Aldeias do Xisto da Serra da Lousã | O que visitar na Lousã

Visitar Lousã: Candal, Aldeia do Xisto
Fernando Meireles tocando o seu realejo, no terraço de sua casa na aldeia de Candal

Está a pensar visitar a Lousã ou procura informações sobre as Aldeias do Xisto da Serra da Lousã? Faz muito bem. Há destinos que não mereciam esperar tanto tempo, e a Serra da Lousã é um desses casos. Eu queria ir à Lousã, visitar as Aldeias do Xisto, fazer alguns trilhos e conhecer algumas das praias fluviais da região. Mas, por um ou outro motivo, a viagem foi sendo eternamente adiada. Até agora. E posso garantir desde já que a Serra da Lousã foi, para mim, uma bela surpresa.

Este é, pois, o resultado de uma viagem à Serra da Lousã com crianças. E reforço esse ponto – fui com os meus filhos! – porque tive de imprimir um ritmo mais lento e, naturalmente, não me foi possível ver todas as aldeias e fazer todos os percursos pedestres que gostaria de ter feito.

Note que a Rede das Aldeias do Xisto se divide em quatro grupos territoriais geograficamente dispersos. São eles os grupos da Serra da Lousã, da Serra do Açor, do Zêzere e do Tejo-Ocresa.

Trilho da Levada, Serra da Lousã
Com os meus filhos pelo Trilho da Levada, Serra da Lousã

Pela limitação acima referida, conheci apenas seis das principais aldeias do conjunto da Serra da Lousã (entre as 12 que compõem o grupo). Ficam todas próximas, são facilmente visitáveis num fim de semana – mesmo com crianças. São elas as aldeias de Candal, Cerdeira, Talasnal, Casal Novo e Chiqueiro (todas no concelho da Lousã), e ainda Gondramaz (no concelho de Miranda do Corvo).

É sobre tudo isso que escrevo neste artigo, na expectativa de que possa ser útil para montar o seu próprio roteiro pela Serra da Lousã e desfrutar de uma viagem mágica pelo Centro de Portugal. Porque, repito, a Lousã é uma região de grande beleza e que merece toda a atenção. Vamos a isso.

Entre as Aldeias do Xisto do grupo da Serra da Lousã que não incluí neste artigo constam Aigra Nova, Aigra Velha, Casal de São Simão, Comareira, Ferraria de São João e Pena.

Aldeias do Xisto: o que visitar na Serra da Lousã

Castelo da Lousã

Castelo de Arouce, Lousã
Castelo de Arouce, mais conhecido como Castelo da Lousã

Quando me disseram que determinado trilho “descia até ao castelo”, a frase não me pareceu fazer grande sentido. Até que avistei pela primeira vez o Castelo da Lousã, a partir do Miradouro de Nossa Senhora da Piedade, na estrada que me levou à aldeia de Candal.

Acontece que, ao contrário da maioria dos castelos que conheço, o Castelo de Arouce (ou da Lousã) não foi edificado num local altaneiro. Quer dizer, fica “no topo de um monte escarpado na margem direita do Rio Arouce”; mas, à escala da serra, fica praticamente no fundo do vale.

Como escreveu José Saramago no seu Viagem a Portugal: “Quem diz castelo, pensa altura, domínio de quem está de cima, mas aqui tem de pensar noutras coisas. Pensará, sem dúvida, que o Castelo da Lousã é, paisagisticamente, das mais belas coisas que em Portugal se encontram”. E quem sou eu para contradizer o Nobel Saramago…

O castelo é muito pequeno, com muralhas em alvenaria de xisto, e a visita é rápida mas interessante – quanto mais não seja pela vista desafogada para o vale a partir do topo da torre de menagem.

O Castelo da Lousã abre apenas aos sábados, domingos e feriados, das 10:00 às 13:00 e das 14:00 às 18:00.

Praia fluvial de Nossa Senhora da Piedade

Praia fluvial de Senhora da Piedade, Lousã
Vista da praia fluvial de Nossa Senhora da Piedade, com o restaurante O Burgo à esquerda e o Castelo da Lousã em pano de fundo

Seguramente uma das praias fluviais mais bonitas da Serra da Lousã, com o Castelo de Arouce e o Santuário de Nossa Senhora da Piedade nas proximidades e envolta em frondosa vegetação, a homónima praia fluvial é daqueles lugares de visita obrigatória na região.

Note que a zona do castelo / praia fluvial é especialmente concorrida nos dias de calor (e, claro, durante os fins de semana). Pela positiva, serve de ponto de partida ou de chegada para alguns dos trilhos mais calcorreados da serra, pelo que um banho no final de uma dessas caminhadas (como o Trilho da Levada) é sempre uma opção a considerar.

Aldeia do Xisto de Candal

Aldeias do Xisto da Lousã: Candal
Vista noturna da aldeia de Candal

“O chafariz do Candal / Tem duas pedras de assento / Uma é para namorar / Outra para passar o tempo.”

Entre todas as Aldeias do Xisto da Serra da Lousã, a aldeia de Candal foi a que roubou o meu coração. Talvez por lá ter ficado hospedado e, por isso, ter tido mais tempo para conhecer a aldeia e as pessoas que nela habitam. Sim, vive gente de forma permanente em Candal, talvez por estar estrategicamente colocada junto à Estrada Nacional que liga Lousã a Castanheira de Pera – e isso é uma enorme mais-valia.

Trata-se, pois, de uma aldeia viva. O Mário e o filho Samuel, a Vanessa, o Fernando e o seu realejo de quando em vez, o pessoal do restaurante Sabores na Aldeia e muitos residentes das proximidades que aproveitam as zonas comunitárias da piscina com as águas da Ribeira do Candal e do churrasco; a todos é possível encontrar nas ruelas da bonita aldeia de Candal.

E depois há o miradouro; o casario cada vez mais aprumado; o chafariz da aldeia; os bosques de onde aparecem sem aviso veados e javalis; a Cascata do Candal a dois passos. E sim, “Isto é Lousã”, apetece dizer, sentado na varanda da minha casa de xisto por uns dias, de cerveja na mão a beber tudo o que Candal tem para dar.

Fiquei fã!

Dica: não deixe de fazer um pequeno passeio ao longo de bosques belíssimos nas imediações de Candal. Para tal, basta seguir pelo caminho que passa na piscina e continuar pelo trilho (não marcado) para fora da aldeia, passando as colmeias e dois cursos de água. Irá dar ao lado oposto da aldeia, na zona alta. Alternativamente, suba à zona alta, perto do miradouro privado de Fernando Meireles (ver foto acima), e siga para a direita para fazer a caminhada no sentido inverso (foi o que eu fiz). É um passeio fácil e muito, muito agradável. Com sorte encontra um javali ou um veado.

Aldeia do Xisto da Cerdeira

Roteiro na Lousã: Cerdeira
Casario da aldeia de Cerdeira

Cerdeira tem algo mágico. Assim que se chega ao final da estrada alcatroada e se olha para o casario de xisto alinhado encosta abaixo, dá para perceber que algo de diferente se passa em Cerdeira.

É uma aldeia pequena, é certo, e aparentemente igual a outras das Aldeias do Xisto da Lousã; mas, à medida que os passos me levavam até a ela, que atravessei os campos cultivados e comecei a ver melhor os detalhes decorativos, a explicação foi chegando: em Cerdeira respira-se criatividade.

Loja Cerdeira - Home for Creativity
Interior da loja do Cerdeira – Home for Creativity

É a aldeia das artes…

E tudo por culpa do projeto Cerdeira – Home for Creativity.

Na sua missão, o projeto afirma querer “ser uma comunidade de artes com uma aldeia secular como casa e o mundo como inspiração”; “proporcionar uma oferta onde a natureza e a visão criativa se aliam para a criação de experiências irrepetíveis e produtos únicos”; e ainda “ser a liberdade de espaço de uma aldeia secular na Serra da Lousã, a autenticidade e conforto da estadia nas casas de xisto, e um epicentro de inspiração cultural através da arte e da criatividade”.

Pouco me resta acrescentar, a não ser que é também um dos melhores locais para pernoitar em toda a Serra da Lousã. Imperdível!

Para reservar uma das casas do Cerdeira – Home for Creativity pode usar este link.

Aldeia do Xisto do Talasnal

Aldeias do Xisto: Talasnal
Ruela na aldeia de Talasnal

Talasnal é a mais famosa das Aldeias do Xisto da Serra da Lousã. Há restaurantes e cafés, uma loja e múltiplas opções de alojamento. Há um ou outro habitante permanente, mas a aldeia está notoriamente voltada para o turismo.

Na primeira vez que visitei Talasnal cheguei a pé, pelas traseiras da aldeia, e não me apercebi imediatamente das diferenças para as outras aldeias. Só quando percorri as suas ruelas, cruzando-me com alguns turistas e vários letreiros “AL” até chegar à eira principal (que dá as boas-vindas ao visitante que chega de carro) é que caí em mim: Talasnal atrai muita gente.

Voltei noutro dia, uma segunda-feira. E aí tudo mudou. A aldeia estava mais tranquila, e pude voltar a embrenhar-me nas ruas de xisto, com pouca gente e praticamente silenciosas, e apreciar toda a sua beleza.

Havia o lagar, a fonte e o tanque, a eira de cima e a eira de baixo. E ainda muitas casinhas encantadoras, (re)construídas na tradicional pedra de xisto com muito bom gosto, a fazer jus ao slogan que por lá se usa: “Talasnal, montanhas de amor”. A visitar.

Visite a loja da Activar – Associação de Cooperação da Lousã, localizada na eira principal de Talasnal (junto ao estacionamento), e compre alguns dos produtos regionais. Eu, por exemplo, trouxe vários tipos de mel. E, se possível, evite visitar Talasnal durante o fim de semana; a não ser que um dos objetivos da visita seja comer no restaurante Ti Lena.

Aldeia do Xisto de Casal Novo

O que visitar na Serra da Lousã: Casal Novo
Casa de xisto em Casal Novo

Tal como a maioria das Aldeias do Xisto da Lousã, também Casal Novo fica numa encosta de declive acentuado, com as casas construídas em ruelas íngremes mas incrivelmente fotogénicas. Da eira da aldeia é possível observar a vila da Lousã e o Castelo de Arouce.

Não me demorei muito em Casal Novo mas, por tudo o que vi no tempo em que visitei a aldeia, creio estar ali um povoado com enorme potencial. E isso apesar da sua reduzida dimensão e de estar ainda muito isolada. Gostei bastante.

Já é possível pernoitar na aldeia (aconselhável apenas a quem procurar total isolamento).

Aldeia do Xisto de Chiqueiro

Aldeias do Xisto na Lousã: Chiqueiro
Entrada na aldeia de Chiqueiro

Fui recebido na aldeia de Chiqueiro por um letreiro das Aldeias do Xisto onde se lia “apenas as campainhas do rebanho parecem contrariar a sensação de que aqui o tempo parou há muito”. Confirmo que estava tudo parado em Chiqueiro – não só o tempo!

Infelizmente, não vi rebanhos nas proximidades (estariam a pastar, naturalmente, já que, ao que consta, há um pastor que reside na aldeia). Apenas casas: algumas recuperadas, muitas em ruínas.

Talvez venha, num futuro próximo, a ganhar novo dinamismo, mas, por agora, entre todas as aldeias da Serra da Lousã que tive oportunidade de visitar, Chiqueiro foi a menos interessante. Uma aldeia que encontrei sem vida, à parte as evidências de umas obras que haverão de dar à aldeia um hotel novo.

Estará, digamos, mais autêntica; mas, comparando com tudo o que havia visitado na Lousã, a aldeia de Chiqueiro não ficou gravada a ferro quente na memória.

Aldeia do Xisto de Gondramaz

Igreja de Gondramaz, aldeia de xisto Lousã
A pequena igreja na aldeia de Gondramaz

Situada na vertente ocidental da Serra da Lousã, Gondramaz é uma das aldeias mais bonitas da região. Numa terra ligada às artes pelas mãos outrora ágeis de artesãos que trabalhavam a pedra para criar esculturas originais, as boas-vindas são dadas pelas palavras de Miguel Torga gravadas numa placa metálica à entrada da aldeia:

A vida é feita de nadas: / De grandes serras paradas / À espera de um movimento / De searas onduladas / Pelo vento.

De casas de moradia / Caídas e com sinais / De ninhos que outrora havia / Nos beirais.

De poeira; / De sombra de uma figueira; / De ver esta maravilha: / Meu Pai a erguer uma videira / Como uma mãe faz a trança à filha.

Pouco mais apetece dizer. Mas de Gondramaz guardarei, para além da sua beleza, as conversas com moradores como José Dias, sentados numa praceta da aldeia à sombra de uma videira. Confesso que fiquei com pena de, ao contrário do habitual, naquele momento estar com pressa.

Anote este nome a tinta permanente para quando planear o seu roteiro na Serra da Lousã: Gondramaz. Não se vai arrepender!

Trilho da Levada (PR3 Lousã)

Melhores trilhos da Serra da Lousã: Trilho da Levada
Trilho da Levada, Serra da Lousã

O Trilho da Levada é um percurso pedestre lindíssimo que une a aldeia de Cerdeira ao Castelo da Lousã, com passagem por Candal. Ora, sabendo que porventura a parte menos interessante é, precisamente, a que une as duas Aldeias do Xisto, decidi começar o trilho em Candal, onde fiquei hospedado.

A ideia era fazer um passeio tranquilo com os miúdos, mas logo após sairmos de Candal decidimos ignorar as indicações de “Central” e fazer um desvio tão belo quanto difícil (para as crianças), sempre a descer por terrenos escorregadios, até à chamada Cascata do Candal. E eles aguentaram.

De regresso ao entroncamento, prosseguimos então pelo Trilho da Levada por bosques e florestas, até que chegámos à dita levada. O trilho ficou naturalmente quase plano, os miúdos redobraram a atenção para não caírem no precipício, quase sempre rodeados de paisagens lindíssimas e do som das águas a correr na levada.

No final da levada (quantas vezes me lembrei das levadas da Madeira!), nova adulteração ao trilho original, que prosseguia para o Castelo da Lousã, que já conhecíamos. Foi então que deixámos o Trilho da Levada para trás e seguimos, em vez disso, pelo PR5 – Rota dos Serranos até à aldeia de Talasnal.

Resumindo, foi um passeio deslumbrante. Não tenho dúvidas, aliás, de que é um dos mais bonitos trilhos da Serra da Lousã. E o melhor de tudo é que os miúdos aguentaram!

Baloiço de Trevim

Baloiço de Trevim, Serra da Lousã
Brincadeiras ao entardecer no baloiço de Trevim, Serra da Lousã

Multidões à parte, o Alto de Trevim é um dos melhores locais para apreciar um bom pôr-do-sol na Serra da Lousã e descansar de um dia a calcorrear os trilhos da serra e suas aldeias. Não por acaso, foi ali colocado um baloiço que permite fotografias espetaculares com as cores quentes do entardecer.

Tudo somado, e desde que consiga visitar a Lousã num dia de menor movimento (evitando os fins de semana, por exemplo), vale bem a pena passar em Trevim para desfrutar de um final de dia em tons alaranjados. Assim o céu o permita!

Parque Biológico da Serra da Lousã

Parque Biológico da Serra da Lousã
A área da quinta pedagógica do Parque Biológico da Serra da Lousã

No regresso a casa, e após visitar a aldeia de Gondramaz, decidi ainda conhecer o Parque Biológico da Serra da Lousã (daí a pressa!) e, principalmente, mostrá-lo aos meus filhos.

E assim, após um almoço mediano no restaurante Museu da Chanfana, localizado nas instalações do parque biológico, dediquei o início da tarde a ver os porcos, patos, cabras e ovelhas da quinta pedagógica; e uma série de animais selvagens que habitam (ou habitaram) a região. O veredicto? Não me encheu as medidas, mas vale a pena visitar se estiver a viajar com crianças.

Para mim, há muito ansioso por visitar a Serra da Lousã, foi o final do roteiro pelas suas Aldeias do Xisto e magníficos trilhos.

Outros locais a visitar na Lousã

Há, naturalmente, muitos outros locais a visitar na Serra da Lousã, assim o visitante tenha tempo para explorar os contrafortes da serra, embrenhar-se nas suas fragas e calcorrear as ruelas empedradas de todas as Aldeias do Xisto.

Em concreto, eis algumas sugestões adicionais para incluir no seu roteiro na Lousã, caso tenha mais tempo disponível.

  • Visitar as restantes Aldeias do Xisto do grupo da Serra da Lousã: Aigra Nova, Aigra Velha, Casal de São Simão, Comareira, Ferraria de São João e Pena.
  • Percorrer outros trilhos pedestres na Serra da Lousã.
  • Fazer o Passadiço das Fragas de São Simão.
  • Fazer os Passadiços da Ribeira de Quelhas.
  • E, um pouco mais longe, ir a banhos na Garganta do Cabril do Ceira.

Mapa das principais atrações da Serra da Lousã

A azul, as aldeias e pontos que visitei; a cinza, as outras aldeias do grupo da Serra da Lousã.

No mapa marquei também os pontos onde foram estrategicamente colocados alguns equipamentos para potenciar a promoção do destino Serra da Lousã e suas Aldeias do Xisto nas redes sociais.

Refiro-me ao baloiço de Trevim; às letras “Isto é Lousã” instaladas perto da aldeia de Chiqueiro; ao baloiço das Piscinas de Nossa Senhora da Piedade; e ao pequeno pórtico “Talasnal – Montanhas de Amor” com vista para a aldeia de Talasnal.

Vídeo sobre a Serra da Lousã

Dicas para visitar as Aldeias do Xisto da Serra da Lousã

Informações sobre a Serra da Lousã

A Serra da Lousã é uma serra de Portugal Continental, com 1.205 metros de altitude no ponto mais elevado (Alto do Trevim). Integra o ramo norte da Cordilheira Central, constituída pelas serras da Estrela, Açor e Lousã, fazendo também parte do Sistema Montejunto-Estrela.

Situa-se na fronteira entre os distritos de Coimbra e Leiria, incluindo território dos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Miranda do Corvo e Penela.

Quando visitar a Lousã

Dada a recente popularidade da região da Lousã, evite, se possível, os fins de semana e todo o pico do verão (principalmente o mês de agosto). Locais como a aldeia do Talasnal o baloiço de Trevim ficam lotados e, com isso, a experiência é menos interessante.

De resto, caso opte por visitar a Serra da Lousã durante o inverno, tenha em mente que as temperaturas podem ser muito baixas, especialmente após o anoitecer. Leve equipamento apropriado.

Como chegar às Aldeias do Xisto

Apesar de ficar sensivelmente a meio caminho entre Lisboa e Porto, a poucos quilómetros de Coimbra, não há muitos transportes públicos que possam ser úteis ao visitante para visitar as Aldeias do Xisto.

A única forma de conseguir visitar a Serra da Lousã ao seu ritmo, conhecendo as aldeias e fazendo trilhos é, pois, em viatura própria. Caso precise de alugar um carro, veja os preços abaixo.

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Onde ficar na Serra da Lousã

Uma das grandes dificuldades que tive antes de visitar a Serra da Lousã foi decidir onde ficar. Não queria montar base na vila da Lousã e preferia ficar numa das Aldeias do Xisto; mas a questão era… em qual delas? A resposta surgiu após contactar um amigo oriundo da região: aldeia de Candal. E creio ter sido uma escolha perfeita.

Candal

Eu fiquei hospedado na Casa de Cima, uma casa tradicional muito bonita na zona baixa de Candal, com fácil acesso à estrada. Recomendo sem reservas para quem gosta de ambientes rústicos e tradicionais, mas não para quem procura luxo. Dá para 4 pessoas.

Por baixo, fica a Casa de Baixo, uma opção ajustada para um casal sem filhos. Ainda em Candal, outra alternativa do mesmo género igualmente recomendável é a Casa da Carvalha, na zona alta da aldeia.

Talasnal

Caso prefira ficar na mais famosa das Aldeias do Xisto, não faltam boas opções de alojamento em Talasnal. Entre elas, destaque para a Casinha do Talasnal e para a Casa da Urze; para a maior e excelente Casa do Cascão; ou ainda para uma das várias casas da Talasnal Montanhas de Amor. Ficará bem hospedado em qualquer delas.

Cerdeira

Por fim, de referir um projeto especialíssimo chamado Cerdeira – Home for Creativity (onde considerei pernoitar). Fica na aldeia de Cerdeira, é de excelente qualidade mas apresenta preços mais elevados. Caso tenha orçamento, não hesite. É, seguramente, um dos melhores locais para ficar na Serra da Lousã.

Vila da Lousã

De resto, se por algum motivo preferir ficar na vila da Lousã, recomendo sem reservas o Lousã Varanda’s House ou o mais exclusivo Palácio da Lousã Boutique Hotel (uma opção fantástica).

Para outras ideias, veja um texto sobre os melhores hotéis das Aldeias do Xisto, na Hotelandia, ou pesquise alojamento na Serra da Lousã usando o link abaixo.

Pesquisar hotéis na Serra da Lousã

Restaurantes na Lousã (onde comer)

Os restaurantes mais famosos da Serra da Lousã são O Burgo, localizado junto às piscinas da Nossa Senhora da Piedade, e o Ti Lena, na aldeia de Talasnal. Acabei por não experimentar nenhum deles, fosse porque os miúdos preferiam comer em casa ou porque só estava aberto ao fim de semana (Ti Lena); ou ainda porque era preciso reservar (ambos) e eu não me quis prender a compromissos gastronómicos com hora marcada.

Referência ainda para o restaurante Sabores da Aldeia, em Candal; e para o muito recomendado (mas caro) Casa Velha, na vila da Lousã.

Seguro de viagem

A IATI Seguros tem um excelente seguro de viagem, que cobre COVID-19, não tem limite de idade e permite seguros multiviagem (incluindo viagens de longa duração) para qualquer destino do mundo. Para mim, são atualmente os melhores e mais completos seguros de viagem do mercado. Eu recomendo o IATI Estrela, que é o seguro que costumo fazer nas minhas viagens.

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Outros destinos a visitar em Portugal

Se está a pensar visitar Lousã, talvez tenha interesse em saber um pouco mais sobre o que ver e fazer noutras aldeias, cidades e ilhas portuguesas.

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Filipe Morato Gomes

Autor do blog de viagens Alma de Viajante e fundador da ABVP - Associação de Bloggers de Viagem Portugueses, já deu duas voltas ao mundo - uma das quais em família -, fez centenas de viagens independentes e tem, por tudo isso, muita experiência de viagem acumulada. Gosta de pessoas, vinho tinto e açaí.

5 comentários em “Aldeias do Xisto da Serra da Lousã | O que visitar na Lousã”

  1. Olá, bom dia! Obrigada por mais um roteiro em seu belo Portugal, nosso país irmão! Agradável ler seu detalhamento por múltiplas Aldeias de Xisto, cenários bucólicos, história e boas dicas. Valeu!

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  2. Que belíssima viagem fiz esta tarde pelas paisagens serranas da Serra da Lousã, onde pensámos ir no período de férias do ano passado. Mas com a pandemia… tivemos que adiar.
    Gostaria de fazer uns dias de férias este ano por estas aldeias. Agora ainda fiquei com mais vontade.

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  3. Cheguei hoje do nosso passeio maravilhoso à Lousã, onde estivemos quatro dias e onde ficámos em Gondramaz. Adorei ler o que escreveu, mas especialmente quando se referiu ao Sr José Dias, com quem nestes 4 dias fomos tendo boas conversas. No final tirámos uma foto que guardarei com carinho, e onde nos emocionámos na despedida. Tão bom conhecer novos sítios, mas tão bom conhecer as suas gentes…

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  4. Muito obrigada pelo texto e pelas referências de alojamento, restaurantes, entre outros. Vou à Serra da Lousã no próximo fim-de-semana e vou muito inspirada pelo que li. Obrigada.

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  5. Muito bom e proveitoso o seu roteiro pelas belas aldeias de xisto. Acabamos de chegar da Lousã e vimos encantados com a beleza do nosso Portugal!
    Obrigada.

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