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Roteiro de 8 dias na Andaluzia (de carro)

Por Filipe Morato Gomes | Atualizado em 9 Jul 2020 | Viagens Andaluzia Cádiz Córdoba Espanha Europa Granada Málaga Roteiros 6 Comentários
Tempo de leitura: 9 minutos

Roteiro Andaluzia: Ronda
A espetacular Ponte Nova de Ronda, Andaluzia

A comunidade autónoma da Andaluzia é uma região do sul de Espanha onde se cruzam influências cristãs e muçulmanas, e se encontram templos megalíticos, parques naturais e cidades vibrantes.

Na esperança de que sirva de inspiração para que mais gente visite as muitas pérolas da Andaluzia – como a Mesquita-Catedral de Córdoba ou Alhambra, a cidade de Ronda e os Pueblos Blancos ou o Caminito del Rey – aqui deixo o meu roteiro de viagem na Andaluzia. O roteiro tem 8 dias de duração e foi feito de carro. Vamos a isso!

Conteúdos do Artigo
  • 1 Roteiro na Andaluzia (a partir de Lisboa)
    • 1.1 Dia 1: Viagem Lisboa – Arcos de la Frontera
    • 1.2 Dia 2: Pueblos Blancos
    • 1.3 Dia 3: Ronda e Caminito del Rey
    • 1.4 Dia 4: Antequera e Granada
    • 1.5 Dia 5: Granada
    • 1.6 Dias 6 e 7: Córdoba
    • 1.7 Dia 8: Regresso a Portugal
  • 2 Mapa do roteiro de 8 dias na Andaluzia (Espanha)
  • 3 Guia prático
    • 3.1 Quando ir
    • 3.2 Como chegar (e custos)
    • 3.3 Seguro de viagem

Roteiro na Andaluzia (a partir de Lisboa)

Dia 1: Viagem Lisboa – Arcos de la Frontera

Roteiro na Andaluzia: Arcos de la Frontera
Terraço do meu hotel em Arcos de la Frontera

Dia passado quase todo em viagem de Portugal para Arcos de la Frontera, que comecei a explorar mal cheguei. A tarde ia já alta, pelo que acabei por deixar a maioria das visitas para a manhã seguinte.

Assim, e depois de um curto passeio pelas ruelas empedradas, fui jantar; e posso garantir que comi muito bem nos bares de tapas do povoado. Foi o início perfeito para a rota dos Pueblos Blancos.

Dormida em Arcos de la Frontera: Casa Campana. Outras boas hipóteses de hospedagem são a Casa El Sueño e Hotel Los Olivos.

Dia 2: Pueblos Blancos

Grazalema, Andaluzia
Vista da belíssima aldeia de Grazalema

Para quem vem de Sevilha, e não de Cádiz, Arcos de la Frontera marca, por assim dizer, o início de uma possível rota pelos Pueblos Blancos da Andaluzia.

Levantei-me aos primeiros raios de sol para explorar um pouco melhor a localidade, ainda deserta, e maravilhei-me com a luz matinal no Miradouro de Abades. Depois, conheci a Basílica de Santa Maria, localizada na icónica Praça do Cabildo; entrei na Igreja de São Pedro e surpreendi-me com o presépio do Museu de Belém.

A partir de lá, fui conhecer várias das “aldeias brancas” da Andaluzia, incluindo as encantadoras Grazalema, Zahara de la Sierra e Setenil de las Bodegas – a caminho de Ronda.

Note que nem todas as localidades são pequenas aldeias e que não existe uma rota dos Pueblos Blancos oficial, com princípio, meio e fim; há, isso sim, um conjunto de vilarejos que encaixa nessa designação e que podem ser visitados por qualquer ordem.

Ao fim da tarde, tempo ainda para visitar Ronda e desfrutar, pela primeira vez, da visão impressionante da chamada Ponte Nova.

Dormida em Ronda: Casa del Guardés del Molino de Alarcón (apartamento, recomendado para um grupo de quatro ou cinco pessoas). Para opções mais convencionais, recomendo o Catalonia Ronda, o Hotel San Francisco ou o mais dispendioso La Fuente de la Higuera (fora da cidade).

Dia 3: Ronda e Caminito del Rey

Caminito del Rey, Andaluzia
Caminito del Rey, paragem obrigatória em qualquer roteiro na Andaluzia

Deixei Ronda ao final da manhã, direto para El Chorro, com o objetivo de fazer o Caminito del Rey. Trata-se de um conjunto de passadiços construídos nas íngremes escarpas do desfiladeiro dos Gaitanes para permitir o acesso dos trabalhadores das barragens, facilitar o transporte de materiais e a própria manutenção das barragens.

Após anos de abandono, os passadiços foram recuperados e abertos ao turismo, em total segurança. Percorrê-los foi dos momentos altos do meu roteiro de viagem pela Andaluzia.

No final, optei por pernoitar num glamping maravilhoso bem perto da localidade de Alora, onde jantei divinamente.

Dormida em Alora Hidden Valley Andalucia (muito bom!). Outros hotéis recomendados são o Hostal Caminito del Rey, também em Alora; ou o Complejo Turístico La Garganta, em El Chorro (junto ao final do caminito).

Dia 4: Antequera e Granada

Roteiro Andaluzia: Cova da Menga
Interior do monumento megalítico Cova da Menga

Saí de Alora de manhã cedo, rumo à região de Antequera. O objetivo era visitar a Cova da Menga e o Parque Natural do Torcal de Antequera, antes de rumar a Granada – onde haveria de pernoitar.

O Conjunto Arqueológico dos Dólmenes de Antequera está incluído na lista de Património UNESCO em Espanha e engloba cinco locais distintos. São dos sítios pré-históricos mais valiosos e reconhecidos de toda a Andaluzia e, não sendo possível conhecê-los a todos durante o roteiro na Andaluzia, optei por visitar o dólmen de Menga. Trata-se de um monumento megalítico tumular, de proporções razoáveis, cuja construção se estima ter sido concretizada algures entre 3.800 a.C. e 3.400 a.C. É, numa palavra, fascinante.

Deixei os  Dólmenes de Antequera para trás e fui conhecer as paisagens cársicas de Torcal de Antequera. As chuvadas do dia anterior tinham encharcado os trilhos pelo que, após ponderar as alternativas com o grupo de amigos que me acompanhava, acabei por ficar nas proximidades do centro de informação aos visitantes e explorar apenas as redondezas. Fiquei com vontade de um dia fazer os trilhos – vamos lá ver quando será possível.

A manhã terminou com a restante viagem de carro até Granada, onde comecei de imediato a explorar o carismático bairro Albaicín. Foi lá que me hospedei – e recomendo vivamente que escolha essa zona da cidade.

Dormida em Granada: No bairro Albaicín, sem dúvida. Recomendo os apartamentos Smart Suites Albaicín; os mais económicos Cuevas Coloras Hostel e White Nest Hostel; ou ainda o fantástico Shine Albayzín e o tradicional Palácio de Santa Inés. Para mais recomendações, veja o post sobre onde ficar em Granada.

Dia 5: Granada

Visitar Granada: Miradouro da Churra
Miradouro da Churra, Granada

Volvidos uns bons 20 anos, revisitei Granada e as suas belezas. Visitei o já referido bairro Albaicín e o bairro Sacromonte; vários miradouros e o centro histórico; e, naturalmente, o magnífico complexo de Alhambra. Não menos importante, comi muitas tapas e salmorejo, tendo-me deliciado com um jantar memorável no restaurante Rosario Varela.

Em suma, como escrevi no post sobre o que fazer em Granada, passei apenas dois dias na cidade, mas “voltei a encantar-me”.

Dormida em Granada: No bairro Albaicín, sem dúvida. Recomendo os apartamentos Smart Suites Albaicín; os mais económicos Cuevas Coloras Hostel e White Nest Hostel; ou ainda o fantástico Shine Albayzín e o tradicional Palácio de Santa Inés. Para mais recomendações, veja o post sobre onde ficar em Granada.

Dias 6 e 7: Córdoba

Mesquita-Catedral de Córdoba, Andaluzia
Interior da Mesquita-Catedral de Córdoba

Córdoba foi o destino final da viagem de uma semana à Andaluzia. É um exemplo raro de convivência cultural e religiosa, e uma das cidades mais visitadas de Espanha, muito por culpa de um edifício em particular: a sua extraordinária mesquita-catedral.

Naturalmente, os atrativos de Córdoba não se esgotam num mihrab. Pelo contrário. Do saboroso salmorejo à ponte romana, dos pátios tradicionais de San Basilio ao Alcácer dos Reis Cristãos, da acolhedora Judiaria aos banhos árabes, não faltam motivos de interesse na cidade.

Como é evidente, em apenas dois dias não tive tempo de conhecer todos os recantos cordobeses; mas, ainda assim, consegui visitar muitos dos pontos mais emblemáticos de Córdoba.

Dormida em Córdoba: O Patios del Orfebre é uma escolha boa e barata – tal como o Hotel San Miguel e até o Hostal Osio. Podendo pagar um pouco mais, o belíssimo Hotel Madinat e o inspirador Hotel Boutique Patio del Posadero são apostas sem risco.

Dia 8: Regresso a Portugal

Dia passado ao volante, no regresso de Córdoba até ao Porto (via Lisboa). O plano original incluía fazer um pequeno desvio para visitar a Medina Azhara, nos arredores de Córdoba; mas o dia era de tempestade e, por isso, desisti da ideia.

Foi o último dia de viagem – ponto final num roteiro muito agradável pela Andaluzia espanhola.

Mapa do roteiro de 8 dias na Andaluzia (Espanha)

Nota: talvez tenha notado que o trajeto entre Lisboa e Arcos de la Frontera passa pela extraordinária cidade de Sevilha. Assim, se quiser aproveitar para visitar Sevilha, basta acrescentar dois ou três dias a este roteiro na Andaluzia. Nesta viagem, optámos por não o fazer por manifesta falta de tempo.

Guia prático

Quando ir

Embora teoricamente seja possível visitar a Andaluzia em qualquer altura do ano, eu recomendo a primavera e o outono. Só assim evitará as temperaturas mais extremas da região.

Como chegar (e custos)

A forma mais rápida de chegar à Andaluzia é, naturalmente, voando. Se essa for a sua opção, o aeroporto de Sevilha é o mais prático para este roteiro (companhias como a Ryanair e a TAP têm voos diretos de Lisboa). Neste caso, será necessário alugar um carro em Sevilha.

Eu fiz este roteiro de carro desde Portugal, com partida do Porto, mas parando em Lisboa para recolher alguns dos elementos do grupo (de outra forma, a viagem teria sido mais curta). No total, a viatura andou sensivelmente 2.350 km; gastámos 80€ em portagens e 165€ em combustível (gasóleo) – a dividir por cinco.

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 50 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

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