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O que fazer em Bilbau (para além do Guggenheim)

Por Filipe Morato Gomes | Atualizado em 6 Jul 2020 | Viagens Bilbau Espanha Europa País Basco 3 Comentários

Bilbau
Edifício da Câmara Municipal de Bilbau

Do Museu Guggenheim à Ponte Biscaia – que integra a lista de Património UNESCO em Espanha -, passando pelo funicular de Artxanda, pelo Mercado da Ribeira e pelas envolventes ruas do centro histórico, não falta o que fazer em Bilbau num roteiro de dois dias.

Partilho-o, na expectativa de que sirva de inspiração para decidir o que visitar em Bilbau numa viagem de curta duração. Até porque, se é certo que a capital da província de Biscaia, no País Basco, renasceu com a construção do Guggenheim, a verdade é que a décima mais populosa cidade de Espanha é muito mais do que um museu. Vamos a isso!

A minha viagem a Bilbau foi uma típica escapadinha de fim de semana prolongado. Aterrei por volta das 23:00 de sexta-feira; pernoitei três noites na cidade; e regressei às 14:00 de segunda-feira. Contas feitas, tive dois dias completos para visitar Bilbau.

O que visitar em Bilbau: a minha experiência

Ponte Biscaia (Viscaya)

Ponte Viscaya Bilbau
A Ponte Biscaia (Puente Viscaya) em funcionamento, 126 anos depois da sua inauguração (28 de julho de 1893)

No primeiro dia, a manhã acordou cinzenta, com uma luz péssima para fotografar; e, não menos importante, era feriado nacional. Muita coisa estava fechada no centro histórico, razão pela qual alterei os planos completamente, na expectativa que, a partir da tarde, o sol aparecesse e as ruas ganhassem maior movimento.

E assim apanhei o metro de Bilbau em direção à região Las Arenas. É lá que fica a Ponte Biscaia, uma extraordinária “Ponte Pênsil” que une as margens da Ria de Bilbau e é – vejam só! – a mais antiga ponte mecânica de transporte do mundo. Faz parte do Património UNESCO de Espanha.

Fiquei um bom pedaço a observar o transporte de pessoas e veículos, até que decidi eu próprio experimentar e atravessar a ponte até Portugalete, na margem esquerda da Ria de Bilbau. É uma viagem de apenas 160 metros, mas que permite unir dois núcleos populacionais – Las Arenas e Portugalete – e que, nas palavras oficiais, “simboliza o triunfo do homem e da tecnologia sobre a adversidade da Natureza”.

Pela minha parte, dei por muito bem empregada a visita à Ponte Biscaia. Adorei!

Parque Dona Cacilda

Parque Cacilda, Bilbau
Vista do Parque Dona Cacilda, um dos principais espaços verdes de Bilbau

No regresso da Ponte Biscaia, decidi sair na estação de metro San Mamés para atravessar o Parque Dona Cacilda a caminho do Guggenheim.

Trata-se de um dos principais espaços verdes do coração da cidade, com um pequeno lago com patos e cisnes, e uma pérgola muito fotogénica. Nas proximidades fica o Museu de Belas Artes de Bilbau que, desta vez, não tive oportunidade de visitar.

Para quem viaja com crianças é local de visita obrigatória!

Nota: existe um outro espaço verde que tem um parque infantil maravilhoso. Chama-se Arenal, e os meus filhos adoraram. Fica em frente ao Teatro Arriaga.

Museu Guggenheim

Museu Guggenheim Bilbau
Vista noturna do Museu Guggenheim, ex-libris de Bilbau

Não há outra forma de o dizer: o Museu Guggenheim contribuiu decisivamente para a transformação de Bilbau. É um dos exemplos maiores do poder da arquitetura como motor de mudança em locais menos favorecidos – o chamado “Bilbao effect“. Foi muito por causa da futurista obra de Frank Gehry que Bilbau entrou nos roteiros turísticos do País Basco. E com isso a cidade ganhou vida e cor.

É difícil não gostar do Guggenheim! Pelo menos do edifício, enquanto obra arquitetónica.

No que toca ao museu propriamente dito, não tendo o Guggenheim uma exposição permanente de inequívoca atratividade – para além da desafiante obra “A matéria do tempo”, de Richard Serra -, é sempre difícil emitir uma opinião definitiva sobre se vale ou não a pena visitar o Museu Guggenheim.

Pela minha parte, e mesmo não tendo ficado fascinado com o que vi lá dentro, acho honestamente que vale a pena. Nem que seja para conhecer as entranhas da obra-prima de Frank Gehry.

Caso viaje sem crianças e queira ter uma experiência gastronómica estrelada, experimente uma refeição no Nerua, o restaurante do Guggenheim.

Site oficial: www.guggenheim-bilbao.eus

Centro histórico (Sete Ruas) …

Centro histórico de Bilbau
Fachadas do casco viejo de Bilbau

Como fiquei hospedado relativamente perto do centro histórico de Bilbau, acabei por ali passar várias vezes. Trata-se de uma área antiga, com ruas estreitas – algumas delas pedonais – e muitos bares e casas de pintxos. Não fora sábado ser feriado nacional e, estou seguro, tinha apreciado ainda mais o casco viejo de Bilbau.

Infelizmente, boa parte do comércio tradicional esteve sempre fechado; e, mesmo as igrejas, acabei por não conseguir visitar. Ao contrário da belíssima Plaza Nueva, onde acabei por ficar algum tempo.

… incluindo a Praça Barria (Plaza Nueva)

O que fazer em Bilbau: Plaza Nueva
A Plaza Nueva num domingo à tarde

Apesar do que o nome possa levar a pensar, a Plaza Nueva de Bilbau é bem antiga. Projetada pelo arquiteto espanhol Silvestre Pérez Martínez em 1821 e construída até meados do século XIX, é atualmente um dos epicentros do casco viejo de Bilbau.

A praça é cercada por dezenas de arcadas, que lhe conferem uma graciosidade de uma plaza mayor espanhola de pequena dimensão. E, no centro, populam os pequenos bares com esplanadas; ideais para uma bebida vespertina a acompanhar um sortido de pintxos – pois claro!

Um dolce fare niente que, para mim, foi um dos momentos altos da viagem a Bilbau.

… e o Mercado da Ribeira

O que fazer em Bilbau: visitar Mercado da Ribeira
Secção de restauração no Mercado da Ribeira, Bilbau

Ponto fulcral do comércio de frescos em Bilbau, o Mercado da Ribeira tem dois pisos totalmente distintos. O piso superior alberga a função original do mercado, sendo destinado à compra de peixe e marisco, carne, enchidos e fruta. O primeiro piso, ao invés, é uma espécie de polo gastronómico dedicado aos pintxos, iguaria omnipresente na gastronomia basca.

Uma das coisas que gostei de constatar foi que, pese embora transformado numa atração turística da renovada Bilbau, o Mercado da Ribeira continua a ser frequentado pelos habitantes de Bilbau, numa sempre salutar convivência entre locais e turistas. A visitar sem reservas!

Funicular de Artxanda

Funicular de Artxanda, Bilbau
O Funicular de Artxanda na estação inferior, junto à cidade

Estando a visitar Bilbau com crianças, era obrigatório subir o Funicular de Artxanda até ao topo do Monte Artxanda. Para os petizes, é sempre uma emoção andar em transportes diferentes; e, para mim, havia o atrativo de apreciar as vistas e fotografar Bilbau de uma perspetiva diferente.

Lá do topo, avista-se uma cidade extensa, com áreas nitidamente industriais e um centro histórico compacto. Uma urbe marcada pelo serpentear do rio, pela volumetria da Torre Iberdrola, e, claro, pela originalidade do edifício do Museu Guggenheim. Tudo isso rodeado de verde e com as montanhas ao fundo, saboreado ao som das crianças a patinar num ringue improvisado nas alturas de Artxanda. Valeu a pena!

Comer pintxos

Comer pintxos
Balcão de pintxos no Mercado da Ribeira, Bilbau

É impossível visitar o País Basco e não provar pintxos, uma espécie de versão basca das tapas. Domingo ao início da tarde, depois de descer de funicular, decidi ir ao histórico Café Iruña, em Abando, com o objetivo de comer pintxos. Trata-se de um dos históricos cafés de Bilbau, com origem no longínquo ano de 1903, e frequentemente recomendado.

Manda a verdade dizer, no entanto, que os pintxos em exibição me pareceram medianos e, para piorar, o cheiro a fritos era intenso. Exatamente o oposto do que tinha visto na porta ao lado, Bar Plaza Albia de seu nome.

Constatados esses factos, optei por não ficar no Iruña. Não sei se fiz bem, até porque o Plaza pode não ter os melhores pintxos de Bilbau; mas nós gostámos bastante da comida e do ambiente (embora mais moderno do que tradicional).

Café Bihotz

Interior do Café Bihotz

Dos melhores cafés de Viena aos meus cafés favoritos em Stone Town, tenho por hábito procurar cafés acolhedores nos destinos que visito. Ora, mesmo não tendo muito tempo em Bilbau para explorar a fundo a questão, descobri um café alternativo de que gostei bastante.

Chama-se Bihotz e fica praticamente em frente ao Mercado da Ribeira, mas do outro lado do canal. Pertence, pois, à mal-afamada região de São Francisco (é lá que fica o bairro Las Cortes, bairro frequentemente associado à prostituição). Seja como for, fica a dica para juntar à lista com o que fazer em Bilbau. Eu gostei muito do Café Bihotz.

O roteiro de Bilbau ideal

Se não fosse feriado (e viajasse sem crianças), teria provavelmente organizado o meu roteiro da seguinte forma:

Dia 1

  • Manhã: Mercado da Ribeira (frescos)
  • Museu Guggenheim (o edifício e as exposições)
  • Fim de tarde: explorar centro histórico
  • Pintxos na Plaza Nueva

Dia 2

  • Manhã: Ponte Biscaia
  • Tarde: centro cultural La Alhóndiga
  • Fim de tarde: Funicular de Artxanda
  • Noite: apreciar a arquitetura exterior do Guggenheim

Note que, como estava com crianças (incluindo uma de cinco anos), acabei por não visitar o centro cultural La Alhóndiga. Se estivesse sem elas, julgo que teria ido.

Mapa: o que fazer em Bilbau

Bilbau é um destino perfeito para combinar com San Sebastián, num roteiro pelo País Basco. Recomendo, a esse propósito, a leitura do texto sobre o que fazer em San Sebastián.

Guia prático

Como chegar

À data em que escrevo, a Vueling e a Volotea têm voos diretos do Porto para Bilbau; enquanto que de Lisboa as ligações diretas são asseguradas pela TAP e pela Vueling.

Tendo flexibilidade de datas – condição fundamental para comprar voos baratos -, é possível encontrar voos a menos de 50€, ida e volta. Pode pesquisar todos os voos para Bilbau usando o link abaixo.

Do aeroporto para o centro de Bilbau há um autocarro que custa 3€ e tem quatro paragens na cidade. São elas a Alameda Recalde, a Praça Moyua, a Grand Via e o terminal de autocarros. É uma opção perfeita para quem fica hospedado na região de Abando; outras localizações são facilmente acessíveis a pé ou de transportes públicos, a partir de Moyua.

Pesquisar voos para Bilbau

Transportes em Bilbau

Os transportes públicos em Bilbau são úteis e eficientes e, entre o metro, os elétricos e os autocarros – juntamente com andar a pé -, seguramente encontrará formas de locomoção úteis, em função da localização do seu hotel. Eu só não usei o autocarro.

Dito isto, recomendo sem reservas a utilização do barik, um cartão recarregável que pode ser comprado nas estações. Para além das viagens ficarem mais baratas, o cartão barik pode ser usado em todos os transportes públicos de Bilbau (incluindo o funicular).

Onde ficar

Para informações mais detalhadas, veja o texto sobre onde ficar em Bilbau.

Em resumo, o excelente Hotel Tayko Bilbao e as acolhedoras guesthouses Pensión Arriaga e Pension Luxury Lo Bilbao, todos no casco viejo, estão entre as melhores opções de alojamento em Bilbau. Do outro lado do rio, em Abando, o Cosmov Bilbao, de duas estrelas, é um hotel popular e com boa relação qualidade/preço.

Para outros hotéis em Bilbau – para todos os gostos e orçamentos -, pesquise usando o link abaixo.

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« Os incríveis jardins da Villa Cimbrone, em Ravello
Guggenheim, o museu que mudou Bilbau »

Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho, atualmente, 49 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

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