O ano de 2017 em revista (muitas conquistas e alguns fracassos)

Não sou muito de fazer balanços, confesso. Mas não há dúvida de que o fim do ano é propício a este tipo de reflexões. Ora, estava a pensar que posts poderia escrever nesta reta final do ano quando me deparei com o balanço de 2016; um post que, entre outras coisas, antecipava as viagens que eu queria fazer em 2017. Foi doloroso tomar consciência da quantidade de ideias e viagens que não concretizei.

Decidi, pois, parar para analisar o ano de 2017. E cheguei à conclusão de que, apesar de alguns fracassos, foi um ano bastante bom.

Em resumo, pela positiva, produzi muitos e bons (espero eu!) conteúdos. Implementei uma pequena-grande mudança na minha vida. Venci vários prémios – e não só em Portugal. Fiz uma viagem que andava pendente há vários anos. Estabeleci uma parceria estratégica. E ainda participei num evento a todos os títulos memorável.

Pela negativa, não concretizei boa parte das ideias de viagem que tinha para 2017; o novo livro continua adiado; o blog ainda não deu o salto que eu almejava em termos de visitantes e de retorno; e voltei a “esquecer-me” do Porto (e, em geral, de Portugal) em termos de conteúdos publicados.

Tudo somado, foi um ano positivo mas longe de ser perfeito. Mas vamos por partes.

A decisão

A decisão mais importante que tomei durante o ano de 2017 foi a de me concentrar ainda mais no Alma de Viajante. Depois de me ter assumido definitivamente como um blogger de viagens, tinha de ser consequente. Foi o que me levou a deixar de fazer viagens ao Irão com a agência Nomad. Eis o que escrevi quando anunciei essa decisão:

Já aqui escrevi sobre a minha dificuldade em conciliar a paixão pelas viagens com a vida familiar. E, para quem conhece um pouco da história do Alma de Viajante, sabe que tenho apostado cada vez mais no blog como sendo a minha profissão.

Ora, a vida é feita de opções. E continua a ser humanamente impossível conciliar tudo de forma harmoniosa: o trabalho de líder Nomad, as viagens solitárias para produzir conteúdos aqui no blog, as viagens em família nas férias escolares, e a própria vida amorosa e familiar.

Tinha, pois, de começar a gerir melhor o tempo que tenho disponível para viajar.

Foi uma decisão ponderada mas difícil, porque me sinto parte da família Nomad (estou na agência desde a sua fundação). O futuro logo dirá se foi uma boa decisão; mas entro em 2018 com otimismo.

Pela positiva

#1 Produtividade

Publiquei, este ano, 150 posts (incluindo este). É obra. Tirando a fase em que, no Alma de Viajante, fazia noticiário (promoções de voos e afins), deve ser um recorde de produtividade. E o melhor é que julgo ter conseguido publicar conteúdos razoavelmente bons, úteis e inspiradores (espero eu). Só gostaria de ter escrito mais textos vocacionados para a inspiração – a ver se 2018 me permite focar mais nesta vertente do blog.

#2 Comunidade

Cimentei também a relação com uma comunidade de leitores fantástica, e muito devo a uma ferramenta extraordinária que comecei a usar este ano (amigos bloggers, fica a dica!). É uma sensação indescritível poder influenciar positivamente a vida das pessoas, seja inspirando-as, seja com dicas concretas para as ajudar nas suas viagens.

Tem sido incrível interagir com tantos de vós através da mailing list (subscreva aqui) – fico sem palavras com o feedback que tenho recebido via email. Recebo muito em troca, incluindo doses enormes de ânimo para continuar nos dias em que as coisas correm menos bem.

#3 Ajudar outros a terem sucesso

Iniciei uma série de textos sobre blogging, com o objetivo de ajudar quem quer começar um blog de viagens (ou melhorar o seu). Já pensei aprofundar o assunto, eventualmente em formato de curso online, mas ainda não tomei decisões definitivas.

#4 Conhecimento

Aprofundei os meus conhecimentos sobre marketing digital. Tenho lido e estudado muito sobre este aspeto cada vez mais crucial dos projetos online. A este respeito, no mês de novembro tive oportunidade de participar num workshop de dois dias nas instalações da momondo em Copenhaga, com profissionais da própria momondo, da Google e do Facebook, que me deixou algumas ideias para implementar no futuro.

De resto, participei, por dentro, num evento absolutamente fantástico e inspirador chamado Exodus Aveiro Fest. Foi muita inspiração e boa energia!

#5 Viagens marcantes

No que toca a viagens, e para além de me ter despedido do meu querido Irão, concretizei o sonho antigo de conhecer o Festival de Parintins, no coração da Amazónia brasileira. E fui finalmente a Omã. Fiz ainda pequenas viagens muito agradáveis à Ilha de Santa Maria, nos Açores, a San Sebastián, a Maiorca e à cidade alemã de Colónia. E, há poucos dias, fui a Bruxelas ver os mercados de Natal apenas com a minha filha, uma experiência muito, muito gratificante.

Veja o artigo Para onde viajar em 2018 (as minhas sugestões)

#6 Prémios

Neste aspeto, 2017 foi um ano em grande para o Alma de Viajante. Venci o prémio de Melhor Blogue de Viagens Eleito pelo Público na BTL 2017; e a categoria Blog do concurso Open World Awards promovido pela momondo.

Em princípio, venci ainda o prémio de Blog Mais Popular da FITUR – Feira de Turismo de Madrid (as votações já terminaram e o Alma de Viajante foi o blog mais votado, mas falta a confirmação oficial, que só chega em janeiro). Foi a primeira vez que concorri e é uma alegria enorme poder ir a Madrid representar Portugal em tão importante evento.

[Atualização 10.01.2018: está confirmado, o Alma de Viajante foi eleito Blog Mais Popular nos prémios FITUR 2018]

#7 Parcerias

Iniciei uma parceria com a TAP, ao abrigo da qual escrevo para o site da companhia portuguesa em troca de voos para esses destinos. Ainda não publicaram nenhum dos textos que enviei; quando isso acontecer eu mostro-vos.

Pela negativa

Viajei muito menos do que gostaria para lugares novos. Não fui à Ásia Central, como tinha antecipado. Cancelei a minha viagem à Roménia, por falta de tempo. E também não fui à Geórgia, nem à Islândia, nem ao Nepal, nem ao Equador – a nenhum deles! Continuam todos, portanto, na lista de desejos para os próximos anos.

Não dei mais atenção ao meu Porto – nem a Portugal – no Alma de Viajante. Continuo em dívida para com o meu país.

Não avancei uma linha na ideia de escrever um novo livro (há muito tempo que sei o que vai ser esse livro, mas o projeto tem sido consecutivamente adiado – e ainda não vai acontecer em 2018).

Apesar de tentar dar mais atenção ao Pinterest do Alma de Viajante e ao meu Instagram, ainda não uso essas redes como devia.

Por fim, noutro âmbito, não consegui dar atenção à Hotelandia, um projeto que eu adoro mas que, fruto das circunstâncias, tem ficado para segundo plano. É pena.

Os melhores posts de 2017

Na sequência deste balanço sobre o ano 2017, decidi escolher alguns dos meus textos favoritos publicados no ano que agora finda. Não são os posts mais populares, mais lidos e comentados, nem os textos mais partilhados nas redes sociais. São, isso sim, artigos que considero emblemáticos, ou de melhor qualidade, ou saídos das entranhas, ou mais bem estruturados.

Sem mais demoras, estes são os meus 15 textos preferidos de 2017. A ordem é aleatória.

Viagens que pretendo fazer em 2018

Por fim, o que me reserva o ano novo? Ainda não sei tudo o que vai acontecer em 2018 mas, entre as viagens que gostaria de efetuar em 2018, algumas estão já acomodadas no meu calendário. São elas:

• Argélia
• Malta
• Sri Lanka (ainda dependente de encontrar voos baratos)
• Roadtrip de autocaravana em Portugal
• Ilha São Jorge, Açores
• Roménia + Ucrânia
• Namíbia (prémio da FITUR)
• Vou pela primeira vez participar num TBEX. O próximo evento europeu será na República Checa.

Tenho várias outras ideias mas se conseguir concretizar duas destas quatro já me dou por muito satisfeito:

• Geórgia + Arménia
• Nepal
• Ásia Central (Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Cazaquistão)
• Equador

Bom ano!