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Um dia em Porto Santo (day tour a partir da Ilha da Madeira)

Por Filipe Morato Gomes | Viagens Europa Madeira Porto Santo Portugal
Atualizado em 7.07.2020 | Tempo de leitura: 5 minutos

Gosto de Natureza, de caminhadas, de ambientes rurais. E adoro o litoral, o cheiro a mar, uma boa esplanada. Mas não sou pessoa de ficar a lagartar horas a fio numa praia, por mais tropical que ela seja.

Ora, sendo a praia precisamente o atrativo maior da ilha de Porto Santo, não pretendo convencê-lo a evitar o areal durante um dia passado na ilha madeirense. O meu desafio é motivá-lo a fazer também outras coisas.

Pegue na sua bicicleta ou carro alugado e venha daí comigo nesta viagem ao interior de Porto Santo (não se preocupe, no final vamos dar um mergulho à praia). Note que, se optar pela bicicleta, não consegue fazer isto tudo e regressar a tempo do barco; nesse caso, é melhor dormir em Porto Santo.

O que fazer em Porto Santo

#1 Apreciar a vista no Miradouro da Portela

Miradouro da Portela, Porto Santo
Vista para Vila Baleira a partir do Miradouro da Portela

Se seguir pela estrada regional junto ao porto marítimo de Porto Santo, local onde atraca o ferryboat oriundo da Ilha da Madeira, não precisa sequer de ir ao centro da povoação de Vila Baleira.

A estrada começa a subir e, pouco depois, chegará a um local onde se avistam moinhos e cavalos e, logo a seguir, um miradouro. Trata-se do Miradouro da Portela, de onde se tem uma vista incrível sobre a povoação de Vila Baleira e todo o litoral sul da ilha de Porto Santo.

#2 Fazer a Vereda do Pico Branco e Terra Chã

O que fazer em Porto Santo: Vereda do Pico Branco e Terra Chã
A paisagem ao longo da Vereda do Pico Branco e Terra Chã é muito bonita

Continuando pela ER 111 chegará quase à ponta noroeste da ilha. Vá atento para não perder o placard informativo da vereda PS PR 1; há um parque de estacionamento improvisado.

A Vereda do Pico Branco e Terra Chã (PS PR 1) é uma caminhada extraordinária, feita ao longo de uma vereda originalmente traçada para facilitar a passagem de burros de carga que transportavam cevada desde Terra Chã. No total, são apenas 5,4 quilómetros, ida e volta, incluindo a passagem pelo topo do Pico Branco.

Recomendo vivamente fazer a Vereda do Pico Branco e Terra Chã. Se não sabe o que fazer em Porto Santo, confie em mim: será muito provavelmente o ponto alto do dia!

#3 Observar a ilha a partir do Miradouro do Pico Castelo

Um dia em Porto Santo: Miradouro do Pico Castelo
Miradouro do Pico Castelo

Prossiga viagem numa espécie de volta à ilha e, ao chegar a Camacha, siga a placa que indica o “Pico Castelo” e entre numa estrada de cascalho e terra batida. O Pico Castelo fica a poucas centenas de metros.

Depois de parar no miradouro, ainda fui até ao início da vereda do Pico Castelo. Se tiver tempo e vontade, pode ser uma boa caminhada, mas tenha em atenção o tempo. Eu não fiz, porque a tarde já ia a meio e ainda iria regressar de barco à Ilha da Madeira. Decidi por isso seguir para a Ponta da Calheta.

#4 Retemperar energias na Ponta da Calheta

Ponta da Calheta
Fazendo praia na Ponta da Calheta

Para descansar, nada melhor do que beber uma cerveja Coral ou uma Brisa Maracujá acompanhando um prego em bolo de caco. E a Ponta da Calheta pareceu-me o lugar ideal para o fazer. É bonito, tranquilo e, pelo menos no dia em que visitei Porto Santo, estava sem multidões.

#5 Dar um mergulho na praia de Porto Santo

Praia de Porto Santo
Praia de Porto Santo

Ir a Porto Santo e não ir à praia… bom, já sabe o resto. Vindo da Ponta da Calheta, recomendo parar no Cabeço da Ponta, imediatamente antes do hotel Vila Baleira. Há um parque de estacionamento num baldio, e o acesso à praia pode ser feito pelo caminho que existe na curva entre o Aparthotel Luamar e o hotel Vila Baleira Wellness Resort.

Depois de uns bons mergulhos e banhos de sol, será muito provavelmente altura de regressar ao barco. Caso pernoite em Porto Santo, deixe-se estar; aproveite e beba uma poncha antes de ir jantar. Eu não provei ponchas em Porto Santo – se encontrar boas ponchas, avise.

E pronto, aqui fica um possível bate-volta a Porto Santo a partir do Funchal. Se não souber o que fazer em Porto Santo além de ficar estendido na praia, tem aqui um roteiro para um dia bem passado na ilha. Desfrute… e depois conte como foi.

Mapa: um dia em Porto Santo

Guia de Porto Santo

Dicas sobre a viagem de barco entre a Ilha da Madeira e Porto Santo

A Porto Santo Line tem um ferryboat que liga o Funchal a Porto Santo várias vezes por semana. Os horários variam entre o inverno e o verão, pelo que convém verificar em www.portosantoline.pt. Quando fiz a viagem, em junho 2016, a partida do Funchal era às 8:00 e o regresso de Porto Santo às 19:00.

Se leva carro, é importante saber que o check-in dos automóveis decorre entre 75 e 45 minutos antes da hora de partida (a informação oficial fala em “até 30 minutos antes da hora prevista para a saída do navio”, mas jogue pelo seguro). Quer isto dizer que, por segurança, para uma saída às 8:00 deve estar no porto do Funchal até às 7:15. Note que o carro pode ser muito útil se quiser fazer mais do que ficar na praia, mas faça as contas.

Quanto a preços, cada passageiro paga 28,70€ por trajeto e cada viatura ligeira de passageiros paga 68,30€. Ou seja, duas pessoas e um carro fica por 243,40€, ida e volta (preços de junho 2016); é caro, pelo que deve avaliar se compensa ou não levar o carro, em função do que vai fazer em Porto Santo.

Cada passageiro pode transportar um volume de bagagem de mão até 25kg.

Onde dormir

Se optar por dormir em Porto Santo e regressar no dia seguinte, não faltam opções de alojamento em Porto Santo. Recomendo a Casa do Velho Dragoeiro, mas veja abaixo que hotel mais se adequa ao seu orçamento e estilo de viagem. Não faltam hotéis na praia, caso seja esse o seu desejo.

Pesquisar hotéis em Porto Santo

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Sobre o autor

Filipe Morato Gomes, blogger de viagens

Olá! O meu nome é Filipe Morato Gomes, vivo em Matosinhos, Portugal, sou blogger de viagens, co-autor do projeto Hotelandia e Presidente da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses.

Tenho 52 anos e muita experiência de viagem acumulada. Já dei duas voltas ao mundo, fiz dezenas de viagens independentes e fui líder de viagens de aventura.

Mais recentemente, abracei um novo desafio chamado Rostos da Aldeia, onde se contam histórias positivas sobre as aldeias de Portugal e quem nelas habita.

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