconheço que faz sentido incluir o museu num roteiro para visitar Estocolmo.
Recomendo comprar os ingressos para o Museu dos ABBA com antecedência na GetYourGuide. Desta forma poderá cancelar sem custos até ao dia anterior à visita, caso os planos se alterem.
Tour de barco pelo arquipélago de Estocolmo
Estando bom tempo, nada melhor do que navegar pelas águas do arquipélago de Estocolmo a bordo de uma embarcação histórica da Stromma. Eu já fiz e recomendo vivamente.
Note que há várias opções de cruzeiros com durações que vão de hora e meia até duas horas e meia ou três horas. Escolha uma das mais longas para ter oportunidade de passar por Vaxholm – e não apenas circundar Fjäderholmarna, uma das ilhas localizadas mais perto da malha urbana de Estocolmo.
Caso queira garantir lugar com antecedência – coisa que eu recomendo enfaticamente porque os cruzeiros esgotam mesmo! -, considere então o cruzeiro da Stromma pelo arquipélago de Estocolmo (com guia). Se reservar a partir deste link (GetYourGuide) poderá cancelar gratuitamente caso os planos se alterem. Fica a dica
Visitar o Artipelag
Fundado por um casal de empresário de sucesso suecos, o Artipelag nasceu da ideia de criar um destino acessível a partir da cidade, no meio da Natureza, onde arte, cultura e o próprio arquipélago de Estocolmo se encontrassem em plena sintonia.
Compraram os terrenos e idealizaram um espaço onde fosse possível admirar uma exposição na galeria de arte; desfrutar de um passeio pelo passadiço de madeira junto ao mar; assistir a um espetáculo na Artbox; ouvir um concerto no terraço; ou fazer um piquenique nas rochas ou saborear uma refeição com vista para o Baggensfjärden.
Hoje, o Artipelag é reconhecido internacionalmente graças, em grande parte, às exposições de grande sucesso organizadas pelo diretor do museu – Bo Nilsson – e sua equipa. Mas eu diria que vale a pena visitar o Artipelag mesmo sem entrar na galeria. Quanto mais não seja para apreciar a arquitetura do edifício, percorrer o chamado Caminho Costeiro, ao longo do qual é possível apreciar a paisagem e várias esculturas – incluindo a mais icónica chamada Ovo Solar, da dupla criativa Bigert & Bergström.
Em suma, quando visitar Estocolmo inclua o Artipelag no seu roteiro. Não se vai arrepender.
Dica Alma de Viajante: para além dos transportes públicos, há um autocarro que sai de T-Centralen às 10:45 e custa 50SEK. Também é possível ir num barco da Stromma, numa espécie de cruzeiro pelo arquipélago de Estocolmo com destino a Artipelag, mas apenas nos meses de verão (a partir de maio).
Liljevalchs, a mais antiga galeria de arte de Estocolmo
Considerada a maior e mais antiga galeria de arte de Estocolmo, a Liljevalchs é uma referência incontornável no que à arte contemporânea – sueca e internacional – diz respeito. Inaugurada em 1916, foi a primeira galeria de arte pública independente da Suécia e tinha uma missão clara: tornar a arte acessível a todos.
Ora, esta vocação democrática ainda hoje define o espírito da galeria, que se distinge pelo apoio consistente à produção artística local, funcionando como uma plataforma de lançamento para novos talentos.
A programação abrange normalmente exposições de artistas suecos e internacionais, tanto consagrados como emergentes, nas áreas da pintura, escultura, design, fotografia e vídeo. Note que em 2021 a galeria inaugurou um novo edifício, apelidado de Liljevalchs+, que permitiu à galeria de arte ganhar 2.400 metros quadrados de área útil para exposições, restaurante e uma loja. E acaba por ser uma bonita justaposição, o velho edifício de arquitetura clássica a conviver paredes meias com a arquitetura moderna e surpreendente do Liljevalchs+.
Se tem tempo disponível e não sabe mais o que fazer em Estocolmo, fica a dica. Perfeito para combinar com uma visita ao Museu dos Abba, ao Museu Vasa ou até ao parque de diversões Gröna Lund.
Cemitério de madeira Skogskyrkogården (UNESCO)
Confesso que me intrigou profundamente o facto de existir, em Estocolmo, um cemitério classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. O que pode ter um cemitério de tão especial que justifique tal distinção?
O Skogskyrkogården – que em português significa “Cemitério do Bosque” – foi concebido entre 1917 e 1920 por dois jovens arquitetos suecos, Gunnar Asplund e Sigurd Lewerentz. O projeto conjuga de forma notável a vegetação e os elementos arquitetónicos, aproveitando as irregularidades naturais do terreno para criar uma paisagem serena e profundamente harmoniosa, perfeitamente adaptada à sua função.
Decidi visitar o cemitério e posso dizer que me deixei absorver pela tranquilidade do espaço. Percebo agora melhor que se diga que o projeto é notável nessa interligação com a Natureza envolvente e se tornou uma referência internacional, mas continuo sem compreender o alcance da distinção da UNESCO. Seja como for, não é, naturalmente, uma atração turística em si mesmo – mas, tendo curiosidade, vá visitar Skogskyrkogården.
Urinar em grande estilo
Para os homens, deixo aqui uma sugestão completamente inusitada. Creio, aliás, que nunca no Alma de Viajante incluí o ato de urinar como sugestão sobre o que fazer num destino. Mas é isso mesmo que proponho quando visitar Estocolmo.
Ora, reza a história que no final do século XVIII apareceram os primeiros sanitários de acesso público na cidade. E assim, por volta de 1890, foi construído em Källargränd o urinol que é tido como o mais antigo de Estocolmo.
Ainda hoje se encontra de pé, bem junto ao atual Museu do Prémio Nobel, e é uma obra arquitetónica muito curiosa e interessante. Mais: posso garantir que ainda está em funcionamento, pelo que, quando passar por Gamla Stan, já sabe. Aprecie e, se for o caso, utilize o histórico urinol Källargränd.
Visitar o Palácio Drottningholm
Tendo tempo disponível no seu roteiro para visitar Estocolmo, guarde umas horas para sair da malha urbana e visitar o Palácio Drottningholm. Fica nos arredores da cidade e é uma residência oficial da família real sueca.
Em concreto, Drottningholm é um complexo com vários motivos de interesse, com destaque para o palácio propriamente dito – um edifício majestático por fora e impressionante por dentro! Mas há também o teatro de ópera, o pavilhão chinês – tido como “um dos mais bem preservados ambientes rococó do mundo com elementos chineses” – e, claro, os jardins.
A título de curiosidade, dizer que, tal como o cemitério Skogskyrkogården, também o Palácio Drottningholm integra a lista de Património Mundial na Suécia da UNESCO.
A forma mais bonita de chegar à Ilha de Lovon, onde se localiza o Palácio de Drottningholm, é de barco. A viagem a partir do cais perto do City Hall dura uma hora e é muito agradável, apesar das temperaturas e do vento nem sempre serem confortáveis.
Skansen, o museu folclórico ao ar livre
Uma das atrações mais visitadas de Estocolmo, Skansen é descrito como um museu vivo, ao ar livre, uma espécie de “Suécia em miniatura”. É um parque verde imenso, com quintas e edifícios tradicionais das diferentes partes da Suécia, além de um pequeno zoológico que faz as delícias da pequenada. Os “habitantes” usam roupas tradicionais, e é possível observar atividades antigas como os vidreiros artesãos a soprar vidro.
Não há dúvida que, viajando com crianças, uma visita a Skansen é uma excelente forma de passar algumas horas. Mas, de outra forma, sou da opinião que só deve incluir o museu num roteiro com o que fazer em Estocolmo caso tenha pelo menos 5 dias na capital sueca. Isto porque Estocolmo tem dezenas de lugares que vale a pena visitar – museus, parques, lojas, palácios! – e há que fazer escolhas. Ou seja, se tiver muito tempo aproveite para conhecer Skansen quando visitar Estocolmo; caso contrário, não falta o que ver e fazer.
Uma nota final para a loja de Skansen, localizada junto à entrada principal; é seguramente uma das melhoras lojas existentes nos museus de Estocolmo.
Para visitar o museu ao ar livre recomendo comprar os ingressos para o Skansen com antecedência na GetYourGuide. Desta forma poderá cancelar sem custos até ao dia anterior à visita, caso os planos se alterem.
Adrenalina no parque de diversões Gröna Lund
Inaugurado no longínquo ano de 1883, o Gröna Lund é um parque de diversões localizado na ilha Djurgården, a dois passos do Museu dos Abba. Eu confesso que não sou apreciador, mas estou ciente de que, durante o verão, é uma das atrações mais procuradas de Estocolmo.
O parque alberga vários restaurantes para aconchegar o estômago, mas o foco está naturalmente nos carrosséis, montanhas-russas e outras diversões com maior ou menos dose de adrenalina. No total, são cerca de 30 atrações para todas as idades e graus de frio na barriga. Em jeito de nota final, de referir que há dezenas de concertos ao longo do ano no interior do parque – verifique a agenda no site oficial.
Fika num dos bons cafés de Estocolmo
Fika num café é uma atividade tipicamente sueca. De forma simplificada, fika significa encontrar-se para tomar um café e comer um doce ou uma fatia de bolo. A atividade está tão enraizada na cultura de Estocolmo que os fik – a palavra fik tornou-se gíria para café, padaria ou confeitaria! – estão quase sempre lotados. E há mesmo muitos cafés em Estocolmo bons e agradáveis.
Entre eles, destaque para os quase vizinhos Drop Coffee e Johan & Nyström, em Sodermalm; ou o Saturnus e o Café Pascal, em Norrmalm. Mas há dezenas e dezenas espalhados pela cidade.
Pela minha parte, sugiro pedir um galão ou capuccino com um delicioso kannelbulle (bolo de canela sueco). É um excelente pretexto para fazer uma pausa no seu roteiro em Estocolmo e retemperar energias. Não se vai arrepender.
Beber um copo no rooftop bar do Hotel Urban Deli
Para aqueles fins de tarde soalheiros, nada melhor do que rumar a uma esplanada para beber um copo. Seja ela junto às águas ou num terraço de Estocolmo. Ora, é precisamente um desses rooftop bars que venho aqui sugerir para complementar o seu roteiro com o que fazer em Estocolmo.
Refiro-me ao bar existente no topo do Hotel With Urban Deli que, para além de um espaço fechado muito agradável, tem uma magnífica área exterior com vistas desafogadas sobre a região de Norrmalm. Fica a dica.
Não é preciso ser hóspede do hotel para frequentar o bar do terraço.
Outras coisas a fazer em Estocolmo
Como é evidente, há outras coisas a visitar em Estocolmo, caso disponha de mais tempo para explorar a cidade. Deixo aqui algumas e sugestões de atrações a ver e atividades a fazer:
- Visitar a Catedral de São Nicolau de Estocolmo. Confesso que não me senti motivado para conhecer a catedral, mas fica a sugestão.
- Igreja Sofia, em Sodermalm.
- Visitar o Museu Nórdico. Exposições sobre tradições nativas e tendências em decoração do lar e moda, além de festivais e eventos.
- Apreciar os murais Snösätragränd Wall of Fame.
- Fazer uma secção (ou mais) do percurso pedestre Stockholm Archipelago Trail (270km no total, divididos em 20 secções).
- Passear pelos Bergian Garden (jardins botânicos).
- Visitar a Vinterviken – antiga fábrica de Alfred Nobel.
- Tour pelos telhados de Estocolmo, com a Takvandring.
- Visitar a cidade de Uppsala.
- Ver lojas de design, mobiliário, discos em vinil ou roupa em segunda mão. Tudo em Estocolmo tem um bom gosto inacreditável.
Mapa dos lugares a visitar em Estocolmo
Se procura o que visitar em Estocolmo, nada como visualizar a localização exata dos lugares referenciados no artigo. Como vê, não falta o que fazer em Estocolmo durante uma escapadinha de 3, 4 ou 5 dias na cidade. Ou até mais. Note que, tendo tempo, é perfeitamente possível fazer um roteiro em Estocolmo com uma semana de duração.
Excursões a partir de Estocolmo
Para além do referido passeio de barco pelo arquipélago de Estocolmo, há outros tours que pode fazer a partir da capital sueca. Estas são algumas das melhores excursões que conheço com partida de Estocolmo:
Dicas para visitar Estocolmo
Qual a melhor época para visitar Estocolmo
Apesar da sua latitude tão a norte, o clima da capital sueca é surpreendentemente temperado, com quatro estações distintas e temperaturas relativamente amenas.
Dito isto, eu diria que a melhor época para visitar Estocolmo são os meses de maio e junho, quando o sol começa a brilhar com mais intensidade e os habitantes procuram o exterior. É uma época muito bonita e animada, até porque os dias são muito longos: Estocolmo chega a ter 18 horas de luz por altura do solstício de verão.
Quantos dias são necessários para visitar Estocolmo
Depende dos objetivos da viagem, mas eu recomendo ficar, no mínimo, 4 dias completos em Estocolmo. Só assim poderá verdadeiramente sentir o pulsar da capital da Suécia.
Como chegar a Estocolmo
A partir de Portugal, pelo menos a TAP, a Ryanair e a Norwegian têm voos diretos entre Lisboa ou Porto e o Aeroporto de Arlanda (ARN), localizado a 37km do centro de Estocolmo. Pessoalmente, sempre que possível escolho a TAP. Note no entanto que algumas dessas ligações podem ser sazonais, havendo regra geral mais frequências no período do verão IATA (abril a finais de outubro).
Como ir do aeroporto até ao centro de Estocolmo
Autocarro. É a opção mais barata. A Flygbussarna tem partidas a cada 10-30 minutos, dependendo da altura do dia. Tenha em atenção que, por causa do trânsito, nem sempre o autocarro é a melhor forma de ir do aeroporto até ao centro de Estocolmo. Na minha opinião, é preferível pagar um pouco mais e ir no Arlanda Express.
Comboio Arlanda Express. É para mim a opção mais prática e confortável e, quase sempre, a que oferece melhor relação custo / benefício. Especialmente se viajar a dois. Em qualquer caso, recomendo comprar o bilhete para o Arlanda Express na GetYourGuide, para poder cancelar (e não perder dinheiro) caso os planos mudem.
Note que poupa muito dinheiro se comprar mais do que um bilhete (ou seja, por algum motivo quem viaja sozinho paga mais). E os adolescentes menores de 18 anos não pagam bilhete se acompanhados por um adulto maior de 26 anos.
Uber. Dito isto, se viajar num grupo de três ou quatro pessoas maiores de 18 anos, pode muito bem compensar apanhar um Uber. A afirmação não é definitiva porque, como as tarifas da Uber são dinâmicas, pode haver alturas em que fica mais caro do que o Arlanda Express e outras em que fica mais barato. Mas tenha essa opção em consideração, especialmente se o seu hotel ficar afastado da estação central de Estocolmo.
Como se deslocar em Estocolmo
O centro de Estocolmo é tão compacto que, na maioria das vezes, acabará por andar a pé. Dito isto, ocasionalmente poderá usar os transportes públicos, nomeadamente o metro ou autocarros. Cada viagem individual para um adulto custa quase 4,50€, sendo que a forma mais prática de pagar os bilhetes é usando um cartão contactless a bordo (chamam-lhe “pay as you go“). Ou seja, não precisa de comprar bilhetes físicos nas estações de metro ou bus. A não ser que prefira ter um passe para viagens ilimitadas – é precisamente essa a minha recomendação!
Pela minha parte, depois de tudo ponderar, acabei por comprar um passe de transportes com viagens ilimitadas nos transportes públicos de Estocolmo. Feitas as contas, o passe compensa se fizer pelo menos três viagens por dia nos transportes públicos.
Eu optei por comprar o passe de 7 dias e não me arrependi (apesar de ter passado apenas 5 dias em Estocolmo compensou). Isto porque ter o passe comprado deu-me maior flexibilidade de movimentos e permitiu-me ser mais impulsivo na hora de aproveitar os transportes públicos para me deslocar e, com isso, otimizar a estadia em Estocolmo. E é mesmo muito prático!
Pode ver todas as informações e preços atualizados – tanto dos bilhetes como dos passes turísticos – no site oficial da SL. Lá se explica também como beneficiar da tarifa reduzida (para jovens, por exemplo) usando a aplicação da SL no seu smartphone. Aliás, o procedimento é o seguinte:
- Instalar a app SL no telefone;
- Na própria app, comprar o passe com antecedência;
- Já em Estocolmo, ativar o passe na app antes da primeira viagem;
- E depois é só usar a app para leitura do QR Code nos transportes públicos. Fácil e prático!
Note que os passes não servem para a viagem entre o aeroporto de Arlanda e o centro de Estocolmo.
O Stockholm Card que refiro em textos antigos foi entretanto descontinuado. Não há substituto à altura.
Onde ficar em Estocolmo
Antes de mais, veja o artigo sobre onde ficar em Estocolmo para todas as dicas das melhores regiões para se hospedar na cidade. A principal dúvida será sobre procurar hotel em Norrmalm, Gamla Stan ou Sodermalm. Mas, ao fim de várias estadias em Estocolmo, a minha escolha é Norrmalm.
HOTÉIS EM NORRMALM. Em concreto, nesta última viagem fiquei num hotel com excelente localização (e perto do metro!), decoração arrojada, ambiente maravilhoso e boa relação qualidade / preço. Os quartos são um pouco pequenos e não têm janelas, mas tudo o resto compensa. Chama-se Hotel With Urban Deli e fica em Norrmalm. Recomendo vivamente, mas reserve com antecedência para obter os melhores preços.
Alternativamente, considere os hotéis Downtown Camper by Scandic ou Scandic GO, Upplandsgatan 4. Caso procure um 5 estrelas, veja o Lydmar Hotel, seguramente um dos melhores hotéis de Estocolmo – mas não é naturalmente barato. Fique onde ficar, escolha um hotel próximo de uma estação de metro para visitar Estocolmo com maior comodidade.
HOTÉIS EM GAMLA STAN. Caso prefira ficar em Gamla Stan, saiba que há muitos apartamentos acolhedores em edifícios históricos, mas os preços tendem a ser bastante elevados. Quanto a hotéis, no segmento mais económico espreite o Castle House Inn (antigo Urban Hostel), um hotel bom e barato mas com WC partilhado. Bem melhor é o Victory Hotel, um 4 estrelas de qualidade no coração do centro histórico.
Encontra muitas mais opções de alojamento em Estocolmo – seja em Norrmalm, Gamla Stan, Sodermalm ou noutras regiões – pesquisando no link abaixo
Gastronomia e restaurantes em Estocolmo
Apesar de Estocolmo ser um destino profícuo para quem é apreciador de peixe, a gastronomia sueca não é, na minha opinião, das mais entusiasmantes do mundo. Basta pensar que as almôndegas são uma espécie de prato nacional. Mas conte também com arenque curado e salmão fumado com frequência.
Como referido no artigo, os mercados Hötorgshallen e Östermalms são excelentes apostas para almoçar, com inúmeros restaurantes de diferentes estilos. Eu gostei muito do restaurante Kajsas Fisk, no Hötorgshallen.
Dito isto, Estocolmo tem restaurantes com gastronomia de todo o mundo, incluindo geografias tradicionalmente muito mais baratas. Por exemplo, perto do Hotel With Urban Deli, onde fiquei hospedado, fui a um minúsculo mas excelente restaurante tailandês (Mae Thai Hötorget) e outro vietnamita (An Nam) com boa comida e preços muito aceitáveis.
De resto, há muitos restaurantes japoneses que servem combinados de sushi, maki e sashimi – boa parte deles com salmão, que abunda na Suécia -, com preços acessíveis durante o almoço.
A esse respeito, tome nota que ao almoço os preços dos restaurantes são duas a três vezes mais baixos do que ao jantar, pelo que se quiser aproveitar para conhecer restaurantes de melhor qualidade deverá optar pela hora de almoço (sensivelmente entre as 11:00 e as 14:00).
Por fim, não esquecer a já referida fika, uma espécie de ritual que consiste em beber um galão ou capuccino com um doce – recomendo o Kannelbulle, um delicioso bolo de canela sueco.
Passe de Estocolmo: vale a pena comprar?
Existe um passe turístico com duração de 1 a 5 dias, da empresa Go City, que inclui o acesso a dezenas de atrações de Estocolmo e ao autocarro turístico hop-on hop-off. Entre elas, contam-se locais ou atividades:
- Museu Vasa; Catedral de Estocolmo; Museu Fotografiska; Palácio Real; Skansen; Museu Viking; Visita ao Canal Real (1 hora) (abril a dezembro); Museu do Prémio Nobel; Autocarro hop-on hop-off de Estocolmo (abril a outubro); Museu Nordiska; SkyView Estocolmo; Fika tradicional sueca no Systrarna Andersson; Palácio de Drottningholm; Parque de diversões Gröna Lund (junho a setembro); Beber um copo no ICEBAR Stockholm.
Assim, se a sua lista com o que visitar em Estocolmo for modesta e pretender fazer mais vida de rua, não compensará comprar o passe. Mas caso pretenda visitar muitos das atividades que integram a lista, comprar o passe pode significar poupar dinheiro. Na minha opinião, o Passe de Estocolmo é mais valioso durante a primavera e o verão. Quando fui visitar Estocolmo em abril acabei por não comprar, mas faça contas e decida o que for mais benéfico para a sua viagem. Veja no link abaixo.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.
Outros roteiros de cidades europeias
Se está a pensar visitar Estocolmo, talvez tenha interesse em saber um pouco mais sobre o que ver e fazer noutras cidades da Europa.
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