Visitar Estrasburgo: o que fazer na capital da Alsácia

Procura o que fazer em Estrasburgo? Pois bem, recentemente tive oportunidade de visitar Estrasburgo, capital da região francesa da Alsácia, e fui agradavelmente surpreendido.

A verdade é que não tinha grandes expectativas sobre a cidade, que sempre associei ao cinzentismo das instituições europeias. Tinha uma ideia pré-concebida de Estrasburgo, mas estava enganado.

Estrasburgo

Estrasburgo é uma cidade bonita. E essa foi a primeira surpresa. A Grande Ilha, onde fica o centro histórico, é muito agradável para explorar a pé. Sim, da Catedral de Notre-Dame à Pequena França, passando por alguns museus, pelo Parlamento Europeu e passeios de barco pelos canais que atravessam a cidade, há muito o que visitar em Estrasburgo.

Eis, pois, sugestões sobre o que fazer em Estrasburgo numa escapadinha à bela capital da Alsácia. Inclui referência às principais atrações turísticas e a (alguns) bons restaurantes onde tive oportunidade de comer.

Depois de chegar a Estrasburgo, o que visitar? É disso que trata este artigo, uma espécie de guia completo para um roteiro de 1 ou 2 dias a Estrasburgo, França. Vamos a isso.

Caso esteja a planear uma viagem mais completa à região da Alsácia, veja também o artigo sobre Colmar. E porque não juntar ao roteiro de viagem a cidade de Basileia, já em território suíço? Eu diria, aliás, que um roteiro Estrasburgo – Colmar – Basileia resulta maravilhosamente bem. Fica a dica.

O que fazer em Estrasburgo

Visitar a Catedral Notre-Dame de Estrasburgo

Tida como uma “extraordinária obra-prima da arte gótica”, a Catedral de Estrasburgo é, sem dúvida, uma das principais atrações turísticas da cidade. Concluída em 1439, a catedral domina o coração do centro histórico – sendo, nas palavras atribuídas a Victor Hugo, “uma hábil combinação entre monumentalidade e delicadeza”.

De facto, é impossível o visitante não se sentir pequeno no interior da catedral que, à época, foi considerado “o edifício mais alto de todo o mundo cristão”. E não faltam motivos de interesse um pouco por todo o edifício.

Lá dentro, uma nave larga e imponente aguarda os visitantes, com vitrais dos séculos XII e XIV, uma rosácea incrível e um órgão antigo espetacular. E, claro, o relógio astronómico renascentista de que falarei adiante.

Por fim, há também a torre que, do alto dos seus 142 metros de altura, é considerada uma “obra-prima de elegância e complexidade arquitetónica”. E olhe que as vistas lá do topo valem mesmo a pena – mas já lá iremos. Tudo somado, a catedral é, sem qualquer dúvida, um lugar de visita obrigatória em Estrasburgo.

É possível visitar a Catedral de Notre-Dame de segunda a sábado das 08:30 às 11:15 e das 12:45 às 17:45. Aos domingos e feriados o horário é reduzido para 14:00-17:15. Programe o seu roteiro em Estrasburgo em conformidade.

… e ver o relógio astronómico

Sendo imperdoável não incluir a visita à catedral na sua lista com o que fazer em Estrasburgo, seria também uma pena não prestar toda a atenção ao chamado Relógio Astronómico. Bem sei que está instalado dentro da catedral mas, uma vez que é algo verdadeiramente único, vale a pena individualizar o monumento.

Do Relógio Astronómico diz-se ser “o resultado do trabalho combinado de artistas, matemáticos e técnicos”, incluindo relojoeiros suíços (o mecanismo do relógio data de 1842). E os turistas podem, hoje em dia, apreciar o resultado desse labor.

Assim, diariamente, ao meio-dia e meia, é possível admirar um desfile dos apóstolos diante de Cristo no Relógio Astronómico. Há ainda representações das “diferentes idades da vida, personificadas por uma criança, um adolescente, um adulto e um velho, que desfilam perante a Morte”. Eu fiquei para assistir e de facto é interessante.

Se não sabe o que visitar em Estrasburgo e tem algum tempo, programe a sua visita à catedral para incluir este momento. Fica a dica.

Subir à “Plataforma” no topo da Catedral

Para além da beleza interior da catedral, nada melhor do que subir à chamada Plataforma, no topo da “torre mais alta do Império Sagrado”, para apreciar o centro da cidade de uma outra perspetiva. As palavras entre aspas são retiradas de um painel informativo da Catedral de Estrasburgo, que garante que o arquiteto Ulrich d’Ensingen foi contratado em 1399 com o propósito de construir o monumento religioso mais alto da época.

Nos dias de hoje, ao planear o seu roteiro para visitar Estrasburgo, não deixe de incluir a subida ao miradouro do topo da torre e apreciar as vistas privilegiadas sobre os telhados de Estrasburgo. Para lá chegar, é preciso vencer uma estreita escada em espiral que muitos podem considerar claustrofóbica. São 330 degraus que exigem esforço, mas garanto que esse esforço é recompensado.

Ao contrário da catedral, a subida à torre não é gratuita (custa 8€ por pessoa). Assim, e salvo alterações recentes, a Plataforma está aberta nos horários 9:30-13:00 e 13:30-18:00; sendo que de outubro a março abre meia hora mais tarde (a partir das 10:00).

Apreciar a Casa Kammerzell

Nomeada como a “casa mais bonitas de Estrasburgo” ou “uma das cervejarias mais bonitas do mundo”, não faltam epítetos para classificar o edifício da Casa Kammerzell. Por dentro, é um elegante hotel-restaurante instalado defronte da Catedral de Notre-Dame. Mas é o seu exterior que deixa boquiabertos os visitantes que passeiam pelas ruas de Estrasburgo.

Mas qual é a história de tão característico edifício?

Bom, pese embora o prédio seja conhecido pelo nome do comerciante de especiarias Kammerzell, proprietário da casa no século XIX, “deve a sua aparência atual ao comerciante de queijos Martin Braun, que o adquiriu em 1571”. Quem o diz é o Turismo de Estrasburgo, que acrescenta que Braun deixou intacto “apenas o piso térreo de pedra de 1467”, tendo acrescentado “três andares ligeiramente em balanço e três andares de sótão em 1589”.

Quanto aos elementos decorativos da fachada, ponto mais distintivo desta maravilha arquitetónica, diz-se que “refletem abordagens bíblicas, bem como influências da antiguidade greco-romana e da Idade Média”. Não tenho conhecimento para argumentar a respeito mas, do ponto de vista visual, é absolutamente deslumbrante. Mais um item a incluir na lista de coisas a visitar em Estrasburgo!

Visitar a Igreja de São Paulo

Sendo uma das igrejas mais notáveis ​​de Estrasburgo, a Igreja de São Paulo é por vezes confundida com a catedral. Fica na Ilha de Santa Hélène, nas margens do rio Ill, um dos pontos mais bonitos do bairro de Neustadt.

Reza a história que a Igreja de São Paulo foi construída com base no “estilo neogótico do Reno” entre 1892 e 1897, depois de Estrasburgo ter sido anexada pela Alemanha. E rapidamente se tornou “um símbolo da legitimidade do poder alemão nos territórios alsacianos recentemente (re)conquistados”. Para o visitante, vista de fora, a igreja é de facto impressionante. A localização é soberba, e as duas torres dominam toda a paisagem.

Lá dentro, o meu olhar seguiu de imediato para os magníficos vitrais que traziam cor ao espaço um pouco frio, enquanto os meus ouvidos registavam sons pouco habituais numa igreja. Parecia o barulho de louça e talheres, para além de gente a conversar. Foi quando reparei que havia um café dentro da igreja.

Disseram-me que era um projeto “efémero”, pelo que desconheço se, quando visitar Estrasburgo, encontrará ou não tão inusitado local de convívio. Já vi um hotel numa igreja durante as minhas viagens, mas não estava à espera deste café.

Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Estrasburgo

Uma das primeiras coisas que fiz em Estrasburgo foi visitar o MAMCS – Museu de Arte Moderna e Contemporânea. Entrei sem grandes expectativas, mas creio não exagerar se afirmar que é imperdível em qualquer roteiro para visitar Estrasburgo.

Desde logo, pelo edifício, cuja arquitetura – com muitas paredes envidraçadas – me pareceu fazer um diálogo interessante com a envolvente exterior. E, claro, pelas exposições propriamente ditas.

Não escondo a minha enorme dificuldade em entender aquilo a que atualmente se chama arte. Mas a verdade é que é sempre uma oportunidade de ver coisas novas; de ser instigado a pensar; ser provocado; ou, no limite, de passar um tempo agradável a visitar um museu de arte contemporânea.

No caso do MAMCS, aberto apenas em 1998, o museu ostenta algumas obras de artistas como Monet, Picasso, Kandinsky e Brauner, entre outros. Para além desta coleção permanente, o museu “dedica grande atenção aos artistas atuais e aos novos talentos”, através de exposições temporárias de interesse naturalmente variável. Mas é ir de espírito aberto e… desfrutar. Eu creio que tive sorte, porque encontrei exposições bastante interessantes e dei o tempo por bem empregue. Fica a sugestão.

Como um verdadeiro santuário da arte moderna e contemporânea, o museu ostenta algumas obras magníficas de Monet, Picasso, Kandinsky e Brauner. Para além desta coleção permanente, o museu dedica também grande atenção aos artistas atuais e aos novos talentos. O museu alberga ainda uma galeria dedicada a Gustave Doré, uma biblioteca de arte, um auditório e uma sala de artes gráficas.

O Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Estrasburgo está aberto de terça a domingo. Os horários são 10:00-13:00 e 14:00-18:00 nos dias úteis e 10:00-18:00 (sem intervalo de almoço) aos fins de semana. A entrada custa 7,50€.

Passear no bairro Pequena França

A região conhecida como Pequena França é, seguramente, o local mais pitoresco e fotogénico de Estrasburgo. Uma combinação de canais ladeados por casas coloridas tipicamente alsacianas proporciona uma beleza cénica indescritível. É lindo!

Foi pelo menos nessa área da cidade que vi os exemplares mais vistosos das casas tradicionais da Alsácia. A arquitetura, com barrotes de madeira que provocam desenhos geométricos nas fachadas, é profundamente inspiradora. São as chamadas casas em enxaimel, datadas dos séculos XVI e XVII e uma das razões pelas quais o bairro se encontra listado como Património Mundial pela UNESCO.

É lá que fica, por exemplo, a encantadora praça Benjamin Zix, outrora epicentro da indústria de curtumes da Grande Ilha. A este respeito, dizer que até meados do século XIX, o distrito da Pequena França atraiu uma legião de curtidores, que necessitavam de grandes quantidades de água para tratar o couro e as peles.

Havia, por isso, um fosso enorme ligado a um dos canais da Pequena França a oeste, sendo que a água “fluía pela Rua Fossé des Tanneurs, atravessava a Rua Haute Montée e depois a Praça Broglie, antes de desaguar no Canal du Faux Remparts”.

Esta curiosa informação histórica, disponível nas placas informativas instaladas pelo Turismo de Estrasburgo, fez-me olhar para a praça Benjamin Zix. Estava a atravessar um local que já tinha sido um canal. E continuei a ler: “Por razões de saúde e segurança e porque a indústria de curtumes da Petite France estava a morrer, a vala foi entulhada entre 1836 e 1843 e transformada numa rua”. Wow!

É um exemplo da riqueza do bairro. Mas, para mim, todo o bairro é uma joia que merece ser apreciada. Imprescindível em qualquer roteiro ou lista com o que fazer em Estrasburgo.

Pontes Cobertas de Estrasburgo

Continuando a caminhar a partir do bairro da Pequena França, chega-se às chamadas Pontes Cobertas de Estrasburgo. Ora, sabendo dessa toponímia, a primeira coisa que o viajante reparará é que não há qualquer cobertura nas pontes.

Mas isso tem uma explicação bastante simples.

As pontes foram de facto cobertas, tendo perdido os seus telhados no século XVIII. E o nome perdurou até aos dias de hoje.

Ainda hoje, a paisagem junto às pontes é dominadas por três torres antiquíssimas que fazem parte das antigas muralhas que circundavam a República de Estrasburgo.

Juntamente com o bairro da Pequena França, creio não exagerar se disser que esta é uma das áreas mais bonitas de Estrasburgo. Até porque ao lado fica também a chamada Barragem de Vauban – tudo locais imperdíveis no seu roteiro para visitar Estrasburgo.

Atravessar a Passagem Georges Frankhauser (Barragem de Vauban)

Localizado junto às Pontes Cobertas, a Barragem de Vauban fazia parte do sistema defensivo da cidade de Estrasburgo. Isto porque “a barragem poderia ser aberta para alagar a frente sul da cidade, tornando-a inacessível aos atacantes”.

Mais uma vez, as palavras encontram-se numa placa informativa na entrada da chamada Passagem Georges Frankhauser – nome dado ao interior Barragem de Vauban -, hoje em dia aberta aos transeuntes para poderem cruzar o rio. De certeza que vai passar por lá durante a sua estadia em Estrasburgo.

Calcorrear a histórica Rua dos Marroquinos

A histórica Rua dos Marroquinos é uma rua estreita que liga a Praça da Catedral ao rio Ill. Pelo que apurei, o seu nome evoca os muitos sapateiros e artesãos de couro que em tempos ali se estabeleceram.

Ora, talvez não seja mais bonita ou espetacular que outras ruas do centro histórico de Estrasburgo – como a Rua dos Ourives, por exemplo. Mas por algum motivo esta chamou-me a atenção. Talvez pela arquitetura das casas, algumas delas em enxaimel. Pelas decorações alusivas às celebrações do Natal em Estrasburgo (visitei a cidade em dezembro!). Ou por qualquer outro motivo intangível que não consigo traduzir em palavras.

Seja como for, usemos então a Rua dos Marroquinos como exemplo da riqueza arquitetónica e sensorial do belíssimo centro histórico de Estrasburgo. Tem lugar cativo em qualquer seleção de atrações a visitar na capital da Alsácia. Tal como as praças Kléber e Gutenberg, de que falarei de seguida.

Praça Gutenberg, no centro de Estrasburgo

Uma das praças mais interessantes do centro histórico de Estrasburgo é, para mim, a Praça Gutenberg. Não só pela beleza do espaço público – dos mais bonitos da cidade, com as suas árvores e canteiros de flores! -, mas também pelo simbolismo.

Outrora chamada de Praça São Martinho, à época o centro administrativo e político de Estrasburgo, o espaço tornou-se Praça Gutenberg em 1840 para comemorar o 400º aniversário do desenvolvimento da imprensa por Gutenberg. O mestre da impressão terá trabalhado em Estrasburgo de 1434 a 1444, e é por isso que ali existe uma estátua de bronze em sua honra, da autoria do escultor francês Pierre Jean David d’Angers.

É um tema que me é muito querido, pelo que não teria como deixar a Praça Gutenberg fora do meu roteiro com o que visitar em Estrasburgo.

Praça Kléber

Outra das principais praças de Estrasburgo é a Kléber. Convém dizer que quando fui visitar Estrasburgo já estavam montados os famosos mercados de Natal em Estrasburgo. Ora, um deles fica precisamente na Praça Kléber, razão pela qual não vi a praça desprovida de gente e das barraquinhas de madeira típicas da época.

Manda a verdade dizer, no entanto, que a Praça Kléber sofre do mal de muitos espaços públicos modernizados por essa Europa fora, incluindo no meu país, Portugal. Refiro-me à eliminação de árvores e canteiros e à excessiva utilização de cimento ou outros materiais que cobrem completamente o chão.

Ou seja, também a Praça Kléber é um pouco fria, digamos assim. Mas, seja como for, é uma das praças mais emblemáticas da cidade, pelo que merece a referência nesta lista com o que visitar em Estrasburgo. Esteja ela com ou sem mercados natalícios.

Batorama: passeio de barco pelos canais de Estrasburgo

Uma das atrações turísticas de Estrasburgo mais populares são os passeios de barco pelos canais da cidade organizados pela Batorama.

Isto porque os passeios permitem vislumbrar, de outra perspetiva, alguns dos pontos turísticos mais famosos da capital da Alsácia. São disso exemplo o bairro Pequena França, o chamado Bairro Imperial e, claro, os edifícios das instituições europeias como o Parlamento Europeu.

Da minha experiência, gostei bastante do passeio, efetuado no conforto de um barco coberto para fugir ao frio intenso. Apreciar as casas em enxaimel foi um dos pontos altos do tour, mas o momento mais espetacular, para mim, foram as passagens pelas eclusas. É preciso estar dentro do barco para viver a experiência, porque ver de fora não é a mesma coisa.

É outra das atividades a incluir no seu roteiro em Estrasburgo, tenha 2 ou 3 dias para explorar a cidade ou apenas 1. Porque vale mesmo a pena!

Caso queira sair do barco no Parlamento Europeu – em vez de fazer o passeio completo, de ida e volta -, saiba que nesse caso não é possível comprar bilhetes na máquina automática que está junto ao cais. Ao invés, compre na loja da Batorama instalada junto à catedral (ver no mapa de Estrasburgo, mais abaixo), e a funcionária dará indicação ao capitão para parar no pequeno cais junto ao Parlamento Europeu.

Visitar o Parlamento Europeu em Estrasburgo

Quando estava a planear o meu roteiro para visitar Estrasburgo não incluí o Parlamento Europeu na minha lista de prioridades. Mas, uma vez na cidade, a curiosidade falou mais alto e acabei por aproveitar o passeio de barco como forma de transporte até ao Parlamento Europeu.

Saí no pequeno cais (fui o único passageiro a fazê-lo), caminhei até à entrada do Parlamento Europeu e entrei no edifício. Após os habituais procedimentos de segurança, apresentei um documento de identificação e foi-me entregue um crachá de “Visitante”. Fui então convidado a fazer a visita por minha conta, ao meu ritmo: “é só seguir as linhas azuis”, disseram-me. E assim fiz.

Fui caminhando e apreciando a arquitetura do edifício, até que as linhas azuis me levaram a uma escada rolante. Lá em cima ficava o Hemiciclo, “coração da democracia europeia” e ponto alto da visita.

Antes de entrar no Hemiciclo, foi-me entregue um dispositivo com um guia multimédia onde era possível assistir a vídeos e obter informação sobre todos os aspetos do funcionamento do Parlamento Europeu. Muito bom mesmo.

No dia em que visitei o Parlamento Europeu não estava a decorrer qualquer sessão plenária, mas ele está aberto ao público mesmo nessas alturas. Só pela visita ao Hemiciclo já teria valido a pena ir ao Parlamento Europeu.

Prosseguindo a visita, passei pelo chamado Parlamentarium Simone Veil que, nas palavras oficiais, tem “é uma experiência imersiva que mostra o trabalho do Parlamento Europeu e o seu impacto na vida dos cidadãos”, usando uma “abordagem dinâmica e interativa”.

É, no fundo, uma espécie de exposição permanente que tenta explicar aos visitantes, da maneira mais didática possível, o processo por trás da elaboração da legislação europeias”. Pela minha parte, não foi o que mais gostei, mas reconheço o interesse – especialmente para crianças.

À saída, já no exterior, dei por mim a admirar o átrio do edifício Louise Weiss. Para quem gosta de arquitetura, vale a pena levantar o pescoço e observar a estrutura. Era então hora de caminhar até ao centro da cidade e continuar o meu roteiro a visitar Estrasburgo.

A visita ao Parlamento Europeu é gratuita e não requer reserva. Basta aparecer no edifício em qualquer dia exceto domingo e seguir as instruções dos funcionários.

Mercados de Natal em Estrasburgo

Se visitar Estrasburgo entre meados de novembro e o final do ano, encontrará a cidade transformada em “Capital do Natal”. Sim, os mercados de Natal em Estrasburgo estão entre os melhores da Europa. As ruas estão profusamente iluminadas. E a Grande Árvore da Praça Kléber, decorada com luzes, bolas e outros enfeites tradicionalmente utilizados no Natal, abrilhanta a quadra natalícia atraindo a alegria das crianças.

Tal como o sumo de maçã com canela e o vinho quente com especiarias alegra o palato e conforta o espírito. Tudo somado, e a não ser que não se dê bem com o frio, visitar Estrasburgo nessa época é uma grande mais-valia. Fica a sugestão.

Igreja Protestante de São Tomás de Estrasburgo

Informalmente conhecida como a “Catedral Protestante”, a igreja de São Tomás é um excelente exemplo da arte gótica alsaciana. O seu coro alberga o impressionante mausoléu do Marechal de Saxe, uma obra-prima da arte funerária barroca do século XVIII. É esse, na minha opinião, o principal motivo de interesse da igreja. Claro que não é daqueles lugares de visita obrigatória mas, tendo tempo, não perde nada em espreitar.

A entrada na igreja é gratuita. É possível visitar de segunda a sábado no horário 10:00-17:00 e, aos domingos das 13.30 às 17:00 – sendo que na primavera e verão o horário costuma ser prolongado até às 18:00. Note que em janeiro e nas duas primeiras semanas de fevereiro a igreja encontra-se encerrada ao público.

Parque do Laranjal

Desconheço se visitar o Parque do Laranjal costuma integrar as listas com o que fazer em Estrasburgo, ou sequer se é considerado uma atração da cidade. Mas, pela minha parte, tenho por hábito procurar espaços verdes que permitam escapar do bulício urbano das grandes cidades – e em Estrasburgo encontrei esse refúgio no Parque do Laranjal.

Trata-se de um parque muito extenso, perfeito para caminhadas, passeios e atividades desportivas. É, por isso, muito frequentado pelos habitantes de Estrasburgo. Existem vários ambientes distintos, incluindo zonas arborizadas, caminhos sinuosos e um lago artificial, em cujas margens se situa uma espécie de coreto conhecido como Templo do Amor.

De resto, o Pavilhão Josephine é o edifício principal do parque. Trata-se de um edifício elegante de estilo clássico, “dedicado à Imperatriz Joséphine de Beauharnais, esposa de Napoleão Bonaparte, que se hospedava regularmente em Estrasburgo”. Desconheço se é possível visitar o interior do pavilhão, mas quando lá passei estava encerrado.

Tudo somado, o Parque do Laranjal é mais um lugar a visitar em Estrasburgo.

Jardins da Praça da República

A Praça da República é um espaço público de grandes dimensões, semelhante a um parque, localizado mesmo no coração do chamado “bairro alemão” de Estrasburgo. Nas proximidades encontra-se o Palácio do Reno, a Biblioteca Universitária e o Teatro Nacional, exemplos de um estilo arquitetónico imperial que tenta ser tão grandioso quanto acolhedor. Há ainda um memorial de guerra do escultor Drivier, uma evocação de tempos muito difíceis para a cidade.

Dito isto, o que mais me chamou a atenção não foi qualquer edifício ou monumento, mas sim o espaço verde propriamente dito. É claro que não é tão grande ou espetacular quanto o Parque do Laranjal, mas nota-se cuidado no desenho paisagístico do espaço. Em suma, vale a pena passar por lá e visitar, até porque fica a caminho da Casa Egípcia.

Apreciar a arquitetura Art Nova da Casa Egípcia

Outra coisa fora da caixa que enriquecerá qualquer roteiro com o que ver e fazer em Estrasburgo é, sem dúvida, uma visita à chamada Casa Egípcia de Estrasburgo. Fica no bairro de Neustadt, região da cidade onde se mistura diversos estilos – art déco, art nouveau, rococó… – e influências arquitetónicas. E, por isso mesmo, repleta de edifícios com personalidade forte. Um deles é precisamente a Casa Egípcia.

Projetada pelo excêntrico arquiteto Franz Scheyder, a obra contou com a colaboração do não menos ousado pintor Adolf Zilly, que decorou a fachada com figuras do antigo Egito com recurso a cores muito vivas.

A porta de entrada encontra-se emoldurada por duas colunas que fazem lembrar um papiro fechado. Mas não é tudo. Há uma cena de caça e um faraó segurando um pato na mão. E, ao que dizem, as varandas representam morcegos de asas abertas (mas eu não consegui ver morcegos ali). É, na verdade, uma casa mesmo muito estranha!

Tudo somado, confesso que não estava à espera de encontrar tal edifício numa cidade como Estrasburgo. Mas é sem dúvida mais um motivo de interesse para quem aprecia lugares menos óbvios. Fica a dica.

Provar Flammkuchen – uma tarte flambee – num dos restaurantes de Estrasburgo

Não creio que haja quem decida visitar Estrasburgo por causa da gastronomia. Mas, em abono da verdade, há um conjunto de iguarias características da Alsácia que merecem ser descobertas. Têm, naturalmente, muita influência alemã – e honestamente não tenho a certeza de que isso seja positivo. Mas não há dúvida de que essa mescla proporciona um toque diferenciado à gastronomia alsaciana.

Assim, encontrei imensas bratwurst e currywurst com a inevitável chucrute, e várias outras iguarias de inspiração alemã. Mas aquilo que mais me chamou a atenção foi, na verdade, uma espécie de pizza. Quer dizer, flammkuchen – ou tarte flambee. A melhor que provei foi no restaurante Binchstub, um espaço pequeno e despretensioso localizado num beco tranquilo junto à movimentada Praça Broglie. Anote esse nome – é uma boa dica gastronómica!

Há ainda a baeckeoffe, um prato cozinhado na caçarola feito com carne e legumes; o inevitável coq au riesling, frango servido em molho de vinho alsaciano; os omnipresentes bretzel; e, a grande surpresa (por ignorância minha), umas massas tradicionais da Alsácia chamadas spaetzle de que nunca tinha ouvido falar. Tudo coisas que pode provar nos restaurantes em Estrasburgo.

Outras coisas a ver e fazer em Estrasburgo

Como é evidente, há mais atrações, museus e monumentos que pode visitar em Estrasburgo, caso disponha de mais do que 2 ou 3 dias para explorar a cidade. Deixo aqui exemplos de sugestões adicionais de atividades a fazer na região:

• Passear pelo Parque da Cidadela.
• Visitar o Castelo Haut-Koenigsbourg, em Orschwiller.
• Visitar Colmar, Eguisheim e Riquewihr, três das vilas mais belas de toda a Alsácia.

Mapa dos lugares a visitar em Estrasburgo

Se procura o que visitar em Estrasburgo e região envolvente, nada como visualizar a localização exata dos lugares referenciados no artigo. É esse o objetivo deste mapa de Estrasburgo. Como vê, não falta o que ver e fazer em Estrasburgo durante uma escapadinha de 2 ou 3 dias na cidade.