Não é fácil ter tempo para escrever em viagem, principalmente quando preciso de aproveitar todas as horas disponíveis para a pesquisa que vim fazer para o Alma de Viajante. Mas saí hoje mesmo de Estocolmo e não queria deixar de partilhar, ainda a quente, a incrível imagem com que fiquei da capital da Suécia.
Estou completamente fascinado com Estocolmo. É uma cidade bonita e limpa, com água por todos os lados, agradável e tranquila. Creio até que, não fora a escuridão e o rigor do inverno, Estocolmo seria uma das melhores cidades do mundo para viver. E tudo se resume a uma expressão banal: “qualidade de vida”. Alguns exemplos.
Não há prédios demasiado grandes, nem poluição, nem caos no trânsito, nem buzinas a infernizar a vida dos transeuntes.
Há centenas de pessoas a caminhar, a correr, a passear nos inúmeros espaços verdes com a água sempre presente. Numa cidade como Estocolmo em dia de sol, dá mesmo vontade de fazer o mesmo.
Há milhares de pessoas a andar de bicicleta com os seus fatos de desporto ou de negócios. Li uma vez uma frase que se aplica a Estocolmo como uma luva: “país desenvolvido não é aquele onde pobre anda de carro, mas sim aquele onde rico anda de transporte público”. As diferenças sociais são pouco vincadas.
Há centenas de pessoas a passear os seus filhos em carrinhos de bebé. Carrinhos duplos. Sim, os suecos têm filhos – 2, 3, 4… – e têm-nos enquanto são jovens. A família é acarinhada. Os impostos podem ser altos, mas a educação e todos os cuidados de saúde, incluindo os dentários, são gratuitos. As creches também. A licença de maternidade corresponde a 80% do salário para quem tem emprego, ou o equivalente a sensivelmente 900€ por mês para quem não tem. Durante um ano e meio. Mais: se o casal tiver o segundo filho com menos de dois anos de intervalo, a licença aumenta para 110% do salário. Sim, ganha-se mais em casa a cuidar de dois filhos do que a trabalhar. Quem me contou estes pormenores foi uma bahiana que simpaticamente me acolheu na sua casa em Gotemburgo, onde acabo de chegar.
E depois Estocolmo, qual loira voluptuosa, é uma cidade incrivelmente linda e atraente. Pelo menos nesta primavera em que me encontro. A água e o verde dão-lhe um ambiente de paz total, o centro histórico tem charme arquitetónico e a parte moderna não agride. Há imensas praças e ruas pedonais, mercados de rua com produtos frescos, esplanadas, bancos de jardim e relvados para lagartar. E é tudo relativamente perto.
Estive em Estocolmo apenas quatro dias completos, mas foi o suficiente para ficar rendido à capital sueca. Não sei verbalizar este amor à primeira vista, ainda estou a digerir tudo o que vi e senti. No fundo, Estocolmo parece ser uma cidade pensada para o bem-estar das pessoas, não para os carros. Não é assim que todas as cidades deveriam ser?
Conhece Estocolmo? Que opinião tem da cidade?
Dentro em breve, escreverei um post detalhado sobre a melhor zona para ficar alojado em Estocolmo mas, pode também pesquisar os melhores hotéis da cidade diretamente no booking.
Seguro de viagem
A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado - são, aliás, os seguros que uso nas minhas viagens. Faça uma simulação no link abaixo.
Tive a mesma impressão de Estocolmo, quando lá estive há poucos anos. Acrescentaria ainda que é uma cidade não poluída pela publicidade, quase não se vêem anúncios nem propaganda. Isso causa uma limpidez no olhar que é muito reconfortante.
Destino interessante. Quero um dia conhecer Estocolmo. Já estive na Suécia mas na zona do círculo polar ártico. outro tipo de experiência mas de qualquer maneira Estocolmo está na lista. abraço
Partilho da mesma opinião, e visito regularmente a Suécia. Um exemplo de civismo, desenvolvimento e harmonia com o ambiente. A qualidade de vida nos países nórdicos está a anos luz da do sul da Europa.
Quem argumentar o contrário, ou nunca lá foi, ou então é invejoso! A Suécia deveria ser um exemplo de consciência social e ecológica para o mundo. Não sendo de todo uma pessoa de cidades, Estocolmo e Gotemburgo são cidades fantásticas.
Bom dia,
Estive na Suécia, mais propriamente em Estocolmo, durante uma semana em Fevereiro de 2006. A Suécia sempre foi um país que me fascinou e assim que tive possibilidade, não hesitei em embarcar. Decidi ir em Fevereiro para conhecer um pouco melhor o inverno nórdico (que se passa, em minha opinião, melhor que certos invernos em Portugal). Estocolmo é uma cidade fantástica, feita para a família, onde o desenvolvimento e a tradição se conjugam numa harmonia quase ímpar. Na capital sueca ninguém se sente deslocado, ou mesmo “estrangeiro”. Está feita para todos.
Sobre a forma de sociedade… Não há qualquer comentário a fazer. Descrevo numa expressão: “family friendly”.
Bem hajam!
Importa-se de elaborar a afirmação “inverno nórdico (que se passa, em minha opinião, melhor que certos invernos em Portugal).”?
Estive em Estocolmo, pela primeira vez, há um ano atrás, e perdi-me de amores pela cidade. Limpa, pouca poluição, um ar fresco e puro que dificilmente se encontra em capitais europeias e extremamente bela. Nevou, ainda que não houvesse o típico frio nórdico, e mal vi o sol nos curtos 4 dias em que lá estive. No entanto, é uma cidade que de escura nada tem. Senti-me seguro a andar nas ruas durante a noite, mesmo naquelas em que não se vê um único ser humano. Quando tive que me despedir da Suécia quase que entrei em colapso; só me apetecia perder o voo e ficar por lá tanto tempo quanto possível. Os habitantes locais foram sempre muito prestáveis e simpáticos; perdi-me algumas vezes e várias foram as pessoas que se ofereceram para me ajudar a encontrar o rumo. E nos bares e restaurantes sempre fui muito bem recebido; os empregados conversavam comigo enquanto me serviam e tudo isso reverteu a favor da imagem com que fiquei da cidade.
Este ano, tal não foi o amor que senti por Estocolmo, voltei! A paisagem foi completamente diferente: céu limpo durante 4 dias, temperaturas de 15 graus negativos, as águas do mar completamente congeladas e vento nem senti-lo. A cidade estava branca, e foi das mais belas paisagens que testemunhei em muitos anos. Voltei a sentir-me em casa e muito bem recebido. Fiquei com uma tristeza enorme no dia em que tive que voltar para casa, pois a Escandinávia é, para mim, um dos mais belos lugares do mundo para viver e visitar, independentemente dos Invernos frios e com o sol quase sempre escondido.
Tenciono voltar lá uma terceira vez, no Verão, já que li maravilhas sobre a vida, diurna e nocturna, da cidade durante essa época do ano.
Abraço.